sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"SUPERANDO A ENDO INFERTILIDADE": O FINAL DE "EM BUSCA DO SONHO DE GIULIA"

imagem cedida por Free Digital Photos
Chegou o tão esperado último capítulo da série "Em Busca do Sonho de Giulia". Eu confesso que fiquei emocionada em muitas partes da história da nossa querida leitora rumo à realização de seu sonho: a maternidade.  Esta história além de emocionar a todos, com certeza, com certeza irá levar mais fé e esperança às tentantes. Afinal, nada é no nosso tempo, tudo é no tempo de Deus. E quem há de contrariar nosso Pai? E para quem mora em São Paulo (capital) ou região, não perca amanhã, sábado, dia 1° de fevereiro, das 10h às 11 a palestra gratuita sobre infertilidade e seus tratamentos, nInstituto de Ensino e pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulosituado a rua Peixoto Gomide, 515 – 1° andar,  no Trianon-MASPem São Paulo. Para participar basta fazer sua inscrição pelo telefone: 11-3289-5209. Vagas limitadas. Inscreva-se já e não perca esta oportunidade de sanar suas dúvidas. Mais informações acesse:  http://www.medicinareprodutiva.org/ 

Se você quer engravidar hoje - já está tentando e não consegue - ou no futuro, mas tem dúvida sobre infertilidade e não sabe a quem perguntar, não perca esta palestra! Leve seu marido, a palestra é dirigida aos casais, principalmente, àqueles que precisam de tratamentos. Você sabia que a mulher e o homem têm a mesma porcentagem na infertilidade? Leia textos como a "Infertilidade e seus tratamentos", onde explicamos o que é a infertilidade e quais tratamentos fazer para realizar o tão sonhado desejo da maternidade, e todos os textos do A Endometriose e Eu relacionado à infertilidade na coluna "Superando a Endo Infertilidade"Beijo carinhoso! Caroline Salazar


"Em Busca do Sonho de Giulia" - o grande final!

“Com força e fé decidi continuar lutando. E foi assim que depois de quase três meses após primeira tentativa me preparei para a segunda, mas desta vez seria mais fácil, já que meus óvulos estavam congelados e não precisava passar pelo processo da medicação! Naquele momento era só rezar pra descongelar, e que de quatro congelados torcer para ter ao menos dois embriões bons. E foi assim que aconteceu! Graças a Deus tive dois embriões ótimos que foram transferidos numa manhã de sábado. E eu de novo pelo menos cinco dias de molho, mal levantava e os sintomas se confundiam com diferentes sentimentos. Ora otimista ora quase tendo a certeza de que não tinha dado certo, pois só quem passa sabe como esta espera é agonizante. O sofrimento do insucesso da primeira tentativa (nota da editora: o falso negativo relatado no 4° capítulo) gerou traumas, então, desta vez, eu pedia que se fosse para dar negativo que desse de uma vez. E foi assim que quando chegou no dia do beta, haja ansiedade, uma ansiedade misturada com medo e que medo! Medo de saber que se desta vez não desse certo, ou eu desistiria ou teria de recomeçar tudo de novo, já que não tinha mais nenhum óvulo congelado.

Porém, ao mesmo tempo, eu também me sentia mais forte. No dia do resultado do beta entrava na internet e nada do resultado. Neste dia, meu marido (meu grande companheiro) também tinha saído mais cedo do trabalho e quando cheguei em casa no fim da tarde ele resolveu ligar ao laboratório  e nada do resultado sair. Já era quase 18 horas e nada!Lembro-me bem que fiquei sentada na sala e ele preferiu ligar do quarto, mas informaram que a senha estava com problema e mandariam o resultado por email. Nossa que tortura, quase morri! Justo naquele dia teve problema na senha? Como assim? Continuei na sala numa confusão de sentimentos e medo, medo até de sofrer, medo... Enquanto meu marido abria o email. Quando ele viu e disse: POSITIVO! Resultado do beta 399! Eu não sabia se sorria, se chorava, se acreditava, nossa fiquei tão perdida, mas ao mesmo tempo tão, tão feliz! Chorei tanto e imediatamente agradeci a Deus pela benção. Não tem explicação essa nova emoção, pois ela vem misturada com o medo, medo também de perder, medo de acontecer alguma coisa, medo daquela felicidade acabar!

Porém nem tudo foi tão perfeito como imaginamos. Quando estava de cinco semanas tive um mega sangramento. Nossa vi meu mundo desabar, vi meu mundo perder o chão, corri para o hospital e estava lá o saco gestacional, a vesícula vitelínica, porém ainda baixa pra ver embrião e escutar o coração por ser bem recente a gravidez. Liguei para o meu médico e ele me receitou remédios e repouso durante uma semana e depois esperar mais uma semana para fazer o ultrassom e daí sim e já daria para ouvir o coraçãozinho e saber se a gravidez estava bem. Vocês imaginam o meu sofrimento?! Quando achava que a angústia, a ansiedade seria apenas em pegar o positivo do beta estava enganada. Quando achava que meu sofrimento estava no fim também estava enganada. Segui ao extremo a recomendação médica e fiquei uma semana em repouso. Nesta semana sentia muito enjoo e achava que era dos remédios, sentia muito mal-estar e ainda tinha mais uma semana na espera. Essa espera é a pior coisa, principalmente, quando você espera o incerto, e que esse “nada certo” iria mudar a minha vida. Mas não tinha opção, pois quando achava que já tinha sofrido tudo, veio mais sofrimento, mais sangramento. Os dias passaram lentamente, mas eles passaram e chegou o dia tão esperado do ultrassom. E foi o dia que escutei o melhor som de toda minha vida: os batimentos cardíacos na minha filha, a Clara. Senti a felicidade ao extremo, sorri de verdade, de alegria, tive alívio no meu coração e todo meu sofrimento e angústias foram compensados. Chegou a minha hora! Hora que não foi decidida por mim qual seria, hora que não tinha nenhum poder de marcar, hora esta que marcada e determinada por Deus.

