segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"SUPERANDO A ENDO INFERTILIDADE": FOLÍCULOS E ÓVULOS, OVULAÇÃO E PERÍODO FÉRTIL, COITO PROGRAMADO...





No texto de hoje, vamos entender como funciona o corpo feminino em relação à reprodução. Com quantos óvulos nascemos? Quanto anos a mulher tem de vida fértil? Quantos óvulos são consumidos em cada período fértil? Quanto tempo dura o processo de fertilização? O uso de anticoncepcionais previne a fertilidade feminina? Você sabe o que é coito programado? Se você tiver dúvidas sobre infertilidade não perca a palestra gratuita no próximo dia 23 de novembrodas 10h às 11h, no auditório do Instituto de Ensino em Pesquisa e Medicina Reprodutiva de São Paulona rua Peixoto Gomide,  515 – 1° andar,  no Trianon-MASPem São Paulo. O Instituto é referência em Pós-Graduação em Medicina Reprodutiva e oferece tratamento a baixo-custo. Para participar da paestra basta fazer sua inscrição pelo telefone: 11-3289-5209Vagas limitadas. Inscreva-se já! Mais informações:  http://www.medicinareprodutiva.org/.

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Por doutor Joji Ueno

Folículos e óvulos:

Na puberdade, a mulher tem 40 mil óvulos que serão “consumidos” em 400 ciclos menstruais ou 33 anos de idade reprodutiva. Assim, em média, há consumo de 1 mil oócitos (óvulos) por mês. De tal forma que, após os 35 anos de idade, vão restando muito poucos óvulos para garantir a fertilidade feminina. Além do que, vai diminuindo a qualidade e aumentado a possibilidade de alterações genéticas dos óvulos. Isso ocorre progressivamente, independentemente, do que a mulher possa fazer. A melhoria da qualidade de vida retarda as marcas dos anos, fazendo as mulheres modernas aparentarem menos idade do que tem. Mas, isso não diminui a velocidade da perda dos óvulos. Mesmo a administração de anticoncepcionais orais (ACO), que impedem a ovulação, não minimiza esse processo. Os ACO impedem que um folículo (contém um óvulo) cresça até a ovulação, mas não impedem que todos aqueles que iniciam o processo de crescimento parem o seu desenvolvimento e caminhem para a atresia (ficam inviáveis). Então, a mulher chega à menopausa (última menstruação) aos 48 anos e vários anos antes a sua fertilidade já estará comprometida. Algumas mulheres podem ter filhos naturalmente até depois dos 50 anos de idade, mas é fato raro. Muitas, já não conseguem ter filhos, mesmo recorrendo às tecnologias mais modernas aos 44 anos. Exceto, se recorrerem ao recebimento de óvulos de pacientes mais jovens. Uma maneira de se medir a reserva ovariana (quantidade de óvulos restantes) é com a dosagem sanguínea de um hormônio produzido nos ovários (hormônio anti-mulleriano – AMH).

Ovulação e período fértil:

Para que ocorra a gravidez é necessário que ocorra o encontro do óvulo com os espermatozoides de maneira natural ou artificial (Reprodução Assistida). A hipófise, que é uma glândula que fica na cabeça, produz um hormônio chamado FSH, que vai pela corrente sanguínea até os ovários e estimula o processo de desenvolvimento folicular no ovário. Assim, no começo da menstruação (primeiro dia do ciclo menstrual) os folículos vão crescendo sob ação desse hormônio. A partir do quinto dia, somente um óvulo vai crescer (dominância folicular) produzindo o hormônio feminino estradiol, que aumenta a produção de muco cervical do útero (parece uma clara de ovo). Quando o folículo atinge 20 a 26 mm ocorre um pico de outro hormônio, produzido pela hipófise, o LH. Assim, ocorre a ovulação no 14º dia do ciclo menstrual. Portanto, o período fértil da mulher é quando há abundância do muco cervical, que permite que os espermatozoides migrem com facilidade para o interior do útero e sofram alterações necessárias à fertilização.

Fertilização:

A fertilização é um processo que dura 24 horas. Começa com o contato do espermatozoide com o óvulo. Vários espermatozoides passam pelo muco cervical, passam pelo interior do útero e chegam às tubas. Com a ovulação, há possibilidade do encontro do óvulo com os espermatozoides. Isso geralmente ocorre no interior da tuba, formando o pré-embrião (PE). O PE pode parar na tuba causando a gravidez ectópica com todas as consequências desse evento patológico ou chegar no interior do útero, após o 21º dia do ciclo, implantando-se no endométrio. Assim, começa a produção do hormônio Beta hCG que pode ser dosado no sangue, mesmo antes do atraso menstrual, detectando a gravidez inicial.

Menstruação:

Após a ovulação, o ovário começa a produzir progesterona para preparar o endométrio para receber o PE. Caso o PE não chegue, 14 dias após a ovulação, a menstruação ocorre. Outras vezes, a ovulação não ocorre, atrasando a menstruação por dias ou meses. Esse é o caso das pacientes anovuladoras, cujo exemplo mais importante é a paciente com ovários policísticos (não ovulam).

Coito programado:

A gravidez pode ser atingida em casais que têm pequenas alterações que serão corrigidas com a orientação médica. Assim, pacientes que não produzem o folículo dominante, têm muco inadequado, não ovulam, têm produção deficiente de progesterona, podem ser medicadas e programar o dia da relação sexual para que a gravidez ocorra.

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