quarta-feira, 31 de outubro de 2012

EU E O BLOG NO PROGRAMA "SER SAUDÁVEL", DA TV BRASIL!!

Lembra aquele programa que eu gravei em maio? O "Ser Saudável", da TV Brasil, que a equipe viajou de Porto Alegre até São Paulo para gravar comigo? Irá ao ar neste sábado, dia 03 de novembro, às 10h da manhã. O programa tem duração de 30 minutos e vai mostrar o meu cotidiano com a endometriose e também o blog. Passa nos canais 4 da Net, 116 da Sky ou na TV aberta nos canais 62 Analógico e 63 digital. A gravação foi antes de minha segunda e abençoada cirurgia, e por isso, confesso que me deu até um aperto no coração. Não sei como conseguia fazer as coisas antes dessa cirurgia. Era muita dor, por isso, não se espantem com a minha cara! Porque hoje eu sei que até o meu semblante e a minha voz mudaram. Eram muitas aderências. E é impressionante como estou bem hoje. Com leves dores, claro, em especial, com dores nas pernas, sentindo-as pesadas, com cólica mais leve, mas feliz da vida em retornar às atividades normais de uma pessoa, sem sentir aquelas dores fortes e inexplicáveis! E isso já é uma vitória. Só fiquei com peninha de que não irá mostrar como estou agora, mas não tem problema, pois até então, vivi mais anos da minha vida com dores do que sem. São 21 contra 13.

Passei o dia todo gravando e adorei toda a equipe. Além da minha casa, gravei no parque da Aclimação, onde falei sobre os projetos do blog, no salão fazendo as unhas (confesso, minha única vaidade), com a querida Janete, e no Espaço Carol Martini, na praça Benedito Calixto, onde encontrei com minha irmã, que vendia peças de sua marca lá, e com meu grande amigo Marcelo, DJ do espaço, e com quem geralmente saio para tomar uma cervejinha depois. Só não repare na bagunça do meu quarto! A intenção é mostrar minha rotina, mas na época  minha rotina já estava meio bagunçada, como por exemplo, eu já não ia ao salão toda semana, mas era o que eu fazia até dezembro de 2011, quando estava trabalhando fixo como repórter da Hola! Brasil. Então, segui esta lógica da minha rotina. Espero que ele seja tão positivo quanto foram o "Papo de Mãe", também da TV Brasil, e o "Hoje em Dia", da Record. Estou ansiosa para assistir. Ainda mais quando se é jornalista. Porque eu vejo tanta abordagem errada da doença, que é uma decepção. Tem matérias que é melhor não sair, não é?

Mas eu acho que aos poucos iremos mudar isso e que esse programa será demais, porque eu falei também sobre o reconhecimento da doença como social e de saúde pública no Brasil. Além de ser o mais lido do mundo sobre endo, o A Endometriose e Eu é o pioneiro em reivindicar que nossa presidente reconheça essa doença para termo direitos legais perante a lei, como outros portadores de outras doenças crônicas. Para isso continuem votando no blog, no Prêmio Top Blog Brasil 2012. Cada pessoa pode votar com um e-mail, o facebook e o twitter. Passo a passo aqui. Não se deixe enganar e vote no original. Ah, e no decorrer da semana, irei colocar os cartazes da campanha em espanhol para verem. Logo, logo, sairá tudo em português, o vídeo e os cartazes. Quando ficar pronta e quem quiser nos ajudar a divulgá-la, deve entrar em contato comigo, pois esta parceria no Brasil é exclusivo da Acalentar e do blog, os responsáveis por esta campanha no país. O link do vídeo em espanhol, que está lindo, e cada vez que vejo ainda fico emocionada. Vou postando até sábado no face para lembrar todos. Beijos com carinho!!

Parabólicas em todo Brasil:

Canais abertos:

Curitiba -PR
canal 14

Rio de Janeiro -RJ
canal 2 analógico
canal 41 digital

Brasília - DF
canal 2 analógico
canal 15 digital

São Paulo - SP
canal 62 analógico
canal 63 digital

São Luís - MA
canal 2 analógico

TVs por assinatura:
SKY canal 116
TVA canal 181

NET (de acordo com o local)
Florianópolis- canal 2
São Luís, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre- canal 3
São Paulo, Santos, Ribeirão Preto, Manaus - canal 4
Campinas- canal 5
Maceió- canal 6
Campo Grande- canal 15
Brasília- canal 16
Rio de Janeiro- canal 18
Goiânia- canal 21
João Pessoa- canal 73

Tv Brasil Internacional:
América Latina: operadoras a cabo
Africa - canal 547 Multichoice
EUA: Canal 597 da DISH Network
Portugal: Canal 94 de TV a cabo e IPTV da operadora MEO TV
ATENÇÃO: é obrigatório por lei a oferta da TV BRASIL na programação das TVs por assinatura.
É possível também sintonizar pelo celular. Em SP o canal é 63.


domingo, 28 de outubro de 2012

ENDO VIVE PLENA, DO MÉXICO: PRIMEIRA PARCERIA INTERNACIONAL DO BLOG!!

É com muito orgulho e ainda muito emocionada que anuncio a primeira parceria internacional do A Endometriose e Eu. Fui convidada pela querida Eva Marina, da Associação Ibero-americana de Endometriosis para uma Vida Plena, a Endo Vive Plena, do México, para encabeçar e divulgar no Brasil, a campanha informativa visando o diagnóstico precoce da doença. No México, o diagnóstico demora cerca de nove anos, já por aqui, esse número varia entre 8 a 12 anos. Com muitas exceções, claro. E eu sou uma delas, já que demorei 18 anos para saber o que eu tinha. Por isso, não pensei duas vezes em aceitar o convite de Eva, três semanas atrás. Afinal, tanto o blog quanto a equipe médica da Unifesp têm este mesmo desejo, para diminuir o sofrimento da nova geração de portadoras. Foi uma mistura de sensações, pois eu sempre falei aqui que é preciso haver a união das 176 milhões de portadoras do mundo todo, para que passamos a ser mais respeitadas por todos, inclusive, pelos próprios médicos. E fazer uma parceria internacional era algo que eu queria há algum tempo. Agora, divido esta felicidade plena com todos vocês, que fazem o sucesso do blog. Já estou terminando de traduzir a campanha do espanhol para o português, para espalhá-la por todo território brasileiro, com vídeos e panfletos em português. Além do Brasil, a campanha conta com a união da Fundação Porto-riquenha de Pacientes com Endometriose e da Endometriosis Panamá. Ela também faz parte da divulgação do 2° Congresso Internacional de Gestão Integrada da Endometriose, que se realizou entre os dias 26 a 28 de outubro (hoje), no México, sob a batuta de Eva e de sua fundação.

