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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO-NOVO!!! QUE TUDO SE REALIZE EM 2016!
Adeus ano velho, feliz Ano-novo, que tudo se realize no ano que vai chegar! Essa minha frase já virou hit no blog, mas é impossível ver o ano acabando e o outro chegando sem pensar nessa música, não é mesmo!? Eu fico cada vez mais surpresa como os anos estão voando.Meu Deus!! 2015 foi, sem dúvida, o ano mais importante da minha vida, pois foi o nascimento da minha filha, Bárbara. Não há nenhuma pessoa mais importante no mundo para mim que minha princesa. Por ela eu faço tudo, mas claro, esse "tudo" sempre para o bem, já esse é o meu lado mais forte! 2015 foi um ano maravilhoso em vários sentidos. Eu cresci muito e amadureci com a maternidade, com a possibilidade de cuidar de um serzinho novo que depende de mim para tudo. Alimentar minha filha com meu próprio leite, foi sem dúvida, a experiência mais gratificante e mais emocionante que já vivi até hoje. Mesmo com a introdução alimentar, Babi, que completará 10 meses no próximo dia 4 de janeiro, ainda mama na mamãe e isso é motivo de muito orgulho e felicidade. Ver que nosso corpo produz o melhor alimento para o nosso filho é algo surreal.
2016 será também um grande ano. Nossa EndoMarcha estará em nove cidades brasileiras. Em breve vou anunciar a última inscrita para 2016. Veja as cidades participantes e inscreva-se! 2016 será marcado pelo número 9, o chamado doador universal. Coincidência a parte, ano 9 e a EndoMarcha em 9 cidades?!! Eu não acredito em coincidência, mas sim em providência Divina! Se doar significa ser prestativo, ajudar ao próximo. E universal significa o coletivo. Não adianta apenas fazer uma limpeza no armário e doar as roupas. É precisos se doar, doar seu trabalho ao próximo. Por isso o ano que está chegando terá a doação como palavra-chave. Fiquei muito feliz quando soube disso, pois em 2016 o A Endometriose e Eu fará 6 anos.
Seis anos de doação, seis anos de entrega máxima ao próximo. Infelizmente passamos a "se doar ao bem comum", a mostrar nosso lado humanitário, quando passamos por situações mais sofridas. É no sofrimento que mudamos o que não era bom em nós. Comigo foi assim. Foi após sofrer e muito com a endometriose e o descaso das pessoas que criei o blog. Hoje o blog salva vidas no mundo todo, chega a milhões de lares ao redor do mundo e eu agradeço todos os dias a Deus pelo sofrimento pelo qual passei. E pelo dom da escrita que Ele me deu, pois sem esse dom não seria possível traduzir tudo que passei em palavras. Com o sofrimento cresci, me tornei humana e virei uma jornalista-ativista que entende e muito de endometriose. O sofrimento serve para aprendermos lições e quem não aprende, como diz o nosso colaborador português Alexandre Vaz repete de ano, ou seja, sofre ainda mais. Por isso, não vamos esperar levar aquele baque para ajudar ao próximo. É tão gratificante e revigorante fazer o bem sem ver a quem. Pois com certeza quando fazemos isso e passamos por obstáculos na vida, Deus nunca nos desampará. O número 9 é o último da numerologia, portanto, em 2016 iremos encerrar ciclos. Precisaremos praticar o desapego, deixar ir o que tiver de ir, exercitar o perdão... E vejo isso como algo bom, pois em 2017 permanecerá apenas o que é bom em nossas vidas.
2016 será regido pelo Sol, responsável pelo signo de Leão e que está ligado ao princípio do nosso Criador, a vitalidade, a luz e ao calor. Será um ano que buscaremos independência, realização pessoal, nossas metas e um ano o qual deveremos cuidar de nós. Será um ano solar, de alegria, de vida. É preciso ter atenção, pois tudo será potencializado com a energia do Sol. Mais uma vez, quem tem sentimentos bons fará uma boa colheita e vice-versa. Receberemos de volta o que emanarmos ao Universo.
No horóscopo chinês será a vez do auspicioso Macaco de fogo, a partir de 8 de fevereiro até 27 de janeiro de 2017. O macaco é o nono signo da astrologia chinesa (mais um número 9!!). Assim como o Sol, o macaco também representa o movimento, a alegria, mas ele também é o símbolo da ambição, da esperteza, da aventura e da malícia. E o Macaco de Fogo tem além destas características o charme, a agressividade, o ímpeto, a ambição e a autocrítica. Será preciso trabalhar a resistência e a paciência para se sentir disposto e cheio de energia para batalhar pelo que deseja. E será possível resolver problemas antigos. O macaco também é impulsivo, por isso devemos ter tolerância para não gerarmos conflitos.
Por fim encerro com uma frase do querido e brilhante Papa Francisco: "Que o ódio deixe lugar ao amor, a mentira à verdade, a vingança ao perdão, e a tristeza à alegria". Um 2016 de muita saúde, muita alegria, muito amor, muita doação ao próximo e tudo de maravilhoso que as pessoas do bem merecem. Agradeço a todos os colaboradores do A Endometriose e Eu por mais um ano juntos. Um novo ano incrível a todos! Beijo carinhoso! Caroline Salazar
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A Endometriose e Eu
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
"A VIDA DE UM ENDOMARIDO": O DESCASO QUE PACIENTES DE DOENÇAS 'INVISÍVEIS' PASSAM' - DESABAFO DE UMA PARAMÉDICA!
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imagem cedida por Free Digital Photos |
O texto que nosso endomarido Alexandre traz hoje é de muita importância não só para as pessoas que têm doenças consideradas invisíveis, mas principalmente, aos profissionais de saúde. Muitas vezes, eles são nossa única saída que temos para fazer as pessoas mais próximas acreditarem em nós, em nossas dores. Porém, muitos desses profissionais não acreditam em nossa dores. Muitos que se dizem especialistas não acreditam que uma mulher que tem endometriose de grau leve pode sim ter mais dores que uma que tem endometriose de garu mais severo. Infelizmente, o relato da paramédica abaixo é muito comum para as portadoras de endometriose. Muitas vezes a endo é sim uma doença invisível. Precisamos de mais compreensão e menos julgamentos. Por isso compartilhe este texto para chegar aos mais diversos profissionais de saúde, pois só assim poderemos mudar essa triste realidade: a de quem não acredita nas nossas dores. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
Por Ashley Mould
Tradução: Alexandre
Vaz
Edição: Caroline
Salazar
Para as pessoas com doenças invisíveis de uma paramédica que não acreditava em vocês
Sou paramédica há 10
anos, mas dei algum tempo na carreira durante esses anos. Tenho assistido ao bom e ao
ruim, provavelmente mais ruim do que bom, mas passei a enxergar a realidade de
um jeito diferente.
