sábado, 28 de fevereiro de 2015

ACONSELHAMENTO REPRODUTIVO À MULHER COM ENDOMETRIOSE - PARTE 2!



Crédito: Pelvi/ doutor Alysson Zanatta

A questão da fertilidade feminina é ampla e muito complexa. Há inúmeros fatores que podem atrapalhar e dificultar uma gestação natural. Muito se fala das trompas, mas pouco se fala da reserva ovariana. É importante saber que é preciso manter tanto uma quanto a outra saudável para ter o tão sonhado positivo. Após o sucesso da 1ª parte do texto "Aconselhamento reprodutivo à mulher com endometriose", na 2ª  parte o doutor Alysson Zanatta aborda o endometrioma com impacto na reserva ovariana, o melhor método para medir essa reserva, o congelamento de óvulos e quando as endomulheres devem decidir pela cirurgia ou pelo tratamento de reprodução assistida às endomulheres que não conseguem engravidar naturalmente. Faltam 30 dias para a EndoMarcha. Se você ainda não fez sua inscrição, clique aqui e faça. Chegou a hora de mostramos que somos muitas e que precisamos de respeito e de tratamento digno. Beijo carinhoso! Caroline Salazar


Aconselhamento reprodutivo à mulher com endometriose - parte 2

Por doutor Alysson Zanatta  

O endometrioma ovariano significa doença avançada, com impacto sobre a reserva folicular 

O endometrioma ovariano é o cisto de endometriose que se forma no ovário de aproximadamente 20% das mulheres que têm a doença. O endometrioma está associado a 99% de chances de haver, pelo menos, uma lesão de endometriose profunda (6). Devido à esta alta associação, não há benefícios da cirurgia realizada para tratar o endometrioma isoladamente.

Possivelmente, a reserva folicular do ovário com endometrioma já estará reduzida ao momento do diagnóstico (7). E quanto maior o endometrioma, maior a possibilidade de dano cortical com redução do número de folículos / óvulos. Assim, um diagnóstico precoce da endometriose profunda antes do surgimento do endometrioma poderia possivelmente nos levar a uma intervenção que teria o potencial de preservar a reserva ovariana daquela mulher.

... possivelmente, a reserva folicular do ovário com endometrioma já estará reduzida ao momento do diagnóstico...

O hormônio anti-Mülleriano não deve ser usado isoladamente para tomada de decisões reprodutivas

O hormônio anti-Mülleriano (AMH) é o método atual de maior aceitação para avaliação da reserva ovariana. É amplamente utilizado para decisões e aconselhamento de mulheres inférteis, e de mulheres que desejam postergar a maternidade.
Entretanto, existe uma carência de padronização entre os laboratórios, e os resultados podem ser altamente variáveis. Com o AMH, podemos prever a resposta ovariana durante um ciclo de estimulação, porém não as taxas de gestação. Uma recente revisão que avaliou mais de 5700 mulheres submetidas à tratamento de fertilização in vitro (FIV) demonstrou que a dosagem de AMH não acrescentou dados para predição das taxas de gestação. A idade da mulher é que foi o fator mais significativo para predição de gravidez (8).

Portanto, assim como a contagem de folículos antrais (AFC) realizada pela ultrassonografia, a dosagem de AMH nos dá uma predição quantitativa da reserva ovariana, porém não qualitativa. Por esse motivo, não devemos basear nosso aconselhamento reprodutivo (e nossas escolhas) exclusivamente nos valores de AMH. Essa deverá ser baseada em toda a história clínica da mulher. Cuidado maior ainda deve ser tomado para não “selarmos” negativamente o destino reprodutivo de uma mulher após um resultado ruim de AMH, especialmente naquelas mais jovens.

... não devemos basear nosso aconselhamento reprodutivo (e nossas escolhas) exclusivamente nos valores de AMH. Essa deverá ser baseada em toda a história clínica da mulher. Cuidado maior ainda deve ser tomado para não “selarmos” negativamente o destino reprodutivo de uma mulher após um resultado ruim de AMH, especialmente naquelas mais jovens...

Congelamento de óvulos em mulheres com endometriose

O declínio da fertilidade relacionado à idade já constitui a principal indicação para o congelamento de óvulos nas clínicas privadas. Essas são aquelas mulheres que desejam adiar a maternidade por motivos sociais, como um melhor momento profissional ou durante o relacionamento conjugal. Parte dessas mulheres terá endometriose, o que pode aumentar o desejo para o congelamento.

Ainda há pouquíssimos relatos de gestação em mulheres que fizeram congelamento de óvulos por endometriose e que engravidaram a partir desses óvulos congelados, sem tratarem a endometriose. Quando avaliamos as mulheres que se submetem ao congelamento, verificamos que apenas 3-10% dessas retornam para tentar engravidar. Garcia-Velasco e colaboradores (9) relataram 560 mulheres que fizeram criopreservação, das quais 6,8% por endometriose. Destas, 13% retornaram. Houve apenas 1 (0,2%) gestação resultante de óvulo congelado, porém os autores não mencionaram se essa ocorreu em paciente com endometriose ou em mulher que tenha feito o congelamento por outro motivo.

Ainda que seja uma realidade presente e revolucionária, não sabemos com exatidão como a endometriose poderia afetar as chances de gravidez em uma situação onde os óvulos foram coletados “mais jovens”, mas que a doença ainda estaria presente (não tratada). Como mencionado anteriormente, a endometriose pode interferir em todas as etapas da fecundação e da implantação do embrião. No momento, ainda não temos dados para assegurar a uma mulher que tenha endometriose e que opte por congelar óvulos que ela conseguirá uma gestação no futuro a partir daqueles mesmos óvulos congelados.

