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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
VOTE NO A ENDOMETRIOSE E EU NO PRÊMIO TOP BLOG BRASIL!!
Continuem votando no A Endometriose e Eu no prêmio Top Blog Brasil 2012. É só entrar na página do blog, clicar no selo do prêmio, que está à direita da página piscando, e seguir os passos. Neste ano, cada pessoa pode votar com um e-mail, com seu facebook e seu twitter. São três chances de votos. Lembrando que, para votar com o face e com o twitter, é preciso clicar no 'Ir para o aplicativo' e pronto, seu voto foi computado com sucesso. Já por e-mail, é necessário validar o voto clicando no link do e-mail que você vai receber em sua caixa de entrada. Vamos tornar a endometriose conhecida de nossa população e reconhecida de nossos governantes. É uma vergonha o Brasil ser comandado por uma mulher, que não conhece e nem reconhece a doença mais cruel e tipicamente feminina que atinge cerca de 10 a 15 milhões de mulheres no país. É o A Endometriose e Eu, o pioneiro no mundo em retratar a vida de uma portadora de endometriose, na luta pelo reconhecimento da endometriose como uma doença social e de saúde pública. Com a ajuda de todos conseguiremos mostrar que existimos e que somos muitas. Afinal, juntas somos ainda mais fortes. Beijos com carinho!
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domingo, 19 de agosto de 2012
ESTREIA DO DR. HÉLIO SATO, COM A PALAVRA O ESPECIALISTA!!
É com imenso prazer que anuncio hoje a estreia da coluna do dr. Hélio Sato no A Endometriose e Eu: “Com a palavra, o especialista dr. Hélio Sato”. Todos os meses, ele irá tirar dúvidas de nossas leitoras. Para o blog ser o mais completo do mundo sobre endo, só faltava o apoio de um grande especialista em endometriose. Por isso foi uma felicidade muito grande quando o dr. Hélio aceitou meu convite. Infelizmente, é muito raro ter um bom especialista, ser tratada por um médico que entende de verdade a portadora, a nossa dor, que sofre conosco e que não quer apenas ganhar dinheiro com a nossa doença. Bom, eu sou suspeita para falar sobre ele! Serão quatro perguntas dividas em duas partes. Hoje, a coluna vai abordar o Allurene e os anticoncepcionais de estrogênio. Já que está um burburinho todo com esse novo medicamento, vamos saber o que o especialista acha sobre ele. Há uma semana, quando cobri o lançamento desse medicamento, leitoras do mundo todo estão se perguntando: “Ele funciona mesmo? É verdade que ele tira as nossas dores?”. A outra questão é sobre o anticoncepcional de estrógeno. No próximo domingo, ele responderá às outras duas perguntas, a da Rosimery Santos e da Ana Carolina, ambas do Rio de Janeiro. Agora, com a palavra o especialista, o dr. Hélio Sato.Continuem votando no A Endometriose e Eu no prêmio Top Blog Brasil. É o blog mais lido do mundo e, agora, o mais completo, rumo ao reconhecimento da endometriose como uma doença social e de saúde pública no Brasil. Beijos com carinho!!
- Dr. Hélio, qual sua opinião sobre o Allurene? Fiz minha sexta cirurgia em 23 de junho e meu médico sugeriu esse tratamento. Quais os benefícios, efeitos colaterais desse medicamento? Patrícia Gastaldi Gouvêa, de Vitória, ES
Estive no evento da Bayer®, e de fato, foi muito bem organizado com convidados internacionais para lançamento oficial do Allurene®. O princípio ativo do Allurene é o dienogest que pertence ao grupo dos progestógenos, ou seja, é similar à progesterona. E hoje existem diversas opções de progestógenos no mercado mundial e brasileiro, como por exemplo, componentes com Levonorgestrel, Gestodeno, Medroxiprogesterona, Ciproterona, Drospirenona, etc..... E o que o dienogest tem de diferente? Ainda é cedo para afirmar qualquer consideração. Mas, cabe citar alguns fatos:
1. Há pelo menos 30 anos, os progestógenos têm sido utilizados para o tratamento da endometriose e com eficácia de melhora da dor da endometriose em torno de 85% nos estudos apresentados. Assim, para ter relevância médica-científica há necessidade de comparar essa medicação com outros progestógenos. E, infelizmente, não há evidências que o dienogest é melhor que outros progestógenos.