Mesmo sabendo que o A Endometriose e Eu é o blog que mais acessado no mundo todo sobre endo, confesso que fiquei emocionada ao ver seu logo nesta brilhante campanha. Eu, que sou apaixonada pela Frida Khalo, tenho entre os meus sonhos conhecer a Casa Azul, na Cidade do México, onde essa guerreira mulher viveu. Quem sabe em 2013, não conseguirei ir ao 3° congresso para palestrar e espalhar ainda mais a palavra endometriose. Afinal, eu fui a primeira mulher no mundo a falar abertamente sobre a condição de ficarmos assexuadas por conta da endo e também sobre dispareunia e a descrever os sintomas, as consequências e, principalmente, como é a dor desta devastadora consequência. Quando Deus me deu a inspiração necessária para criar este blog, eu jamais imaginei tudo que está acontecendo hoje. Só agora é que percebo o quão generoso nosso Pai é com suas filhas do bem. Ver o logo do blog num grande congresso com muitas mulheres e especialistas me faz ter a certeza de que estamos no caminho certo e que não há nada que irá me fazer parar. Além do blog mais lido do mundo, o A Endometriose e Eu é o pioneiro não só em retratar o dia a dia de uma endomulher, dar voz a outras mulheres, mas foi o primeiro que reivindicou que a doença precisa ser reconhecida como uma doença social e de saúde pública pela nossa presidente, Dilma Rousseff, e, consequentemente, que todas as portadoras passam a ter diretos perante a lei, assim como outros portadores de outras doenças crônicas, já reconhecidas por lei. Para isso, continuem votando no blog, no Prêmio Top Blog Brasil 2012. Vote no original e não aceite imitações! Cada pessoa pode votar com seu e-mail,  facebook e ou twitter, passo a passo aqui. A votação vai até o dia 10 de novembro, às 14h.

Eu gostei muito do texto e vi que minha sintonia com a Eva é grande. Mesmo em espanhol, vocês irão entender muito bem, mas em poucas semanas, o vídeo e os posteres estarão em português. A endo é muito mais que uma doença, é uma nova condição de vida, é uma doença que dói no corpo e na alma, uma dor sufocante, cortante, que nos aprisiona e eu também concordo que ter endometriose não é sinônimo de ser infértil. Eu gostei bastante da alusão ao arame farpado em volta da barriga das modelos, no caso, como se fossem as nossas dores,  pois é assim que sentimos essas malditas, como pontadas de facas, de agulhas, algo cortante, sufocante. Com vocês a primeira parceria internacional do A Endometriose e Eu, este meu filhote lindo e cheio de luz que pouco mais de dois anos e meio de vida, já está colhendo frutos maravilhosos mundo afora. Em breve, esta campanha, que começou com a união de alguns países da América Latina, será lançada mundialmente, inclusive, na Europa e nos Estados Unidos. Fico arrepiada toda vez que assisto ao vídeo. Espero que gostem, assim como eu!! Aproveito para agradecer os mais de 200 mil acessos do blog e os mais de 1000 fãs na página do facebook. E no próximo sábado, dia 3 de novembro, às 10h,  todo mundo ligado na minha participação no programa "Ser Saudável", da TV Brasil.  Beijos com carinho!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A HISTÓRIA DA AMERICANA CANDICE FREDERIKSEN E SUA ENDOMETRIOSE PÉLVICA E PUMONAR!!

No artigo de hoje, mais uma seção “História das Leitoras”. Com meus contatos internacionais em ascensão, há tempos quero contar a história de alguma delas aqui. Quando conheci nossa endoirmã Candice Frederikson, já a convidei imediatamente para compartilhar sua história com todas vocês. Um dos motivos é o fato que a endometriose desta americana de Minnesota, no norte dos Estados Unidos, vai tirar o estigma que a doença “só” acomete os órgãos reprodutores de uma mulher. Eu disse “só”, porque muitos ainda acham que é normal para uma mulher retirar parte ou a totalidade de seus órgãos reprodutores. Agora, o que vão dizer essas pessoas quando descobrirem que qualquer órgão do nosso corpo pode ser acometido por esta doença. Quando conheci Candice e sua mãe (foi com ela meu primeiro contato), eu sabia que ela tinha endometriose no pulmão e fui correndo atrás desta história, poucos dias antes de sua cirurgia, realizada há pouco mais de dois meses. Era isso que eu sabia de sua endo, e era essa a história que eu queria contar aqui. Porém, após cirurgia fiquei sabendo que, além dos focos no pulmão, ela tinha alguns espalhados por sua pelve. Seis horas e meia de cirurgia, seis médicos presentes, dentre eles, estagiários para aprender como se opera endo no pulmão. Todos os focos da pelve e do pulmão de Candice foram retirados numa única cirurgia. Alguns órgãos como útero (ela tinha adenomiose extensa), colo do útero e o apêndice e foram removidos. E ela só tem 25 anos. Ainda bem que ela já tem sua linda menina. Talvez, por isso, tenha sido mais fácil aceitar a remoção de seu útero mesmo sendo tão jovem.


A cirurgia foi feita no Endometriosis Research Center, um dos centros mais respeitados do mundo e referência quando o assunto é endo, tendo como um de seus fundadores, o doutor David Redwine, um dos mais renomados especialistas mundiais, reconhecido por seus quase três séculos de dedicação a nós, portadoras, e um dos cientistas que revolucionou tanto a área de pesquisa quanto a clínica. A primeira estará explicita aqui, quando Candice diz: “Eu nasci com endometriose”. Aí você se pergunta: “Mas a endometriose não vem com a menstruação?”. Talvez, a Teoria de Sampson (a da menstruação retrógrada), de 1920, poderá estar com os anos contatos ou não explica todos os conceitos práticos que vem sendo encontrado nas mulheres. Não precisa tanto, é só saber que o número de mulheres com menstruação retrógrada é maior àquelas que têm a doença. Se a endo decorre da falha do caminho do sangue menstrual que, em vez de sair pelo canal vaginal, volta pelas tubas e se espalha na pelve, como explicar o número maior a primeira em relação à segunda? E como explicar também o fato de a endo se espalhar em órgãos tão distantes da pelve? Além desta teoria (que já estou traduzindo para colocá-la aqui), o doutor Redwine, que acabou de se aposentar, inovou na excisão cirúrgica, pois ele consegue tirar os focos pela raiz, pois onde ele operava, os focos não voltavam mais. Assim, ele salvou muitas vidas femininas do sofrimento. Eu acredito mais nesta teoria do que a da menstruação retrógrada para ser mais sincera. Fazendo uma regressão em minha memória, lembro-me bem que uma “dor de lado tipo uma pontada" sempre me acompanhou desde criança. Principalmente, quando eu corria, andava mais rápido e acho que isso já acontecia antes mesmo de eu ter menstruado pela primeira vez. Depois, ela se tornou mais freqüente em mais forte. Resumindo, esta teoria fala que adquirimos a doença quando ainda somos um embrião em formação no útero da nossa mãe. Células do útero materno se deslocam e se implantam em nosso útero, quando ele ainda está em formação e se implanta lá ou em outros locais do nosso corpo. 

