Páginas
- Caroline Salazar
- Endo Marcha
- História das Leitoras
- Dr. David Redwine
- Com a Palavra, o Especialista
- Matthew Rosser
- Artigos Internacionais
- Superando a Endo Infertilidade
- Eventos
- Índice
- Saúde & Bem-estar
- Endo Dicas
- Na Mídia
- Endo Social
- Programa EndoMulheres
- Leitoras na Conscientização
- A Vida de uma Endo Mamãe
- A Vida De Um Endo Marido
- Loja Virtual
quinta-feira, 28 de abril de 2016
4 MILHÕES DE ACESSOS DO A ENDOMETRIOSE E EU! OBRIGADA PELA AUDIÊNCIA!
Hoje é um dia muito especial para toda equipe do A Endometriose e Eu! Alcançamos a marca recorde de 4 milhões de acessos! Meu Deus, sabe quando imaginei que chegaríamos tão longe? Nunca!! hahaha Nos últimos seis meses conseguimos um milhão de acessos! Sinceramente nunca imaginei que um sincero desabafo chegaria até aqui. Que milhões de mulheres se identificariam com minhas dores, com a incompreensão da sociedade, com o diagnóstico extremamente tardio. Em primeiro lugar agradeço todos os leitores (sim no masculino, pois temos leitores homens também), todos que acessam o blog, pois sem vocês o blog não chegaria aos 4 milhões de acessos. E batemos esta marca no mês de aniversário do blog! Cerca de 75% dos leitores do blog são mulheres e 25% homens. Juro que fico emocionada quando a portadora fala "foi meu marido que me mostrou seu blog". Em segundo lugar meu agradecimento especial aos colaboradores-voluntários do blog. Todos que escrevem aqui são voluntários e acreditaram no trabalho que comecei a fazer seis anos atrás. Ter essa confiança não tem preço. Nós fazemos uma corrente do bem, uma corrente a favor da vida feminina, uma corrente que salva vidas no mundo todo levando informações preciosas.
Cada texto é pensado e repensado para levar informação de qualidade às endomulheres, aos endomaridos e à toda família das portadoras de endometriose. A mensagem de fé, de esperança e de perseverança que o blog passa faz o sucesso de cada artigo postado aqui. O A Endometriose e Eu é um grande amigo das portadoras de endometriose. Aqui elas encontram consolo, o blog acalenta corações aflitos e desesperançosos. Por isso, cada comentário, cada compartilhamento é uma grande emoção para todos nós. Nunca imaginei que este trabalho despretensioso, acalentaria tantos corações, que renovaria a esperança e a fé de muitas mulheres. Agradeço a Deus por esta oportunidade, por Ele ter me dado a sabedoria das palavras e por ter encontrado no meio do caminho pessoas maravilhosas que hoje são colaboradores fundamentais no blog. Agradeço também todos os dias tudo que passei, todo sofrimento, pois sem meus obstáculos eu não teria idealizado o blog. Hoje, a homenagem é para todos que fazem do blog, o mais lido do mundo sobre endometriose
Nossa missão: educar e conscientizar a família da portadora e toda a sociedade acerca da endometriose. Dar suporte, acolher, aconselhar e acalentar as pessoas que nos procuram, seja portadora, como também seus familiares. E nossa principal missão além de passar a informação correra sobre a doença é tornar a endometriose uma doença reconhecida como social e de saúde pública pelos nossos governantes. Ter leis para que as portadoras passam a ter seus direitos como todo cidadão tem por direito. Vamos continuar com fé, caminhando juntos, com bondade, com generosidade e muita honestidade. Porque tudo que é honesto dá certo, vai pra frente. Agradeço a Deus e a todos pelo blog ser hoje referência mundial em endometriose! Beijo carinhoso!! Caroline Salazar e equipe!
Postado por
A Endometriose e Eu
às
15:25
Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
4 milhões de acessos a endometriose e eu,
a endometriose e eu referência em endometriose,
blog endometriose,
caroline salazar,
endometriose,
quatro milhões de acessos
quarta-feira, 27 de abril de 2016
6 ANOS DE BLOG! "ENDODICAS": CINCO DICAS DE COMO ALIVIAR CÓLICAS E DORES ABDOMINAIS!
Por Caroline Salazar
Voltei
firme e forte a escrever artigos. Ebaaa! Quero escrever pelo menos um por mês. Com a coluna “EndoDicas” vou dar
preciosas dicas de como conviver e viver melhor mesmo tendo endometriose, principalmente,
para quem sente as dores da doença. Já falamos a respeito de como aliviar asdores nas pernas, aquela sensação de cansaço que temos, hoje quero falar sobre
como aliviar as dores abdominais. Vou dar algumas dicas do que eu fazia para
aliviar (ou ao menos tentar!) as minhas dores abdominais, seja cólicas ou
intestinais. Para não ficar muito grande hoje vou dar cinco dicas e aos poucos
vou falando mais sobre este assunto.
- Relaxamento: infelizmente
nós, endomulheres, temos muita insônia, não é mesmo? Eu sofria horrores e ainda
hoje durmo bem pouco. Quando bater aquela cólica chata, aquela dor ardidinha ou
latente tente relaxar. Se der para deitar bem, se não der tente ao menos
colocar as pernas para cima, de preferência com as panturilhas sobre uma almofada e ou um travesseiro, e faça um exercício de respiração que é batata para relaxamento:
expire e inspire longamente e bem devagar. Faça uma série de 10 repetições, descanse uns
minutos e volte novamente. Comece com uma série e vá aumentando aos poucos
conforme sua evolução. Eu aprendi esse exercício de respiração quando fiz minha
fisioterapia uroginecológica na Unifesp e sempre foi batata em aliviar as
dores, especialmente, as musculares e, de quebra, ainda acalmava a cólica também.
- Bolsa de água quente: nossa grande
aliada quando estamos com cólicas, principalmente, quando já tomamos
analgésicos. O calor da água relaxa a musculatura amenizando as contrações
uterinas. Não tome medicamento sem a prescrição de seu especialista.
