Hoje, este post é especial e, também, um grande desabafo! Especial porque quero agradecer dois grandes amigos: Paulo Vieira e Sônia Gonçalves. Graças a Deus e, a eles, trabalhei alguns dias em julho, antes da minha cirurgia. A Soninha, como carinhosamente a chamo, deu-me vários releases para fazer, assim eu pude trabalhar em casa numa boa, e exercitar aquilo que mais amo: criar textos. Já o Paulo, que também o chamo carinhosamente de Paulinho, e é um ser humano incrível, e que, adoro muito, pediu que eu divulgasse um de seus clientes, em uma das maiores feiras de calçados do país. Fiquei extremamente feliz e certa de que esta era a oportunidade ideal para começar, de fato, a divulgação maciça do blog aos meus colegas jornalistas. Lá conheci pessoas e encontrei amigos. Gente, eu estou passada com a falta de informação das pessoas, e especialmente, de nós, mulheres e, também, com o pouco caso de algumas pessoas. É claro que não saio alardeando sobre a doença por aí. Até porque o preconceito é enooooooorme!! Na verdade, o que mais me magoa, e que, também me choca, é a falta de informação e a sensibilidade por parte destas pessoas, da comunicação, que a meu ver tem que FAZER A DIFERENÇA. Mas, a maioria infelizmente, não faz. Não faz porque provavelmente esta terrível doença, que ainda não tem cura, e é progressiva, ainda não atingiu ninguém de sua família. É, infelizmente, é preciso atingir alguém muito próximo e, só sendo a família mesmo, para nos tocar e daar conta de que é preciso fazer alguma coisa, para pelo menos tentar fazer um Brasil melhor. A informação pode diminuir as dores de muitas mulheres. No meu caso, aprendi ajudar ao próximo desde pequena, com a minha amada, adorada e saudosa avó, Dinah Salazar. Aliás, ela é a minha grande fonte de inspiração em tudo o que faço. Na verdade, o meu caso está resolvido. Estava em tratamento, operei e agora continuo o tratamento, na UNIFESP, e com o Dr. Hélio Sato, no Nipo. Eu poderia ficar quieta, na minha. Claro que sim, mas algo dentro diz-me que preciso divulgar, e tentar fazer as pessoas entenderem o que é e o que pode fazer a endometriose. Cerca de 6 milhões de brasileiras tem endometriose, ou seja, 15 % da população feminina é doente e a maioria delas, ainda não sabe. Antes da feira, liguei para algumas jornalistas amigas, algumas têm filhas, outras irmãs, e nenhuma entrou no blog. Fico muito triste com tudo isso. Aliás, em julho, reencontrei uma grande amiga, dos tempos da faculdade, e ela perguntou-me se as minhas tais dores não eram psicológicas. Bem que eu queria que elas fossem. Até liguei para esta minha amiga, na última semana, mas ela não atendeu e não retornou a ligação. Como dizia Claudio Abramo: “A Ética do jornalista é a mesma de um cidadão comum.”. E concordo plenamente!! Quando falo ‘tenho um blog’, todo mundo acha que é um blog jornalístico com textos e tudo mais. O que não deixa de ser, mas antes de tudo, considero-o como um blog Social. Criei este blog para alertar a população, e não só as mulheres, os homens também, porque eles sempre têm uma mulher ao seu lado, seja namorada, irmã, amigas, primas, o quanto esta doença pode destruir a vida de uma mulher. Destruir literalmente ao pé da palavra. A maioria das portadoras é abandonada por seus companheiros, suas famílias e ficam perdidas. Aliás, a ajuda do companheiro é essencial. E também criei o blog para dar outra visão da endometriose. Porque hoje, quando sai algo na mídia, é sempre a mesma coisa: liga a endometriose à infertilidade. E só! Claro, que deve ser muito ruim obter o diagnóstico da infertilidade, mas tem outros casos mais graves, como a dispareunia (dor durante a relação sexual)."O que adianta querer engravidar sem poder transar?”, pergunto. Aliás, não tem nem lógica. E é isso que eu quero divulgar, a dispareunia, que é muito mais comum, em nós mulheres, do que a endometriose. A mulher pode ter dispareunia sem ter endometriose. E, gente, dói muito. Tanto a dispareunia quanto a endometriose. Só quem tem endometriose sabe a dor que é. E a dispareunia também. Mas cada um PODE FAZER A DIFERENÇA. Vamos começar a divulgar a doença, que hoje, infelizmente, é pouco divulgada, mas que vai atingir muito mais mulheres em todo o mundo. Já é tida como a doença da mulher moderna, ou seja, do futuro. E, outra, enquanto a mulher menstruar está sujeita a ter endometriose. Por isso, VAMOS FAZER A DIFERENÇA E COMEÇAR A DIVULGAR A ENDOMETRIOSE. Se, cada um passar a informação para mais uma pessoa, e assim continuar, com certeza encontraremos alguma portadora de endometriose. Pense nisso!! Bom, é isso. Desabafei!!! Agora, preciso dormir porque amanhã é quarta-feira, dia de fisioterapia. Farei uma nova avaliação para saber como anda a minha dispareunia. Beijos carinhosos!!!