2. Existe uma pílula chamada de Qlaira® que contém o dienogest e cujo objetivo é a anticoncepção. Ela já está no mercado brasileiro há pelo menos dois anos. A diferença é a presença de estrogênio na pílula (Valerato de estradiol) em alguns comprimidos, portanto, o dienogest tem ação anticoncepcional, bem como, existem algumas alternativas anticoncepcionais hormonais compostos somente por progestógenos na sua composição, como o Cerazatte®, o Depoprovera®, o Contracept®, etc... com ótima eficácia. Portanto, supõe-se que o Allurene® tem efeito anticoncepcional, mas, a empresa sugere o uso de métodos anticoncepcionais associado a ele, desde que não seja hormonais. Ou seja, não se deve usar pílula, injeção, adesivos, anéis vaginais hormonais associados ao Allurene. Com isso sobram os preservativos, o DIU de cobre, dentre outros.
3. A grande diferença do Allurene® está no texto da bula que o descreve como medicação para endometriose e nas outras alternativas de progestógenos não há este texto. E, para divulgar qualquer objetivo da ação da medicação há necessidade de comprovar sua eficácia, os efeitos colaterais, etc..., ou seja, uma burocracia enorme. E, o Allurene® é o primeiro progestógeno que cumpriu estas demandas.
4. Finalmente, entendo que a medicação não deve ser autoadministrada e cada paciente deve ser avaliada individualmente. O uso do Allurene® não será a solução para todas as mulheres com endometriose. E, para àquelas que estão bem com o progestógeno utilizado, em minha opinião não há necessidade de trocar seu anticoncepcional para o Allurene®.
5. O mais importante, ainda, é um bom acompanhamento médico e diagnosticar a endometriose o mais precocemente possível. E, neste sentido, ainda, temos um longo caminho para percorrer, mas, muitos avanços têm sido alcançados. E, garanto que há muito empenho médico-científico no mundo inteiro e no Brasil, por alguns grupos que se dedicam para buscar novos métodos para o diagnóstico precoce, tratamento da dor, infertilidade e todos os aspectos negativos da endometriose.
- O uso de anticoncepcionais que contém estrógeno em sua fórmula faz aumentar a endometriose? Hosana Santana, de São Paulo, capital
Não! Pois, o principal componente dos anticoncepcionais é o progestógeno, a quantidade de estrogênio é baixa e, de fato, esse hormônio é somente um “tempero” para diminuir as chances de escapes sanguíneos. Esses escapes são uma queixa muito frequente nas usuárias de pílulas composto por apenas progestógeno e o estrogênio traz uma regularidade ao ciclo.
Sobre o dr. Hélio Sato:
Ginecologista e obstetra, Hélio Sato é especializado e endometriose e em laparoscopia. Ele tem graduação em Medicina, Residência Médica, Preceptoria, Mestrado e Doutorado em Ginecologia pela Universidade Federal de São Paulo. É pesquisador principal de projeto regular da FAPESP.
Hélio Sato tem certificado em Laparoscopia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e de Obstetrícia. É membro da AAGL (“American Society of Gynecology Laparoscopy”) e é membro associado da clinica GERA de reprodução humana. (Acesse o currículo Lattes do doutor Hélio Sato).
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sexta-feira, 10 de agosto de 2012
ALLURENE OU VISANNE: TUDO SOBRE O NOVO REMÉDIO QUE COMBATE ÀS DORES DA ENDO!!!
Na quinta-feira, dia 09, cobri meu primeiro evento como jornalista pelo blog: a coletiva de imprensa do novo medicamento da Bayer, que promete acabar com a dor da endometriose. Só não postei no mesmo dia, porque cheguei muito cansada em casa. Adivinha qual o nome desse remédio? No Brasil, ele se chama Allurene, mas na Europa, já é comercializado há alguns anos com o nome de Visanne. Quando recebi o convite e escutei as palavrinhas mágicas: remédio que acaba com a dor da endometriose, juro que pensei: “Justo agora, que não tenho mais aquelas dores fortes. Mas, logo em seguida, pensei de novo: “Ainda bem, pois tem muitas mulheres vivendo como se estivessem no inferno, naquela quentura toda por conta das dores fortes. Mas, qual dor esse medicamento vai combater?” Afinal, as portadoras de endometriose sentem tantas dores. É dor abdominal, dor pélvica, dor na lombar, dor nas pernas, dor durante as relações sexuais, dor muscular, é dor no corpo todo... e por aí vai, só para constar algumas das nossas dores. Sem contar que as dores aparecem de diversas maneiras, como ardência, pontadas (que pode ser como facadas e/ ou agulhadas), ferroadas, dentre muitas outras.