- Chás: Quando tinha cólicas (sim, eu vivo
sem elas há quase 4 anos J) sempre tomava chá
de camomila ou de hortelã, pois essas ervas ajudam a relaxar e a acalmar dores
abdominais, dentre elas, as cólicas e as dores de estômago. A camomila, por ser calmante, também ajuda a
melhorar as dores de cólicas intestinais. Para quem gosta de
canela, como eu, ela também é uma boa pedida, pois a canela age como analgésico
ajudando a controlar as dores da cólica.
- Evite alimentos gordurosos e bebidas
gasosas: Investir numa alimentação saudável com mais frutas, legumes e
verduras também é uma boa pedida. Alimentos enlatados, gordurosos e com muita
gordura trans, como frituras e hambúrgueres, além de aumentar nossa gordura abdominal,
aumentam a produção de hormônio aumentando a contração do útero. Evitar bebidas
gasosas também é uma valiosa dica para quem sofre com as temidas cólicas.
- Pratique exercício físico: eu sei muito
bem que quem sofre com cólicas, dependendo do grau da dor, mal consegue se
mexer. Mas falo por experiência própria, uma simples caminhada leve melhora e
muito as dores da cólica. O Pilates também é um grande aliviado, pois além de
relaxar a musculatura há também o trabalho de respiração durante os exercícios.
Eu amo Pilates. Acho uma atividade que contribui e muito para o fortalecimento
muscular, a manter a postura correta e a relaxar.
Quem
tiver outras dicas podem deixar nos comentários. Lembrando que nosso
especialista tem de ficar a par de tudo que acontece com a gente. Não faça
nada, não tome nada sem o consentimento de seu médico. Importante lembrar que as cinco
dicas que escrevi funcionou comigo, mas cada organismo poderá reagir de uma
forma. Beijo carinhoso!
Postado por
A Endometriose e Eu
às
23:13
7 comentários:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
a endometriose e eu,
caroline salazar,
caroline salazar dá dicas,
dicas para aliviar cólicas menstruais,
dicas para aliviar dores abdominais,
dicas para endometriose,
endodicas,
endometriose
segunda-feira, 25 de abril de 2016
6 ANOS DE BLOG! DAVID REDWINE: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ADENOMIOSE!
Já falamos sobre a adenomiose algumas vezes na coluna "Com a Palavra, o Especialista" e abordamos o que é, os sintomas, o diagnóstico e como é o tratamento aqui na do doutor David Redwine. Porém este é um tema que ainda gera muitas dúvidas nas portadoras de endometriose. Por isso no texto de hoje vamos muito além das questões básicas. Além dos sintomas, as causas e o tratamento, vamos abordar a diferença entre adenomiose e endometriose, o que causa a adenomiose, se as adolescentes também podem ter a doença e a adenomiose compromete a infertilidade estão entre as perguntas do texto. O médico e cientista americano irá sanar todas as suas dúvidas sobre adenomiose. Ele também fala sobre os análogos e se algum medicamento erradica a adenomiose. Mais um texto exclusivo do A Endometriose e Eu que vai te ajudar a esclarecer ainda mais sobre adenomiose e endometriose. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
Entrevista em inglês: Libby Hopton
Tradução: doutor Alysson Zanatta
Edição: Caroline Salazar
A adenomiose é normalmente
considerada uma doença cujo início dos sintomas ocorre mais tardiamente do que
a endometriose, e que acomete tipicamente mulheres acima dos 30 anos de idade,
especialmente aquelas que já engravidaram.
Libby Hopton: O que é adenomiose?
David Redwine: Adenomiose refere-se ao
tecido glandular presente no músculo uterino, onde ele não deveria existir. O
tecido glandular assemelha-se ao tecido glandular que reveste o endométrio (a
cavidade uterina). Nós não sabemos o que essas glândulas secretam, mas
presumivelmente as secreções são irritativas da mesma maneira que as secreções
glandulares da endometriose o são. A adenomiose pode ser difusa, como cupins em
uma parede, ou pode ser encontrada na forma de um nódulo delimitado chamado
adenomioma. Esse é demonstrado na fotomicrografia anexa. Em latim, o plural de
adenomioma é adenomiomata.
Figura 1. Adenomiose difusa
na parede posterior do útero.
|
LH: Quais são os sintomas da
adenomiose?
DR: Como a adenomiose é uma
doença que envolve a parede muscular do útero, os principais sintomas da
adenomiose são cólicas uterinas, especialmente durante o ciclo menstrual.
Algumas mulheres com adenomiose podem ter cólicas ao longo de todo o mês,
apesar de ainda agravadas durante a menstruação. Quando o útero dói, a dor pode irradiar-se
para a região lombar baixa, para a parte baixa da barriga, e abaixo na região
frontal das pernas. Durante o exame ginecológico, o útero pode estar doloroso
ao toque, especialmente quando os sintomas da adenomiose são severos. Se a
palpação do útero reproduzir de alguma maneira a dor que a mulher sente, isso
então apontará um dedo em direção ao útero como o causador de pelo menos parte
da dor, e a adenomiose será a principal candidata. Como o útero é tocado
durante a relação sexual, algumas mulheres com adenomiose podem ter relações
sexuais dolorosas. Um útero doloroso também modifica-se com o enchimento ou esvaziamento
da bexiga ou do reto, e portanto, a micção e a evacuação dolorosas também
poderão ser sintomas da adenomiose. Assim, a adenomiose tem vários sintomas em
comum com a endometriose, e isso pode causar confusão no diagnóstico. Uma das
características que difere a adenomiose da endometriose é que a adenomiose pode
eventualmente causar fluxos menstruais intensos ou irregulares. Já a
endometriose raramente causará desarranjos no ciclo menstrual.
LH: Por que você acha que o
início dos sintomas da adenomiose se dá mais tardiamente do que a endometriose,
e isso é o que sempre ocorre?