Assisti muitas
pessoas em grupos do facebook postando sobre como profissionais de saúde fazem
descaso dos pacientes com doenças invisíveis por não as entenderem. Eu era uma
dessas profissionais.
Quando você é uma
paramédica novata, tudo o que você quer é se enturmar e pertencer ao grupo de
trabalho. Você pode ser colocada com um parceiro mais experiente (oficial de
treinamento na área) que está ativo há muito tempo. Porém, muitas vezes, eles
estão esgotados, e para eles, cada paciente é mais uma chamada que os fazem
levantar da cama ou do sofá, interrompendo os programas que estão passando na
televisão.
Infelizmente eu
acabei me tornando esse tipo de médico. Se alguém falasse que tinha fibromialgia,
por exemplo, eu admitia que a pessoa estava querendo drogas (remédios). Eu achava que todo
mundo conseguia caminhar até a ambulância. Se você não tinha uma doença visível,
era tratado como lixo. Eu falaria “vamos lá, você consegue caminhar.”
Só depois que minha
saúde começou a deteriorar e eu mesma comecei a precisar da ajuda dos outros,
que eu passei a entender.
Fui de médico em
médico tentando explicar o que tinha de errado comigo. Eles olhavam pra mim
como se eu estivesse mentindo. “Eu não sei o que tem de errado com você, mas
pegue esses antidepressivos”. Era isso que eu escutava. “Tente isso porque está
tudo na sua cabeça (como se fosse psicológico).”
Agora eu entendo o
que acontecia com os meus pacientes. Eu não tinha a noção do tanto que estava
diminuindo-os quando falava para eles desse jeito. Eu apenas queria ser igual os meus colegas.
Peço desculpa a
todos os que tratei desse jeito. Agora eu entendo. Não trabalho mais na
estrada, mas ainda assisto casos desses no hospital. Ainda dou por mim fazendo
alguns comentários com meus colegas, mas nesse momento fico quieta.
O que precisamos é
de um pouco de compaixão e isso é algo que não é ensinado na faculdade de
medicina. Eu gostaria que tivesse mais conscientização. Então, por favor, continuem educando os médicos por aí. Nós gostamos de aprender.
Comentário do
endomarido:
É de uma tremenda
coragem o que essa médica acaba de fazer. Ainda que tenha aprendido do jeito
mais doloroso, mas ultrapassar o ego e o status publicamente pedindo perdão
para todos aqueles com quem ela sente ter sido injusta no exercício das suas
funções, é digno de louvor.
Segundo as suas
próprias palavras, é uma pena que as faculdades não desenvolvam aquilo que
diferenciaria um médico de um mecânico. Uma pessoa não é um carro. No carro
você troca peça, lubrifica, e se não der certo ou ficar muito caro, envia pra
sucata e compra outro.
As pessoas precisam
de outro cuidado, inclusive ao nível emocional.
De que serve fazer a manutenção do corpo, um trabalho tecnicamente
perfeito, se você não é gentil com o emocional e ou psicológico do paciente?
Como você sabe que
não está agravando uma situação já bem complicada a nível psicológico? E se
esse paciente que você está recebendo hoje em seu consultório estiver dando uma
última chance para a vida? Já pensou que a falta de um sorriso, um momento de
atenção de sua parte, pode fazer com que esse paciente que você atendeu hoje
desista de viver? Porque, você nem imagina por quanto tempo essa atenção tem
sido negada para ele, essa pessoa pode estar no limite. E, talvez, você tome
conhecimento ou não, mas é possível que alguns dos pacientes que você atende, acabem
a própria vida por descaso de quem deveria estar do lado deles. Você pode não
ser o único responsável, mas pode ser a gota d’água que faz derramar o copo.
Conscientemente ou
não, o médico que age dessa forma falhou. Pode pegar o diploma e jogar no lixo.
Ele pode ser formado em medicina, mas não é médico. Vive correndo atrás dos
números e cada vez mais afastado das pessoas que jurou ajudar até o limite das
suas capacidades.
Felizmente nunca é
tarde para mudar. E esse foi o caso da corajosa Ashley que compartilhou o seu
testemunho, assumindo que errou, que ainda erra, mas está dando tudo para não
errar novamente.
Mas não são apenas
os médicos e enfermeiros que erram. Todos nós erramos. A falta de apoio não
acontece apenas nas clínicas, nos hospitais ou nos postos de saúde. Ela ocorre
também na rua, em nossas casas, nas nossas próprias famílias e nos grupos de
amigos. Quando alguém que sofre não acha conforto em lugar nenhum, não deveria
ser surpresa que surja uma depressão e que um dia essa pessoa possa se
suicidar. E não me venha com historinha de pecado mortal.
Cada um que negou um
sorriso, um momento de atenção, um ombro para chorar também pecou. Essa pessoa
é parcialmente responsável pela aproximação do abismo. E quando alguém está na
beira desse abismo, por vezes, basta uma leve brisa para que a pessoa se deixe
ir. A dor pode ser grande demais para suportar. Sabia que um sorriso pode ser o
suficiente para que essa pessoa dê um passo para atrás?
Estamos todos
cheios de problemas, e por vezes, não é fácil pensar em outras coisas fora do
nosso mundinho. Mas sempre que puder, ofereça um sorriso. Faça um elogio
sincero para alguém. Você não tem noção até que ponto esse pequeno gesto pode
ser a diferença entre a vida e a morte para alguém.
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A Endometriose e Eu
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
FELIZ NATAL! UMA NOITE REPLETA DE BENÇÃOS, DE MUITA LUZ E MUITO AMOR!!
Então já é Natal!! Não podemos esquecer o verdadeiro sentido da noite de hoje: nascimento de Jesus. E o renascimento Dele dentro de nós. O renascimento que para muitos é um nascimento de uma nova vida. Mas mesmo que você ainda continue com dores, não se esmoreça e confie em nosso Pai Maior. Muito em breve você estará bem. O A Endometriose e Eu deseja a todos um Natal de muita luz, boas energias, uma noite repleta de bençãos, muita paz e muito amor.
Que a paz de Jesus Cristo esteja convosco não apenas neste dia ou nesta noite, mas em todos os dias de nossas vidas. Que Ele nos dê muitas bênçãos e muita sabedoria e que conforte as almas daquelas que sofrem neste momento Agradeço muito a Deus por todas as bênçãos que me aconteceram neste ano, tornando-o um dos melhores da minha vida. Como nossa tradição, farei a retrospectiva em breve. Beijo carinhoso!! Caroline Salazar
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
CURITIBA TAMBÉM RECEBERÁ A ENDOMARCHA 2016!!
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Logo oficial da EndoMarcha Time Brasil 2016 |
Além de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegra (RS), Campo Grande (MS), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Londrina (PR), a cidade de Curitiba também estará na 3ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose. Eu não tinha visto o email da Luiza, que entrou em contato para coordenar a EndoMarcha 2016 na cidade. Com isso teremos a EndoMarcha Time Brasil 2016 em duas cidades do Paraná.