... ainda que seja uma realidade presente e revolucionária, não sabemos com exatidão como a endometriose poderia afetar as chances de gravidez em uma situação onde os óvulos foram coletados “mais jovens”, mas que a doença ainda estaria presente (não tratada)...

Cirurgia e/ou tratamento de reprodução assistida para a paciente infértil?

Esta é uma discussão ampla e controversa. Temos a tendência natural de sugerirmos caminhos que já conhecemos, que temos experiência, ainda que eventualmente não estejam nos anseios daquela mulher. Informação adequada, completa e isenta são fundamentais.
Até 95% das mulheres com endometriose profunda têm dor (10). Após uma anamnese direcionada, costumo sempre perguntar às pacientes: “você sente que essas dores são intensas o suficiente para que você se submeta a uma cirurgia, sabendo que terá boas possibilidades de ficar bem?” Caso a resposta seja positiva, a cirurgia é a primeira opção, independente de haver infertilidade ou não. Caso haja dúvida, ou a resposta seja negativa, a cirurgia é uma opção entre outras.

O tratamento com reprodução assistida é particularmente indicado para aquelas mulheres sem (ou com pouco) sintomas, para aquelas acima de 37 anos e/ou que tenham diminuição da reserva ovariana, e quando não há distorções anatômicas severas, como grandes endometriomas ou hidrossalpinge (trompas dilatadas). Devemos considerar que a endometriose afeta negativamente (em até 50%, segundo alguns autores) os resultados da fertilização in vitro (FIV), independente do seu grau. A inseminação intra-útero tem resultados insatisfatórios em mulheres com endometriose severa (11), e a princípio não seria a primeira opção para essas mulheres. Por outro lado, 40 a 70% das mulheres com endometriose profunda poderiam gestar após 3 a 5 ciclos de FIV (12), caso tenham menos de 35 anos de idade, e consigam fazer tentativas repetidas.

O principal benefício da cirurgia de remoção máxima da endometriose é aumentar as chances de gestação espontânea, restabelecendo condições anatômicas favoráveis e melhorando a implantação do embrião no útero, ainda que por mecanismos desconhecidos.  Em média, há 50% de chances de concepção espontânea no primeiro ano após a cirurgia, mesmo nos casos severos (13). E ainda, a cirurgia é a única opção que trata simultaneamente a dor e a infertilidade.

É importante destacar que as mulheres operadas antes dos 25 anos idade apresentam formas mais leves da doença (1,14). Neste grupo, as taxas de gestação espontânea ultrapassam 80%, tornando-se iguais às da população geral (14). Possivelmente, a remoção cirúrgica precoce da endometriose poderia preservar a fertilidade em mulheres que se tornariam inférteis no futuro. O desafio é identificarmos aquelas com maior potencial para se tornarem inférteis. Como já mencionado, a presença de endometrioma ovariano é um sinal de doença avançada. Isso poderia motivar uma intervenção precoce, além, é claro, da presença de dor.
Os resultados da cirurgia dependem da remoção máxima da doença. Sugere-se que a endometriose profunda seja raramente recorrente e que, casos diagnosticados como recidiva, representem, na verdade, persistência da doença (10).

... a remoção cirúrgica precoce da endometriose poderia preservar a fertilidade em mulheres que se tornariam inférteis no futuro. O desafio é identificarmos aquelas com maior potencial para se tornarem inférteis. Como já mencionado, a presença de endometrioma ovariano é um sinal de doença avançada. Isso poderia motivar uma intervenção precoce, além, é claro, da presença de dor...

Conclusões:

A endometriose pode impactar negativamente a fertilidade da mulher em todas as idades, o que não significa que ela necessitará de tratamento para engravidar. A doença está associada à uma subfertilidade, mais do que uma infertilidade absoluta. O uso de pílulas anticoncepcionais não previne o surgimento de formas avançadas, tampouco o surgimento de novos focos de endometriose.

O endometrioma ovariano significa doença severa, e pode causar redução da reserva folicular. Ainda assim, o principal fator determinante de gravidez é a idade materna. A associação de endometriose severa e idade acima dos 37 anos torna a gestação natural pouco provável.
A adolescência representa o período ideal para que possamos diagnosticar a doença e tratá-la de forma adequada, já que a fecundidade das mulheres tratadas nessa idade pode ser igual à da população geral. O diagnóstico precoce, aliado a decisões corretas e tomadas no momento de vida ideal, podem significar a diferença entre gestar ou não gestar.

Sobre o doutor Alysson Zanatta:

Graduado e com residência médica pela Universidade Estadual de Londrina, doutor Alysson Zanatta tem especializações em uroginecologia e cirurgia vaginal pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cirurgia laparoscópica pelo Hospital Pérola Byington de São Paulo e doutorado pela Universidade de São Paulo, USP. Suas principais áreas de atuação são a pesquisa e o tratamento da endometriose, com ênfase na cirurgia de remoção máxima da doença. Seus inter­esses são voltados para iniciativas que promovem a conscientização da população sobre a doença, como forma de tratar a doença adequadamente. É diretor da Clínica Pelvi Uroginecologia e Cirurgia Ginecológica em Brasília, no Distrito Federal, onde atende mulheres com endometriose, e Professor-adjunto de Ginecologia da Universidade de Brasília (UnB). (Acesse o currículo lattes do doutor Alysson Zanatta). 