DR: Como a cólica uterina é o
sintoma clássico da adenomiose, e como muitas mulheres com endometriose podem
ter cólicas durante o fluxo menstrual mesmo no início da adolescência, há uma
sobreposição deste sintoma da adenomiose com a endometriose que pode tornar
difícil saber quando exatamente a adenomiose começou a se desenvolver. Por
outro lado, está claro que a endometriose pode ser diagnosticada pela
laparoscopia no início da adolescência (ou mesmo nos fetos, de acordo com os
trabalhos de Signorile), enquanto o diagnóstico da adenomiose por ressonância
magnética (a maneira mais precoce de se diagnosticar a doença sem a realização
de histerectomia) seria incomum antes dos 20 anos de idade e mais comum após
essa idade. Portanto há alguma evidência que a adenomiose manifesta-se mais
tardiamente que a endometriose, mas isso não seria simplesmente porque a
adenomiose mais precoce (e portanto menor) não poderia ser vista aos exames porque
ela é muito pequena? Apesar da adenomiose costumar ser diagnosticada mais
tardiamente do que a endometriose ao longo da vida, isso não significa
necessariamente que ela tenha se iniciado após a endometriose. Como a
adenomiose geralmente necessita da realização de histerectomia para seu
diagnóstico, significa que o diagnóstico será comumente retardado por dois
motivos:
1. até que a mulher tenha
todos os filhos desejados;
2. após todas as medidas médicas
ou cirúrgicas conservadoras terem se esgotado. E como os sintomas da adenomiose
são de alguma forma parecidos com os da endometriose, não seriam alguns dos
sintomas da adenomiose sub-diagnosticados pela sobreposição dos sintomas da
endometriose, a qual chama mais a atenção porque é mais fácil de se diagnosticar?
LH: A adenomiose deveria ser
considerada como possível causa de dor em pacientes jovens que tenham dor
uterina, incluindo as adolescentes?
DR: Sim, apesar de haver pouco
a se fazer, porque as adolescentes geralmente ainda não engravidaram e também
não tentaram outras formas de tratamento conservador.
LH: Você acha que a associação
entre adenomiose com gravidez pregressa e idade mais tardia de início dos
sintomas é correta, ou função de um viés de seleção (isto é, mulheres que são
mais velhas e que completaram suas famílias são mais propensas a optarem pela
histerectomia e receberem portanto o diagnóstico confirmado por biópsia)?
DR: Eu acredito no viés de
seleção. Uma coisa que aprendi durante a faculdade de Medicina e na
especialização era que a adenomiose seria mais comum em mulheres que já tiveram
filhos, mas como o diagnóstico necessita de histerectomia, isso concentraria o
diagnóstico em faixas etárias mais avançadas.
LH: O que causa a adenomiose em
sua opinião? A adenomiose tem origem embrionária ou poderia também ser
plausivelmente uma condição adquirida, como naqueles casos de sintomas que
surgem após uma gestação?
DR: Eu acho que a adenomiose
tem origem embrionária, assim como a endometriose também parece ser
embrionária. De fato, a teoria da Mülleriose, o melhor modelo para explicar a
origem da adenomiose, é na verdade um conceito antigo que pode incluir a
adenomiose como uma prima da endometriose (leia o texto Mulleriose: A melhor teoriapara a origem da endometriose).
LH: Você acha que o tipo de
tecido do local da doença (músculo uterino) pode ter algo a ver com o surgimento
mais tardio das dores em comparação à endometriose?
DR: Essa é uma boa pergunta. A
endometriose começa no peritônio, que é muito fino e tem uma grande inervação.
A adenomiose começa no músculo uterino próximo ao endométrio, o revestimento
uterino. O músculo uterino é mais grosso, mas também tem fibras nervosas.
Portanto, poderia supor-se que uma doença glandular secretora de substâncias
irritativas sobre o peritônio como a endometriose poderia causar dores mais
precocemente do que pequenas glândulas que se formam na parede muscular do
útero. Mas aí nós retornamos às primeiras questões acima – não se iniciaria a
adenomiose no mesmo momento que a endometriose, causando sintomas similares,
mas que seria mais difícil de se diagnosticar e causar a impressão de ter se
iniciado mais tardiamente?
LH: A adenomiose também
comprometeria a fertilidade?
DR: A adenomiose foi
relacionada à infertilidade em macacos, portanto ela também pode comprometer a
fertilidade em humanos. Algumas mulheres com adenomiose e infertilidade podem
gestar após a remoção de parte de sua adenomiose.
LH: Hormônios ou a
histerectomia são normalmente oferecidos como formas de tratamento da
adenomiose. Obviamente, nem todas as mulheres com sintomas incapacitantes
estarão preparadas para a remoção cirúrgica do útero, e os tratamentos
hormonais não são bem tolerados por muitas, além de não ser uma opção para
aquelas que estiverem tentando engravidar. Há alguma outra opção cirúrgica
possível para o tratamento da adenomiose sintomática?
DR: Há vários procedimentos
conservadores que podem ser realizados em um esforço para se manter o útero e
para reduzir a dor da adenomiose. Um adenomioma isolado pode ser removido
cirurgicamente, da mesma forma que um mioma. A principal diferença na remoção
de um adenomioma comparado ao mioma é que este destaca-se do útero facilmente,
como uma pérola retirada de uma gelatina. O adenomioma não é tão bem delimitado
e pode invadir o músculo adjacente, e portanto fica mais difícil removê-lo
porque as fibras musculares tendem a se misturar com aquelas do tecido
adjacente. Um problema na remoção do adenomioma é que frequentemente pode haver
mais adenomiose difusa presente em outros locais do útero, e a doença
remanescente poderá continuar a causar sintomas. Para superar esse problema, Osada
desenvolveu um procedimento para a remoção de mais tecido muscular do útero.
Isso é feito por laparotomia, e mais informações sobre o procedimento,
incluindo vídeos cirúrgicos e depoimentos de pacientes, podem ser vistos em
www.infertile.com. Um outro procedimento que pode beneficiar as pacientes de
alguma forma é a neurectomia pré-sacral (NPS) na qual são cortados os nervos
que carregam as sensações de cólicas uterinas. Esse é um procedimento simples
que pode ser feito por laparoscopia. Apesar de sua eficácia ter sido
demonstrada em um estudo clínico randomizado, ele funciona menos em mulheres
que têm a adenomiose como causa de sua dor uterina. O motivo pelo qual se sabe
isso é que se a NPS não tiver sucesso em aliviar as dores uterinas, e se a
paciente passar depois por uma histerectomia, haverá uma alta prevalência de
adenomiose ao estudo microscópico do útero. Um dos motivos pelo qual a NPS pode
falhar é que o útero acometido pela adenomiose pode estar também secretando
substâncias químicas inflamatórias. Essas substâncias podem irritar as
cavidades pélvica e abdominal, resultando em sintomas semelhantes à síndrome do
intestino irritável (SII), assim como serem levadas a todo o corpo e causarem
sintomas como fadiga, febre de baixo grau, e dores musculares e nas
articulações.