Por isso, o doutor Redwine merece um artigo no blog, e assim farei, pois devemos muito a este grande especialista, grande cientista e grande cirurgião. Tudo com este adjetivo mesmo! Voltando à história de Candice, apesar de ser tratado como um caso raro, ela aceitou o convite para mostrar que a endo pode ser muito mais séria do que imaginamos para alertar as milhões de brasileiras. Depois de ler este artigo, quem sabe muitas portadoras não irão levar a doença mais a sério, e de que é preciso um tratamento com um bom especialista hoje, não amanhã ou depois. Infelizmente, sei de muitas portadoras que não fazem tratamento adequado ou até mesmo nenhum tratamento e isso é muito sério. Acho que elas não têm ideia o quão terrível e o quão traiçoeira é a endo. E ainda tem o fato de alguns focos serem invisíveis e também a questão de muitas mulheres serem assintomáticas. É preciso muita cautela e ter um acompanhamento medico adequado. Por ora, o meu será a cada três meses. Retornarei ao Nipo em novembro. Não vou falar muito para vocês poderem ler logo a história da guerreira Candice, mas peço que continuem votando no A Endometriose e Eu, no segundo turno do prêmio Top Blog Brasil 2012 (passo a passo aqui). Conto com a ajuda de vocês. Beijos com carinho!! Caroline Salazar


“Eu tive minha primeira menstruação aos 11 anos. A partir deste primeiro período, fui violentamente despertada numa noite, poucos dias antes do meu 12° aniversário, com meu rosto molhado e com uma dor pélvica insuportável na minha parte inferior das costas (lombar), que irradiava para as coxas e por toda minha pelve (sentia tb em toda a área de meu estômago, quadril, ossos, etc). Eu estava gritando e chorando de dor quando chamei minha mãe. Ela me deu ibuprofeno (nota da editora: anti-inflamatório, analgésico e antipirético usado contra dores de cabeça, musculares, de dente, cólicas menstruais, dentre outras) e colocou-me no sofá, com uma bolsa de água quente. Ela ficou muito preocupada.  Não demorou muito e adormeci. Minha mãe e eu não tínhamos ideia de que estava errado comigo. No dia seguinte, fomos ao consultório medico e quando fui colher minha urina para exames, quando percebi que estava entrando na “condição feminina” e acabando de me tornar uma mulher, em toda sua glória, eu havia menstruado.


Durante toda minha adolescência e a minha entrada à vida adulta foi caracterizado pelo tormento mensal, que eu achava ser normal! Meus exames de Papanicolau (nota da editor: exame realizado pelo ginecologista, em seu consultório medico, que colhe células do útero e do colo do útero para análise) sempre foram normais e as pessoas sempre me diziam que era normal para algumas mulheres terem seus períodos dolorosos. Então, eu pensava  que essa era a minha sorte na vida. Minhas dores eram como pontadas de faca, que me apunhalava e latejante que irradiava para minhas costas, coxas. Isso me deixava na cama por vários dias por mês. A dor começara uma semana antes de minha menstruação e se estendia até a semana em que descia. Eu ficava muito cansada e era um cansaço pesado, diferente e que não passava com nada. Nem mesmo quando deitava. Eu vivi a minha vida assim, lutando duramente contra esses sintomas. Desculpando-se e me culpando por  não conseguir me levanter, por não poder ser como as outras mulheres e vivia o pior da dor. Eu sempre fui muito forte em relação às dores, para que eu pudesse suportá-las para continuar com a minha vida e, assim, fiz. Terminei o colegial, apaixonei-me perdidamente, casei-me e recebi a graça Divina de ficar grávida. Eu amei não ter meus períodos menstruais e também amei esse momento de estar grávida.


Logo após de ter a minha filha, meus períodos voltaram e, embora irregulares, eu não ovulava todos os meses. Com isso, as dores eram previsíveis e fortes. Tive a sorte de trabalhar em casa e, assim, apesar da dor, eu ainda era capaz de gerenciar os detalhes da minha vida.  As dores  roubaram meu convívio familiar e me tiravam do papel de esposa e de mãe que eu mereceria ser. Alguns anos atrás, minha menstruação tomou um rumo estranho e drástico. Comecei a notar que a tosse que me acompanhara a vida toda, tornou-se mais forte, mais difícil e mais úmida.  Ela tinha um gosto metálico e muito espesso como sangue. E, numa noite, a caminho de casa, minha boca se encheu de sangue fresco. Quando cheguei em casa cuspi, tirei fotos e corri para o pronto-socorro. Na urgência médica, não diagnosticaram nada de errado em mim. Eles, naturalmente, me liberaram dizendo que talvez eu tivesse rasgado (ferido) minha garganta de tanto tossir. Desta época até meu diagnóstico demorou um ano para eu ter o real diagnóstico. Um ano, seis tomografias computadorizadas de tórax, uma broncoscopia (nota da editora: endoscopia dos órgãos respiratórios) para avaliar se poderia ser câncer, infecções e fungos para finalmente eu ser diagnosticada com hemoptise catamenial, ou seja, endometriose dos pulmões. Fiquei aliviada ao saber que tinha e alíviada quando soube que pílulas anticoncepcionais poderiam me ajudar a melhorar. Mal sabia eu como eles (os medicos) estavam errados!


A pílula anticoncepcional não funcionou. E nem o depoprovera (nota da editora: antconcepcional intramuscular à base de progesterona que inibe a ovulação e que pode ser aplicado mensal ou trimestral, dependendo da dosagem). A dor na minha pelve, que era apenas durante o meu período menstrual, tornava-se cada dia mais forte, era cada dia mais progressiva e  muito irritante. Até chegar ao ponto de gritar de dor.  E não era só os meus pulmões que doíam. A minha pelve também. Comecei a suspeitar que eu estava com endometriose na pelve também. Encontrei um médico que estava disposto a investigar. Além de endometriose no pulmão, fui diagnosticada com endometriose pélvica também. Este médico não era um especialista e ele deixou a doença muito para trás. Depois de meses escutando que meu caso era raro, inoperável e que eu estava condenado a uma vida de hormônios e analgésicos, eu encontrei um especialista no Endometriosis Research Center, em Atlanta, na Geórgia, nos Estados Unidos.


Dois dias antes de minha cirurgia, sai de minha cidade, Minnesota, viajei 1400 milhas (mais de 2 mil quilômetros, 3 horas de voo) até Atlanta para fazer minha cirurgia. A cirurgia correu muito bem! Foram seis horas e meia, uma equipe de três médicos especialistas de diferentes áreas e mais três estagiários, que estavam aprendendo como operar endo nos pulmões. Retiraram na mesma cirurgia os focos da pelve e do pulmão. Uma área, em meu lóbulo superior do pulmão direito, com suspeita de endo foi removida, pois estava com inflamação crônica. Na biópsia foi confirmada endo no pulmão. Em seguida, retiraram as aderências do meu pulmão o restauraram à sua forma natural. Meu útero, colo do útero e meu apêndice foram removidos. As aderências da minha vesícula biliar e do meu cólon foram removidas. Minha bexiga foi explorada para ter certeza de que era saudável, o que se confirmou. E foram removidas lesões de endometriose superficiais e profundas nos ligamentos pélvicos e nos úterossacros. Eu tinha adenomiose extensa, endometriose inicial e também em estágio II, apendicite aguda, e hemoptise catamenial (endometriose no pulmão).