Referências:

1.            Ventolini G, Horowitz GM, Long R. Endometriosis in adolescence: a long-term follow-up fecundability assessment. Reprod Biol Endocrinol. 2005; 3:14.
2.           Haney AF. Endometriosis-associated infertility. Baillieres Clin Obstet Gynaecol. 1993; 7:791-812.
3.            Akande VA, Hunt LP, Cahill DJ, Jenkins JM. Differences in time to natural conception between women with unexplained infertility and infertile women with minor endometriosis. Hum Reprod. 2004; 19:96-103.
4.           Adamson GD, Pasta DJ. Endometriosis fertility index: the new, validated endometriosis staging system. Fertil Steril. 2010; 94:1609-1615.
5.            Chapron C, Souza C, Borghese B, et al. Oral contraceptives and endometriosis: the past use of oral contraceptives for treating severe primary dysmenorrhea is associated with endometriosis, especially deep infiltrating endometriosis. Hum Reprod. 2011; 26:2028-2035.
6.           Redwine DB. Ovarian endometriosis: a marker for more extensive pelvic and intestinal disease. Fertil Steril. 1999; 72:310-315.
7.            Kitajima M, Defrere S, Dolmans MM, et al. Endometriomas as a possible cause of reduced ovarian reserve in women with endometriosis. Fertil Steril. 2011; 96:685-691.
8.           Broer SL, van Disseldorp J, Broeze KA, et al. Added value of ovarian reserve testing on patient characteristics in the prediction of ovarian response and ongoing pregnancy: an individual patient data approach. Hum Reprod Update. 2013; 19:26-36.
9.           Garcia-Velasco JA, Domingo J, Cobo A, Martinez M, Carmona L, Pellicer A. Five years' experience using oocyte vitrification to preserve fertility for medical and nonmedical indications. Fertil Steril. 2013; 99:1994-1999.
10.         Koninckx PR, Ussia A, Adamyan L, Wattiez A, Donnez J. Deep endometriosis: definition, diagnosis, and treatment. Fertil Steril. 2012; 98:564-571.
11.         Gandhi AR, Carvalho LF, Nutter B, Falcone T. Determining the fertility benefit of controlled ovarian hyperstimulation with intrauterine insemination after operative laparoscopy in patients with endometriosis. J Minim Invasive Gynecol. 2014; 21:101-108.
12.         Ballester M, Oppenheimer A, Mathieu d'Argent E, et al. Deep infiltrating endometriosis is a determinant factor of cumulative pregnancy rate after intracytoplasmic sperm injection/in vitro fertilization cycles in patients with endometriomas. Fertil Steril. 2012; 97:367-372.
13.         de Ziegler D, Borghese B, Chapron C. Endometriosis and infertility: pathophysiology and management. Lancet. 2010; 376:730-738.

14.         Wilson-Harris BM, Nutter B, Falcone T. Long-term fertility after laparoscopy for endometriosis-associated pelvic pain in young adult women. J Minim Invasive Gynecol. 2014.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

ACONSELHAMENTO REPRODUTIVO À MULHER COM ENDOMETRIOSE - PARTE 1!

Crédito: Clínica Pelvi/ doutor Alysson Zanatta

Quando falamos em endometriose, não tem jeito, a primeira coisa que vem à cabeça da mulher  ou de qualquer outra pessoa é a questão da tão temida infertilidade. Já falamos muito no A Endometriose e Eu que a doença não é sinônimo de infertilidade. Para esclarecer mais sobre o assunto, o doutor Alysson Zanatta escreveu o texto "Aconselhamento reprodutivo à mulher com endometriose", que vai sanar as dúvidas de muitas endomulheres. O texto será dividido em duas partes para que haja melhor entendimento. Como ele diz abaixo, a doença pode estar relacionada à subfertilidade, mas não à infertilidade absoluta. leia com bastante atenção  a primeira parte do texto e você vai ver que quando está em boas mãos, principalmente, quando é preciso fazer a cirurgia, a maioria das portadoras conseguem engravidar naturalmente após a cirurgia. Não podemos perder nunca a fé e nunca desistir de nossos sonhos. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

                        Aconselhamento reprodutivo à mulher com endometriose - parte 1:

Por doutor Alysson Zanatta 

Regra geral, as mulheres preocupam-se com a sua fertilidade. Preocupam-se com o seu potencial reprodutivo, com a sua preservação, e com a idade máxima que poderão gestar, ainda que porventura não tenham decidido se o tentarão algum dia. E, para a mulher com endometriose, essa preocupação poderá ser ainda maior.

Quais as chances de gestação natural com endometriose?

A endometriose costuma estar associada à subfertilidade, ao invés de uma infertilidade absoluta. Isso significa dizer que ela não necessariamente precisará de tratamento para engravidar, mas que a gravidez pode demorar mais para acontecer, ou não acontecer naturalmente, conforme o caso.

Entendamos: a fecundidade de um casal significa as chances daquele casal conseguir engravidar, mês a mês, ou durante um período de um ano, por exemplo, de acordo com a idade. Sabemos que as mulheres com endometriose podem ter sua fecundidade reduzida em todas as faixas etárias (1), mesmo as mais jovens, e mesmo aquelas com formas mais leves da doença. Em geral, a taxa de fecundidade mensal da mulher com endometriose é de 5-10%, comparada a 20-25% da população geral (2). Certamente, haverá entre essas mulheres aquelas com maiores ou menores chances de engravidar, dependendo, principalmente, da sua idade e do grau de extensão da doença.