LH: Quão relacionadas estão a
adenomiose e a endometriose? Qual a frequência que elas ocorrem simultaneamente
nesses estudos? Existe uma relação direta entre adenomiose e endometriose
invasiva?
DR: Ambas adenomiose e
endometriose são relacionadas a diferenciação e migração aberrantes dos ductos
de Müller. Os ductos de Müller são o substrato fetal dos órgãos genitais
internos femininos. Um problema na diferenciação e migração dos ductos de
Müller durante a formação embrionária poderia ser a causa de ambas as doenças.
É difícil saber qual a frequência de associação das doenças porque a maioria
das mulheres que eu operei não desejavam a histerectomia, portanto eu não tinha
nenhuma maneira de saber a real incidência da adenomiose em mulheres com endometriose.
Em mulheres que não responderam à cirurgia conservadora (nota do tradutor:
sem a remoção do útero) e nas quais eventualmente se realiza uma histerectomia,
a adenomiose possivelmente está presente em mais de 50% dos casos. Pode haver
uma relação entre endometriose e adenomiose avançadas, porque eu encontrei uma
associação de ambas muito frequentemente. De fato, a endometriose profunda
invasiva costumava ser chamada de adenomioma porque a endometriose invasiva
assemelha-se à adenomiose quando avaliada ao microscópio.
LH: A adenomiose e a
endometriose são essencialmente a mesma condição apenas com localizações
diferentes, ou elas também são histológica e morfologicamente diferentes?
DR: Essa pergunta é certamente
Zen. Eu acho que elas são tão fortemente relacionadas que poderiam ser
consideradas idênticas, exceto quanto à localização. Isso é especialmente
evidente quando se considera a endometriose invasiva e a adenomiose. A
endometriose invasiva e a adenomiose severa são praticamente idênticas sob o microscópio,
e ambas podem ser muito semelhantes quando observadas a olho nu.
LH: Quando uma mulher passa por
uma histerectomia devido à suspeita de adenomiose e a sua biópsia
pós-operatória é negativa para a doença, qual seria a explicação possível?
DR: Mesmo um útero “normal”
pode causar dores por motivos que não compreendemos completamente, situações
nas quais todas as biópsias seriam negativas para adenomiose, mesmo que a
paciente apresente os sintomas clássicos. Além disso, se no esforço para se
diagnosticar a adenomiose for obtida uma biópsia da parte interna do útero, é
possível que a biópsia deixe de diagnosticar a doença escondida em algum outro
lugar da parede muscular do útero. Se houver um crescimento óbvio do útero ou
uma descoloração hemorrágica de sua superfície, a biópsia poderá demonstrar
adenomiose. Mas em muitos casos de adenomiose, a superfície do útero aparenta
normalidade, e a biópsia pode ser muito rasa a ponto de não diagnosticar a
doença corretamente. Quando o útero é removido, o patologista tem uma grande
quantidade de tecido para trabalhar. O procedimento normal para o patologista é
obter várias amostras de toda a espessura da parede muscular do útero, assim
como amostras de nódulos, irregularidades ou áreas de descoloração que sejam
óbvias. Essas áreas são avaliadas com o microscópio na busca de adenomiose. Se
o resultado for negativo, o cirurgião pode solicitar ao patologista que avalie
mais tecido uterino para estudos microscópicos adicionais. Esses passos reduzem
enormemente a possibilidade de que a adenomiose não seja detectada.
LH: As camadas musculares da
parede uterina são igualmente suscetíveis ao desenvolvimento da adenomiose, ou
a doença tende a se localizar em uma porção específica do músculo? Caso
positivo, porque isso aconteceria?
DR: A parede posterior do útero
é geralmente mais afetada, portanto a distribuição da adenomiose não é
aleatória. O acometimento da parede posterior do útero seria explicado por
problemas na diferenciação e migração dos ductos de Müller em sentido distal na
pelve posterior, deixando células de endometriose mais comumente no fundo de
saco (nota do tradutor: região atrás do útero, entre o útero e o intestino) e a
adenomiose mais comumente na porta ao lado, na face posterior do colo uterino.
Cuthbert Lockyer ilustrou isso em uma publicação há quase um século atrás.
Figura 2. Adenomioma
(adenomiose e endometriose invasiva) do espaço reto-vaginal. Visão
microscópica de corte
sagital.
|
Este é um desenho de
espécime cirúrgico – o útero foi removido juntamente com um segmento do reto
(intestino) preso a si. O espécime foi cortado ao meio e representa o que é
chamado um corte sagital. Neste desenho, podemos ver o útero como um órgão
branco à esquerda e o reto como uma estrutura oca à direita. Entre o útero e o
reto encontra-se uma área de endometriose profunda invasiva que resultou na
obliteração completa do fundo de saco. O reto está acometido por um nódulo,
demonstrado como se fosse um tumor branco arredondado. Notem que fibras de
tecido estendem-se desde a lesão de endometriose até a face posterior do colo
uterino e parede uterina posterior. Isso representa adenomiose na parede
uterina posterior. Notem também que Lockyer estava usando para a lesão o termo
du jour – adenomioma – para o qual muitos cirurgiões hoje identificariam como
endometriose profunda invasiva.
LH: Qual a diferença entre
adenomiose focal (adenomioma) e adenomiose difusa? Qual variação é a mais
comum? Essas duas variantes são tratadas da mesma forma?
DR: A adenomiose focal ou
adenomioma é menos comum que a adenomiose difusa. Essas duas variações são
ilustradas acima. Os adenomiomas focais podem ser removidos cirurgicamente,
como discutido previamente. A adenomiose difusa pode ser removida pelo
procedimento de Osada ou por histerectomia. Não há nenhum remédio que possa
erradicar a adenomiose, apesar da supressão da produção de estrogênios ser
capaz de reduzir os sintomas enquanto a paciente estiver usando medicação.