Já se passaram pouco mais de dois meses da minha cirurgia. Eu já tinha ido a alguns dos melhores médicos dos Estados Unidos e foi dito que eu era inoperável. Isso mostra o quanto nossa comunidade médica é ignorante quando o assunto é endometriose. As lógicas e conceitos modernos que são adotados hoje pelos especialistas onde operei, estão mudando a vida de muitas mulheres que saem de longe para se consultarem com esses médicos. Espero que através da conscientização e apoio das organizações de pesquisas nacionais e globais sobre a endometriose, podemos mudar esse quadro e acordar nossos médicos para a verdade sobre esta terrível doença. Temos de despertá-los para a real natureza da endometriose e pedir às mulheres que têm para a esperança de que irão encontrar bons especialistas e alertar quem não está em tratamento, pois ele tem de ser feito corretamente. Eu espero que aumente a conscientização e apoio das organizações de pesquisas nacionais e globais sobre endometriose, pois só assim poderemos mudar esse quadro e acordar nossos médicos para a verdadeira faceta da doença.


Escutei do dr. Sinerco que eu nasci com endometriose. A doença não pode ter saído da minha barriga para o meu pulmão. Tudo começou quando eu era um embrião e estava se desenvolvendo na barriga da minha mãe, a doença já estava prevista para onde iria. E após anos alimentando-a com hormônios liberados pela ovulação, esses focos ganharam vida e causaram muitos estragos no meu corpo bem lentamente, ano após ano. Com mais consciência e bons especialistas, eu não teria que esperar tanto tempo. E nem você precisa esperar! Por favor, apoiem a consciência da endometriose, armando-se com informações para compartilhar com as mulheres que você tem ao seu redor e apoie em algum momento alguma organização sem fins lucrativos perto de você. Beijos com carinho, Candice Frederiksen.”


“I got my first period when I was eleven years old. From that very first period, I was violently woken from my sleep one night, in excruciating pelvic pain that radiating to my thighs and my lower back. My mother and I had no idea what was wrong, until the next day at the doctors office trying to figure it out, I was taking a urine sample and there it was! There on the toilet paper was the crossing over to “womanhood” in all her bloody glory. My entire adolescence and journey into adulthood was characterized by monthly torment that I thought was normal! My pap-smears were never abnormal, and people told me that some women just have bad periods, so I thought that it was just my lot in life. My pain was knife like, stabbing and throbbing down into my thighs and penetrating through to my lower back. It left me bedridden several days a month. The pain began the week before my period and the week of my period. My exhaustion was incurable it seemed. No amount of rest or caffeine or nutrition could shake the heavy fatigue. I lived my life like this, working hard through these symptoms.


Apologizing with a guilty heart that I could not get up, that I could not function while in the midst of the worst of the pain. And as soon as I could stand the pain enough to carry on with life, I did. I finished high school, fell in love, got married and even by the grace of God had a little baby girl. I loved not having a period. I loved being pregnant. Soon after I had my daughter though, the periods came back and although they were irregular since I did not ovulate every month, they were predictable in their pain and vengeance. I was fortunate to work from home so that I was able to still manage the details of my life despite the pain. If I was bedridden for a few days it did not break the bank or our life, besides of course tormenting myself. And robbing my family of the wife and mother they deserved to have.


A few years ago, my periods took a strange and drastic turn though. I began to notice the cough that had been with me my whole life, became heavier, harder, and wetter. There was a  thick, metallic taste much like blood. And on my way home one night, my mouth welled with what was unmistakably fresh blood. When I got home I spit it out, took photographs and ran to the ER. The ER did not diagnose me. They of course released me saying perhaps I had torn my throat from coughing. It took a year to yield the diagnosis. A year, six chest Ct Scans, one bronchoscopy to test for cancer, infections and funguses to finally diagnose Catamenial Hemoptysis, Endometriosis of the lungs. I was relieved to know what was wrong and breathed a huge sigh of relief when I heard that the mini birth control pill could fix it! Little did I know how wrong they were.


The birth control pill did not fix it. It did not work. Neither did the depo provera shot. My pain in my pelvis that once was only during my period, had gradually become every day nagging at me. Until one day it was not just nagging at me it was screaming at me! Not only did my lungs ache, but my pelvis ached every day too. I began to suspect that I had endometriosis of my pelvis as well. I found a doctor that was willing to investigate. Sure enough I was diagnosed with pelvic endometriosis. This doctor was not a specialist though, and he left much disease behind. After months of being told I was rare, inoperable and that I was doomed to a life of hormones, and pain killers, I found a specialist at the Center for Endometriosis Care in Atlanta Georgia, United States.

There a large team of expert doctors and even interns needing to learn more, operated on my lungs and my pelvis. An area in my upper lobe of my right lung was suspicious for endo and was confirmed to suffer chronic inflammation was removed. Then the adhesions in my lung were taken down and my lung was restored to its natural shape. My uterus, cervix and appendix were removed. Adhesions to my gallbladder and my colon were removed.  My bladder was explored to be sure it was healthy, which it was. And my pelvic sidewalls, and utero-sacral ligaments were excised of deep and superficial endometriosis lesions. I had extensive adenomyosis, endometriosis, the beginning of acute appendicitis, and Catamenial Hemoptysis, endometriosis of the lung. It has been three weeks since that six and a half hour surgery. A surgery I needed to have fourteen hundred miles from home. I went to some of the best doctors in the United States and was told I was inoperable. This goes to show how uneducated our medical community is about Endometriosis.


The logical, modern concepts that are embraced today by the experts and thus they operate off of those beliefs are changing the lives of so many women who can make it to see these doctors. I hope through awareness and support of our national and global endometriosis research organizations we can change this and wake our doctors up to the truth about endometriosis. To wake them up to the whole nature of endometriosis and to the absolute hope that there is in treatment for endometriosis, if only done properly. I was born with endometriosis. The disease did not do a cartwheel from my tummy to my lung. When I was developing as a tiny embryo, the disease laid down where it would. And after years of feeding it with the hormones it requires during menstruation, it came to life. Made itself known and wreaked havoc on my body, slowly, year by year. With more awareness and good specialists, I would not have had to wait so long. And neither would you! Please support endometriosis awareness by arming yourself with information to share with the women in your life and take a moment to support an endometriosis non profit organization near you. Kisses with love, Candice”

terça-feira, 16 de outubro de 2012

VOTE ON THE ENDOMETRIOSIS AND I AT THE THE TOP BLOG BRAZIL AWARD!!


Vote on the blog The Endometriosis and I (A Endometriose e Eu) at the Top Blog Brazil Award 2012 and help us to raise more awareness about endometriosis in my country and help us to get to know our president and to recognize this disease as a social and public health in my Brazil, that has 10 until 15 million of woman with endometriosis. The votes can be with your email, your facebook or twitter or all of them. To vote, you need to click on the seal Top Blog Brazil Award, which is on the right flashing in golden/ brown, and follow the steps. You will be redirected to the page of the award, which will have three voting options: email, facebook and twitter. The first option is to vote by your e-mail, the first space where you will put your name and surname, and the second, your e-mail and click at the arrow vote in orange. In the email option you must validate your vote in your own e-mail. You will receive an email from the Top Blog Brazil Award asking you to confirm your vote. Just click the link in the e-mail and your vote has been validated successfully. 