... a endometriose costuma estar associada à subfertilidade, ao invés de uma infertilidade absoluta. Isso significa dizer que ela não necessariamente precisará de tratamento para engravidar, mas que a gravidez pode demorar mais para acontecer, ou não acontecer naturalmente, conforme o caso...

Estima-se que mulheres inférteis (aquelas que não conseguiram engravidar naturalmente após pelo menos um ano de tentativa) que têm endometriose leve e que não são tratadas, teriam apenas 35% de chances de engravidar espontaneamente dentro de 3 anos após o diagnóstico (3).  Da mesma forma, estima-se que, ao mês, apenas 3% das mulheres com endometriose severa conseguem engravidar naturalmente. A dificuldade para engravidar pode surgir de vários fatores, como:

a) o transporte ovular deficitário;
b) uma qualidade inferior dos óvulos,
c) um ambiente inflamatório proporcionado pela endometriose que dificulta a fecundação;
d) por uma redução nas taxas de implantação uterina.

Assim, podemos afirmar às mulheres que têm endometriose que suas chances de engravidar podem estar reduzidas em relação à população geral, mas que a gravidez é possível dentro de um contexto de idade e grau da doença.

E mais importante: jamais devemos dizer que não ocorrerá a gestação, mesmo em situações de idade avançada e/ou doença extensa. Não raramente, nos “surpreendemos” com gestações consideradas pouco prováveis.

... assim, podemos afirmar às mulheres que têm endometriose que suas chances de engravidar podem estar reduzidas em relação à população geral, mas que a gravidez é possível dentro de um contexto de idade e grau da doença...

Não conseguimos prever com exatidão quais mulheres com endometriose terão dificuldades para engravidar

Sabemos que até metade de todas as mulheres com endometriose pode ter dificuldade para engravidar. A outra metade engravida naturalmente, sem qualquer tratamento. Seria fantástico se pudéssemos prever com exatidão quais as mulheres que teriam dificuldades no futuro, e as aconselharmos a tomar medidas ainda no presente para evitarem que isso acontecesse. Porém, isso ainda não é possível.

Entretanto, podemos estimar as chances de gravidez natural daquelas mulheres inférteis que são submetidas à cirurgia para engravidarem, a partir dos achados cirúrgicos e de seu histórico passado. Uma gestação no passado e uma idade menor que 35 anos são dados positivos que favorecem uma gravidez natural. Por outro lado, trompas uterinas e ovários com grandes distorções são fatores negativos, mesmo após a remoção de outras lesões de endometriose.

... sabemos que até metade de todas as mulheres com endometriose pode ter dificuldade para engravidar. A outra metade engravida naturalmente, sem qualquer tratamento...

Vejamos exemplos nos dois extremos: uma mulher que tenha menos de 35 anos de idade, com endometriose leve devidamente tratada por cirurgia, e que não tenha qualquer alteração tubaria ou ovariana, terá até 80% de chances de gestação espontânea em até três anos após o procedimento. Já uma mulher acima dos 40 anos e com endometriose severa, mesmo que tratada adequadamente, terá menos de 10% de chances de gestação espontânea durante este mesmo período (4).

Uma parcela significativa de mulheres inférteis com endometriose situa-se entre esses dois extremos de idade e extensão da doença. Caberá a nós, médicos, avaliarmos individualmente cada mulher para uma decisão conjunta sobre a melhor forma de tratamento.

O uso de pílulas anticoncepcionais não é suficiente para a preservação da fertilidade

Enquanto não houver o desejo de gestação, o uso de pílulas anticoncepcionais (que provoquem ou não a suspensão da menstruação) não altera a história natural da doença. Isso significa que elas não evitam o surgimento de novos focos ou de doença avançada, mesmo que sejam utilizadas por longos períodos (5).

Prova disso é que a maioria das mulheres diagnosticadas com endometriose por volta dos 30 anos de idade refere o uso de pílulas por muitos anos, muitas vezes desde a adolescência. Se as pílulas fossem efetivas, elas não chegariam à essa idade com a endometriose, eventualmente avançada. Ou seja, ao aconselharmos o uso de pílulas anticoncepcionais, devemos destacar que estamos proporcionando um controle dos sintomas de dor, mas que não há efeito direto (positivo ou negativo) sobre a doença em si.


... ao aconselharmos o uso de pílulas anticoncepcionais, devemos destacar que estamos proporcionando um controle dos sintomas de dor, mas que não há efeito direto (positivo ou negativo) sobre a doença em si...

Sobre o doutor Alysson Zanatta:

Graduado e com residência médica pela Universidade Estadual de Londrina, doutor Alysson Zanatta tem especializações em uroginecologia e cirurgia vaginal pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cirurgia laparoscópica pelo Hospital Pérola Byington de São Paulo e doutorado pela Universidade de São Paulo, USP. Suas principais áreas de atuação são a pesquisa e o tratamento da endometriose, com ênfase na cirurgia de remoção máxima da doença. Seus inter­esses são voltados para iniciativas que promovem a conscientização da população sobre a doença, como forma de tratar a doença adequadamente. É diretor da Clínica Pelvi Uroginecologia e Cirurgia Ginecológica em Brasília, no Distrito Federal, onde atende mulheres com endometriose, e Professor-adjunto de Ginecologia da Universidade de Brasília (UnB). (Acesse o currículo lattes do doutor Alysson Zanatta). 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A HISTÓRIA DA LEITORA ANA PAULA NUNES, SUA ENDOMETRIOSE SEVERA E SUAS DUAS GESTAÇÕES NATURAL!!