LH: Por que a adenomiose não é
normalmente diagnosticada pela ultrassonografia ou ressonância?
DR: Para que alguma doença
apareça nos exames, é necessário que ela tenha ou um volume suficiente ou uma
diferença suficiente de densidade em relação ao tecido adjacente. Quanto menor
for essa doença, menos provável que seja detectada ao exame de imagem. Os
exames têm dificuldade em detectar lesões menores que 0,5 cm. A densidade de
uma doença comparada ao tecido adjacente também é importante. Por exemplo, uma
pequena pérola suspensa em gelatina de limão será vista mais facilmente do que
gelatina de framboesa suspensa em gelatina de limão.
LH: Os ginecologistas deveriam
evitar propor histerectomia para mulheres mais jovens com dor uterina?
DR: Se todos os tratamentos
médicos e cirúrgicos conservadores tiverem sido tentados, ou explicados e
rejeitados, então na minha opinião não há motivo para evitar a opção de
histerectomia para uma mulher de qualquer idade, cuja vida tornou-se miserável
devido a supostos sintomas uterinos, sejam esses devidos à adenomiose ou a
qualquer outro fator. A paciente mais jovem na qual realizei uma histerectomia
tinha 21 anos de idade. Nos Estados Unidos leis federais proíbem a
discriminação baseada em idade.
LH: Em sua opinião e
experiência, há coisas do tipo como “muito jovem para realizar uma
histerectomia”?
DR: Dizer que alguém é “muito
jovem” para realizar uma histerectomia é ser paternalista, além de limitar as
opções terapêuticas disponíveis para a paciente, e reduzir a paciente à uma
criança. Os médicos não precisam assumir o papel de pais quando tratarem suas
pacientes. A principal função do útero é gestar. Mulheres que tiveram
histerectomia, mas que ainda tenham pelo menos um ovário podem doar óvulos para
que sejam fertilizados por seu parceiro masculino e a gravidez resultante seja
levada em um útero de doadora. A disponibilidade de técnicas de reprodução
assistida abrandou os efeitos da histerectomia, e reduziram, portanto, a
preocupação de que uma paciente seja “muito jovem”.
LH: Existe algum papel para uso
de análogos de GnRH, como o Lupron, no tratamento da adenomiose sintomática?
DR: O Lupron demonstrou redução
dos sintomas da adenomiose e um pouco do tamanho do útero se ele estiver
aumentado pela adenomiose. Quando a medicação é interrompida, o útero pode
recuperar o seu tamanho inicial e os sintomas retornarem rapidamente. O análogo
pode ser um desperdício de tempo sintomática e muito caro.
LH: Em relação à histerectomia
como um tratamento definitivo para a adenomiose, ela teria algum efeito adverso
no prazer sexual e na habilidade de ter relações sexuais?
DR: Os estudos mostraram que
após a histerectomia as mulheres têm relações sexuais mais frequentemente, com
maior prazer, orgasmos mais frequentes, e orgasmos mais prazerosos. Isso ocorre
porque a histerectomia é realizada primariamente com o objetivo de tratamento
de sintomas uterinos, como dor e sangramento. Esses sintomas geralmente vinham
atrapalhando a paciente por meses ou anos, interferindo com sua vida diária e
vida sexual. Quando a causa do problema é removida, as pacientes melhoram em
todos os aspectos. As mulheres podem passar a ter orgasmos múltiplos após a
histerectomia. Se, antes da cirurgia, a mulher tinha sensações prazerosas de
contrações uterinas junto com os orgasmos, então essa sensação irá embora.
Porém, muitas mulheres relatam contrações uterinas dolorosas com o orgasmo, e
então a presença do útero atrapalha essas pacientes. Há muitos outros músculos
pélvicos e abdominais além do útero envolvidos no orgasmo, assim como a
descarga simpática, e portanto, o orgasmo feminino não tem que necessariamente
ser centrado no útero.
LH: Há alguma razão para se
realizar uma histerectomia subtotal nessas pacientes (não retirar o colo
uterino)?
DR: Os estudos têm demonstrado
que, qualquer que seja o motivo pelo qual tenha sido realizada uma
histerectomia subtotal, ela não tem nenhuma vantagem sobre a histerectomia
total (quando todo o útero é retirado, incluindo o colo) em relação ao suporte
pélvico ou função sexual feminina. O colo remanescente pode causar problemas e
precisar ser removido no futuro. Eu tive que remover muitos colos uterinos remanescentes
ao longo dos anos devido à dor, endometriose persistente, tecido cicatricial, e
obstruções intestinais relacionadas a aderências entre o intestino e o colo.
LH: Quais são as possíveis
complicações a curto e longo prazo da histerectomia?
DR: Histerectomia refere-se à
remoção do útero. Os ovários não são removidos quando é realizada apenas a
histerectomia. Quando a paciente adequada é selecionada para cirurgia de acordo
com seus sintomas e recebe o tratamento cirúrgico adequado, não há efeitos
adversos a curto ou a longo prazo da histerectomia, a menos que haja alguma
complicação cirúrgica. As complicações cirúrgicas são possíveis em qualquer
cirurgia e se encaixam em três categorias: sangramento, infecção, e lesão a
outros órgãos. O sangramento faz parte de qualquer cirurgia e os cirurgiões sabem
como controlar o sangramento durante a cirurgia. O sangramento pós-operatório
felizmente é raro e pode parar espontaneamente por si só, ou necessitar de
reoperação para trata-lo. Muitos sangramentos pós-operatórios ocorrem no
primeiro ou segundo dia após a cirurgia, apesar que eu tive uma paciente que
teve um sangramento significativo duas semanas após uma histerectomia. A
infecção também é rara. As bactérias gostam de locais quentes, escuros e
úmidos, e crescem bem no meio do sangue. Eu sempre deixaria um dreno na
cavidade após uma histerectomia para que qualquer fluido sanguinolento seja
drenado e diminua os riscos de infecção. A minha taxa de infecção entre
pacientes com histerectomia foi menor que 0,5%. Estudos com homens mais velhos
portadores de outras doenças demonstraram que o uso de antibióticos
pré-operatórios pode reduzir a taxa de infecção para 5%, então o governo
federal decidiu que eles dariam mais dinheiro aos hospitais se todos os
pacientes de qualquer sexo ou idade recebessem antibióticos antes da cirurgia.
