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Se você quer engravidar hoje - já está tentando e não consegue - ou no futuro, mas tem dúvida sobre infertilidade e não sabe a quem perguntar, não perca esta palestra! Leve seu marido, a palestra é dirigida aos casais, principalmente, àqueles que precisam de tratamentos. Você sabia que a mulher e o homem têm a mesma porcentagem na infertilidade? Leia textos como a "Infertilidade e seus tratamentos", onde explicamos o que é a infertilidade e quais tratamentos fazer para realizar o tão sonhado desejo da maternidade, e todos os textos do A Endometriose e Eu relacionado à infertilidade na coluna "Superando a Endo Infertilidade". Beijo carinhoso! Caroline Salazar
"Em Busca do Sonho de Giulia" - o grande final!
“Com força e fé decidi
continuar lutando. E foi assim que depois de quase três meses após primeira
tentativa me preparei para a segunda, mas desta vez seria mais fácil, já que
meus óvulos estavam congelados e não precisava passar pelo processo da
medicação! Naquele momento era só rezar pra descongelar, e que de quatro
congelados torcer para ter ao menos dois embriões bons. E foi assim que
aconteceu! Graças a Deus tive dois embriões ótimos que foram transferidos numa
manhã de sábado. E eu de novo pelo menos cinco dias de molho, mal levantava e
os sintomas se confundiam com diferentes sentimentos. Ora otimista ora quase
tendo a certeza de que não tinha dado certo, pois só quem passa sabe como esta
espera é agonizante. O sofrimento do insucesso da primeira tentativa (nota da
editora: o falso negativo relatado no 4° capítulo) gerou traumas, então, desta
vez, eu pedia que se fosse para dar negativo que desse de uma vez. E foi assim
que quando chegou no dia do beta, haja ansiedade, uma ansiedade misturada com
medo e que medo! Medo de saber que se desta vez não desse certo, ou eu desistiria
ou teria de recomeçar tudo de novo, já que não tinha mais nenhum óvulo
congelado.
Porém, ao mesmo tempo,
eu também me sentia mais forte. No dia do resultado do beta entrava na internet
e nada do resultado. Neste dia, meu marido (meu grande companheiro) também
tinha saído mais cedo do trabalho e quando cheguei em casa no fim da tarde ele
resolveu ligar ao laboratório e nada do
resultado sair. Já era quase 18 horas e nada!Lembro-me bem que fiquei sentada na
sala e ele preferiu ligar do quarto, mas informaram que a senha estava com
problema e mandariam o resultado por email. Nossa que tortura, quase morri! Justo
naquele dia teve problema na senha? Como assim? Continuei na sala numa confusão
de sentimentos e medo, medo até de sofrer, medo... Enquanto meu marido abria o
email. Quando ele viu e disse: POSITIVO! Resultado do beta 399! Eu não sabia se
sorria, se chorava, se acreditava, nossa fiquei tão perdida, mas ao mesmo tempo
tão, tão feliz! Chorei tanto e imediatamente agradeci a Deus pela benção. Não
tem explicação essa nova emoção, pois ela vem misturada com o medo, medo também
de perder, medo de acontecer alguma coisa, medo daquela felicidade acabar!
Porém nem tudo foi tão
perfeito como imaginamos. Quando estava de cinco semanas tive um mega
sangramento. Nossa vi meu mundo desabar, vi meu mundo perder o chão, corri para
o hospital e estava lá o saco gestacional, a vesícula vitelínica, porém ainda
baixa pra ver embrião e escutar o coração por ser bem recente a gravidez.
Liguei para o meu médico e ele me receitou remédios e repouso durante uma
semana e depois esperar mais uma semana para fazer o ultrassom e daí sim e já
daria para ouvir o coraçãozinho e saber se a gravidez estava bem. Vocês
imaginam o meu sofrimento?! Quando achava que a angústia, a ansiedade seria
apenas em pegar o positivo do beta estava enganada. Quando achava que meu
sofrimento estava no fim também estava enganada. Segui ao extremo a
recomendação médica e fiquei uma semana em repouso. Nesta semana sentia muito
enjoo e achava que era dos remédios, sentia muito mal-estar e ainda tinha mais
uma semana na espera. Essa espera é a pior coisa, principalmente, quando você
espera o incerto, e que esse “nada certo” iria mudar a minha vida. Mas não
tinha opção, pois quando achava que já tinha sofrido tudo, veio mais
sofrimento, mais sangramento. Os dias passaram lentamente, mas eles passaram e
chegou o dia tão esperado do ultrassom. E foi o dia que escutei o melhor som de
toda minha vida: os batimentos cardíacos na minha filha, a Clara. Senti a felicidade
ao extremo, sorri de verdade, de alegria, tive alívio no meu coração e todo meu
sofrimento e angústias foram compensados. Chegou a minha hora! Hora que não foi
decidida por mim qual seria, hora que não tinha nenhum poder de marcar, hora
esta que marcada e determinada por Deus.
Tudo que passei deixou
uma grande lição: não somos nós quem decide nada, tudo que acontece conosco é
no tempo Dele! Durante algum tempo confesso que me revoltei, não aceitei
algumas coisas, mas hoje com minha princesa em meus braços, agradeço muito a
Deus a tudo que passei a todas as lágrimas que chorei, todas as vezes que me
desesperei, pois foi graças a tudo isso (sofrimento) que me transformei na
pessoa que sou hoje, na mulher mais forte e guerreira que sou hoje. Tem coisas
que não temos o poder de decidir, que depende apenas de Deus e este tempo me
mostrou que tudo em um por que na nossa vida, até nas coisas ruins que passamos
tem um ensinamento e que temos que aprender logo, pois caso contrário, iremos
passar de novo. Hoje agradeço a dor, agradeço o sofrimento e agradeço a Deus por
tudo que passei de coração, pois no tempo Dele, Ele me deu meu maior presente,
me deu a minha razão de viver. Este é um recado que quero que todas as tentantes
tenham consigo. Acredite e tenha fé mesmo diante de todas as adversidades e de todo
sofrimento que cada uma está passando. Nada é por acaso, nosso sofrimento nos
torna uma fortaleza e o meu me mostrou que tudo valeu a pena, que mesmo quando
pensamos que estamos sem forças não devemos desistir e nossos sonhos. Se você é
uma tentante saiba que sua hora vai chegar. Beijo carinhoso! Giulia”