Below appears the letter F, for you to vote with your facebook Click on the orange arrow, make your login and vote. And them comes the letter T for Twitter. Click the orange arrow, make your login and click at the blue square, where it is written Authorize Application and your vote has been successfully recorded. I count with your vote and your help, to share my request among your friends! The voting runs until November, 10th. If anyone has any doubt or difficulty in voting, let me know to help them. Kisses with love!

domingo, 14 de outubro de 2012

VOTE NO BLOG NO PRÊMIO TOP BLOG BRASIL 2012!!

Vamos fazer com que nossa presidente, Dilma Rousseff, passe a conhecer a endometriose e a reconhecer a doença como social e de saúde pública no Brasil? Para isso, vote no A Endometriose e Eu no Prêmio Top Blog Brasil 2012. Neste ano, cada pessoa tem três chances de votos. É um voto por e-mail, um com o facebook e outro com o twitter. Se você tiver os três, vote com todos, pois assim teremos mais chances. É só clicar no selo do Top Blog Brasil, que está à direita da página piscando em dourado. Você será redirecionado à página do prêmio, onde terão as três opções de voto: e-mail, facebook e twitter. A primeira opção é o voto por e-mail, onde no primeiro espaço você vai colocar seu nome e sobrenome e, no segundo, seu e-mail. Você clica na seta votar, que está à direita na cor laranja. Na opção e-mail é necessário validar seu voto em seu próprio e-mail. Você vai receber um e-mail do prêmio Top Blog Brasil pedindo a confirmação de seu voto. Basta clicar no link do e-mail e pronto, seu voto foi validado com sucesso! Na sequência aparece o F do facebook. Clica na seta laranja, faça seu login e pronto. Voto validado com sucesso! Abaixo, vem o T do Twitter. Clica na seta votar, em laranja, faça seu login e clique no Autorizar Aplicativo. Pronto, seu voto foi validado com sucesso. Conto com a ajuda de todas vocês em votar e, em especial, em compartilhar meu pedido entre seus amigos. A votação vai até o dia 10 de novembro. É por pouco tempo!

O A Endometriose e Eu é o pioneiro no Brasil e no mundo em retratar a vida de uma endomulher. Foi o primeiro blog que deu voz a outras mulheres para contarem suas histórias com a doença e foi o primeiro a contar com esclarecimentos médicos de um especialista para tirar duvidas das leitoras. E eu fico muito orgulhosa em saber que minhas ideias estão sendo disseminadas por outros blog e grupos no Brasil e no exterior. Muitas outras ideias estão chegando. Dentre elas, as histórias das leitoras internacionais. Se você pensa que a endometriose é uma doença boba, vocês irão ficar chocadas com a história de uma americana que irei postar nesta segunda-feira. Foram encontrados focos de endo em nove lugares diferentes do corpo. A danada zanza por todo nosso corpo sem a gente perceber. E ótimas novidades, que ainda precisarei manter em segredo para não serem copiadas, irão surpreender todas vocês. Precisamos comprovar que somos muitas! Beijos com carinho!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ESTAMOS NO SEGUNDO TURNO DO PRÊMIO TOP BLOG BRASIL 2012!!

É com grande alegria que anuncio a todos que o A Endometriose e Eu está no segundo turno do Prêmio Top Blog Brasil 2012. A votação começa hoje e vai até o dia 10 de novembro. Serão apenas 30 dias e, por isso, irei precisar da ajuda de todos, não só em votar, mas compartilhar este pedido entre seus amigos para angariar votos pro blog. Será muito importante para nós chegarmos entre os 3 finalistas. Isso é fundamental para chamar ainda mais a atenção da nossa presidente Dilma Rousseff. Afinal, o A Endometriose e Eu foi o pioneiro em muitas coisas, dentre elas, em lutar pelo reconhecimento da endometriose como uma doença social e de saúde pública no Brasil, assim como já é na Europa. Eu fico muito orgulha em ver essa minha ideia disseminada por outros blogs também. Felizmente, Deus me deu muitos dons, dentre eles, o de ter nascido numa família de artistas muito criativos. E isso não tem preço.

Neste ano, cada pessoa tem três chances de votos. É um voto por e-mail, um com o face e o outro com o twitter. É só clicar no selo do Top Blog Brasil,, que está à direita da página piscando em dourado. Você será redirecionado à página do prêmio, onde terão as três opções de voto: e-mail, twitter e facebook. Se você tiver os três, vote com todos, pois assim teremos mais chances. A primeira opção é o voto por e-mail, onde no primeiro espaço você vai colocar seu nome e sobrenome e, no segundo, seu e-mail. Você clica na seta votar, que está à direita na cor laranja. Na opção e-mail é necessário validar seu voto em seu próprio e-mail. Você vai receber um e-mail do prêmio Top Blog Brasil pedindo a confirmação de seu voto. Basta clicar no link do e-mail e pronto, seu voto foi validado com sucesso! Na sequência aparece o F do facebook. Clica na seta laranja, faça seu login e pronto. Voto validado com sucesso! Abaixo, vem o T do Twitter. Clica na seta votar, em laranja, faça seu login e clique no Autorizar Aplicativo. Pronto, seu voto foi validado com sucesso.

Peço a ajuda de todos em angariar votos pro blog. Só com a ajuda de vocês, será possível atingir nosso objetivo: ter a endometriose reconhecida como uma doença social e de saúde pública no Brasil. Porque só assim é que poderemos ter nossos direitos de cidadã reconhecidos por lei. Afinal, o A Endometriose e Eu foi o primeiro blog no mundo a retratar a vida de uma endomulher, a contar histórias de outras mulheres com a doença e  é o único que indica tratamento médico de qualidade e gratuito em São Paulo. E nossoa planos são ainda mais audaciosos, tudo em prol da portadora de endometriose. Porque o objetivo do blog, além de ter a doença reconhecida pelos nossos governantes, é salvar vidas femininas, livrar as cerca de 10 a 15 milhões de mulheres com endometriose do sofrimento. Hoje, o A Endometriose e Eu é o blog mais lido mundo e conta com parcerias pioneiras, como as do doutor Helio Sato, que tira dúvidas mensais das nossas leitoras, e a do cientista inglês Matthew Rosser. Conto com a ajuda de todos! Beijos com carinho!!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

VAMOS NOS UNIR PARA MOSTRAR QUE SOMOS MUITAS E QUE MERECEMOS RESPEITO?!

Uma das missões do A Endometriose e Eu é chamar atenção de nossos governantes, para que eles passem a conhecer e a reconhecer a endometriose como uma doença social e de saúde pública no Brasil. Ter este reconhecimento é o primeiro passo para as portadoras começarem a ter direitos, inclusive, direito ao atendimento digno e de qualidade no setor público. Todas as capitais brasileiras precisam ter isso. Mas, como mostrar que somos muitas?