Grávida de 14 semanas do segundo filho, Ana Paula mostra
orgulhosa sua família: o filho, Samuel, e o marido, Cristiano
Foto: arquivo pessoal/ Ana Paula Nunes

A história de hoje é muito, muito especial. Conheci a Ana Paula em 2011, quando ela entrou em contato comigo após ouvir o nome do A Endometriose e Eu na novela das 9 da Globo, "Insensato Coração". Após algumas trocas de emails, começamos a conversar por telefone (sim, isso era possível quando a demanda de trabalho não era tão intensa!). Em cada crise de Ana Paula, eu entrava em desespero. Era muito sofrimento. Foram meses e meses assim! Até que em uma manhã, quando ela não saía da minha cabeça, liguei para ela e sua mãe atendeu e disse que ela estava no hospital, pois tinha sido submetida à uma cirurgia de urgência após mais uma forte crise. Sua recuperação foi difícil, acabaram fazendo uma laparotomia vertical nela. Confesso que, na época, fiquei muito preocupada. Continuamos conversando pela internet e foi uma felicidade imensa quando soube que mesmo com um único ovário, Ana Paula conseguiu engravidar naturalmente. Sim, isso é possível de acordo com a reserva ovariana e  mobilidade das trompas. Mais emocionada ainda fiquei em janeiro, quando fui surpreendida pela notícia que, oito meses após o nascimento de seu primogênito, Samuel, ela está grávida novamente! Isso aconteceu mesmo com ela tomando anticoncepcional. Eu que já queria contar sua história aqui quando soube desta boa-nova, insisti no convite e aqui está mais um testemunho de fé, de esperança, de perseverança que vai ajudar muitas endomulheres. Por isso aconselho às tentantes que não desistam nunca de seus sonhos. Leia e se inspire na história da querida Ana Paula. Fiquei muito comovida ao ler neste testemunho que minha ajuda foi essencial para ela se abrir com a família e seus amigos sobre a doença. Foi neles que ela encontrou o apoio e a estrutura que precisou para enfrentar a endometriose de peito aberto. Fico muito, muito feliz quando vejo a cada dia, o blog cumprindo sua missão com muito carinho e amor. Se você acha que a gravidez é a cura para a endometriose, leia este artigo: "A gravidez é a cura para a endometriose?" Beijo carinhoso!! Caroline Salazar

“Meu nome é Ana Paula Nunes Moraes do Nascimento Silva, tenho 31 anos, moro em Pindamonhangaba - SP, sou casada com Cristiano Moraes há 7 anos. 

Desde os meus 19 anos, meu período menstrual sempre foi muito doloroso. Além das dores, tinha fluxo intenso, mas toda vez que ia ao médico (procurei vários em busca de uma solução), eles me diziam que quando eu casasse tudo iria melhorar! E assim vivi durante vários anos da minha vida, com dores, muitas dores. Só quem sente é que sabe como dói. Em 2009, quando me casei, procurei outra ginecologista. Essa realmente me ofereceu toda atenção que uma portadora de endometriose merece. Ouviu todas as minhas queixas, angústias, incertezas e sofrimento. Falei tudo que estava passando. Foi quando pela primeira vez eu ouvi a palavra “Endometriose”. Ela pediu que eu realizasse um exame laboratorial CA 125 e o resultado foi 335 U. Retornei com o resultado e fiz com ela minha primeira videolaparoscopia. Logo depois, fui recomendada pela médica a tentar a engravidar. Ela disse que essa era a hora. Tentamos por um período de seis meses, porém sem sucesso. Voltei a tomar o anticoncepcional, pois não poderia ficar menstruando por um período longo.

Em 2010 começaram todas as minhas crises de dor novamente. A partir daí realizei minha 2ª,3ª e 4ª cirurgias, com intervalo de um ano entre uma e outra. No início de 2011 fiz minha a 4ª videoparaloscopia cauterizado os focos. Por um tempo me senti bem. Mas no final de 2011 começou uma vida de muito sofrimento. Tinha dias que eu queria desistir, deixar que as dores tomassem conta de mim até morrer. As dores aumentaram muito.

Certo dia assistindo a um programa de TV passava uma reportagem sobre a endometriose. No final do programa, a apresentadora falou que se alguém quisesse mais informações sobre a doença era só acessar o blog: A Endometriose e Eu. E, neste blog, conheci um anjo de cabelos castanhos e de coração imenso de amor, a Caroline Salazar. Trocamos vários e-mails, telefonemas e com muito amor sempre me incentivou a não desistir, principalmente do meu SONHO DE SER MÃE. Com sua ajuda, consegui me abrir com minha família e meus amigos, onde encontrei um apoio muito importante.

Em 2013, aos 29 anos, minhas dores abdominais se tornaram cada dia mais intensas. Foi um período de muitas internações. Vivia no hospital para aliviar as dores. Minha ginecologista me encaminhou para o proctologista. Um médico excepcional! Ele me pediu vários exames e, em um deles, foi verificado que havia focos de endometriose no intestino e que ele estava 50% obstruído. Foi período bem conturbado, de muita preocupação. Estávamos à procura de especialista em endometriose intestinal para cirurgia por videolaparoscopia. Posso dizer que há males que vem para o bem. Felizmente, nesta busca incessante, de muitas idas e vindas ao hospital, tive uma crise muito, muito grave e meu intestino ficou 80% obstruído. Realmente eu estava sem condições de esperar um dia sequer por uma cirurgia. Me levaram às pressas ao centro cirúrgico, e eu fui sem saber se na volta eu estaria com meus ovários e meu útero. A cirurgia durou cerca de 5 horas. Foi minha 5ª cirurgia, uma laparotomia vertical e foi retirado meu ovário direito e 38 cm de intestino grosso e, por 1 cm, graças a Deus, não precisei usar a bolsa de colostomia. O pós-cirúrgico foi muito dolorido e sofrido. E depois de todo sofrimento veio a notícia que eu temia: engravidar naturalmente era impossível, somente por inseminação artificial ou FIV. Posso dizer que compreendi minha situação, mas não queria aceita-la. Iniciei o tratamento de menopausa induzida com o Lupron (nota da editora: análogo de GnRH que induz a menopausa), e, logo depois, comecei a tomar Allurene.