Isso fez com os que os hospitais passassem a exigir que todos os pacientes
recebessem antibiótico antes da cirurgia, independente da indicação do
cirurgião. Uma quarta categoria de possíveis complicações pode ser classificada
como a dor que ocorre após o término da cicatrização. Tal dor pode ser devida à
cicatriz, ou à presença de uma causa extrauterina, como doenças que afetam o
intestino, bexiga, ou tecido musculoesquelético.
LH: Qual a melhor estratégia
cirúrgica para a realização de histerectomia por adenomiose com e sem
endometriose associada?
DR: A melhor estratégia para a
realização de histerectomia em qualquer paciente com sintomas uterinos é
fazê-la de maneira a minimizar a dor pós-operatória, o tempo de internação e da
recuperação subsequente, além de obter o melhor resultado cosmético da parede
abdominal. Isso significa que a histerectomia laparoscópica é preferível à
histerectomia realizada por laparotomia. A histerectomia robótica não oferece
vantagens em relação à histerectomia não robótica, apesar de ser mais demorada,
necessitar de mais incisões e que são maiores e mais óbvias, e aumentar os
custos do procedimento. Se não houver endometriose e a paciente tiver apenas
sintomas uterinos, então a remoção do útero será suficiente. A remoção do útero
não faz com a que a endometriose desapareça, pois a endometriose raramente
envolve o útero. Portanto, histerectomia não é tratamento para endometriose. A
histerectomia deve ser realizada quando os sintomas uterinos estiverem
interferindo na vida da paciente. Se houver endometriose, esta deve sempre ser
removida quando a histerectomia for realizada. Caso contrário, a paciente
ficará com uma doença sabidamente causadora de dor pélvica, e poderá necessitar
de cirurgia no futuro. Geralmente a remoção dos ovários não é necessária quando
for realizada uma histerectomia em mulher com endometriose, e portanto, pode-se
evitar a terapia de reposição hormonal para muitas (até que haja redução da
função de seus ovários mais tarde na vida).
Nota
do tradutor: O Dr. David Redwine responde, de maneira
clara e de fácil compreensão, as principais dúvidas relacionadas às causas e ao
tratamento da adenomiose, mais uma vez “provocado” pela pesquisadora Libby
Hopton. Ele nos esclarece que a adenomiose pode ser causa de dor uterina e
sangramento irregular, além de dores durante a relação sexual e dor em baixo
ventre. Esses sintomas se assemelham àqueles da endometriose, o que pode
dificultar o diagnóstico. O médico destaca ainda que o tratamento mais efetivo
para adenomiose pode ser a histerectomia, exceto nos casos onde há necessidade
e desejo de preservação uterina.
Interessantemente, o Dr.
Redwine desmistifica o conceito que uma mulher possa ser “muito jovem” para
optar por uma histerectomia. O procedimento deve ser sempre uma opção de
tratamento independente da idade da mulher, desde que esta seja esclarecida (e
oferecida) sobre todas as opções de tratamento.
Em relação à histerectomia
para tratamento da adenomiose, cito a possibilidade de que grande parte das
histerectomias pode ser realizada por via vaginal, como opção à via
laparoscópica. Nesse tipo de cirurgia, não há nenhuma punção na parede
abdominal (o melhor resultado cosmético entre todas as opções), e o tempo
cirúrgico e de recuperação são iguais ou superiores à histerectomia por
videolaparoscopia. Os custos hospitalares também são nitidamente inferiores.
Contraindicação formal à histerectomia vaginal é a presença de endometriose.
Porém, contraindicações comumente usadas como: (a) cesárea prévia, (b) útero
volumoso, ou (c) ausência de parto vaginal prévio não se mostram verdadeiras, e
podem ser superadas de acordo com a experiência da equipe cirúrgica. Fale com
seu médico sobre a histerectomia vaginal, caso necessite desta cirurgia.
Sobre o doutor Alysson Zanatta:
Graduado e com residência médica pela Universidade Estadual de Londrina, doutor Alysson Zanatta tem especializações em uroginecologia e cirurgia vaginal pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cirurgia laparoscópica pelo Hospital Pérola Byington de São Paulo e doutorado pela Universidade de São Paulo, USP. Suas principais áreas de atuação são a pesquisa e o tratamento da endometriose, com ênfase na cirurgia de remoção máxima da doença. Seus interesses são voltados para iniciativas que promovem a conscientização da população sobre a doença, como forma de tratar a doença adequadamente. É diretor da Clínica Pelvi Uroginecologia e Cirurgia Ginecológica em Brasília, no Distrito Federal, onde atende mulheres com endometriose, e Professor-adjunto de Ginecologia da Universidade de Brasília (UnB). (Acesse o currículo lattes do doutor Alysson Zanatta).
Postado por
A Endometriose e Eu
às
22:47
3 comentários:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
adenomiose,
adenomiose x endometriose,
adenomiose x infertilidade,
adolescentes podem ter adenomiose,
causas da adenomiose,
sintomas adenomiose,
tratamento da adenomiose,
tudo sobre adenomiose
terça-feira, 19 de abril de 2016
PUBLIEDITORIAL: CHEGOU O ALURAX, O MEDICAMENTO MAIS BARATO QUE COMBATE ÀS DORES DA ENDOMETRIOSE!
Recadinho da Laura! |
Por Caroline Salazar
Apesar de a endometriose quase sempre ser relacionada com a
infertilidade, a dor é o principal sintoma da doença que acomete uma a cada 10
mulheres. No mundo todo há cerca de 200 milhões de mulheres com endometriose,
mais de seis milhões estão no Brasil. Destas cerca de 65% sentem dores, em
especial, a dor pélvica crônica (DPC) seja no período menstrual ou fora dele. Por conta das dores severas 38% das
endomulheres sofrem perda da produtividade no trabalho. Por isso a doença causa
um impacto social muito grande, já que há uma perda significativa da qualidade
de vida nas portadoras da doença seja no âmbito profissional, como no pessoal.