Atenção: para se inscreverem gratuitamente clique aqui e faça seu cadastro. Em meados de janeiro começo a enviar os voluntários às coordenadoras para que elas entrem em contato informando local e horário de concentração e o trajeto da caminhada. A data da marcha em todo o mundo é dia 19 de março, o terceiro sábado do Mês Internacional de Conscientização da Endometriose. Quem já se cadastrou para as de 2014 e de 2015 NÃO precisa fazer novo cadastro, pois a planilha é a mesma. Com isso teremos a EndoMarcha Time Brasil 2016 em oito cidades de sete estados brasileiros. Obrigada a todas que se tonaram voluntárias e aceitaram coordenar a EndoMarcha 2016 em suas cidades. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
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A Endometriose e Eu
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09:49
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
A HISTÓRIA DA LEITORA TATIANA MOTA RODRIGUES E SUA ENDOMETRIOSE GRAU IV!
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A felicidade de Tatiana Mota Rodrigues, de Brasília, após a cirurgia que removeu toda sua endometriose - Fotos: divulgação |
O A Endometriose e Eu conta mais uma história de sucesso. Desta vez é a da Tatiana Rodrigues Mota, que mora em Brasília, no Distrito Federal. Após anos de peregrinação por cerca de 10 médicos e de descaso da maioria deles, Tatiana achou "um anjo", como descreveu, em Brasília que removeu toda sua endometriose, e que a possibilitou a viver sem remédios, não só anti-inflamatórios, como também sem anticoncepcional. Sim, isto é possível. Mais um testemunho de fé que vai levar esperança e perseverança a muitas endomulheres. Nós achamos que encontramos "ótimos" médicos apenas nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas no caso da endometriose tem um excelente médico no centro-oeste, lá em Brasília. Até agosto de 2014, doutor Alysson atendia duas vezes por semana no Sírio Libanês, na capital paulista, mas após o nascimento de sua filha, ele abdicou de viajar semanalmente para São Paulo para ficar mais perto da família. Tatiana estamos aqui torcendo pelo seu positivo. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
“Menstruei
pela primeira vez em janeiro de 1989 – eu morava em Teresina (PI) – aos 10 anos e 11 meses de idade. E já foi com
cólicas e muitos coágulos grandes, mas nessa época, tratava as cólicas com
remedinhos caseiros e Buscopan. As menstruações seguintes também foram seguidas
de muita dor, só que a dor ia aumentando mês a mês. Após um ano, as cólicas
menstruais eram acompanhadas de vômitos e diarreia.
Com
o passar dos meses, aos 13 anos, as cólicas já estavam muitos intensas, muita
dor, acompanhada de vômitos, diarreia, dores na lombar, nas pernas... As cólicas
eram tão fortes que eu tinha formigamento nos pés e nas mãos, eu ficava
geladinha, super pálida. Era um mal estar indescritível, muita dor no estômago,
enjoos.
Ainda
adolescente, fiz as primeiras ecografias, mas não dava nada. Apenas aos 19 anos apareceu um mioma pequeno do lado externo do útero e um cisto no ovário
esquerdo. Não davam, nos resultados, nem ovários policísticos. Como eu era
virgem não podia fazer transvaginal.
Cheguei
a tomar todos os anti-inflamatórios da época. Nas primeiras vezes até que
aliviava as dores, porém três a cinco meses depois não fazia mais efeito. Aí... lá ia
eu para o hospital tomar Buscopan na veia.
Minha
tia Verbena (a que tenho como mãe) trabalhava no hospital da prefeitura do
nosso bairro, o Hospital da Primavera. Todos por lá me viram crescer, e quando
cheguei à adolescência também acompanharam o meu sofrimento: e era um mês sim e
outro também que eu ia para lá tomar remédio injetável para cólica. Quando o
médico perguntava o que eu queria, eu dizia: tirar o útero doutor, não aguento
mais tanta dor. Mas como eu era nova e não tinha filhos, os médicos logo diziam
que não, de jeito nenhum, pois um dia eu ia casar e querer ter filhos. Eu
sempre respondia: eu não quero ter filhos, pois se a menstruação já e assim
imagina então como não será uma gravidez!
Nenhum
ginecologista sequer pronunciou a palavra “endometriose.” Me
diziam: quando casar, passa! Com
o passar do tempo, a minha tia que cuidava de mim já não aguentava mais me ver
com tantas dores, vômitos, diarreia e dizia: "Isso só pode ser psicológico!" Eu
ficava irada!
Quando
eu menstruava, todos ficavam sabendo: em casa, no trabalho, na escola.
Mas
eu tinha que seguir a minha vida normalmente: trabalhar, estudar, tinha os afazeres
domésticos. Nem eu e nem a minha família tinha carro na época. Então, eu andava
pela rua a pé com muita dor e vomitando até chegar ao hospital. Nunca peguei um
dia de atestado médico sequer, afinal diziam que ter cólica menstrual é normal! Toma um
remédio que passa! E, com o passar do tempo, as pessoas se acostumam a ver a
gente passando mal, aí é que a situação fica normal mesmo!
Com
o passar do tempo nada de melhorar as cólicas – só pioravam. Minha tia passou a
deixar a medicação injetável em casa. Então, quando vinha a menstruação, ela logo me aplicava. Só que as dosagens foram só aumentando, porque eu
ia me acostumando com a medicação que não fazia mais tanto efeito. O jeito era
aumentar a dosagem do Buscopan. Eu cheguei a tomar ampolas de 10 ml. E tive
problemas quando mudei de cidade e fui para Brasília, porque os médicos só me aplicavam no máximo
2 ml.
Eu
me casei com quase 24 anos. Após o casamento fiz um ultrassom transvaginal, que
não deu nada significativo, só o mesmo de sempre: um cisto no ovário e um mioma
na parede externa do útero.
Após
quase 10 anos de menstruação, eu comecei a tomar Tandrilax, era o único
anti-inflamatório que fazia efeito. No começo, em 1999, eu tomava um por dia no
período menstrual, e resolvia. Mas com o passar do tempo, nós sabemos o que
acontece: o organismo se acostuma com o remédio e ela passa a não fazer mais
efeito. Com isso eu fui aumentando a dosagem, e em 2008, eu tomava de 3 em 3
horas, e fora do período menstrual também.
O
que eu não sabia é que o Tandrilax causava irritabilidade, veja: http://www.keacamp.com/efeitos-colaterais-de-tandrilax/. Eu só descobri isso por acaso, em 2008, em uma viagem
internacional que fiz e o guia comentou comigo que não tomava mais essa
medicação porque causava-lhe muita irritabilidade. Então procurei a bula e vi
que realmente constava esse efeito colateral. Só aí eu fui entender o porquê eu
tinha me tornado tão agressiva, vivia irritada o tempo inteiro, mau humor,
impaciente. E eu era o oposto disso tudo antes de me casar, então fui juntando
os fatos, e percebi que a minha “mudança de personalidade” coincidia com o
início do uso contínuo dessa medicação.