Tudo que passei deixou uma grande lição: não somos nós quem decide nada, tudo que acontece conosco é no tempo Dele! Durante algum tempo confesso que me revoltei, não aceitei algumas coisas, mas hoje com minha princesa em meus braços, agradeço muito a Deus a tudo que passei a todas as lágrimas que chorei, todas as vezes que me desesperei, pois foi graças a tudo isso (sofrimento) que me transformei na pessoa que sou hoje, na mulher mais forte e guerreira que sou hoje. Tem coisas que não temos o poder de decidir, que depende apenas de Deus e este tempo me mostrou que tudo em um por que na nossa vida, até nas coisas ruins que passamos tem um ensinamento e que temos que aprender logo, pois caso contrário, iremos passar de novo. Hoje agradeço a dor, agradeço o sofrimento e agradeço a Deus por tudo que passei de coração, pois no tempo Dele, Ele me deu meu maior presente, me deu a minha razão de viver. Este é um recado que quero que todas as tentantes tenham consigo. Acredite e tenha fé mesmo diante de todas as adversidades e de todo sofrimento que cada uma está passando. Nada é por acaso, nosso sofrimento nos torna uma fortaleza e o meu me mostrou que tudo valeu a pena, que mesmo quando pensamos que estamos sem forças não devemos desistir e nossos sonhos. Se você é uma tentante saiba que sua hora vai chegar. Beijo carinhoso! Giulia”

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

"A VIDA DE UM ENDO MARIDO": VOCÊ OUSA ACREDITAR?

O primeiro texto de 2014 de "A Vida de um Endo Marido" chegou em boa hora e com as palavras certas. Aliás, Alexandre sabe como ninguém o que é viver ao lado de uma endo mulher que sente dores. Claro, pois aquelas que não têm dores, não sabe como é viver com a dor da endometriose. Fácil falar, difícil é respeitar, mas e se a gente em vez de ficar ouvindo essa ladainha de quem não entende (e alimentando a ignorância) não começamos a dar a volta por cima e tentarmos a todo esforço (e com muitas lágrimas) a sorrir? É possível tornar ao menos alguns momentos (mesmo na dor) prazerosos. E é isso que eu vejo em raras pessoas, mas existem e são reais, que é possível sorrir, ficar alegre. Isso é ter ousadia de tentar ao menos dominar a doença. Afinal, somos Endo Guerreiras e precisamos todos os dias ousar e acreditar que aquele cada novo dia será melhor. No fim do texto, Alexandre dá uma grande ideia de como podemos agradecer o apoio dos companheiros na Marcha Mundial contra a Endometriose. Você ainda não se inscreveu? Inscreva-se já! Está perto para o fim do nosso silêncio! Beijo carinhoso! Caroline Salazar 

Por Alexandre Vaz

Todo dia a gente encontra alguém que merece um pouco da nossa atenção. Mas, por vezes, estamos tão focados em algo, que podemos passar direto por essas pessoas sem enxergá-las. Às vezes na rua vemos pessoas com deficiência física, por vezes, isso pode nos incomoda e talvez olhemos para outra direção, tentando evitar que aquela realidade se materialize na nossa mente. É mais fácil negar a existência de alguém diferente de nós do que enfrentar a realidade e chegar junto, sorrir e oferecer um sorriso sincero. Talvez ajudar de outras formas, quem sabe.

O sofrimento que vemos nas pessoas, ou que imaginamos ver, por terem uma deficiência física, algum tipo de limitação, não é necessariamente aquele que pensamos. Por vezes, as pessoas pensam que alguém sem o uso de suas pernas será infeliz por estar em uma cadeira de rodas, em vez de poder andar e correr como a maioria de nós (nota da editora: e já mostramos na coluna as incríveis histórias de superação, a do australiano Nick Vujicic e de Rick Hoyt). Sem hipocrisia, pergunte a qualquer uma dessas pessoas se gostariam de ter o uso de suas pernas de novo e todas responderão que sim. Mas experimente perguntar quantas são felizes e talvez a resposta surpreenda.

Quando uma pessoa não acredita em nada, todo o esforço parece sem propósito. Não temos vontade de levantar da cama, tomar a ducha matinal, escovar os dentes, tomar o café da manhã e sair sorrindo para o trabalho, entre outras coisas. A falta de crença faz tudo parecer inútil. Terreno fértil para as depressões e outras doenças do foro psicológico, a mente que não é cultivada com uma vontade, uma certeza, não comanda o corpo para a ação.

Essas crenças não precisam ser religiosas. Posso estar falando de acreditar em si mesmo. Mas encontre algo em que acreditar, pois seguramente essa coisa existe. A maior deficiência que alguém pode ter é a falta de crença. Quando a cabeça não comanda o corpo, ele não se move. Mas você pode ver uma pessoa em cadeira de rodas se movendo de um lado para o outro. Na verdade, algumas delas são muito ativas e produtivas até. Chegam a parecer pequenos furacões que levam tudo na frente, e boa parte delas sorri bastante. Mas sorri como? E porquê? Parece que ficou louco, está sorrindo tendo perdido o uso das pernas? Pois é, mas ter perdido as pernas não significa ter perdido tudo o resto. Você ainda mantém muita coisa funcionando no seu corpo. E essas partes de você que ainda funcionam, podem ser usadas para construir algo, SE... você acreditar que é possível.

Trabalhar com uma portadora de endometriose para ajudá-la a entender que a vida não acabou, que ela pode ainda fazer muita coisa de útil e sentir-se feliz, pode ser um longo caminho. Precisamos acreditar em dobro, porque enquanto ela não acredita, nós temos que emprestar uma parte dessa crença para ela. Melhor investimento que você alguma vez fará na sua vida, investir em resgatar alguém de um buraco escuro como a endometriose pode ser.

E falo que pode ser, porque não tem que ser. Várias vezes a minha esposa escutou dos médicos que ela até tem boa cara. Duas coisas: primeiro, para falar que ela tem boa cara basto eu, o marido. Gostei quando olhei, tá mais ou menos igual nesses anos que passaram... é, pra mim tá bom. Segundo, mas será que alguém que tem a vida tão afetada por uma doença como essa, precisa perder tudo o resto? O direito a sorrir, a ser feliz, a se cuidar... Das coisas mais importantes para uma mulher é a sua imagem, a sua auto-estima.