Já percebi que esse remédio é o assunto do momento. Então, vamos lá. O Allurene é um repositor hormonal à base de dienogeste, um tipo de progesterona, que inibe a produção do estrógeno no endométrio. Como sabemos, é o estrógeno que alimenta a endo. E, com esse hormônio sintético de progestina, “as lesões não recebem mais o alimento e morrem de fome”, explicou Theo van der Loo, presidente da Bayer no Brasil. Sem alimentar as lesões de endometriose, o Allurene promete combater às dores pélvicas e também à dispareunia, a dor durante as relações sexuais. Quem falou sobre a dispareunia foi o especialista espanhol dr. Francisco Carmona, professor da Universidade de Barcelona e chefe do serviço de ginecologia na Clínica e Hospital de Barcelona, que viajou ao Brasil, pela primeira vez. Confesso que gostei muito da explicação dele sobre o assunto. De acordo com dr. Carmoma, ao combater às dores pélvicas, esse remédio pode melhorar a libido da mulher e, consequentemente, a paciente pode voltar às suas atividades sexuais. O especialista catalão afirmou que muitos médicos não tratam a dispareunia por terem vergonha de perguntar às pacientes sobre suas atividades sexuais ou por falta de informação mesmo. Acreditam?
Ele tem a mesma ação dos análogos de GnRH, tipo o Zoladex, só que sem os tão tenebrosos efeitos colaterais do Zola. O Allurebe é o primeiro tratamento a longo prazo para tratar a endometriose. Conforme todos os especialistas que estavam lá, os análogos de GnRh não devem ser usados por mais de 6 meses, pelo simples fato de causar a osteoporose, já que afeta nossa massa óssea, tirando o cálcio dos nossos ossos. Durante o estudo realizado por 15 meses, os efeitos colaterais mais observados no ensaio clínico do Allurene foram: dores de cabeça, desconforto nos seios, depressão, alteração do sangramento menstrual. Durante as explicações nenhum especialista falou sobre o preço e se o medicamento iria atingir boa parte das mais de 10 milhões de brasileiras acometidas pela doença. Quando abriram para perguntas, levantei o dedo e soltei a minha: “A Bayer pensa em popularizar o medicamento, porque R$ 200 reais a cartela com 28 comprimidos está muito fora da nossa realidade?” A resposta foi uma comparação com o Zoladex. “Comparando que os efeitos do medicamento são os mesmos do Zoladex, o Allurene é mais em conta. E também precisamos resgatar o investimento que tivemos durante os estudos e testes.” Enquanto eu estava no trânsito, a caminho do hotel Hyatt, onde se realizou a coletiva, fiz as contas: o meu Mirena custou R$ 718 reais e dura cinco anos: então por mês estou gastando 12 reais. Para um anticoncepcional à base de progesterona que custa em média R$ 50 reais (os já existentes no mercado): a mulher gasta R$ 600 reais por ano e 3 mil em cinco anos; agora com o Allurene, que cada caixa custar R$ 200 reais, cada mulher vai gastar cerca de R$ 2600 reais por ano e uns R$ 13 mil reais em cinco anos.
Dr. Thomas Faustaman, da Bayer, explica sobre o Allurene. |
Theo van der Loo, presidente da Bayer no Brasil. |
Dr. Francisco Carmona, que viajou de Madrid ao Brasil, para apresentar o Allurene ou Visanne, na Europa. |
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A Endometriose e Eu
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domingo, 5 de agosto de 2012
VAMOS MOSTRAR AOS NOSSOS GOVERNANTES QUE NÓS EXISTIMOS E QUE SOMOS MUITAS?!
É muito triste
vivermos num país, onde pagamos impostos altíssimos e, mesmo assim, não ser
reconhecidas pelos nossos governantes. No Brasil, os cidadãos pagam até mesmo
para respirar. Alguém já parou para pensar, o quão alto está nossos impostos?
Alguém já parou para pensar que pagamos, mas nosso dinheiro não é revertido em
nada? Por que falta tudo aqui? Educação, saúde, moradia..... Então, onde vai
parar nosso dinheiro? Bom, eu vou falar apenas sobre a área em que atuo, ou
melhor, que quero atuar: saúde da mulher. Há dois anos, desde o último Censo,
em 2010, já sabemos que somos mais mulheres do que homem em nosso país. De lá
para cá, com certeza este número já aumentou e muito! Mas, como ainda não saiu
o novo Censo, segundo o de 2010, somos 97.342.162 contra 93.390.532 homens. Ou
seja, há dois anos existia 4 milhões a mais de mulheres do que homens no país.