Neste período estava sempre orando e pedindo a Deus que fizesse o melhor em minha vida, pois somente E le sabia o quão grande era a minha vontade de ser mãe. Em novembro de 2013 estava de férias e, certo dia, acordei e falei ao meu marido: “Estou grávida!”. Ele ficou assustado, pediu para eu me acalmar, e disse que tudo não passou de um sonho. Mas nada tirava da minha cabeça a certeza da gravidez. Comprei o teste de farmácia e o resultado não ficou claro. Fui a minha ginecologista, que também duvidou de uma possível gestação. Mesmo assim, solicitou o Beta HCG para investigar todas as possibilidades. Fui correndo ao laboratório! Foram horas inacabáveis de tensão. Posso dizer que deixei a família toda maluquinha com minha ansiedade (risos)!

E, finalmente, chegou o tão esperado resultado. E quando falei que não tirava isso da minha cabeça, eu estava certa: deu “positivo”. Estou grávida! Meu milagre aconteceu! Que felicidade!!! Foram meses de cuidados e preparativos. Percebi que eu e meu filho éramos muito queridos por muitas pessoas. Tive uma gestação perfeita, com poucos enjoos, muita fome e um desejo imenso de comer costela assada  (risos). Trabalhei normalmente. Foi tudo perfeito até... quando completei 32 semanas de gestação, tive descolamento da placenta. Foi quando meu bebê nasceu! Samuel nasceu prematuro, com 2250 quilos e 44 cm. E nasceu também um amor sem igual. Foi um momento de muita alegria, mas ao mesmo tempo muito angustiante. Nosso anjinho foi para UTI neonatal.

Começou mais uma fase de provações. Ele nasceu com desconforto respiratório, teve infecções e hipertensão pulmonar. Foram os 45 dias mais longos e dolorosos de nossas vidas. Mas nosso anjo venceu essa batalha e fomos para casa. A adaptação do Samuel foi mais tranquila para ele. Já a minha realmente foi muito tensa com todos os cuidados, mas ele vem se desenvolvendo muito bem. Hoje é uma criança muito feliz, risonho, brinca o dia todo, e por eu trabalhar fora, optamos por colocá-lo na escolinha. Posso dizer que estou me surpreendendo, pois ele está amando a escola! Já se passaram 8 meses de muita alegria. Sou completamente feliz e falo que nosso Deus sabe de todas as coisas. Se Ele permitiu que passássemos por provações, muitas dores e muitas angústias é porque Ele sabe que somos capazes de vencer. Por isso falo a todas endoamigas para não desanimarem e que nunca desistem dos seus sonhos mesmo que para alguns possa ser impossível.

Agora, quero dividir com vocês minha grande novidade: estou com 14 semanas de minha segunda gestação. Sim, mesmo sem o ovário direito e tomando anticoncepcional, engravidei naturalmente. Engravidar tão rapidamente não estava em nossos planos, mas se Deus permitiu, vamos ser capazes de cuidar de mais um Milagre!! Ainda estamos na expectativa do sexo, mas de coração não tenho preferência e está nas mãos de Deus... porém estou bastante ansiosa. Confesso que fiquei assustada no começo, mas ao mesmo tempo muito feliz. Hoje falo com muito orgulho: “Mesmo com um único ovário e tendo baixa perspectiva de engravidar, consegui engravidar naturalmente mesmo com endometriose. Minha fé foi essencial para essa grande vitória, já que pela medicina seria impossível.

Quero agradecer à Caroline Salazar pela oportunidade de contar a minha história e poder passar esperança às endomulheres. E também pelo carinho e atenção que ela teve comigo no momento mais difícil da minha vida. Jamais vou esquecer.  Agradeço também às doutoras Lucy Kayano e Terezinha Togoro e ao doutor João Paulo Roveda por sempre estarem comigo, por confiar em minhas dores em minhas angústias e por nunca desistirem de mim. Agradeço a minha família e aos amigos. O apoio de vocês foi muito importante. Serei eternamente grata. Beijo carinhoso!”


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"A VIDA DE UM ENDOMARIDO": QUANDO O AMOR É CAPAZ DE VENCER QUALQUER PROVAÇÃO!