Mas
eu não tomava só o Tandrilax, eu tomava também relaxantes musculares e omeprazol. Eu vivia dopada, só depois da cirurgia com o doutor Alysson Zanatta,
que parei de tomar todas essas medicações, foi que percebi isso, pois tudo que
sentia devido a esse remédio passou!
Pois
bem, em 2008, com o humor terrível, sempre irritada, sempre com muitas dores,
falta de libido, muitas dores na relação sexual – o que reduziu
significativamente as atividades sexuais, o marido me deu um ultimato: ou você
vai se tratar ou a gente se separa!
O
problema era: como me tratar? Os médicos diziam que tudo era normal! Não
relacionavam qualquer alteração no humor, no ânimo a um problema físico. A
história era sempre a mesma: toma analgésico e anti-inflamatório no período
menstrual.
Mas
ainda assim, fui ao médico, um ginecologista, que após receber o resultado dos
exames de sangue, viu que o meu CA125 era de 111 ou 140 (não lembro direito),
um valor muito alto, então ele suspeitou de endometriose e resolveu fazer uma videolaparoscopia
para diagnosticar a doença (nesse tempo – há pouco menos de oito anos – não se falava
em ressonância magnética, muito menos em transvaginal com preparo intestinal).
Fiz
a cirurgia e foi diagnosticado endometriose severa, de grau IV, com muitos
focos, muitas aderências, com comprometimento de toda a região pélvica,
inclusive infiltração no intestino. Então, ele me falou previsões terríveis: que
eu tinha que fazer outra cirurgia com urgência para cauterizar os focos e que
talvez fosse necessário tirar um pedaço do intestino, que eu só iria engravidar
por FIV, e talvez, não foi nem certeza. Me falou que eu teria que, após a
cirurgia, tomar uma medicação para suspender a menstruação, o Zoladex, que
causaria uma menopausa temporária, e eu sentiria alguns sintomas próprios da
menopausa. E de fato senti: um calor infernal, dava vontade de sair correndo
nua pela rua!!!! E que essa medicação faria os focos que ele não conseguiria
tirar involuir, até desaparecer.
Pois
bem, fiz essa segunda videolaparoscopia e tomei o Zoladex 10,8 em seguida (após
brigar muito com o plano de saúde). Fiz a cirurgia em julho de 2008, em agosto
tomei a 1ª dose do Zoladex e em fevereiro de 2009 tomei a 2ª dose (eu tomei a
dosagem máxima permitida, pois se tomasse mais, eu entraria em menopausa
permanente, segundo o médico). Foi o melhor período da minha vida: ficar sem
menstruar e sem cólicas. Apesar dos efeitos colaterais, para mim tudo valia a
pena na época. Ah! Mas as dores na relação sexual não passaram não!!!! Nem a
irritabilidade e muito menos o mau humor.
Mas
em novembro de 2009 voltei a menstruar, com cólicas… Então o ginecologista me
disse que eu teria que tomar anticoncepcional de uso contínuo e o que
melhor funcionou foi o Gestinol.
Mesmo
sem sentir cólicas menstruais, eu sentia dores pélvicas, de menor intensidade,
sempre latejava o lado esquerdo da pelve, eu achava que era o ovário, mas numa
consulta com um outro médico de outra clínica, ele disse que o ovário não doía,
o que doía em mim era o intestino, a alça intestinal.
Quando
retornei ao ginecologista que fez as minhas primeiras cirurgias para exames de
rotina e acompanhamento da endometriose, ele verificou que os focos não haviam
involuídos (como ele esperava que acontecesse). Então ele me encaminhou para um
especialista em fertilização, porque este profissional saberia fazer uma
cirurgia de endometriose grau IV, coisa que ele não fazia. Ele me indicou um
especialista em reprodução humana, muito conceituado na classe médica.
Mas
antes de ir a esse especialista, eu peregrinei em vários outros ginecologistas,
cerca de uns 10, e todos me diziam a mesma coisa: o diagnóstico está correto;
eu não faço essa cirurgia e; indicaram o
mesmo especialista em reprodução humana. Eu achei que esse médico era o
“bambambam” para tantos outros o indicarem. Até eu descobrir que era o único
que fazia cirurgia de endometriose grau IV, como a minha, aqui em Brasília, pois
se tinha outro que fizesse não era conhecido pelos outros ginecologistas.
Então,
em 2010, depois de cansar de ir a outros médicos, resolvi pagar a consulta com
esse especialista (os outros atendiam pelo plano de saúde), e ele me passou os
exames: colonoscopia, ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e
ressonância magnética. O resultado foi triste: eu estava pior do que antes das
cirurgias anteriores, em 2008.
O
valor dos honorários médicos ficariam em
R$ 7.000,00 na época , mas disse-me que para eu fazer a cirurgia eu teria que
perder peso. Eu estava com mais de 70 kg, e precisava chegar a uns 62 kg para
fazer a cirurgia, senão não iria adiantar, iria aderir tudo de novo e eu também
não iria conseguir engravidar, o que ele já achava difícil pelo quadro clínico
de endometriose severa. Ele não me deu nenhuma garantia de que a doença não
voltaria e disse que só engravidaria com FIV.
Então,
como eu precisava perder peso, fui ao endócrino e comecei a tomar medicação
para emagrecer, dentre elas, o Femproporex, que a Anvisa proibiu no final de
2011. Foi aí que eu fiquei irritada mesmo. A medicação não era anfetamina, mas
tinha um pé na família. Então, os meus problemas de relacionamento só pioraram.
E
por falar em relacionamento, durante todo esse período só foi piorando. Eu que
era conhecida como “um poço de paciência”, um “doce”, super gentil, educada,
etc… passei a ser uma pessoa grossa, insolente, irritada, impaciente. Mas eu
não percebia isso. Só fui perceber que as coisas estavam assim quando as pessoas começaram a reclamar do meu mau humor, da minha grosseria, e
assim iam se afastando de mim. Parece que eu passei a falar grego: quanto mais
eu tentava me explicar, mas eu piorava a situação. Assim, eu também comecei a
evitar as pessoas, os amigos e fui me isolando cada vez mais. Eu que sempre fui
uma pessoa pró-ativa, passei a me reservar mais para evitar problemas. Aos
poucos eu ia me anulando e entrando em uma espécie de estado depressivo. (Esta
situação foi descrita também, quase como uma adivinhação, por uma médica
especialista em medicina funcional, quando a procurei para saber no que essa
especialidade poderia me ajudar no tratamento da endometriose, e a médica me
disse que controlar os hormônios iria fazer toda a diferença na minha vida.
Parecia que eu estava na frente de uma vidente, que ao ver os meus exames,
descreveu tudo que eu vivia, física e emocionalmente, sem que eu tivesse dito
nada a ela).