Aí, eu pergunto: "Existe alguma política em prol da saúde da
mulher?". Não, claro, que não. E sabe o que é pior, nenhum político está
interessado em ajudar ninguém, muito menos as mulheres. Gente, todas pessoas,
seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, são cercadas por mulheres. Elas são
nossas mães, namoradas, esposas, irmãs, primas, tias, amigas, companheiras,
ufa, em todos os lugares tem uma mulher.
Infelizmente, o Brasil é o país que mais tem mulheres
acometidas pela endometriose. Somos cerca de 10 a 15 milhões de mulheres. Os
médicos ainda falam em 6 milhões, mas esses números estão errados,
porque eles colocam as mulheres apenas que estão em idade reprodutiva. A idade
reprodutiva vai dos 15 anos 45 anos, mas e aquelas que têm endometriose na
adolescência e depois dos 45, não entram na estatística? Claro que não, porque tudo que fazem
por aqui tem de ser malfeito, ou então, pela metade. Eu estou aqui para botar a
boca no trombone! A minha endometriose começou aos 13 anos e, assim como a minha, muitas também surgem na adolescência e até mesmo na menarca (nota da editora: a primeira menstruação). Sabe o que me dá mais vergonha de ser brasileira? É ser
governada por uma mulher, Dilma Rousseff, que tanto quis e pediu para
colocar um (a) na frente da palavra presidente, mas que não reconhece a doença
feminina mais cruel que já existiu no mundo. Sim, a endometriose não mata
rapidamente, como pode acontecer com quem tem câncer, mas mata com o passar dos anos, em especial, quem depende da morfina 24h por dia. Por isso, a maioria das
pessoas acham que ter endometriose não é nada, é uma frescura. Gente, já faz
tempo que descobri o quanto esta doença é terrível. Ou alguém acha que eu seria
louca em dizer: "Ah, é bom ter dores 24 horas por dia, 7 dias na semana. É
uma delícia viver numa cama, longe de todos e de tudo, não ter qualidade de
vida, não ter relação sexual com seu namorado e ou marido, privar-se de sair com os amigos,
com a família, com o namorado. É ótimo ser mandada embora do trabalho porque temos de ir ao
médico, temos de fazer fisioterapia e milhões de exames. É normal você saber que não pode gerar
um filho, que tem de fazer várias cirurgias. Melhor ainda é tomar doses e doses
de morfina diariamente, como minha amada amiga Gisele Dhal.
A Gi só tem 32 anos e já é dependente da morfina. Alguém sabe o que pode
acontecer com uma pessoa dependente de mofina? Ainda mais tão jovem como ela?
Existem portadoras de endo que vivem como como a minha tia, mas a minha tia estava com câncer terminal e, graças a Deus, o sofrimento da minha tia acabou
rápido, em menos de 2 meses, pois ela desencarnou e foi descansar ao lado de
nosso Pai. Acompanhei boa parte dos 15 anos que minha tia viveu com câncer e, de
fato, seus últimos anos e meses, foram horríveis. O câncer é uma doença
horrível, mas num determinado momento, o doente vai descansar. Com a
endometriose, infelizmente, isso não é possível. Milhões de mulheres vivem presas às suas camas, sem contato com o mundo exterior e, com isso, entram numa depressão profunda. Muitas tentam suicídio e outras tantas o cometem. A endometriose é uma
doença tida como benigna, mas que tem seu comportamento maligno. O quesito
maligno é porque onde tem focos da endo, eles vão se instalando e comendo pouco
a pouco esses órgãos. Em muitas histórias das leitoras já contadas no A Endometriose e Eu, muitos
foram os casos de mulheres que retiram parte ou a totalidade de seus órgãos. A
endo não é levada à sério pelos governantes, pela população e pelos médicos,
inclusive, muitos ginecologistas, porque muitos dizem: "Ah, é só retirar o
útero e está tudo certo." Nããninnanão! Não basta retirar o útero, é
preciso retirar os ovários, e, consequentemente, em muitos casos, lá se vai as
trompas também. Uma mulher só é mulher pelo fato de nós termos todos esses
órgãos reprodutivos, que a endometriose nos rouba. Na última sexta-feira, eu fiquei ainda
mais perplexa com a crueldade da endometriose. Leia atentamente, o comentário
que a nossa querida leitora Áurea deixou no face do blog: "Amigas desta
página, após 13 cirurgias, a última me deixou em coma profundo por 65 dias e 3
meses no hospital (fiz traqueostomia e fui colostomizada!), estou com uma
sensação de desespero profundo. Aos 36 anos, destes, 10, já luto contra a endo,
não sei mais o que é passar um dia mais sem dor! Dor crônica! 24 horas! Agora,
após retirar tudo: útero, ovários, trompas, intestino grosso, o que mais tirar?
