A fisioterapeuta Ana Paula dos Santos Bispo, graduada pela Faculdade Adventista da Bahia, em 2007, foi convidada a explicar um pouco mais sobre a dispareunia. Aqui, ela fala os tipos de dispareunia e também as técnicas que utiliza para tratá-las. Há dois anos, Ana deixou sua cidade natal, Feira de Santana, e se mudou temporariamente para São Paulo, com o objetivo de fazer uma pós-graduação na área de uroginecologia. Na UNIFESP - EPM, ela se especialzou em Fisioterapia na Incontinência Urinária Feminina e Reabilitação do Assoalho Pélvico. Ana, que também é instrutora do método de Pilates, explica também o tratamento que eu faço na UNIFESP. Qualquer dúvida é só deixar um comentário, que peço à Ana para responder.
A dispareunia é definida como uma dor genital recorrente ou persistente associada com o intercurso sexual. A dor pode também ser induzida por estímulos em certas desordens não coitais, durante o ato sexual, como na endometriose. A dispareunia pode ser subdividida em dois grupos: a dispareunia superficial, de entrada ou de intróito, e a dispareunia profunda ou de profundidade. Ambas têm diferentes etiologias. A dispareunia de profundidade é muito presente em mulheres com endometriose profunda. Ela ocorre quando os implantes ectópicos podem infiltrar o peritônio, membrana que reveste a cavidade abdominal, alcançando mais de 5 milímetros de profundidade. A dor também pode ocorrer após a relação sexual, denominada dispareunia tardia. Ambas merecem atenção, pois, podem estar relacionadas com a gravidade da doença. Em razão das fortes dores que sentem estas pacientes acabam por sofrer de abstinência sexual. A endometriose pode causar a Dor Pélvica Crônica (DPC) que é uma dor nos segmentos inferiores do abdômen, que ocorre de forma contínua ou intermitente, com duração de pelo menos seis meses. Por conta disso, a dor é forte o suficiente para interferir nas atividades habituais da mulher, e frequentemente, ela intensifica-se no período menstrual ou durante a relação sexual. A DPC pode levar a alterações músculoesqueléticas, devido à postura protetora por tempo prolongado adotada por estas pacientes. Estas posturas são adotadas como forma de alívio para a dor, porém elas causam sobrecarga nas estruturas musculares, ligamentares e articulares da pelve e do quadril, e, como consequência, geram disfunções músculoesqueléticas que acabam por exacerbar o quadro doloroso.
Esta tentativa de ajuste do corpo para aliviar a dor, que leva às alterações no alinhamento da pelve, do quadril e dos membros inferiores, ocasiona danos fisiológicos e, consequentemente, altera a função dos músculos do assoalho pélvico, podendo também causar dor durante a atividade sexual. Dependendo da queixa da paciente, a fisioterapia empregará os recursos, objetivando a normalização da mobilidade da pelve e do tônus dos músculos pélvicos, em especial do assoalho pélvico. Basicamente, os recursos comumente utilizados no tratamento da dispareunia são a cinesioterapia, eletroterapia, biofeedback e massagem perineal. No caso da Carol, utilizamos dois procedimentos: a cinesioterapia e a massagem perineal dos músculos do assoalho pélvico. O primeiro método nada mais é do que a realização de alongamentos da musculatura dos membros superiores e membros inferiores, na tentativa de restaurar a postura correta. Já o segundo processo, que a Carol faz desde outubro, tem como objetivo melhorar o estado de tensão em que se encontra a musculatura da vagina. E tirando a tensão desta musculatura, a paciente volta a ter uma vida sexual ativa e sem dores.
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Carol, me ajude, eu tenho dispareunia intensa, meu casamento está horrível pois nunca consegui ter relações. Você melhorou com a fisio uro?
ResponderExcluirBeijos
Olá, Anônima!
ExcluirFique calma, pois irei ajudá-la. Sim, é possível voltar a ter prazer após o tratamento adequado. Sua dispareunia deve ser a de profundidade, deixe-me saber como poderei ajudá-la. Vc é de São Paulo? Envie-me um email carolinesalazar7@gmail.com Te espero! Beijo carinhoso! Caroline Salazar
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