No último fim de semana tive o privilégio de estar sentado à mesa durante o jantar onde estavam pessoas interessantíssimas. Dava para ver no olho de cada uma que cada um delas têm uma história pra contar. Uma jovem lá, falou uma coisa que eu tinha até esquecido. Não sei quantas pessoas no Brasil já ouviram falar de Simone de Oliveira, cantora e atriz portuguesa, e uma grande senhora. Respeitada por todo o público, uma mulher de armas, ela tem uma presença carismática e que não dá pra não notar quando entra na sala. Vou já dizendo que ela é a pessoa menos fútil que eu posso imaginar, e já vão perceber porquê.

Simone teve diagnosticado um câncer na mama. Precisava ser removido, mas implicava a remoção do peito também. Ela falou em entrevista que em primeiro lugar, não foi na família que ela pensou, nem que iria ficar sem um peito. Foi ter que fazer quimioterapia que a horrorizou. “Meu Deus, eu vou perder todo o meu cabelo e ficar careca.”

Geralmente isso parece fútil não é? A importância de fios de cabelo que podem crescer de novo, comparados com a perda de um peito ou com o risco de vida. Mas isso só revela quão importante a imagem é para a mulher.

Claro que os homens reclamam das duas horas que elas levam para se aprontar. Ocupam o banheiro por horas, a gente atrasado querendo sair pra rua, e quando a porta finalmente abre, sai a diva por entre uma nuvem de laquê... Parece D. Sebastião voltando para seus súditos após séculos perdido no nevoeiro.

E neste fim de semana aconteceu o mesmo isso aconteceu aqui em casa. Eu me descabelo inteiro com essas demoras. Mas ela sabe que depois passa. Quando chega pra mim linda e maravilhosa, sorrindo... tudo passa. Eu sou feliz novamente porque ela está se sentindo bem.

Ser portadora de endometriose não significa que você não possa ser feliz, que não deva se cuidar. Pelo contrário, deve se cuidar sim, mais ainda até. Uma mudança de visual faz milagres como cada leitora poderá confirmar. Não tem dinheiro para ir no cabeleireiro ou na esteticista? Fala com uma amiga, ela te ajuda. Aposto que vai ser gostoso, mulher não vai no cabeleireiro apenas para cortar o cabelo. Uma boa fofoca também faz parte.

O que eu gostaria que vocês interiorizassem é isso: Ser feliz ou infeliz é uma escolha que cada uma faz.

Uns dias atrás uma moça que eu imagino ser inglesa, me perguntou no facebook como era lidar com a endometriose. Ela é portadora. Eu respondi que depende muito da sua atitude. Pode ser uma calamidade enorme que destroi tudo na sua vida, ou apenas uma doença cara, complicada, que causa muita dor, que muitos médicos desconhecem e que não tem muitas respostas.

Se você é portadora, pode chorar, berrar, espernear até, a sua realidade não vai mudar por isso. Pode mudar por outras coisas, como encontrar o médico certo que a apoie e faça o tratamento específico para o seu caso. Você até pode se sentir condenada a ter endometriose, e talvez até esteja. Mas estar condenada a não sorrir, a não ser feliz, a perder o que de bom sua vida tem quando a doença dá trégua... isso é a sua escolha e ninguém pode fazer nada para mudar, apenas você mesma. Essa mudança vem de dentro, da sua atitude perante a adversidade.

Se tiver um companheiro compreensivo, aproveite essa ajuda. Seja compreensiva também, o homem sofre muito do lado da portadora. Por vezes pode acontecer que a gente quase perca o juízo. É uma coisa bem cruel ver a mulher que a gente ama sofrendo tanto e sem poder fazer nada. Isso machuca, amassa o coração, e tem seus efeitos na mente do homem.

Como sabem, a Marcha Mundial irá acontecer no dia 13 de Março. Eu gostaria de ver acontecer uma coisa simples, mas bonita. Que toda a portadora que acha que tem um bom companheiro do seu lado, levante o braço com um lenço amarelo amarrado no pulso, fazendo assim uma homenagem a quem sofre do seu lado. Meninas, vocês precisam parar de xingar os maus exemplos e elogiar os bons. Talvez muitos homens não ajudem mais, ou sejam mais compreensivos por se sentirem isolados. Mas se constatarem que não estão sozinhos, que cuidarem da sua companheira, sofrendo junto e respeitando ela, não belisca a sua masculinidade, quem sabe quantos mais não serão os companheiros que vocês desejam?

Responda pra si mesma: Você ousa acreditar? 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"A VIDA DE UMA ENDO MAMÃE": AS MUDANÇAS DA 15ª E DA 16ª SEMANAS DE GRAVIDEZ, NO CORPO DA GESTANTE E DO BEBÊ!


imagem cedida por Free Digital Photos

"Em A Vida de uma Endo Mamãe" Tatiana relata a 15ª e a 16ª semanas de gravidez e também as mudanças no corpo da gestante e do bebê. Eu, que nunca fiquei grávida, estou aprendendo muito com a coluna e fico ansiosa em já querer saber as mudanças da próxima, da próxima e por aí vai... Neste artigo, ela nos conta que os enjoos já passaram! Confesso que "ter enjoos" é algo que pode me incomodar quando chegar a minha vez. Por isso adorei saber! E agora a barriga já começa a despontar e a ficar bem visível! E para quem teve diminuição no apetite sexual já pode reverter esta situação. Agora, com a palavra, a nossa Endo Mamãe Tatiana. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

Por Tatiana Furiate

As 15ª e a 16ª semanas de gravidez e as mudanças no corpo da mulher e do bebê

15ª semana de gravidez: As sobrancelhas já estão definidas e o cabelo continua a crescer. A pele ainda é bem fina, com vasos bem visíveis. A nossa barriga está cada vez maior, e para quem vê, já não há dúvidas sobre a gravidez. Os olhos continuam a se mover para o centro da face, mas ainda estão bem separados um do outro. É comum o cabelo do bebê mudar de textura e de cor após o nascimento. Isso vai depender de vários fatores, dentre eles, os genéticos. Os braços têm flexão de ombro e pulsos, as mãos já mexem, e podem se abrir e fechar. Os ossos (principalmente da coluna) estão mais desenvolvidos e retendo bastante cálcio para ficar cada vez mais forte. Da cabeça ao bumbum, a medida do feto é de 90 a 103mm. E o peso de aproximadamente 50g.