Agora estou com um hemangioma na coluna. Vou fazer uma cintilografia óssea e
outro exame com choques (não me recordo o nome).... alguém já passou por algo
tão agressivo assim?"
E aí, será que, de fato, a endometriose não é nada? A
endo é mais do que uma doença, é uma condição de vida. Em muitos casos, ela
comanda a nossa vida e é preciso viver refém dela. A endo mata aos poucos, mas
muito mais rápido do que nós pensamos. E estas mulheres que vivem dependentes
da morfina? Acham que é normal, tomar morfina todos os dias?! Esse medicamento é
outro veneno e contribui para nos matar aos poucos. Nós, portadoras de
endometriose, precisamos pensar em tudo isso, antes de decidir em quem iremos
votar nas próximas eleições. Uai, se não existimos para os nossos políticos,
porque somos obrigadas a votar? Isso não entra na minha cabeça e ninguém é
obrigado a fazer nada contra sua vontade. Acho que o dia que os votos nulos
forem maior do que os válidos, nosso país poderá ser diferente e seguir um novo
rumo. No que depender de mim, nenhuma portadora do Brasil, seus familiares
e amigos irão votar em outubro. Reflitam sobre o texto e aguardem!
E continuem votando
no A Endometriose e Eu no prêmio Top Blog Brasil 2012.
É só entrar na página do blog, clicar no selo do prêmio, que está à direita da
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uma mulher, que não conhece e nem reconhece a doença mais cruel e tipicamente
feminina que atinge cerca de 10 a 15 milhões de mulheres no país. É o A
Endometriose e Eu, o pioneiro no mundo em retratar a vida de uma portadora
de endometriose, na luta pelo reconhecimento da endometriose como
uma doença social e de saúde pública. Com a ajuda de todos conseguiremos
mostrar que existimos e que somos muitas. Afinal, juntas somos ainda mais
fortes. Beijos com carinho!
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quinta-feira, 2 de agosto de 2012
DOIS MESES SEM DORES E MAIS UMA ESTREIA NO BLOG!!
Há dois meses, eu vivo um sonho! Sabe aquele sonho gostoso, o qual você nunca quer acordar? Pois é, eu estou assim! Hoje celebro 60 dias de uma nova vida! Aos 34 anos recomeço aquilo que estava adormecido há pelo menos 10 anos. Ainda me faltam oportunidades profissionais, mas sei que isso é questão de tempo. Hoje, só tenho a agradecer ao nosso Pai, que me deu a oportunidade de recomeçar minha vida. Foram tantos pedidos a Ele. Sei que muitas de minhas endoirmãs não terão essa chance, pois se encontram num estado mais debilitado de endometriose profunda e infiltrativa, mas sei que para Deus nada é impossível. Basta ter fé, perseverança e esperança. Por isso, eu peço a Ele todos os dias que dê uma chance às 176 milhões de mulheres que, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), sofrem com a doença no mundo todo. Um dos meus sonhos (sim, eu sonho muito e muito alto!) é noticiar no blog a cura da endometriose. Esse será o dia mais feliz de toda a minha vida!!
Enquanto isso não acontece, o A Endometriose e Eu tem o orgulho em anunciar mais uma parceria: a partir deste mês, meu médico, ginecologista especializado em endometriose, dr. Hélio Sato, terá uma coluna mensal no blog. Nela, ele irá responder 4 dúvidas das minhas leitoras. Não é fantástica mais essa novidade? Após começar a traduzir, com exclusividade no Brasil, os artigos do cientista inglês Matthew Rosser, o blog agora ficará ainda mais completo com a ajuda do dr. Hélio. Fazia tempo que eu queria isso e fiquei muito feliz quando ele aceitou meu convite. Quem tiver dúvidas, por favor, peço que deixem comentário neste post e não no facebook. Vou selecionar 4 perguntas para o dr. Hélio responder. Aproveito para agradecer o carinho de todas as minhas leitoras espalhadas pelo mundo. Eu nunca imaginei que o A Endometriose e Eu ultrapassaria a barreira dos oceanos, que um dia se tornaria o blog mais acessado, o mais lido e o com mais seguidores do mundo todo. Eu também não imaginaria que, com a endometriose, eu poderia conhecer pessoas incríveis e fazer amizades com mulheres de diversos países.
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