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Tatiana e seu marido, Hiomone. |
Voltando
à cirurgia... pois bem, não a fiz porque não tinha perdido peso e não tinha dinheiro
para pagar a cirurgia. Então
comecei a pesquisar sobre a doença, mas não se tinha muita informação na internet
até que um dia conheci o blog A Endometriose e Eu, da Caroline Salazar.
Foi aí que vi os depoimentos das outras mulheres, com histórias parecidas com a
minha. Então eu percebi que o problema não era eu, era a doença, e que eu
precisava me tratar. Mas com quem? O especialista em reprodução me cobrou uma
fortuna e não me deu nenhuma garantia de engravidar e nem que iria retirar toda a doença, ainda disse que eu teria que ficar
tomando anticoncepcional para suspender a menstruação e não sentir dor. Em
novembro de 2011 voltei ao seu consultório e a história era quase a mesma,
exceto pelo valor que pulou de R$ 7.000,00 para R$ 14.000,00, se eu fizesse a cirurgia até
fevereiro de 2012, pois a partir dessa data, o valor seria R$ 20.000,00 só os
honorários dele, fora os R$ 8.000,00 do proctologista. Totalmente inviável para
mim. Eu não tinha um “carro” para dar numa cirurgia de dois em dois anos (é,
porque eu fiz cirurgia em 2008, e em 2010, eu estava pior que antes).
Conheço mulheres que já fizeram mais de uma cirurgia com ele e ainda não engravidaram, com o mesmo quadro clínico que o meu, pois a endometriose tem vários graus, em graus menores é mais fácil a mulher engravidar depois da cirurgia, mas no meu caso, que estava “uma confusão só a região pélvica”, segundo o especialista em reprodução humana, só engravidaria com FIV e olhe lá! E a dor, não se falava em parar com a dor naturalmente, só com o uso de anticoncepcionais, coisa que eu não queria mais usar, pois tinha medo de ter trombose e outra coisa que ninguém fala é que anticoncepcional diminui a libido, e no meu caso: desapareceu!!! Nesse dia eu sai em prantos do consultório, quando me vi sem dinheiro e sem esperança para uma cirurgia. Ainda tentei negociar depois com o financeiro do consultório. Porém, após falar com o especialista, a funcionária me ligou disse o seguinte: "o doutor Mário (nome fictício) mandou te dizer que não faz a tua cirurgia mais, por dinheiro nenhum". Eu fiquei pensando se eu fui ofensiva com a secretária ou se ela me interpretou mal e levou o caso a ele de forma errada, pois achei uma resposta muito grosseira para um médico.
Conheço mulheres que já fizeram mais de uma cirurgia com ele e ainda não engravidaram, com o mesmo quadro clínico que o meu, pois a endometriose tem vários graus, em graus menores é mais fácil a mulher engravidar depois da cirurgia, mas no meu caso, que estava “uma confusão só a região pélvica”, segundo o especialista em reprodução humana, só engravidaria com FIV e olhe lá! E a dor, não se falava em parar com a dor naturalmente, só com o uso de anticoncepcionais, coisa que eu não queria mais usar, pois tinha medo de ter trombose e outra coisa que ninguém fala é que anticoncepcional diminui a libido, e no meu caso: desapareceu!!! Nesse dia eu sai em prantos do consultório, quando me vi sem dinheiro e sem esperança para uma cirurgia. Ainda tentei negociar depois com o financeiro do consultório. Porém, após falar com o especialista, a funcionária me ligou disse o seguinte: "o doutor Mário (nome fictício) mandou te dizer que não faz a tua cirurgia mais, por dinheiro nenhum". Eu fiquei pensando se eu fui ofensiva com a secretária ou se ela me interpretou mal e levou o caso a ele de forma errada, pois achei uma resposta muito grosseira para um médico.
Então
eu fui falar com o outro especialista em reprodução humana que fiquei sabendo
que também fazia cirurgias de endometriose severa. Ele fez um orçamento melhor:
R$ 20.000,00 já com proctologista incluso (ele foi indicação de uma médica
daqui de Brasília que faz transvaginal com preparo intestinal, fiz esse exame
com ela e ela me falou dele, então eu fui atrás). Mas ele também não me deu
muitas garantias, mas o proctologista da equipe dele era muito bom e me disse
que quando se faz uma boa limpeza, as chances de a doença voltar são mínimas e
que ele ainda não tinha nenhum caso que tivesse voltado. Mas a gravidez… só por
FIV, e com muita sorte para dar certo ou com muita fé em Deus, pois seria
praticamente um milagre se eu engravidasse.
Passei
mais um ano de angústia tomando anticoncepcional de uso contínuo, mas ainda
sentia cólicas, mesmo sem menstruar, não como era antes, mas tinha dia que
parecia que eu estava sendo cortada por uma serra elétrica na altura na pelve.
E seguia num estado depressivo, fiz terapia, mas me recusei a ir a um
psiquiatra, pois sabia que me passaria medicação controlada e isso eu não
queria.
Até
que em setembro de 2012 fiquei sabendo da existência do doutor Alysson Zanatta
através de uma colega de trabalho, que é amiga da esposa dele. Mas eu não fui
consultar-me com ele de início, pois já estava cansada de ir a médico. Ocorre
que sempre tem alguém que conhece um médico que é o melhor do mundo, e nos
indica e insiste para que nos consultemos com esse médico “melhor do mundo”, aí
a gente vai lá, faz a consulta e....nada!!
Mas
ela insistiu comigo, e me falou que ele tinha feito doutorado na área de
endometriose, inclusive no intestino, então eu resolvi marcar uma consulta com
ele (que aconteceu em novembro de 2012), afinal já tinha ido a tantos, não me
custava muito ir a mais um. Só que, quando eu lhe mostrei meus exames, eu
esperava aquela cara de espanto, de óooh, como a coisa está feia e blábláblá.
Mas não, ele me olhou no fundo dos meus olhos e disse sorrindo: não se preocupe, depois da cirurgia
você não sentirá mais dor, não precisará tomar qualquer remédio, nem
anticoncepcional e conseguirá engravidar naturalmente!! Nesse momento, foi como
se o céu se abrisse e Deus estivesse falando comigo. Eu saí do consultório
maravilhada com todas as coisas que o doutor Alysson me disse, totalmente
diferente do que eu já havia ouvido, visto e lido até então. Fiquei encantada
com o doutor Alysson, ninguém me entendia tanto como ele: as dores, o
psicológico, os problemas sócioafetivos, tudo em decorrência da endometriose.
Confesso que não confiei muito na estória de não sentir dor sem remédio e
engravidar naturalmente, mas ele foi tão atencioso, educado, gentil e,
principalmente, tinha um discurso sobre a doença e seu tratamento totalmente
diferente do que eu já havia escutado, que resolvi “pagar pra ver” e me decidi:
é com ele que farei minha cirurgia e com ninguém mais.