É preciso união de todas as portadoras do Brasil e do mundo para mostramos que somos muitas e que precisamos ser respeitadas, ser reconhecidas, precisamos ser tratadas como pessoas, cidadãs. Vamos mostrar que somos muitas para termos ainda mais chances de sermos reconhecidas pelos nossos governantes, em especial, da nossa presidente Dilma Rousseff? Afinal, pouco mais de um ano atrás, nossa presidente abriu o discurso da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, e disse que tinha como uma de suas metas melhorias na saúde da mulher com foco nas doenças crônicas e não transmissíveis, mas, infelizmente, ela citou várias e a endometriose não estava entre elas. Isso significa que ela desconhece essa terrível doença que acomete mulheres de todas as idades e não só as em idade reprodutiva, como a mídia aborda por aí. Aliás, nós sabemos que, nos casos severos, a doença é muito mais do que uma simples doença. É uma condição de vida, pois muitas portadoras jamais terão suas vidas de volta, muitas vivem aprisionadas em suas camas, em suas casas e isso tem de mudar. Se você é portadora, preencha o cadastro, não leva mais de cinco minutos. Se você não é compartilhe esta ideia, pois pode ter alguma mulher com endometriose perto de você. Contamos com a ajuda de todas. Afinal, juntas somos mais fortes. Beijos com carinho!!

domingo, 7 de outubro de 2012

MATTHEW ROSSER: PESQUISAS SOBRE ENDOMETRIOSE AUMENTAM A CADA DÉCADA!!

Após a apresentação de Matthew Rosser, o A Endometriose e Eu começa a traduzir com exclusividade no Brasil, os artigos deste cientista inglês. Quando fiz o contato com Matthew, me apresentei, apresentei o blog, disse o que queria e acordamos a tal da exclusividade. Confesso que jamais gostaria de pedir algo “exclusivo” a ninguém. Quando trabalhamos em redação de revistas e ou jornais, ouvimos tanto essa palavra, somos tão cobradas por sempre ter de voltar da pauta com algo exclusivo em nossa entrevista (e isso eu sempre gostei de fazer) e, talvez por isso, eu não queria usá-la aqui. Porém, infelizmente, eu tive de pedir isso ao Matthew. Infelizmente, porque eu não sei o que a maioria das pessoas fazem com o cérebro que Deus deu a elas. Faz tempo que estou sendo vigiada, seja no blog ou no facebook. É horrível você acordar e dormir sabendo disso ainda mais quando é por pessoas que você nem conhece. Foi por isso que eu não contei no blog que havia gravado o programa “Hoje em Dia”, da Record, em agosto, para que esses invejosos de plantão não enchessem o site do programa de comentários, assim como fizeram com o “Papo de Mãe", da TV Brasil. E é por isso também que estou me abrindo com vocês hoje. Eu não posso aceitar isso. É eu achar alguém no facebook ou na internet, e lá vem essa turma sem cérebro atrás, pedindo para ser amigo, curte tal página porque eu curti e segue tal blog porque eu também estou lá. Fazem isso sem ao menos conseguirem se comunicar, falar ou escrever a mesma língua que a tal pessoa adicionada. O google tradutor não é cérebro humano, portanto, ele não adquire conhecimento como nós e, por isso, ele não escreve corretamente a frase que colocamos lá para traduzir, ainda mais se essa língua for o português, que é uma das mais complexas quanto falamos em regras gramaticais. Logo, logo vou começar a contar a primeiras histórias de minhas leitoras internacionais e, essas pessoas sem luz própria, que vive a sombra dos outros, continuarão me perseguindo e adicionando essas pessoas só porque eu sou amiga delas? 

A mensagem é: o que Deus pré-determinou para cada um está guardado e ninguém poderá tirar. Nem os inimigos visíveis e nem os invisíveis. E eu disse pré, pois cada um de nós tem o livre arbítrio de seguir o que Ele nos designou ou de seguir em outro caminho. Já reparou que sempre que temos um problema, temos dois caminhos a escolher? E está na Bíblia que não podemos desejar o que é dos outros, que isso é pecado. O pior é que essas pessoas dizem ser temente a Deus. Se Deus conversa comigo, Ele pode conversar com todas as outras pessoas também, desde você seja do bem. Deus está sempre ali, sempre ao seu lado. É só pedir luz-própria a Ele. Tudo que plantamos na Terra durante todos os nossos anos, nós colhemos. Quem planta a inveja, não vai colher nada bom, nada produtivo. Então, pra quê desejar aquilo que é dos outros? Eu considero a inveja um dos piores pecados. E eu tenho pavor dela. Eu sei o nome e sobrenome de cada uma dessas pessoas, não porque alguém me falou. Não, eu não acredito em fofocas, nem em mexericos, nem em diz-que-diz e muito menos na clássica frase: “fulana de tal falou isso, ciclana aquilo”. Eu acredito somente naquilo que Jesus Cristo me diz. E faz tempo que Ele me disse sobre essas pessoas, antes mesmo de idealizar o blog. Eu juro que não acreditei, porque são pessoas que nunca vi na vida que nunca conheci. Ao mesmo tempo em que nosso Pai me disse isso, Ele também disse que iria apresentar-me a muitas pessoas do bem, pessoas que seriam minhas parceiras e que seguiriam comigo nesta longa caminhada, dentre elas, eu teria algumas que zelariam por mim, que iriam proteger-me contra as energias do mal, assim como Ele faz. Sou inteiramente grata ao nosso Pai e a muitas pessoas que Ele colocou em meu caminho. Cada um de nós, seres humanos, tem uma missão muito especial na Terra. É só ir atrás para saber qual é a sua, porque eu sei qual é a minha e sei que muitos outros frutos estão por vir. Ah, e após esse desabafo, eu quero compartilhar com vocês uma novidade que vai alegrar muitas e entristecer essas minhas sombras. É assim que vejo quem fica seguindo meus passos. Eu estou cada vez melhor. Ainda continuo com leves dores, mas neste último fim de semana, após mais de uma década, eu consegui sair na sexta-feira, dancei horrores com meus amigos e voltei pra casa só quando o dia estava clareando e de metro. No sábado, após dormir minhas 6 horas habituais, acordei, lavei o banheiro, a cozinha, sai de novo, não voltei tão tarde, mas pasmem, não fiquei com dores e não precisei tomar nenhum remédio em momento algum. Isso é o começo do meu grande milagre, porque Deus também já havia me dito, há muito tempo, que meu sofrimento teria um fim, que eu iria ficar boa para seguir com minha missão. E não é que mais uma vez Ele estava certo.  