Para aliviar os sintomas da endometriose existe no mercado o
dienogeste 2mg. Há um mês a Momenta Farmacêutica lançou em todo território
brasileiro o Alurax, com a mesma quantidade do dienogeste que você já conhece,
mas com a vantagem de ser bem mais barato, Allurene custa cerca de 80% mais
caro do que Alurax. E ainda há a conveniência de o Alurax conter 30
comprimidos. Ou seja, sua cartela dura 30 dias, você não precisa abrir outra no
mesmo mês. É o medicamento de marca que
cabe no nosso orçamento.
Uma das missões da Momenta é justamente "promover o acesso à saúde e à qualidade de vida com tratamentos a
preço justo”. Com cerca de três anos de atuação, a Momenta tem qualidade
garantida e já é reconhecida pela comunidade médica, pelos farmacêuticos e
pelos farmacistas. Converse com seu especialista em endometriose a respeito do
Alurax. Vale lembrar que todo medicamento deve ser prescrito por seu
especialista.
Se você tiver
dificuldade de encontrar o Alurax em sua cidade, vou deixar o telefone do SAC
para você saber quando ele estará disponível na farmácia mais próxima de sua
casa:0800 703 1550 ou se preferir envie email
para central@momentafarma.com.br.
Postado por
A Endometriose e Eu
às
11:33
6 comentários:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
alurax,
alurax mais barato que allurene,
dienogeste 2mg mais barato,
dor pélvica crônica,
endometriose x dor,
remédio que tira a dor da endometriose
segunda-feira, 11 de abril de 2016
6 ANOS DE BLOG! "SAÚDE E BEM-ESTAR": INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO ATINGE MAIS AS MULHERES!
Imagem Webconsultas |
Além da endometriose, começamos a abordar na coluna “Saúde
e Bem-estar” assuntos relacionados à saúde da mulher. Vez ou outra postaremos também sobre a saúde do homem. Por que não, se eles também leem o A Endometriose e Eu?! No texto de hoje dando continuidade ao tema do artigo anterior sobre Incontinência Urinária (IU), a fisioterapeuta Ana Paula Bispo aborda a Incontinência Urinária de
Esforço (IUE). Você sabia que mulheres com endometriose tem mais chance de ter
IU? É uma patologia que atinge mais mulheres que homens. Ana Paula dá dicas de
como se prevenir desta perda durante a realização de exercícios físicos. Beijo
carinhoso! Caroline Salazar
Por doutora Ana Paula Bispo
Edição: Caroline Salazar
Incontinência
urinária de esforço atinge mais mulheres que homens
Como já falamos no blog, incontinência
urinária (IU) é definida como sendo qualquer perda involuntária de urina
podendo causar impacto negativo nos aspectos
psicológicos e sociais da mulher. Elas se sentem constrangidas para realizar
atividades esportivas, e menos atraídas para o relacionamento sexual. Estudos mostram que estas mulheres apresentam
sintomas depressivos, acompanhados de diminuição da autoestima e aumento da
ansiedade.
A incontinência urinária de esforço (IUE) é
a perda de urina quando associada a situações onde ocorra o aumento da pressão
intra-abdominal como tosse, espirro, risadas fortes, atividade física como
musculação, corrida, jump. A
IUE é a de maior prevalência no sexo feminino, variando entre 12,6% a 48%.
Ainda
não existe muito conhecimento sobre a maneira que os músculos do assoalho
pélvico funcionam durante a prática de esportes. Sabe-se que na maioria dos
exercícios em que ocorre aumento da pressão intra-abdominal, não existe
contração voluntária desses músculos, o que pode justificar a perda involuntária
de urina.
Os profissionais devem
orientar as mulheres praticantes de atividade física que ao realizarem qualquer
movimento, a musculatura do períneo deve ser contraída simultaneamente, proporcionando
assim um fortalecimento dessa região e, consequentemente, evitando as perdas de
urina ao se exercitar. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é
contração dessa musculatura sob a orientação de um fisioterapeuta da área e é o
principal tratamento para cura e efeitos preventivos da incontinência urinária.
As mulheres com
endometriose têm uma maior predisposição a terem alterações nos músculos do
assoalho pélvico, podendo causar incontinência urinária, mas isso não quer
dizer que toda mulher com endometriose terá incontinência urinária!! O ideal é
que essas mulheres procurem um fisioterapeuta especializado na área para
avaliá-la detalhadamente, tratá-la e ensiná-la a contração do períneo durante
as atividades esportivas.
Vale ressaltar,
que praticar atividade física promove a liberação de endorfinas, o hormônio do
bem – estar, e isso pode ajudar, inclusive, na dor física de quem sofre com a
endometriose. Se exercitar faz bem para o corpo, para a alma e para a mente. Até
o próximo!
Sobre a fisioterapeuta Ana Paula Bispo:
Ana Paula Bispo é fisioterapeuta, atualmente faz doutorado em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é mestre em Ginecologia pela Unifesp, mesma instituição que fez especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico. É fisioterapeuta do Ambulatório de Disfunções Miccionais Masculinas da Unifesp, coordenadora do curso de Pilates na Saúde da Mulher na Pilates Institute Brazil e docente do curso de Pilates na Pilates Institute Brazil. Aproveite para curtir a fanpage da doutora Ana Paula Bispo.
Postado por
A Endometriose e Eu
às
22:36
5 comentários:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
fisioterapia uroginecológica,
incontinência urinária de esforço,
incontinência urinária em homens,
incontinência urinária em mulheres,
incontinência urinária x endometriose,
perda da urina
terça-feira, 5 de abril de 2016
ENDOMARCHA 2016: AS FOTOS OFICIAIS DA 3ª EDIÇÃO DA MARCHA MUNDIAL PELA CONSCIENTIZAÇÃO DA ENDOMETRIOSE!