Ele
foi muito prestativo, todos os relatórios e justificativas que precisava para
levar ao plano de saúde, ele fazia para mim, com a maior disposição e sempre me
animando. O doutor Alysson é um médico fantástico, muito atencioso, paciente,
responde prontamente a todos os e-mails.
Pedi
ao plano de saúde que pagasse seus honorários, pois não havia outro médico na
rede credenciada que tratasse a doença como ele. Foram uns cinco meses de
burocracia e espera, até me consultei com uma médica indicada pelo plano de
saúde, que disse que tiraria o meu útero em um ano caso eu não engravidasse.
Voltei ao plano de saúde e falei que aquela louca não tocaria em mim de jeito
nenhum. E a médica é superconceituada, é professora da UNB (Universidade de
Brasília) de doutorado e foi professora de médicos renomados.
Teve
até uma outra ginecologista certa vez, que disse que era para eu largar a
nutricionista e pagar um psicólogo. Resultado: eu nunca mais voltei nela, pois
ela era muito conceituada também, mas de endometriose ela não sabia nada, mas
pensava que sabia.
Após
os trâmites do pedido administrativo junto ao plano de saúde, finalmente em 24
de junho de 2013 eu fiz a minha cirurgia com o doutor Alysson. Iniciava ali
minha nova vida! De fato eu tinha muitos focos de endometriose. Foi necessária a ressecção de cerca de 3 cm de intestino, devido á uma pequena lesão. Fora retiradas lesões de endometriose (principalmente atrás do útero), a trompa esquerda e o mioma uterino interno (submucoso). Toda a equipe cirúrgica era de ginecologistas, que fazem a ressecção da endometriose, onde quer que ela esteja. E isso que importa: saber retirar toda a doença da mulher independente da especialidade. Após
a cirurgia, o doutor Alysson disse que era para eu levar a vida o mais normal
possível, fazer tudo que eu não fazia por conta da doença, e que eu não
precisaria mais tomar nenhum tipo de remédio – nem para dor e nem
anticoncepcional. E assim aconteceu!
Sem
precisar tomar remédios para dor, eu fiquei menos dopada e mais disposta,
comecei a fazer academia e reeducação alimentar. Fiz também fisioterapia
uroginecológica com biofeedback e eletroneuroestimulação, o que fez com que as
dores na relação sexual cessassem. E sem tomar anticoncepcional, a libido foi
voltando aos poucos. Sem dor na relação sexual e com mais libido, pense.. Agora
é só alegria!
Após
seis meses de cirurgia, em dezembro de 2013, o doutor Alysson me recomendou que
eu engravidasse. Em fevereiro de 2014 tomei um susto quando fiz um teste de
gravidez de farmácia e deu positivo. Estava com cinco semanas de gravidez. Mas
infelizmente sofri um aborto espontâneo com seis semanas. Mas ainda assim,
ficamos muito felizes, pois para quem só conseguiria engravidar TALVEZ por meio
de FIV, segundo opinião de todos os médicos com quem me consultei antes do
doutor Alysson, engravidar naturalmente foi motivo de muita alegria e
esperança, pois outras formas estão descartadas.
Depois
disso não tentamos mais, pois meu marido fez duas cirurgias em 2014, sendo que
a segunda foi para retirar um câncer na tireóide, o que o levou a ter que fazer
iodoterapia, e com isso, a médica nuclear nos recomendou engravidar somente
após um ano da realização desse procedimento, por conta da radiação. Ele está
bem, graças a Deus! E estamos confiantes, juntamente com o doutor Alysson, de
que breve teremos mais uma boa notícia para contar!
Agradeço a Deus por ter
encontrado, depois de tanta via-sacra, um médico maravilhoso, paciente, humano,
um verdadeiro anjo chamado doutor Alysson Zanatta. Esse eu indico de olhos
fechados. E pode ter certeza que voltarei aqui para contar a segunda parte de
minha história. E para quem sofreu como eu pelo descaso dos médicos, peço para desistirem. Sempre há de aparecer um médico em forma de anjo em nossa vida. Obrigada por lutar pela nossa causa, Carol!! Beijo carinhoso!
Tatiana”.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
NEUROPELVEOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA NA DOR PÉLVICA CRÔNICA, NAS DISFUNÇÕES MICCIONAIS E EVACUATÓRIAS!
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Endometriose sobre nervo hipogástrico
inferior esquerdo.
A endometriose é uma entre várias
doenças que podem afetar os nervos da pelve
fonte: Dr. Alysson Zanatta, Clínica
Pelvi
|
Você sabe o que é Neuropelveologia? Eu conheci esta especialidade quando estava com suspeita de endometriose nos nervos pélvicos. Ainda estava em tratamento no ambulatório da Unifesp e a ginecologia me encaminhou ao especialista em 2012. Na época escrevi aqui! Graças a Deus foi descartada qualquer infiltração da minha endometriose nos nervos pélvicos. Mas ela vai muito além da endometriose nos nervos pélvicos. Graças a ela já existe tetraplégico voltando a andar. Você sabe da importância dos nervos pélvicos em nosso corpo e em nossa vida? Leia com atenção e saiba porque sem ela nós não conseguimos não só andar, mas também a ter nossas funções sexuais, miccionais e evacuatórias. Mais um conteúdo exclusivo do A Endometriose e Eu. Beijo carinhoso!
Por Caroline Salazar
Edição: doutor Alysson Zanatta
Edição: doutor Alysson Zanatta
Dor pélvica crônica, disfunções miccionais e evacuatórias: saiba o que é a Neuropelveologia e como ela pode nos ajudar
A Neuropelveologia é uma nova subespecialidade médica criada com o propósito de diagnosticar e tratar doenças dos nervos da pelve. É na pelve onde estão localizados os nervos que controlam toda a nossa função sexual, intestinal e evacuatória, além de ser a origem dos nervos responsáveis pelo funcionamento dos membros inferiores. Conseguimos caminhar, evacuar e urinar, entre outros, graças ao controle do cérebro sobre os nervos da pelve, e da ação destes sobre os músculos e órgãos-alvo. Portanto, a ocorrência de doenças nesses nervos pode levar a sérias consequências, como dor e incapacidade de realização de necessidades fisiológicas básicas, além da impossibilidade até mesmo de caminhar.
Nossos nervos funcionam como os fios de eletricidade que transmitem a energia necessária para acender uma lâmpada. Por exemplo, imagine que você ligue um interruptor para acender essa lâmpada, mas ela não se acende porque o fio foi cortado, ou porque talvez esteja comprimido. Da mesma forma, nervos na pelve que estejam cortados (por uma lesão cirúrgica, por um acidente, ou por um trauma como uma simples queda sentada), ou comprimidos por um tumor (como a endometriose, que é um tumor benigno, ou talvez por um ponto de cirurgia realizada no passado), ou ainda por varizes na pelve, podem não funcionar adequadamente. A Neuropelveologia propõe o estudo e o tratamento dessas doenças.