Mudanças com seu corpo: já não dá mais pra esconder nossa gravidez. Agora que os enjoos e o mal-estar foram embora, já começamos a curtir a gestação, e até mesmo o desejo sexual – que no início fica baixo – já pode voltar com força total!

16ª semana de gravidez: a placenta já está toda formada e assume o papel de nutrição e oxigenação do feto. Nesta fase, já começamos a sentir os primeiros movimentos do bebê. É importante manter boa alimentação para evitar azia e má digestão. Além, claro, de controlar o peso. A medida do feto da cabeça ao bumbum pode variar de 108 a 116mm e seu peso gira em torno de 80g. As impressões digitais dos pés e das mãos começam a se formar; as unhas estão bem formadas e as pernas e os braços mais longos. As pernas estão maiores que os braços. A musculatura facial está mais desenvolvida e o feto pode começar a fazer caretas. Os batimentos cardíacos podem ser identificados com o uso do sonar ou com o estetoscópio de Pinnard, utilizados durante a consulta pré-natal. A partir dessa semana você poderá começar a sentir os primeiros movimentos do seu bebê! Se o feto for uma menina, os ovários já estarão na pelve, com todos os óvulos que ela terá durante toda a vida: 1.000.

Mudanças no seu corpo: a barriga já está bem aparente. Já sentimos os seios mais sensíveis, inchados. E a aréola está maior e mais escura e o mamilo (o bico do seio) também. Os enjoos passam, mas mesmo assim é preciso cuidar da alimentação para evitar azia, má digestão e aumento. É um ótimo momento para começarmos a reeducar nossa posição para dormir. A ideal é a de lado, sobretudo do lado esquerdo. Assim ajudamos a melhorar o fluxo de sangue para o bebê e a diminui aquela terrível sensação de falta de ar, quando estamos deitadas de barriga para cima.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

PALESTRA GRATUITA SOBRE INFERTILIDADE EM SÃO PAULO NO DIA 1° DE FEVEREIRO! INSCREVA-SE JÁ! VAGAS LIMITADAS!



Se você tem dúvidas sobre a infertilidade e seus tratamentos, não pode perder a palestra gratuita do Instituto de Ensino em Pesquisa e Medicina Reprodutiva de São Paulo, referência em Pós-Graduação em Medicina Reprodutiva, no próximo sábado, dia 1° de fevereiro, em São Paulo. A palestra não é direcionada apens ao casal que está tentando engravidar, mas todos aqueles que um dia pretendem ter filhos. Eu estive na última para fazer reportagem para o A Endometriose e Eu e confesso que sai de lá com muitas informações novas. Como por exemplo: qualquer mulher que tenha feito cirurgia com corte na barriga, está sujeita a ter perda na reserva ovariana, mesmo que não tenha sido mexido diretamente nesse órgão. 

Foi muito bom ter assistido a palestra. Se você quer engravidar hoje - já está tentando e não consegue - ou quer no futuro, mas tem dúvida sobre infertilidade e não sabe a quem perguntar, não perca esta palestra! Leve seu marido, a palestra é dirigida aos casais, principalmente, àqueles que precisam de tratamentos. Você sabia que a mulher e o homem têm a mesma porcentagem na infertilidade? Leia textos como a "Infertilidade e seus tratamentos", onde explicamos o que é a infertilidade e quais tratamentos fazer para realizar o tão sonhado desejo da maternidade, e todos os textos do A Endometriose e Eu relacionado à infertilidade na coluna "Superando a Endo Infertilidade"

No próximo sábado, dia 1° de fevereiro, das 10h às 11h, não perca a primeira palestra do ano do Instituto de Ensino em Pesquisa e Medicina Reprodutiva de São Paulo, situado a rua Peixoto Gomide, 515 – 1° andar,  no Trianon-MASPem São Paulo. Para participar basta fazer sua inscrição pelo telefone: 11-3289-5209. Vagas limitadas. Inscreva-se já e não perca esta oportunidade de sanar suas dúvidas. Mais informações acesse:  http://www.medicinareprodutiva.org/ Beijo carinhoso!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"ENDO JURÍDICA", A NOVA COLUNA DO BLOG: DIREITO À SAÚDE DA ENDO MULHER - REFLEXÕES INICIAIS!

Foto banco de dados STJ - Gil Ferreira
Hoje é um dia especial. Já faz tempo (pelo menos uns 3 anos anos!) que quero falar de direitos das mulheres com endometriose no A Endometriose e Eu, mas daí encontrar aquela pessoa que pensa como você é difícil. Logo depois conheci o Frederico Oliveira e nossos pensamentos bateram. E a ética também. Cerca de um ano atrás fiz o convite para meu amigo e também conterrâneo (somos goianos!), porém ele sempre com os mil compromissos. Enfim, chegou o grande dia! A coluna "Endo Jurídica" surge para elucidar os direitos das portadoras de uma maneira didática e muito esclarecedora. Afinal, todos nós temos direitos. E é por isso que há quase 4 anos (desde 2010), o blog pede o reconhecimento da doença como social e de saúde pública no Brasil. E também temos de ter os mesmos direitos de qualquer portador de doenças crônicas e nos casos de incapacidade física da mulher. E aqui teremos este esclarecimento numa linguagem simples e direta. Eu simplesmente adorei este primeiro artigo. Louca para  próximo! 