A EndoMarcha 2016 foi sucesso! Gratidão a todos que fizeram acontecer a 3ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose realizada em nove cidades brasileiras, de oito estados, no último dia 19 de março. Meus agradecimentos iniciais vão para as coordenadoras estaduais: Karen Nepomuceno (Rio de Janeiro), Silvia Frantz (Porto Alegre), Luiza Salmon (Curitiba), Kelly Klein (Londrina), Taciana Lira (Recife), Priscila Altieri (Florianópolis), doutor Gustavo Safe e equipe, em especial ao Bruno, (Belo Horizonte), Cris Oshiro (Campo Grande). Eu, além de capitã brasileira, coordenei a de São Paulo com a ajuda do nosso endomarido Paulo Soares e de sua esposa, Ane, que, como sempre, me ajudaram na parte burocrática da marcha. E um agradecimento especial à Isabella Faggion, meu braço direito, que foi brilhante e uma enviada de Deus. Agradeço também à Bianca Frari, que se tornou nossa assessora, e à Nathalia que ajudou na divulgação da nossa marcha. E à nossa querida designer Mônica Martins, mais uma vez responsável pela arte. Ao meu time de voluntários, meu muito, muito obrigada. Ao doutor Alysson Zanatta, que viajou de Brasília à São Paulo, apenas para participar da marcha. Sem vocês a EndoMarcha 2016 não seria o sucesso que foi. O meu muito obrigada aos patrocinadores e apoiadores desta edição, em especial, à Momenta Farma, que patrocinou a EndoMarcha São Paulo, e à Fagron, patrocinadora da EndoMarcha São Paulo e Porto Alegre. Outro agradecimento especial à jornalista e apresentadora do programa "Papo de Mãe", Mariana Kotscho, que foi a madrinha da EndoMarcha SP.
Nas nove cidades fizemos uma grande panfletagem conscientizando sobre os sintomas da doença e em muitas delas promovemos um apitaço para chamar atenção dos transeuntes. Em São Paulo, saímos com nosso tradicional trio elétrico. Precisamos nos unir ainda mais em 2017. Espero que mais cidades brasileiras entrem para o nosso time. O ideal é ter a EndoMarcha em todos os estados brasileiros. Precisamos de união para sair às ruas e mostrar nosso rosto, mostrar que temos voz, que não somos invisíveis, que a doença existe e que não escolhe idade e muito menos classe social. Cada portadora tem de ter a coragem de dar seu grito de "chega, eu existo, preciso de tratamento gratuito, de leis que garantem meus direitos". Chega de sofrer em silêncio, chega de ser taxada de hipocondríaca, de louca, de doente, de inválida. Afinal, nós somos mais de 6 milhões de brasileiras e precisamos de atenção. Logo, logo, já começaremos a arregaçar as mangas para começar a trabalhar na de 2017. Pra mim o trabalho na marcha começa pelo menos uns 8, 9 meses antes. Pode ser cansativo, mas é muito gratificante e especial. Ah, e esqueci de falar que mesmo com as manifestações, pelo fato de usarmos a cor amarela (cor internacional da endometriose) a EndoMarcha 2016 foi um grande sucesso. Nós não temos partido político, lutamos pelas mulheres, pela qualidade de vida das mulheres, por esta causa. Agora com vocês as fotos oficiais da EndoMarcha 2016. Espero contar com todos os voluntários na de 2017 novamente. Até a próxima (já estou realmente pensando na de 2017). Beijo carinhoso! Sua capitã, Caroline Salazar
Crédito das fotos: A Endo e Eu
São Paulo:
Fotos: Marcos Vieira
Os patrocinadores e os apoiadores da EndoMarcha SP |
Cristiane Alves, da Fagron, no Vão Livre do MASP |
Eu e o doutor Alysson Zanatta, de Brasília |
Heloísa, filha da querida Débora, com o papai |
Eu e minha convidada especial, Bárbara |
Indiamara e Isabella |
Minha querida Michele, que coordenou a EndoMarcha 2014, com seu namorado, Douglas, vieram de Brasília apenas para participarem da EndoMarcha São Paulo |
Time de voluntários da EndoMarcha: Isabella, meu braço direito, Eu Mônica , nossa designer, Bianca e Nathalia, da assessoria de imprensa |
Minha mãe e minha irmã |
Parte da caminhada pela avenida Paulista |
Paulo e Ane, nossos voluntários do blog |
Paulo, Eu, o doutor Alysson Zanatta e Mariana Kotscho no trio elétrico |
Mariana Kotscho, madrinha da EndoMarcha SP, e Roberta Manreza
Rio de Janeiro:
Fotos: Mirian Nepomuceno
Equipe do Time Rio de Janeiro
|
Karen e Juju, ao centro, que fizeram a EndoMarcha Rio acontecer |
A panfletagem com os sintomas da doença para ajudar no diagnóstico precoce |
Janeiro Karen, coordenadora do Rio, entrega panfletos e explica sobre a doença aos passantes |
O amarelo predominou no trajeto entre a Estação Central à Candelária |
Amarelando com a distribuição de fitas de conscientização |
Porto Alegre:
Time Porto Alegre, em frente ao Hospital Fêmina, ponto de partida da caminhada |
Doutor Sérgio Galbinski, Silvia, a coordenadora da EndoMarcha Porto Alegre, e o doutor Paulo Bobek, do Hospital Fêmina |
Claudia Koehler, da Fagron, os doutores Sergio Galbinski e Paulo Bobek, ambos do Hospital Fêmina, e Silvia |
A manifestação para nos faróis durante o trajeto |
A chuva não atrapalhou a caminhada |
Fotos: Rachel Girelli
Time Recife, a primeira cidade do Nordeste a receber a EndoMarcha, no Parque da Jaqueira |
A coordenadora Taciana , ao centro, abraçada com as filhas |
Taciana recebe a blogueira Mirela Acioly |
Florianópolis:
Time Florianópolis no Parque dos Coqueiros |
Curitiba:
Fotos: Cibele Bunn
Time Curitiba na Boca Maldita |
Luiza, coordenadora, panfleta durante o trajeto |
Belo Horizonte:
Time Belo Horizonte na praça da Liberdade |
Campo Grande (MS):
Cris, a coordenadora, com o filho mais velho.. |
Ela recebe também o apoio do marido, Alex |
... e com o mais novo. |
Time Campo Grande na praça Ary Coelho |
Postado por
A Endometriose e Eu
às
23:25
Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
brasil na marcha mundial endometriose,
caroline salazar,
endomarcha 2016,
endomarcha time brasil 2016,
endometriose,
fotos oficiais da endomarcha 2016
Assinar:
Postagens (Atom)