OBS: Ah, meu grande amigo Marcelo Schainer começou a divulgar o blog em seu Facebook. Má, obrigada de coração, por entender que como cidadãos e também como jornalistas precisamos agir rápido. Obrigada!!
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA!!!
Postado por
A Endometriose e Eu
às
01:14
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Oi Carol!!!
ResponderExcluirEstou amando essa grande evolução que está tendo no blog!!!
Concordo plenamente com vc. Precismos fazer a diferença e divulgar, não só a Endometriose, mas também, a Dispareunia que é muito comum. Essa semana estava conversando com uma paciente do Pilates e ela tem dispareunia, e não sabia, já indiquei um médico especialista pra ela investigar...vou convidá-la a fazer parte do blog!!!
bjoss
Aninha, querida, conto com a sua ajuda, e em todos os sentidos! Tanto na divulgação do blog, quanto na questão dos posts das fisioterapeutas. Aliás, já pensou em algo para escrever aqui?? Aguardo ansiosa!! Ah, e tenho novidade quanto ao dever de casa...rsrsrs Beijos!!
ResponderExcluirBoa noite Srta Caroline Salazar. Meu nome é André Luiz e no último dia 16 de setembro, pude passar por um momento de tensão/alívio, pois neste dia a minha esposa estava na mesma situaçao que a sua, alguns dias atrás (operação para o tratamento de endometriose). Sempre contei com a ajuda de Deus e quando li o seu comentário no blog, pude ver que nao estamos sozinhos nesta jornada. Gostaria de tirar umas dúvidas, para continuar a cuidar da pessoa que mais amo. Meu e-mail andre4631@r7.com. Agradeço a atenção e a parabenizo pelas palavras.
ResponderExcluirAndré Luiz
Ola Carol, tudo bem? Demorei mas encontrei um blog onde me identifiquei com as palavras.
ResponderExcluirMe chamo, Priscilla tenho 26 anos e hoje sou portadora da endometriose descobri a 5 meses atrás após ter tido uma gestação ectópica, mas Deus me abençoou muito antes da cirurgia sou mamãe tenho 2 meninas lindas (Gabi 2 anos e Vivi 4 anos), hoje me esforço ao máximo para nçao entrar em depressão a dias que estou péssima, e nunca pensei que fosse tão dificul conviver com a dor e as consequências que a endo nos trás.
Passarei aqui todos os dias para te apoiar e dizer como anda meu tratamento e o que podemos fazer para conviver de uma melhor forma.
Beijos, Parabéns!!
Oi Carol, tudo bem?
ResponderExcluirMe chamo, Eliane estou com 28 anos hoje fui a uma nova ginecologista... que infelizmente perdi meu tempo. Assim como a anterior só me falou que tenho inflamação e as dores de cólica são normais e também antes da menstruação é tudo normal. Dor na relação sexual talvez seja que eu não esteja lubrificada o suficiente blá, blá, blá... Só sei todas as dores que tenho não são da minha cabeça, elas existem; em tempo de adolescente escutava coisas do tipo, quando casar passa, casei e piorou... em todo período menstrual eu sinto muita dor, varia a intensidade entre dias menstruada e não menstruada, estou muito preocupada, percebo que vc entende sobre endometriose por gentileza me mande informações pelo e-mail ane.clemente@hotmail.com
agradeço desde já.
Eliane Clemente Ramos
Caxias do sul/ RS