quarta-feira, 9 de maio de 2012

BOA-NOVA: CIENTISTAS DESCOBREM A MUTAÇÃO DO GENE QUE CAUSA A ENDOMETRIOSE!

O artigo de hoje é mais uma boa-nova para nós, portadoras de endometriose. Como diz o ditado: a esperança é a última que morre. Segundo o dr. Namir Cavalli, um dos grandes especialistas da doença no Brasil, no programa “Medicina e Saúde”, da minha amiga Soraia David, de Cascavel, no Paraná, a endometriose é a doença mais estudada pelos cientistas e a que mais tem trabalhos publicados no mundo todo, nos últimos 10 anos. Sei que cada tratamento é um teste para todas nós. São esses testes e as pesquisas, as nossas esperanças de, mas os pesquisadores da Yale School of Medicinen, nos Estados Unidos, descreveram, pela primeira vez, a base genética da endometriose. A boa-nova foi publicada no site EMBO – Molecular Medicine e no Science Daily.

Nossa! Senti um grande alívio ao ler isto! E, este artigo, vai de encontro com o que sempre falo no blog, a fé move montanhas, e eu tenho fé de que a cura para a endo virá. Este estudo nos dá ainda mais esperança, assim como os outros, de que a cura desta terrível doença, que atinge 176 milhões de mulheres no mundo todo, segundo a ONU (Organizações das Nações unidas), está próxima. Para quem tem endometriose, esta fantástica descoberta é uma luz no fim de nosso túnel. O estudo explora uma mutação do gene KRAS (pronuncia-se Kay -rass), que leva o endométrio a um crescimento anormal dentro de nosso corpo. Já sabemos que a endometriose é genética e que atinge de 10 a 15% das mulheres no mundo todo. Vale lembrar que a endometriose pode começar tanto na primeira menstruação (menarca), como no meu caso, quanto na última. Eu fico triste quando leio os cientistas dizerem que a endo só acomete mulheres em idade reprodutiva. A minha não começou na idade reprodutiva, mas, sim, aos 13 anos. Entende-se por idade reprodutiva mulheres de 19 aos 49 anos. Mas tudo bem, em breve vamos mudar estas palavras para desde a menarca. Por isso, muitas mães não acreditam nas cólicas absurdas que suas filhas têm. O primeiro sinal da doença. Temos de mudar este quadro para que haja um diagnóstico precoce.

A endometriose se dá a partir do crescimento do endométrio - camada que reveste o útero e expelido durante a menstruação – em outras partes do corpo, tais como, em órgãos da cavidade abdominal e de toda a pelve. Em casos raros, mas já relatado, este tecido pode acometer órgãos externos, como nariz, orelha e olhos, dentre muitos outros. Liderado pelo professor e doutor Hugh S. Taylor, chefe da Divisão de Endocrinologia Reprodutiva e Infertilidade do Divisão de Endocrinologia Reprodutiva e Infertilidade do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas, os médicos-cientistas da Yale School of Medicine estudaram os genes de 132 mulheres diagnosticadas com endometriose e avaliaram uma mutação recém-identificados na região do gene KRAS. Este gene é o responsável pelo nosso crescimento celular. Até então, era atribuído a ele apenas o desenvolvimento de muitos tipos cânceres, tais como, de pulmão, colo de útero, de reto, dentre muitos outros. A proteína do gene KRAS normal, executa uma função essencial na sinalização dos tecidos normais, e a mutação desse um passo essencial no desenvolvimento de cânceres. Eu não gosto de comparações, mas se tomamos o veneno do Zoladex, que também trata câncer, será a endometriose o câncer do século XXI? Aquele que não vai tirar a vida da mulher, mas que vai maltratá-la até seus últimos dias, como já acontece com muitas mulheres.

De acordo como estudo, esta mutação foi previamente ligada a um risco maior de câncer de ovário e pulmão pela coautora Joanne Weidhaas, professora- assistente e doutora de radiologia terapêutica da universidade. "Descobrimos que 31% das mulheres com endometriose no estudo desta mutação, em comparação com apenas 5,8% da população em geral", disse Taylor. "A presença desta mutação também foi associado a níveis mais elevados de proteína KRAS e associado a um aumento da capacidade de essas células a se espalharem. Também pode explicar o maior risco de câncer de ovário em mulheres que têm endometriose”, afirma o médico-cientista. Esta é a primeira equipe a identificar uma das causas desta doença comum e pouco compreendida anteriormente. "Esta mutação representa potencialmente um novo alvo terapêutico para a endometriose, bem como uma base de métodos de rastreio potenciais para determinar quem está em risco de desenvolver endometriose", disse Taylor. Uau! Este estudo da Universidade de Yale pode alavancar o diagnóstico precoce e salvar muitas vidas. Outros autores do estudo são Olga Grechukhina, Rafaella Petracco, Shota Popkhadze, Trupi Paranjape, Elcie Chan, Idhaliz Flores e Joanne Weidhaas. Beijos com carinho!!

Fonte: Science Daily


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