Um número significativo de homens e mulheres em todo o mundo têm dor pélvica crônica, ou alguma disfunção miccional e evacuatória. Essas pessoas costumam levar anos até receberem um diagnóstico final da causa de sua doença, e quase que invariavelmente passarão por muitos médicos de diferentes especialidades. No caso das mulheres, elas podem receber um diagnóstico equivocado no primeiro momento, como o diagnóstico de endometriose, ou de bexiga hiperativa e cistite intersticial crônica. Isso acontece porque, infelizmente, as doenças dos nervos da pelve não costumam ser lembradas como causa de dor. De fato, até mesmo o ensino dessas doenças pode ser limitado nas universidades, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Quando são abordadas, costumam serem abordadas de forma dispersa, por ginecologistas, ortopedistas, neurologistas, e cirurgiões vasculares, e outros. Ou seja, é uma “terra de ninguém”. A repercussão desse ensino fragmentado é que os pacientes acabam sendo encaminhados para diversos especialistas, e muitas vezes não conseguem um diagnóstico. A Neuropelveologia busca unificar esse conhecimento, e aplicá-lo de forma prática e objetiva.
Desenvolvida pelo professor doutor Marc Possover, um oncologista ginecológico francês hoje radicado na Suíça, a Neuropelveologia teve a sua Sociedade Internacional de Neuropelveologia (ISON) criada em 2014. Contando no início basicamente com cirurgiões ginecológicos, a sociedade hoje começa a atrair o interesse de outros médicos, como ortopedistas e neurologistas. O Prof. Possover publicou os primeiros trabalhos científicos de Neuropelveologia em 2004, relatando casos de pacientes com dores pélvicas consideradas como incuráveis. Aplicando conceitos básicos de anatomia, fisiologia, e exame clínico neurológico, Possover passou a diagnosticar as causas das dores em muitos desses pacientes como sendo de origem neurológica, e a tratá-los com a laparoscopia, entre outros.
A laparoscopia permite acessar de forma minimamente invasiva os principais nervos da pelve, inclusive aqueles originados na coluna. Uma vez que o diagnóstico é confirmado e que se chega ao nervo doente, pode-se realizar um de dois tratamentos: sua liberação, caso esteja sendo comprimido por varizes, endometriose, ou fios cirúrgicos de procedimentos prévios, ou então a implantação de um neuromodulador, que passará a estimular aquele nervo para que ele recobre a sua função, ou pare de causar dor. Esse é o princípio básico da Neuropelveologia. Porém, isso não significa dizer que toda pessoa com doença de nervo pélvico irá necessitar de cirurgia.
![]() |
A Neuropelveologia estuda as
doenças dos nervos da pelve.
fonte: www.theison.org
|
Mas ainda há muito pela frente. Hoje, poucos médicos no mundo conhecem a Neuropelveologia e suas potenciais aplicações. Além do mais, a especialidade em si precisa ser desenvolvida, com pesquisas e relatos de resultados. Nesse sentido, realizou-se em Aarhus, na Dinamarca nos últimos dias 11 e 12 de dezembro um encontro dos membros fundadores da ISON. Além do aperfeiçoamento técnico, que contou com treinamento de dissecção dos nervos pélvicos em cadáveres, foram discutidas formas para que os membros da sociedade (hoje contando apenas com cerca de 20 participantes em todo o mundo) possam evoluir em sua capacitação, e então contribuir para a formação de outros especialistas. Conforme mencionado pelo doutor Possover, esse será um dos principais objetivos iniciais da ISON: a capacitação médica, para que estes possam fazer um correto diagnóstico das doenças dos nervos da pelve. Ferramentas online serão utilizadas para esse propósito, entre outras. Dessa forma, espera-se reduzir o tempo de diagnóstico dessas doenças, para que tratamentos efetivos possam ser propostos o mais precoce possível.
Mais informações sobre a Neuropelveologia e suas aplicações em http://www.theison.org/
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015
AS CIDADES QUE ESTÃO INSCRITAS NA ENDOMARCHA 2016!!
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Logo oficial da EndoMarcha Time Brasil 2016 |
Vamos falar muito mais da EndoMarcha 2016 no A Endometriose e Eu, mas de antemão já agradeço às coordenadoras: Cristiane (Campo Grande), Silvia (Porto Alegre), Kelly (Londrina), Karen (Rio de Janeiro), Priscila (Florianópolis) e Taciana (Recife) que abraçaram a nossa causa. Sim, todas são portadoras da doença. Campo Grande e Porto Alegre estão conosco desde a 1ª edição da EndoMarcha. Neste ano a Silvia assumiu a coordenação da marcha de Porto Alegre. Seja bem-vinda! Seja bem-vinda todas as novas e obrigada as antigas que continuam. Vocês são especiais! Precisamos fazer o movimento crescer cada ano que passa, não só em número de cidades, mas no número de voluntários. Você não precisa ter endometriose para caminhar conosco, basta ser generoso e querer ajudar a salvar uma vida feminina que sofre com a enfermidade que acomete mais de 200 milhões de meninas e mulheres no mundo todo, mais de 7 milhões só no Brasil. Para se cadastrar clique aqui e junte-se a nós. Juntas somos mais fortes. Atenção: quem se cadastrou para a EndoMarcha de 2014 e 2015 NÃO precisa fazer novo cadastro.
Estou muito feliz pela abrangência da EndoMarcha 2016, que estará presente em sete estados, tendo mais um do Sul e o primeiro do Nordeste. Sem contar o Rio de Janeiro que é um estado importante, não só pelo que ele representa, mas por já ter sido a nossa capital federal. Em meados de janeiro já irei passar às coordenadoras os voluntários de cada estado. Quem quiser patrocinar a EndoMarcha favor entrar em contato comigo por email: carolinesalazar7@gmail.com e endomarch.brazil@gmail.com. Esse é o momento de nos unir e mostrar nossa cara, romper nosso silêncio. Em breve vamos iniciar uma grande campanha virtual. Curta nossa fanpage no facebbok EndoMarcha Time Brasil. Peço a todos que nos ajudem a divulgar a EndoMarcha 2016 nas redes sociais usando as hastags: #endomarcha2016, #endomarchatimebrasil, #endomarchatimebrasil2016, #endomarchteambrazil, #endomarch2016 e #aendometrioseeeu. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, PORTO ALEGRE, CAMPO GRANDE, RECIFE, FLORIANÓPOLIS E LONDRINA!