Faltam 2 dias para o fim do primeiro turno do prêmio Top Blog Brasil 2013, que se encerra no próximo sábado, dia 25 de janeiro. Já entou na nossa campanha? Se sim, compartilhe mais vezes, e se ainda não entrou, aproveite , vote e compartilhe entre seus amigos nossa campanha "Vote pelo reconhecimento da endometriose como doença social e de saúde públicaVote no A Endometriose e Eu no prêmio TopBlog Brasil 2013, e ajude-nos a ter a endometriose reconhecida como uma doença social e de saúde pública? Clique aqui e dê seu voto: http://bit.ly/18wANh9. Passo a passo e mais informações:  http://bit.ly/1511wSV  Vote, compartilhe esta campanha entre seus amigos e ajude-nos a salvar vidas femininas! Conto com a ajuda de todos. Afinal, luto por uma causa e uma andorinha não faz verão sozinha! A união faz a força e juntos somos mais fortes. Beijo carinhoso!! Caroline Salazar

Direito à saúde da mulher com endometriose: reflexões iniciais

Por Frederico Oliveira

Tenho acompanhado o dedicado trabalho de Caroline Salazar e disse a ela que algumas questões jurídicas precisavam ser esclarecidas de modo a enriquecer o debate em torno da conscientização da endometriose. Sabe aquela ideia de colocar as coisas em pratos limpos, chamando a atenção dos responsáveis e promovendo uma conscientização a respeito de direitos e cidadania? Pois então! É por aí que começo a escrever e espero fazê-lo de forma simples, objetiva e esclarecedora, sem o juridiquês muito comum do ofício.

O que uma mulher com endometriose tem de direito?

Antes dessa pergunta, é preciso enfrentar uma questão essencial que diferencia essas mulheres de outros seres humanos da mesma espécie. Neste ponto, é necessário enfrentar a questão do gênero relativo ao sexo biológico. (Nota da editora: já começamos a abordar o assunto sexualidade x gênero - homem x mulher, na coluna Endo Social).  

Afinal de contas, o homem não tem aparelho reprodutivo com útero e endométrio como condição essencial para a existência da doença e, por consequência, a reflexão jurídica a respeito do assunto deve ser direcionada a atender a mulher de maneira humanizadora, o que costumo dizer, real como tem que ser! Dessa forma, atende-se o princípio da isonomia entre os gêneros, compatibilizando as diferenças entre os sexos para a configuração dos direitos das mulheres com endometriose, especialmente os obstáculos que aparecem na vida das portadoras dessa doença misteriosa e que também pode ser silenciosa.   

Direcionando, então, a minha participação, observando as evidências dos prejuízos da endometriose para a saúde da mulher é possível concluir que a doença compromete a saúde física e psicológica de grande parcela de mulheres no mundo. Chego, então, ao X da questão para o aspecto jurídico a que me incumbe analisar: Quais são os direitos da mulher com endometriose no Brasil?

Por enquanto, a endometriose ainda não possui um tratamento especial e específico no conjunto de leis brasileiras, o que é importante de ser conquistado para garantir maior visibilidade e conscientização, daí o brilhantismo do trabalho deste blog. Apesar disso, pelas leis que já possuímos é possível garantir amparo que melhore a qualidade de vida das portadoras da doença, especialmente daquelas que sofrem de sintomas mais graves que chegam a incapacitá-las para o trabalho e para a convivência social.  

Assim, de acordo com a gravidade dos sintomas da doença e suas repercussões na saúde da mulher, é preciso tratar os aspectos jurídicos relevantes que comprometem e inviabilizam em muitos casos o desenvolvimento pleno e o convívio social das portadoras da endometriose. Nesse sentido, é preciso investigar quais são as responsabilidades do Estado quanto ao seu sistema de saúde pública; a responsabilidade e os deveres das empresas fornecedoras de planos de saúde privados; e, principalmente, quanto aos contornos jurídicos que a doença pode provocar com relação a capacidade laboral (para o trabalho) e os aspectos previdenciários e assistenciais que garantam condição de subsistência às mulheres que, em razão dos sintomas da endometriose, perdem, temporariamente ou definitivamente, a capacidade para o trabalho.


Espero que minhas participações possam contribuir no sentido de diminuir as dificuldades no enfrentamento dos obstáculos que a endometriose vem colocando na vida de inúmeras mulheres no Brasil.

Aguardem a minha próxima participação!

Frederico Oliveira: 
Advogado e professor universitário. Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Especialista em Direito do Estado. Membro efetivo da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/SP e da Comissão Estadual de Direito Homoafetivo do IBDFAM. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

"A VIDA DE UMA ENDO MAMÃE": A 13ª E A 14ª SEMANAS E AS MUDANÇAS NA GESTANTE E NO FETO!

Imagem cedida por Free Digital Photos

Após as mudanças no corpo da mamãe e do feto durante a 9ª e a 10ª, a 11ª e a 12ª semanas, nossa endo mamãe Tatiana continua a descrever a mágica mudança no corpo da gestante para proporcionar vida ao feto. E também, como é, qual a próxima mudança que ocorre no feto? Será que ele já tem feições? Tem olhos, enxerga? Já dá para saber o sexo? É impressionante o progresso semanal do feto. A natureza é muito sábia! Mas, antes, ela conta um grande apuro que passou nos primeiros dias do ano: Arthur, 4 anos, agora seu filho do meio teve de operar às pressas por conta de uma hérnia inguinal. Haja coração e fôlego, só uma grande guerreira como ela e todas nós portadoras de endo para enfrentar qualquer turbulência que tenta nos deixar desesperadas.

Faltam 4 dias para o fim do primeiro turno do prêmio Top Blog Brasil 2013, que se encerra no próximo sábado, dia 25 de janeiro. Já entou na nossa campanha? Se sim, compartilhe mais vezes, e se ainda não entrou, aproveite , vote e compartilhe entre seus amigos nossa campanha "Vote pelo reconhecimento da endometriose como doença social e de saúde pública, Vote no A Endometriose e Eu no prêmio TopBlog Brasil 2013, e ajude-nos a ter a endometriose reconhecida como uma doença social e de saúde pública? Clique aqui e dê seu voto: http://bit.ly/18wANh9. Passo a passo e mais informações:  http://bit.ly/1511wSV  Vote, compartilhe esta campanha entre seus amigos e ajude-nos a salvar vidas femininas! Conto com a ajuda de todos. Afinal, luto por uma causa e uma andorinha não faz verão sozinha! A união faz a força e juntos somos mais fortes. Beijo carinhoso!! Caroline Salazar

Por Tatiana Furiate

Com a correria do fim de ano estou um pouco atrasada nas semanas com vocês, peço que me perdoem, estarei me policiando para deixar tudo bem fresquinho... Antes de atualizar, preciso contar o contratempo que tive nos primeiros dias do ano. Como todas sabem, tenho o Arthur de 4 anos, a energia em pessoa (risos). Nos últimos dias de dezembro, ele brincando e nadando muito. No dia 1º de janeiro passamos o dia na casa do meu pai e adivinha onde essa benção ficou o dia inteiro: na piscina. Só saiu para comer...