Por sugestão do próprio Matthew, vou partilhar com vocês o artigo que ele mesmo sugeriu que fosse o primeiro a traduzir para vocês, onde fala sobre o ranking dos países que mais fazem pesquisas sobre endometriose década a década, desde 1960. E eu achei bem interessante, porque as pesquisas são nossa esperança para encontrarem a cura para a endometriose e de um futuro sem dor para muitas mulheres. E não é que o Brasil está entre os países do futuro que podem realizar essa façanha! Eu sei que nós temos grandes cientistas, até mais do que médicos especializados. O problema é que no exterior ou uma pessoa é cientista ou ele é médico. Eu acho que isso deveria acontecer no Brasil também, pois para ser médico é preciso, acima de tudo, ser uma pessoa humana, generosa e nunca gananciosa. E para ser cientista, não precisa dessas qualidades. Os Estados Unidos seguem na liderança isolada há mais de 40 anos, mas eu já sabia que as pesquisas na Itália estão muito avançadas e este artigo, com texto e gráficos, comprovam isso. Como já foi falado aqui,nunca se estudou a doença quanto nos últimos 10 anos. Não importa o país, o mais importante mesmo é saber que cientistas do mundo todo estão dispostos a descobrirem a cura para endometriose. Espero que vocês gostem e em novembro tem mais artigos do Matthew Rosser no blog. Boa leitura! Beijos com carinho!!

A endometriose é um problema global, que afeta negativamente todos os países do mundo, tanto financeiramente quanto ao excesso de sofrimento que esta condição estabelece em todos os afetados. E o A Endometriose e Eu já falou sobre isso aqui, no artigo sobre o Endo Cost, o primeiro estudo mundial que revela que a endo é uma doença de alto custo. Seria interessante ver quais os países que estão na vanguarda da luta contra o problema da endometriose e quais estão ficando para trás. O gráfico abaixo mostra o número de artigos publicados sobre endometriose entre 1925 e 2011.

Publicações de pesquisa sobre endometriose ao longo do tempo
É ótimo saber que a quantidade de pesquisas publicadas sobre a doença está aumentando a cada ano. A produção de pesquisas nos últimos 11 anos é duas vezes maior do que a dos últimos 60 anos! Aí, vocês me perguntam: “De onde vêm todas essas pesquisas?” O mapa abaixo mostra quais os países têm produzido a maioria das pesquisas ao longo dos últimos anos. Quanto mais escura a cor do país, mais pesquisas este país produziu.

Mapa da pesquisa endometriose publicada por país

Temos algumas surpresas no próximo quadro. Você sabia que o Irã tem publicado mais pesquisas sobre endometriose do que a Irlanda? Ou que o Quénia tem produzido mais pesquisas do que a Rússia, apesar de a Rússia ser 30 vezes maior do que o Quênia. Não é novidade saber que a maioria das pesquisas vem da América do Norte, Europa Ocidental e Japão. Esses países e continentes sempre foram os grandes rebatedores no campo de pesquisa sobre endometriose, especialmente, os Estados Unidos que lideram o ranking desde sempre com 5541 artigos publicados. O Reino Unido fica em segundo lugar, com 1.659. Com isso, penso que é interessante saber quais estados americanos estão á frente destas pesquisas. Abaixo, o mapa dos EUA explicitando os estados. Quanto mais verde, mais pesquisas este estado fez.

Mapa da endometriose pesquisa publicações pelo Estado dos EUA
Nova York, Califórnia e Texas estão liderando o grupo. Se a intenção deste artigo é mostrar as pesquisas realizadas até hoje e quais países estão investindo neste campo, o que mudou neste quadro nos últimos anos? A figura seguinte mostra os 10 países principais que estão à frente destas pesquisas. São eles: Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Itália, Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Canadá e Austrália. Mas eu quero inclui também quatro países que considero os próximos que poderão entrar na lista: China, Brasil, Índia e Turquia.
Cada país é representado pela sua bandeira e o tamanho da bandeira representa a proporção da sua produção de pesquisa em comparação com os outros países. Vamos começar com a era groovy dos anos 1960.

Década 1960
Nesta década turbulenta de 60, apenas 48 artigos foram publicados sobre a doença. Seis países estão empenhados em desvendar o mistério desta doença. Já na era Disco, nos anos 1970, isso começou a mudar. No gráfico abaixo, podemos ver bem essa mudança. Agora, de seis sobe para 13 os países que estão desenvolvendo pesquisas sobre endometriose. O número mais que duplicou. E o Brasil é um desses que surgem nesta época, bem tímido. Olha só a nossa bandeira bem pequenina lá em cima, quase saindo do quadro, logo atrás da Austrália e da Bélgica.

Década 1970

Nos anos 1970, o número de pesquisas publicadas aumentou quase 1500%, o maior aumento em pesquisa sobre endo em toda a história até hoje. Agora, no quadro abaixo, vamos ver os avanços da década de 1980.

Década 1980
Na década de 1980, a investigação sobre a doença da Europa Ocidental e do Japão aumentou. O Japão garantiu seu lugar na corrida crescente para tentar ultrapassar potências europeias, como Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha. Nos anos1990, a escala global já estava mudando para melhor. Olhe o quadro abaixo.

Década 1990
O Japão e o Reino Unido cresceram em sua produção científica, assim como a Espanha e a Itália. Mesmo gerando uma quantidade respeitável de pesquisa, houve uma queda na produção da França e da Alemanha. Apesar de ser um país pequeno, a Bélgica mostrou sua força neste campo, começando a avançar contra países muito maiores, como o Canadá e a Austrália. Também vemos o surgimento repentino da Turquia, um país que só produziu dois artigos durante entre 1960 e 1989, surge com 40 n década de 1990. Abaixo, a figura que engloba o período entre 2000 e 2011.
Anos 2000
Agora, podemos observar uma mudança muito maior. Ainda hoje, os cientistas americanos produzem mais da metade das pesquisas sobre endometriose no mundo. O Reino Unido e a Itália estão à frente do Japão. A Bélgica, a Austrália e o Canadá tiveram um crescimento significativo. Mas, de longe, a maior surpresa é a China, o Brasil, a Índia e a Turquia, que explodem no cenário de pesquisa, devido ao aumento econômico desses países. Na década de 1980, estes quatro países juntos produziram menos de 3% do total das pesquisas e, nos últimos 11 anos, o número amentou para 13%. A China, em particular, tem no período 2011-2012, ultrapassado maioria dos países europeus, exceto para o Reino Unido e a Itália.O Brasil e a Turquia vêm logo atrás. Se as tendências atuais continuarem, nos próximos 10 a vinte anos, estes países poderão dominar o campo de pesquisa sobre endometriose. Será que algum deles irá desafiar a liderança dos Estados Unidos, o todo-poderoso? Após olharmos para os países, nos resta saber quais são os centros de pesquisas dentro destes países que estão engajados nestas pesquisas. Abaixo está um quadro de líderes das 10 melhores instituições de pesquisa e seus respectivos países.

Ranking dos 10 centros que mais publicam pesquisas sobre endometriose
Não é nenhuma surpresa ver os Estados Unidos representados com cinco universidades, ocupando a metade das posições. A Universidade de São Paulo, do Brasil, ocupa o 5° lugar no mundo e isso não é uma tarefa fácil, especialmente porque só há pouco tempo cientistas brasileiros se dedicam à pesquisa sobre endo. Mas a medalha de ouro vai para a Universidade de Milão, da Itália, liderando este ranking. Para terminar, eu acho que nós precisamos reconhecer os indivíduos que mais contribuem para tentar vencer essa doença. Abaixo uma lista com os nomes dos cientistas que mais contribuíram neste campo. A Itália aparece em três posições, os EUA com dois, a Bélgica, que surgiu também timidamente lá atrás, e que tem uma universidade na tabela acima, aparece com dois cientistas.