São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegra (RS), Campo Grande (MS), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Londrina (PR). Essas são as cidades que até o momento receberão a EndoMarcha
2016. Vale lembrar que a inscrição dos estados é válida até o dia 15 de
dezembro, com fim na próxima terça-feira. Quem quiser coordenar a 3ª edição da EndoMarcha em seu estado é preciso entrar em contato comigo para
formalizarmos a inscrição de seu estado nos emails endomarch.brazil@gmail.com e carolinesalazar7@gmail.com. De qualquer forma estou muito feliz
pela abrangência da EndoMarcha 2016, que estará presente em sete
estados, tendo mais um do Sul e o primeiro do Nordeste. Sem contar o Rio de
Janeiro que é um estado importante, não só pelo que ele representa, mas por já
ter sido a nossa capital federal. Com o término das inscrições vou enviar às
coordenadoras os voluntários cadastrados. Obrigada a todas as coordenadoras que
estão conosco na luta de conscientização e por melhorias de tratamento as mais
de 10 milhões de endomulheres. Quem quiser patrocinar a EndoMarcha favor entrar em contato comigo por email. Esse é o momento de nos unir e mostrar nossa cara, romper nosso silêncio. Em breve vamos iniciar uma campanha virtual. Curta nossa fanpage no facebbok EndoMarcha Time Brasil. Atenção: quem se cadastrou para a EndoMarcha de 2014 e 2015 NÃO precisa fazer novo cadastro. Para se cadastrar clique aqui. Beijo
carinhoso! Caroline Salazar
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
PARCERIA COM O iG SAÚDE, DO PORTAL iG!!
![]() |
Clique na imagem e veja o menu do iG |
Repararam algo diferente no A Endometriose e Eu? Há duas semanas firmamos parceria com o iG Saúde, do portal iG. Agora as (os) leitoras (es) poderão ler notícias sem sair do blog. Basta clicar no menu do iG (onde está a seta preta, clique e amplie a imagem), logo abaixo das colunas do blog. Agradeço à minha amiga Patrícia Moraes que teve esta brilhante ideia e me deixou honrada em fazer parte deste seleto grupo de parcerias. Obrigada por sempre ter acreditado em meu trabalho. Logo mais trarei mais informações sobre a EndoMarcha 2016. Para quem ainda não se cadastrou clique aqui e faça seu cadastro. Se você se cadastrou na de 2014 ou na de 2015 não precisa fazer novo cadastro. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
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terça-feira, 1 de dezembro de 2015
SAÚDE E BEM-ESTAR: MULHERES COM ENDOMETRIOSE PODEM TER PARTO NORMAL?
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imagem cedida por Free Digital Photos |
Após falarmos de estudos que abordam a questão da gravidez e do parto de uma endomulher, hoje vamos falar a respeito do parto normal. Uma portadora pode ter parto normal? É preciso preparar o assoalho pélvico? E quem tem ou teve a dispareunia? Na coluna "Saúde e bem-estar", a fisioterapeuta doutora Ana Paula Bispo escreveu um texto para o A Endometriose e Eu sobre o tema, que foi pedido por muitas leitoras, na fanpage do blog. Você quer saber sobre algum tema específico de fisioterapia ou outro assunto? É só escrever para nós. Beijo carinhoso!! Caroline Salazar
Por doutora Ana Paula Bispo
Edição: Caroline Salazar
Edição: Caroline Salazar
Mulheres com endometriose podem ter parto normal?
Durante a gravidez um hormônio chamado relaxina é liberado fazendo com que os músculos do assoalho pélvico sejam naturalmente alongados para favorecer a passagem do bebê. Apesar disso, em determinadas condições, os músculos do assoalho pélvico podem sofrer traumas durante o parto, resultantes de lacerações perineais espontâneas ou de episiotomia (corte realizado na vagina para ajudar a saída do bebê durante o parto vaginal).
As consequências mais comentadas a respeito do parto vaginal são a incontinência urinária e a disfunção sexual, porém esses conceitos vêm sendo desmistificados. Com a atuação de um fisioterapeuta especializado é possível preparar os músculos do assoalho pélvico para o parto na tentativa de evitar traumas perineais e, na ocorrência destes ou de disfunções do assoalho pélvico, reabilitar a musculatura.
Os recursos fisioterapêuticos mais utilizados durante a gestação no preparo do assoalho pélvico são a massagem perineal, o treinamento dos músculos do assoalho pélvico e o Epi – No. Antes de iniciar o tratamento, a gestante terá que fazer uma avaliação detalhada na qual o fisioterapeuta irá investigar se há alteraçõesosteomusculares, queixas de dor ortopédica e alterações nos músculos do assoalho pélvico, e a partir daí será traçado o plano de tratamento. No treinamento dos músculos do assoalho pélvico, a gestante realiza exercícios de contração e relaxamento do assoalho pélvico que é indicado de acordo com a avaliação da função muscular perineal realizada previamente. Esse treinamento pode ser feito em diversas posições e até associado com alguns movimentos. A massagem perineal e o Epi – No são utilizados a partir da 32ª à 35ª semanas de gestação. Ambos têm o objetivo de alongar a musculatura perineal para facilitar a saída do bebê sem causar muitos danos na musculatura. O Epi – No é um balão de silicone que é introduzido na vagina e vai sendo inflado lentamente simulando a cabeça do bebê, e é retirado da vagina inflado.
Mulheres que tiveram ou têm endometriose podem ter parto normal?
Sim. Não há restrição nesse caso. Porém, as mulheres que tem dispareunia (dor durante a relação sexual) precisam tratar a dor para conseguir ter o parto vaginal. Visto que na dispareunia a musculatura está tensa com presença de espasmos musculares e/ou pontos – gatilho. Portanto, é preciso eliminar essa queixa primeiro e depois disso dar continuidade ao preparo do assoalho pélvico para o parto.
Se a mulher preparou o assoalho pélvico durante a gestação e não conseguiu ter parto normal, o tratamento foi em vão?
Não. O preparo do assoalho pélvico durante a gestação não visa apenas o parto vaginal, mas também na prevenção de incontinência urinária durante e após a gestação. Com o aumento da barriga a cada mês, há também um aumento da sobrecarga nos músculos do assoalho pélvico, já que é ele que suporta todo esse peso. Portanto, se essa musculatura não é forte o suficiente, a gestante pode ter episódios de incontinência urinária durante e/ou após a gestação.
Sobre a fisioterapeuta Ana Paula Bispo:
Ana Paula Bispo é fisioterapeuta, atualmente faz doutorado em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é mestre em Ginecologia pela Unifesp, mesma instituição que fez especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico, e docente do curso de Pós Graduação de Fisioterapia em Uroginecologia da Universidade Estácio de Sá. Siga a fanpage da doutora Ana Paula Bispo.
Ana Paula Bispo é fisioterapeuta, atualmente faz doutorado em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é mestre em Ginecologia pela Unifesp, mesma instituição que fez especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico, e docente do curso de Pós Graduação de Fisioterapia em Uroginecologia da Universidade Estácio de Sá. Siga a fanpage da doutora Ana Paula Bispo.
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