No fim do dia seguinte, já em casa, ele estava brincando no playground do condomínio, quando Julia trouxe-o no colo. Imagine o meu susto. Esse menino gritava de dor, dizendo que não conseguia apoiar a perna no chão e seu piu piu estavam doendo muito. Já estava desconfiada há uns dias que ele poderia estar com hérnia inguinal, pois cada vez que fazia algum esforço ou brincava demais, reclamava de dor na barriga e no piu piu. Quando fui ver onde ele apontava onde sentia dor, ele me mostrava à região da virilha.

Imediatamente deitei-o e vi que ele estava com um inchaço muito avermelhado na virilha e percebi que realmente era uma hérnia. Na hora, eu sabia que ele não poderia fazer nenhum esforço até que eu conseguisse colocar os nódulos para dentro. Liguei para o pediatra, mas não consegui falar. Liguei para meu padrinho, que é cirurgião geral, mas também sem sucesso. Acho que todos estavam ainda em ritmo de fim de ano. Bom, só me restou medicá-lo e esperar para ver o que iria acontecer. E ele começou a melhorar. Dei um banho e coloquei-o para dormir. Na sexta-feira, dia3, logo pela manhã, também tentei entrar em contato com todos novamente, sem sucesso. Peguei o Arthur e a Júlia coloquei e fomos para hospital.  Meu marido estava trabalhando no interior. Já no carro comecei o sermão da montanha, pedi para as crianças se comportarem, pois estava sozinha com elas e também tinha o bebê.

Ao chegar ao hospital já fui atendida e foi confirmado o diagnóstico de hérnia. Ou seja, era preciso cirurgia. E onde estaria meu padrinho, pois ele é cirurgião do hospital. Consegui falar com ele no fim da tarde, ele estava em cirurgia. O Arthur foi internado no mesmo dia e a cirurgia foi no sábado pela manhã.  Nossa meninas, quanta correria, esperar meu marido chegar, levar a Julia para a casa da avó... Mas graças a Deus meu pequeno esta ótimo, nem parece que operou. Nós quando nos tornamos mães, temos uma força sobrenatural, de leoa mesmo. Passei por toda essa correria e meu bebê se comportou superbem.

Agora vamos falar sobre as mudanças na 13ª e 14ª semanas na gestante e no bebê. 
  
13ª semana de gravidez: O bebê já tem feições cada vez mais humanas e o corpo começa a ficar mais proporcional. Sem os enjoos, é hora de a gestante começar a se alimentar melhor, mas sem abusar para não aumentar muito o peso. Desde a 7 ª semana até agora, o feto mais que dobrou de tamanho. A medida da cabeça ao bumbum (CCN) pode variar entre 65 a 78 milímetros e o peso em torno de 13g a 20g. O que mais chama a atenção nessa fase é que o corpo começa a ficar mais proporcional e a cabeça diminui a velocidade de crescimento. Suas feições ficam cada vez mais humanas: os olhos estão se movendo mais para o centro da face, as pálpebras se fecham. As costelas, os ossos do crânio e dos membros começam a se delinear; nariz e queixo são bem visíveis. A genitália diferenciada, com sorte, poderá ser vista ao ultrassom. Mas lembre-se que ele ainda está em processo de desenvolvimento e olhos menos experientes podem se enganar. Se quiser mesmo saber o sexo do seu bebê, peça ao médico para confirmar no momento do ultrassom morfológico, em torno de 21-22 semanas. A placenta – responsável pela nutrição e oxigenação do futuro bebê – agora também é fundamental para produção de hormônios importantes na manutenção da gravidez. O feto começa a eliminar seus resíduos.

Mudanças no seu corpo: se os enjoos já cessaram, você poderá começar a se alimentar melhor. Mas cuidado para não abusar dos doces, massas, pães e outras guloseimas para o peso não disparar! Seu útero pode ser palpado um pouco acima do osso púbico, mais ou menos um 12 cm abaixo do seu umbigo. Se você estiver de pé na hora de medir!Nessa época, o útero também pode começar a apresentar contrações bem leves, rápidas, que normalmente não são sentidas como dolorosas pela mãe, e assim, permanecem até o fim da gravidez. São as contrações de Braxton e Hicks que não trazem nenhum prejuízo nem a você e nem ao seu futuro bebê.

14ª semana de gravidez: A barriga já está sendo notada e os seios começam a produzir uma secreção esbranquiçada chamada colostro. O bebê já pesa quase 25g e mede entre 80 e 93 milímetros. O comprimento do bebê, da cabeça ao bumbum, pode variar de 80 a 93 milímetros e seu peso já é de quase 25g. Os olhos estarão fechados e recobertos pelas pálpebras. As orelhas estão na posição correta, ao lado da cabeça; o pescoço continua a tomar uma forma mais alongada; as sobrancelhas estão aparecendo, os cabelos começam a nascer; o corpo é recoberto por uma pelugem – chamada lanugem – que mais tarde assumirá a função de proteção, na forma de pelos. Os membros inferiores se alongam e os órgãos internos também amadurecem, com o início do funcionamento da glândula tireoide, que produzirá os hormônios responsáveis por nosso metabolismo. Nos bebês do sexo masculino, aparece a próstata e nas meninas aparecem os ovários.