Em "A Vida de um EndoMarido", Alexandre nos apresenta, mais uma vez, uma história maravilhosa de fé e persistência com a mensagem de que é possível, sim, mudar o rumo de uma vida que estava com os dias contados quando alguém toma a atitude de fazer a diferença no mundo. É cada doença que existe, que fico boba, Alguém já ouviu falar em gangliosidose gm1. O vídeo é curto e vale muito, mas muito a pena vê-lo e revê-lo. Quando há amor e união entre os seres humanos, é possível mudar o desfecho de um final que não seria feliz. É esse trabalho de amor ao próximo que fazemos no A Endometriose e Eu. Esperamos sempre que haja mais amor ao próximo no mundo. Conforme Alexandre destacou em seu texto, preste atenção no finalzinho do vídeo quando o senhor Adolfo fala sobre a "atitude". É a sua atitude que vai mudar a sua vida. Pense nisso! Beijo carinhoso! Caroline Salazar

Por Alexandre Vaz

A história de coragem de uma família paranaense para defender um dos seus

Eu passo muito tempo sentado na frente do computador, como já devem ter percebido. Faço aqui minhas pesquisas, comunico com alguns amigos, aprendo, me divirto, e também encontro casos como este que vou compartilhar com vocês agora. Já fiz o mesmo com o australiano Nick Vujicic e a do holandês Dick Hoyt e seu filho, Rick. A diferença dessa vez é que esse é um caso brasileiro, de uma família paranaense, pelo que apurei, de Curitiba.

A família Guidi é um exemplo a seguir, seja pela fé, pelo amor, pela confiança, pela capacidade de sacrifício e pelo trabalho para manter unido o seu agregado familiar. Perante uma sentença de morte, esse pai recorreu às ferramentas de que se dispunha para lutar pela vida de seu filho, quando os médicos apenas coçavam a cabeça.

Sem nunca ter estudado medicina, esse pai se enfiou na biblioteca de uma faculdade de medicina e estudou dia e noite buscando uma solução. Segundo ele mesmo conta, recebeu orientação divina, confiou e as respostas foram chegando. O filho desse grande senhor, a quem deram alguns meses de vida, acabou se tornando o portador da doença que mais viveu até hoje.

Olhe com atenção especial no final do vídeo quando o senhor Adolfo fala sobre ‘atitude’. Grande lição para cada um de nós. Eu sei muito bem o que ele fala, que tem dias que a gente sobe nas paredes, xinga, quer desistir porque não aguenta mais. Eu também tenho dessas. Mas aí, vem aquele estímulo, aquele conforto, e a gente dá mais um passo a frente. E tem sido um passo de cada vez que eu, muito me admiro quando olho para trás, e constato que se passaram mais de 2 anos desde que iniciei nesta luta junto com a Caroline, usando as ferramentas que tenho para colaborar na descoberta de uma solução com o pouquinho que eu posso fazer.

Esse trabalho continua porque é de coração, porque é pelo direito à dignidade e a ter o sofrimento minimizado, é pela felicidade das famílias. Ele é ideológico, e apenas por isso resiste a tanta dor e a tanto sofrimento, que cada um que lê esse texto nesse momento, reconhecerá semelhanças na sua vida pessoal. Eu detesto ficar me lamentando, se tiver um jeito de furar, vamos em frente. Claro que doi, claro que a gente chora por vezes, sente raiva, até xinga. Mas continua até o limite.

Cada um de nós pode colaborar com alguma coisa e, por menor que seja, nunca será insignificante. São gotas de água que formam os oceanos, sem cada uma delas eles não existiriam. Se cada um de nós for uma gota, poderemos fazer um mar imenso. Está na hora de mostrarmos essa força, tem uma marcha chegando aí - se você ainda não fez sua inscrição faça agora. Quantos seremos dessa vez? Iremos nos manter em casa chorando o sofrimento que passamos, ou iremos nos unir, fazendo o que cada um pode, em uma demonstração de massa humana, falando que estamos aqui, temos nossos direitos e precisamos ser tratados com dignidade. Será uma decisão de tomar uma atitude como o senhor Adolfo Guidi tomou  e meter a mão na massa, ou continuar em casa lamentando que a medicina não tem respostas? Elas surgirão de quem tiver a coragem de arregaçar as mangas e ir à luta. Não perca tempo perguntando como. Peite o problema, e as respostas surgirão. Dia 28 de março, mais de 60 países estarão juntos na mesma luta. E você, vai nessa? Assista a história de Adolfo Guidi e inspire-se para mudar a sua própria história. Abraço!

  

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

FALTAM 40 DIAS PARA A "ENDOMARCHA"! VAMOS LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS? VENHA MARCHAR CONOSCO!

Faltam 40 dias para a 2ª edição da EndoMarcha, a Marcha Mundial pela Conscientização da EndometrioseNo próximo dia 28 de março, no último sábado do mês, mais de 60 países sairão às ruas para conscientizar a população sobre esta terrível doença que acomete cerca de 200 milhões de meninas e mulheres no mundo todo, mais de 7 milhões apenas no Brasil. O estado do Paraná também fará parte deste movimento. A marcha será na cidade de Londrina. Por conta da organização, coloquei prazos para as inscrições dos estados, que foi prorrogada. A Kelly, de Londrina, que também está gravidíssima, entrou em contato comigo em dezembro e topou coordenar a marcha na cidade. Não há segredo para tal função, basta ter atitude, amar ao próximo e, claro, tomar as medidas cabíveis com os órgãos competentes de cada cidade para fazer acontecer a marcha. Ter a vontade, ter atitude e ser pró-ativa são três pré-requisitos fundamentais para uma coordenadora.  

Você já fez sua inscrição? Se sim, basta apenas uma única vez. Agora se você ainda não fez, faça-a gratuitamente aqui. Esta é mais uma oportunidade para unirmos força numa só voz para exigir que nossos direitos comecem a valer. Sim, "A saúde é direito de todos e dever do Estado". Como está escrito numa das faixas-protestos que usamos na 1ª edição de 2014, e que iremos usá-la novamente na 2ª edição da EndoMarcha - Time Brasil, todo cidadão brasileiro tem direito gratuitamente à saúde, mas cadê os nossos direitos? Independente de você ser portadora, ser mulher, seja um cidadão do bem e venha marchar conosco para salvar vidas femininas que sofrem caladas. 

