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domingo, 6 de junho de 2010
A DISPAREUNIA 2!!
Apesar de estarmos em pleno século 21, o preconceito ainda existe. Por isso, dedico mais um post a respeito da dispareunia. E, quando eu falo do preconceito, digo que ele vem da própria mulher em relação ao tratamento da dispareunia. É neste momento, que agradeço à minha mãe, Reila Salazar, e a minha saudosa avó, Dinah Salazar, que me criaram sem nenhum tipo de preconceito. Na minha última ida ao ambulatório, vi que muitas mulheres têm a dispareunia e não se tratam. Para uma delas, eu falei sobre a fisio, e ela disse não saber o que era, e logo desconversou. Já outra, estava com medo de perder o marido, pois, já era a segunda vez que ela passava por cirurgia e nada de conseguir ter relação sexual. Ela desconfiava que o marido já tinha até uma amante. Isso significa que somente a cirurgia não é suficiente. E, como doença é tida como ‘invisível’, se todo o foco de endometriose não for retirado, ele pode voltar. Para a dispareunia então, o tratamento fisioterápico é fundamental. Eu, que sempre fui a favor da minha cirurgia, já sabia disso. Como uma das intenções do blog é combater o preconceito, que ainda existe tanto com os doentes quanto ao próprio tratamento, bato mais uma vez na tecla da fisioterapia. Sei que o apoio do companheiro é fundamental. Mas, infelizmente, nem todos estão preparados para enfrentar a doença. Mesmo assim, a mulher tem que se amar independente do apoio do companheiro. Ela tem de se dedicar 100 % ao seu tratamento. Eu tive a sorte de ter um namorado maravilhoso, que mesmo antes de saber que eu estava doente, nunca me cobrou nada. Às vezes, penso que ele já sabia que algo não estava bem. Quando cheguei à UNIFESP, em outubro de 2009, a minha dispareunia era a de profundidade, ou seja, com todos os músculos da vagina tensionados. Já imaginou? Se eu não tivesse passado por isso e, alguém me contasse, eu não iria acreditar. Agora, ela está apenas no intróito, ou seja, na entrada da vagina. Em abril, fiz uma nova ressonância magnética e, pela primeira vez, a endometriose apareceu bem nítida, no ligamento úterossacro. Como o meu retorno ao ginecologista da UNIFESP, que vou uma vez ao mês, iria demorar, eu marquei uma consulta com o Dr. Hélio Sato - da equipe da UNIFESP e foi indicado pelo Dr. Roberto Hiroshi Ieiri -, no consultório do ambulatório do Hospital Nipo-Brasileiro, em Guarulhos, onde ele atende ao meu convênio. Foi aí que Dr. Hélio me explicou como surgiram as primeiras dores da endometriose, na região lombar. Lembro-me muito bem, que as tais dores deram seus primeiros gritos, em 1999. Dr. Hélio pediu para eu retornar daqui a seis semanas. No fim de abril, quando retornei ao ambulatório da UNIFESP, fui atendida pelo Dr. Gil. Pela primeira vez, com o resultado da RM, que mostrou bem a localização da doença, um médico falou sobre a cirurgia. De acordo com o Dr.Gil, a cirurgia aliada à fisioterapia poderia acelerar a minha melhora, inclusive, a dispareunia. A cirurgia deve ser decidida ainda este mês. Dia 16, volto ao ambulatório da UNIFESP, e no dia 17, tenho consulta com o Dr. Hélio. Sempre que der vou falar sobre a dispareunia. Inclusive, a fisioterapeuta Ana Paula Bispo, que faz mestrado na UNIFESP, e que já me atendeu algumas vezes e sempre participa das minhas sessões, vai explicar aqui no blog um pouco mais sobre a dispareunia e meu tratamento. Ana estou esperando o seu e-mail para colocar aqui! Beijos com carinho!
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Olá Carol, me chamo Anne e descobri que tenho endometriose mês passado. Depois de ser chamada de fresca várias vezes por conta da dor e de ter dor profunda na relação. Vou ao médico amanhã para conversar e ver a possibilidade de melhora. Depois que você fez a video a dor na relação diminuiu? Também vou fazer a fisio uro, mas queria mesmo era parar de sentir dor no útero ao andar e fora do período menstrual.
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