Mudanças com seu corpo: a barriguinha começa a ser notada. É hora de começar a dar preferência para as roupas mais confortáveis, que não limitem seus movimentos. Embora você ainda não tenha chegado nem na metade do fim da gestação, seus seios já estão se preparando para a amamentação e podem começar a produzir uma secreção mais esbranquiçada: o colostro. Lá na frente, você verá quanto ele será importante para a alimentação e proteção do seu bebê nos primeiros dias de vida, antes mesmo da descida do leite. Beijo carinhoso e até a próxima!

domingo, 19 de janeiro de 2014

DÚVIDAS SOBRE INFERTILIDADE? PALESTRA GRATUITA EM SÃO PAULO NO DIA 1° DE FEVEREIRO! VAGAS LIMITADAS!


Para quem perdeu a última palestra sobre infertilidade, agora terá nova oportunidade. O Instituto de Ensino em Pesquisa e Medicina Reprodutiva de São Paulo, referência em Pós-Graduação em Medicina Reprodutiva, promove no dia 1° de fevereiro palestra gratuita sobre infertilidade, das 10 às 11h, na rua Peixoto Gomide, 515 – 1° andar,  no Trianon-MASPem São Paulo. Para participar basta fazer sua inscrição pelo telefone: 11-3289-5209. Vagas limitadas. Inscreva-se já e não perca esta oportunidade de sanar suas dúvidas. Mais informações acesse:  http://www.medicinareprodutiva.org/ 

Eu confesso que estive na última pra cobrir e reportar tudo pra vocês e trouxe muitas informações, algumas que eu não sabia. Foi muito bom ter assistido a palestra. Se você quer engravidar, mas tem dúvida sobre infertilidade e não sabe a quem perguntar, não perca! Leve seu marido, a palestra é dirigida aos casais, principalmente, àqueles que precisam de tratamentos. Você sabia que a mulher e o homem têm a mesma porcentagem na infertilidade? Leia textos como a "Infertilidade e seus tratamentos", onde explicamos o que é a infertilidade e quais tratamentos fazer para realizar o tão sonhado desejo da maternidade, e todos os textos do A Endometriose e Eu relacionado à infertilidade na  "Superando a Endo Infertilidade"

Aproveite e ajude-nos a ter a endometriose reconhecida como uma doença social e de saúde pública? Entre na nossa campanha! Seja do bem "Vote pelo reconhecimento da endometriose como doença social e de saúde pública, Vote no A Endometriose e Eu no prêmio TopBlog Brasil 2013. Clique aqui e dê seu voto: http://bit.ly/18wANh9. Passo a passo e mais informações:  http://bit.ly/1511wSV  Vote, compartilhe esta campanha entre seus amigos e ajude-nos a salvar vidas femininas! Conto com a ajuda de todos. Afinal, luto por uma causa e uma andorinha não faz verão sozinha! A união faz a força e juntos somos mais fortes. Beijo carinhoso!!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"ENDO SOCIAL": SEXUALIDADE E GÊNERO - HOMEM X MULHER!

Imagem cedida por Free Digital Photos


O segundo artigo da coluna "Endo "Social", do sociólogo e endo marido Paulo Soares, está mais que fantástico. Após falar da exclusão de uma portadora de endometriose na sociedade, ele nos conduz brilhantemente a uma reflexão sobre os gêneros. Infelizmente, na sociedade machista a qual vivemos somos constantemente julgadas a começar quando designam nós mulheres como o sexo frágil. Comportamento machista à parte, este texto de Paulo reflete aquilo que somos perante ao nosso Pai Jesus Cristo: seres humanos. Somos iguais e merecemos o mesmo respeito. Não somos coitadas, pelo contrário, a mulher já nasce forte, já nasce guerreira pela própria natureza, e precisamos continuar firme e forte no propósito de ter a endometriose reconhecida como uma doença social e de saúde pública. E nisso, a Milhões de Mulheres Marchando contra a Endometriose (Million Women March for Endometriosis Brazil) será imprescindível para obtermos este êxito. E a marcha surgiu no momento certo. Uma coisa é certa.. Faltam 57 dias para acabar o nosso silêncio! Inscreva-se e venha marchar conosco!

Continue votando no A Endometriose e Eu no prêmio TopBlog Brasil 2013. Seja do bem e entre na nossa campanha e "Vote pelo reconhecimento da endometriose como doença social e de saúde pública, Vote no A Endometriose e Eu no prêmio TopBlog Brasil 2013. Clique aqui e dê seu voto: http://bit.ly/18wANh9. Passo a passo e mais informações:  http://bit.ly/1511wSV  Vote, compartilhe esta campanha entre seus amigos e ajude-nos a salvar vidas femininas! Conto com a ajuda de todos. Afinal, luto por uma causa e uma andorinha não faz verão sozinha! A união faz a força e juntos somos mais fortes. Beijo carinhoso!!  Caroline Salazar


Sexualidade e gênero: homem x mulher

Por Paulo Soares 

Espero que todos tenham passado bem as festas de fim de ano. Voltamos com tudo e nosso texto continuamos a discussão do primeiro artigo e ainda vou além ao propor a todos um debate sobre questões sociais que envolvem o universo da saúde humana, mais especificamente, da mulher.

Ao longo da história de homens e mulheres neste mundo, fica evidente que as relações de gênero são assimétricas, ou seja, desiguais, e as mulheres foram invisibilizadas e amordaças por uma sociedade androcêntrica (homem/macho como centro de todas as coisas) e sexista (sexo forte versus sexo frágil). Essa história das mulheres, principalmente, hoje tem despertado o interesse de vários pesquisadores em muitas universidades no mundo todo, interesses que deram vazão à produção mais afinca de estudos sobre a mulher a partir dos anos 60, ainda no século passado.

Para nos ajudar na reflexão deste artigo, gostaria de compartilhar alguns conceitos e ideias de Teresa Cristina Pereira de Carvalho Fagundes, autora do artigo: Sexualidade e Gênero – Uma Abordagem Conceitual.