Uma das 7 faixas que iremos usar 2ª edição da EndoMarcha - Time Brasil
Até o momento, a marcha será realizada na cidade de São Paulo, em Porto Alegre (RS), em Campo Grande (MS), e em Vitória (ES). Para repassar todos os voluntários às coordenadoras estaduais, para que elas informem sobre o evento (como horário, ponto de encontro e o trajeto) em suas respectivas cidades, precisamos que todos os interessados em participar se cadastrem em nossa planilha. Em São Paulo entregaremos kit's do Time Brasil aos participantes. Por isso a inscrição é imprescindível. Atenção: basta preencher uma única vez o formulário. Criamos uma fanpage exclusiva da EndoMarcha - Time Brasil. Curta e compartilhe entre seus amigos. 

Logo oficial da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose - Time Brasil

Graças a 1ª edição da EndoMarcha realizada em 2014, a cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, conseguiu um feito inédito no país: aprovar a primeira lei de endometriose do Brasil. A lei, aprovada em 20 de novembro de 2013, foi sancionada pelo prefeito no último dia 5 de janeiro. Campo Grande saiu na frente e terá já neste ano, na semana do dia 13 de março, a 1ª "Semana Municipal de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose" do Brasil. E você, quer que seu Estado também tenha a mesma lei? Então, junte-se a nós e venha marchar com o Time Brasil na 2ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose, que será realizada no dia 28 de março, último sábado do mês de março. Venha lutar pelos seus direitos, junte-se a nós e venha "EndoMarchar" conosco! Beijo carinhoso!! Sua capitã, Caroline Salazar 

OBS: Aos interessados em patrocinar a Marcha Brasileira entre em contato comigo pelo email: endomarch.brazil@gmail.com 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FALTAM 45 DIAS PARA A "ENDOMARCHA"! VAMOS LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS? VENHA MARCHAR CONOSCO!

Faltam 45 dias para a 2ª edição da EndoMarcha, a Marcha Mundial pela Conscientização da EndometrioseNo próximo dia 28 de março, no último sábado do mês, mais de 60 países sairão às ruas para conscientizar a população sobre esta terrível doença que acomete cerca de 200 milhões de meninas e mulheres no mundo todo, mais de 7 milhões apenas no Brasil. O estado do Paraná também fará parte deste movimento. A marcha será na cidade de Londrina. Por conta da organização, coloquei prazos para as inscrições dos estados, que foi prorrogada. A Kelly, de Londrina, que também está gravidíssima, entrou em contato comigo em dezembro e topou coordenar a marcha na cidade. Não há segredo para tal função, basta ter atitude, amar ao próximo e, claro, tomar as medidas cabíveis com os órgãos competentes de cada cidade para fazer acontecer a marcha. Ter a vontade, ter atitude e ser pró-ativa são três pré-requisitos fundamentais para uma coordenadora.  

Você já fez sua inscrição? Se sim, basta apenas uma única vez. Agora se você ainda não fez, faça-a gratuitamente aqui. Esta é mais uma oportunidade para unirmos força numa só voz para exigir que nossos direitos comecem a valer. Sim, "A saúde é direito de todos e dever do Estado". Como está escrito numa das faixas-protestos que usamos na 1ª edição de 2014, e que iremos usá-la novamente na 2ª edição da EndoMarcha - Time Brasil, todo cidadão brasileiro tem direito gratuitamente à saúde, mas cadê os nossos direitos? Independente de você ser portadora, ser mulher, seja um cidadão do bem e venha marchar conosco para salvar vidas femininas que sofrem caladas. 


Uma das 7 faixas que iremos usar 2ª edição da EndoMarcha - Time Brasil
Até o momento, a marcha será realizada na cidade de São Paulo, em Porto Alegre (RS), em Campo Grande (MS), e em Vitória (ES). Para repassar todos os voluntários às coordenadoras estaduais, para que elas informem sobre o evento (como horário, ponto de encontro e o trajeto) em suas respectivas cidades, precisamos que todos os interessados em participar se cadastrem em nossa planilha. Em São Paulo entregaremos kit's do Time Brasil aos participantes. Por isso a inscrição é imprescindível. Atenção: basta preencher uma única vez o formulário. Criamos uma fanpage exclusiva da EndoMarcha - Time Brasil. Curta e compartilhe entre seus amigos. 


Logo oficial da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose - Time Brasil

Graças a 1ª edição da EndoMarcha realizada em 2014, a cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, conseguiu um feito inédito no país: aprovar a primeira lei de endometriose do Brasil. A lei, aprovada em 20 de novembro de 2013, foi sancionada pelo prefeito no último dia 5 de janeiro. Campo Grande saiu na frente e terá já neste ano, na semana do dia 13 de março, a 1ª "Semana Municipal de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose" do Brasil. E você, quer que seu Estado também tenha a mesma lei? Então, junte-se a nós e venha marchar com o Time Brasil na 2ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose, que será realizada no dia 28 de março, último sábado do mês de março. Venha lutar pelos seus direitos, junte-se a nós e venha "EndoMarchar" conosco! Beijo carinhoso!! Sua capitã, Caroline Salazar 

OBS: Aos interessados em patrocinar a Marcha Brasileira entre em contato comigo pelo email: endomarch.brazil@gmail.com