Ranking dos 10 pesquisadores mais engajados em estudar a endometriose
 ENGLISH VERSION:


Endometriosis is a global problem, it impacts negatively upon all the countries of the world both in terms of monetary value and in the surfeit of suffering the condition lays on all those affected. To that end then, it would be interesting to see which countries are at the forefront of tackling the problem of endometriosis, and which countries are falling behind. So over the last month I’ve been doing some research of my own to try and answer questions about the global scale of endometriosis research. Let’s dive straight in and see how much research into endometriosis has been going on over the years. The graph below shows the number of articles published on the subject of endometriosis between 1925 and 2011. NB Click on any image for a bigger version


Research publications on endometriosis over time

As you can see it’s looking pretty good; the amount of research published on endometriosis has increased quite rapidly. In fact the research output over the last 11 years is double that of the preceding 60 years! I suppose the next question to ask would be - where is all this research coming from? The map below shows which countries have produced the most research in endo over the years; the darker the country’s colour, the more research it has produced.

Map of endometriosis research published by country

Some surprises here. For example, did you know that Iran has published more research on endometriosis than Ireland? Or that Kenya has produced more endo research than Russia, despite the fact Russia is 30 times larger than Kenya. Unsurprisingly we can see that the vast majority of endometriosis research comes from North America, Western Europe and Japan. These countries (and continents) have always been the big hitters in the field of endo research, especially the United States, who lead the pack by quite some way. That’s an understatement really; according to the Scopus citation database the United Kingdom is the second most prolific endo research producing country in the world, with 1,659 articles published, which is pretty respectable. The UK however, looks like a dinghy compared the vast aircraft carrier of the United States contribution of 5,541 articles. With that in mind I thought it would be interesting to focus on the US and see which states are producing the most endo research. So I put together a map similar to the one above but just for the US.

Map of endometriosis research publications by US state

So it looks like New York, California and Texas are leading the pack with a pretty poor show from Idaho, Montana and Nevada. Of course, what I’ve been showing thus far is all the research conducted to date, but how has the output of the world’s endometriosis research changed over time? To answer that the next few pictures show maps of the Top 10 endometriosis research producing countries, namely: United States, United Kingdom, Japan, Italy, Germany, France, Belgium, Spain, Canada and Australia, but I’ve also included four of the ‘up and coming’ countries of endo research, namely: China, Brazil, India and Turkey.
Each country is represented by its flag, and the size of the flag represents the proportion of its research output compared to the other countries. Let’s start with the groovy era of the 1960’s.


1960's

It’s plain to see where most of the endo research came from during these turbulent times. That said, between all the countries we are looking at, only 48 research articles were published on endometriosis during this entire decade. Let’s disco dance into the 1970’s and see how this changes.

1970's

Well the US still retains its dominance, but an important point is that out of the 14 countries we’re looking at, only 6 were doing any endo research in the 1960’s. By the end of the 1970’s, 13 out of our 14 countries were now doing some endo research. Also the amount of endo research published has increased by nearly 1500%, which is the highest increase in endo research in the entire history of the world! Let’s see how the mullet clad scientists of the 1980’s faired.

1980's
 The 1980’s was known for many things, and most of these things involved unforgivable crimes against fashion. But in terms of endo research there were a few changes during the 80’s. Certainly research output from Western Europe and Japan increased. Japan in particular secured its place as the rising run of endo research by overtaking the European powerhouses of Germany, France, Italy and Britain. Let’s see if this continues into the 1990’s
1990's

Whilst the fashion wasn’t much better in the 90’s, the global scale of endometriosis research was changing for the better. Japan and the UK grew in their output, as did Spain and Italy. France and Germany, whilst still generating a respectable amount of research, actually shrank a tiny amount. Belgium, despite being only a little country, showed it could hold its own against bigger countries like Canada and Australia. Also we see the sudden emergence of Turkey, a country that only produced two articles during between 1960 and 1989 suddenly, during the 90’s produces forty articles in one decade. Moving on to more recent times now, and the period between 2000 and 2011.

2000-2011
 Well there’s a change; every country grows apart from the US (don’t worry American readers, it only shrinks relative to the other countries, the US still produces well over half the total endo research). The UK and Italy overtakes Japan; Belgium, Australia and Canada also make some decent growth. But by far the biggest surprise is China, Brazil, India and Turkey who explode onto the research scene, no doubt due to the economic surge in these countries. These four countries put together only produced less than 3% of the total endo research in the 1980’s, but produced 13% of the total output during the last 11 years. China in particular has, in the 2011-2012 period, overtaken most European countries except for The UK and Italy. Brazil and Turkey are both in hot pursuit. If the current trends continue, in the next ten to twenty years, these up and comers will be the dominant forces in the field of endometriosis research; but can anyone challenge the top spot of the mighty US? That remains to be seen. So far we’ve looked at certain countries and their research output, but what about the centres of endometriosis research within these countries, who can boast begin the best? Below is a leader board of the top ten endometriosis research producing institutions and their associated countries.



No surprise the see the US well represented here again. It’s also a rather excellent achievement for the University of Sao Paulo, ranking 5th in the world is no mean feat, especially as they have only relatively recently started putting serious effort into endo research. But the gold medal goes to the University of Milan, felicitazioni! to you my friends. To finish though, I think we need to acknowledge the individuals who contribute most to taking the monster of endometriosis by the horns and trying to beat it into submission. Below is a list of the Individuals who have contributed most to the field of endometriosis research by way of peer reviewed publications.



The world owes a great debt of gratitude to these people who work so tirelessly to better understand endometriosis and, if one day, I could make it onto that list, I would go to my grave a happy man. Of course it doesn’t end here, there are many, many people out there deserving of our praise; from doctors to awareness raisers, advocates, scientists and women who refuse to be defeated by endometriosis. There are too many of you to name, but you know who you are and you are all an inspiration. If our collective was a living being and each of us represented a different part of that being, the excellent doctors who understand a woman’s struggle would be the healing hands; the researchers and scientists would be the enquiring mind, always thinking ahead; and the women who suffer this disease? You who face it every day, yet in facing it do not allow it to overcome you? You would be the heart and soul, you are the driving force without which the world’s interest in endometriosis would wane and grind to a halt. When the cure for endometriosis arrives, it will be because of someone like you.

All information on published works were retrieved from the Scopus database, where the title/abstract/keyword contains the word ‘endometriosis’ published up to the end of 2011 unless otherwise stated. Additionally, countries that no longer exist (such as the Soviet Union or Czechoslovakia) were not included in the search. Only articles using the Greek/Latin term endometriosis were included in the search, therefore some articles which use language specific variations of endometriosis would have been omitted. For the US map, a search was conducted for articles where the state affiliated with the article was given; therefore some publications will have been missed. For the top ten lists only articles which contained the word ‘endometriosis’ in the title were considered. For the institutional and individual lists, research output was quantified by total number of publications over all years.