Gostaria de começar conceituando gênero, cuja palavra foi inserida em meados do século XX, a qual se designa a discutir as diferenças entre masculino e feminino, sem entrar no mérito, ou levantar a discussão sobre sexualidade. Pois, um dos paradigmas do debate sobre gênero, é que não se nasce mulher ou homem, mas que esses são construídos socialmente, ou seja, vai além das diferenças biológicas ou psicológicas.

Por exemplo, a menina ganha de presente boneca para cuidar como se fosse um bebê de verdade, cozinha completa de brinquedo, o que implicitamente mostra onde deve ser o lugar da mulher: dentro de casa! Já o menino ganha bola de futebol, carrinho, armas de brinquedo, bonecos super-herois, o que sugere que ao menino compete desbravar o mundo.

Para Fagundes, gênero se refere “à construção cultural das identidades feminina e masculina, do ser mulher e do ser homem (grifo da autora)”. Essa afirmação esclarece que ser feminino e ser masculino são resultando de um longo trabalho histórico e cultural, cujos principais agentes participantes desse trabalho são as instituições, família, igreja, escola e Estado, que querem dominar e controlar os corpos e as mentes da sociedade.

O que “ser” percebe então, o que está por trás da questão de gênero, é que há uma relação de poder e dominação. Fagundes apresenta ideias de Foucault e Bourdieu, grandes pensadores contemporâneos, que discutem sobre o poder e a dominação, os quais afirmam que o corpo do ser humano é controlado e dominado de diversas formas, como citado acima, com a utilização de um poder legitimado, que é efetivado através do controle do corpo.

Na discussão de gênero, podemos perceber esses elementos acima no estabelecimento e manutenção da dominação do homem sobre a mulher, ou seja, um controle patriarcal, isto é, do masculino exercer poder sobre o feminino.

Mas, como isso acontece, Fagundes aponta para quando se associa a mulher, o gênero feminino, àquilo que é interior, ao espaço fechado e privado. A sociedade sempre espera a mulher sendo mãe, que cuida da casa e dos filhos e que depende do pai, quando solteira e do marido depois de casada, e do dos filhos quando viúva, e é lembrada como uma figura pura, dócil e companheira extremamente frágil e delicada. Já o homem, gênero masculino, está associado ao espaço aberto, exterior, ao público, a sociedade espera um homem viril, racional, forte; e é lembrado pelo seu trabalho, profissão, méritos e conquistas; é o provedor da família.

Sabemos que muitas dessas características estão mudando na atualidade, e graças a Deus, que algumas pessoas não pensam mais assim, pois acreditam que na realidade se pode construir uma relação de equidade (= significa equilíbrio) entre homens e mulheres, e não uma relação de poder e domínio, relação essa que também não é dicotômica entre forte e fraco ou público e privado ou superior ou inferior e etc. Mulheres e homens não são categorias fechadas, mas são seres que constroem suas relações entre si, interdependentes no tempo e no espaço.

Por fim a mulher e o seu corpo precisam ser respeitados e levados a sério. Políticas públicas de saúde da mulher já existem, mas que precisam ser melhoradas e ampliadas, principalmente, no tocante ao tratamento da doença endometriose que tem atingido tantas mulheres e seus familiares de forma direta e indireta deste Brasil. Dor de cólica forte e insuportável, não é frescura ou coisa de mulher, isso é pensamento ou ideologia androcêntrica, mas é um sinal de que há algo de errado no corpo da mulher é que precisa ser levado a sério.

Porém, quantas mulheres sofrem com essa diferenciação nociva, e por causa da ignorância até mesmo de médicos, sobre a endometriose, e por isso muitas mulheres são marginalizadas pela sociedade e tratada com dó, “tadinha”, é mulher e ainda por cima doente, isso quando não, na maioria das vezes, seu estado de dor é cruelmente desconsiderado pelos próprios familiares, amigos e profissionais de saúde. Lembro-me agora da história da mulher do fluxo de sangue na Bíblia (Lucas 8,43-48), já citada por Caroline Salazar, cuja tradição judaica, afirma que a mulher em seu período menstrual é obrigada ficar isolada de todos e de tudo, pois para essa cultura ela está impura, e sendo assim, quem a tocasse ficaria impuro também. Imaginem, então, que situação triste dessa mulher que sofria com uma hemorragia há doze anos! Ela gastou todo seu dinheiro com médicos na tentativa frustrada de ficar curada. Sem dinheiro, e duas vezes marginalizada por sua condição de mulher e por estar doente. E, segundo a Lei judaica, certos doentes eram obrigados a viverem isolados da sociedade, numa cultura essencialmente Patriarcal. Essa mulher correu o risco de ser penalizada por transgredir a Lei ao circular num ambiente com pessoas sadias, e fez sua última tentativa desesperada de ser curada ao tocar nas vestes de Jesus. O final dessa história é feliz, pois essa mulher é curada de seu mal e pelo menos é restituída à sociedade tendo sua integridade e dignidade enquanto pessoa devolvida pelo Mestre.

Diante desse relato, como não lembrar traumas e preconceitos vivenciados pelas endoguerreias que também gastaram e ainda gastam muito dinheiro numa romaria quase sem fim, com médicos a fim de serem curadas, que perdem seus casamentos porque simplesmente seus maridos não levaram a sério o voto que fizeram (na saúde e na doença...), ou seus namorados não estão a fim de entrar de cabeça numa relação com uma mulher doente, e os amigos nem mais lhes perguntam como estão porque “ já sabem” a resposta, seus familiares por vezes desconfiam de que essa dor não é pra tanto... É simplesmente revoltante! E temos que gritar aos quatro ventos por mais respeito, dignidade e lutar por tratamento correto e especializado para nossas mulheres.


Mas há sempre uma luz no fim do túnel, nem tudo está perdido, mesmo em meio a este caos a ordem pode ser reestabelecida e as mulheres já provaram que são boas em superar limites, e vencer apesar das circunstancias. Por isso, a vocês queridas endoguerreiras, eu tiro meu chapéu, e digo não desistam nunca de lutar, dias melhores virão com fé em Deus podem acreditar!  Que o Senhor Deus seja a nossa força para caminharmos juntos pela cura dessa doença que tem atingindo tantas mulheres e seus familiares. Abraço e até o próximo!