Na terceira e última parte de "Redefinindo a endometriose na era moderna", (parte 1) e (parte 2) o doutor David Redwine aborda o diagnóstico e os tratamentos medicamentosos e o cirúrgico. No texto, ele reafirma a importância de realizar a laparoscopia com um cirurgião que conheça os vários aspectos, os variados tipos de focos de endometriose, para que a excisão seja completa. Ele aponta como fazer o diagnóstico correto da endometriose e discorre também sobre os tratamentos medicamentosos e cirúrgicos. O doutor Redwine também alerta sobre o futuro. Gostei muito desta frase dele, que fecha o texto e vou colocá-la aqui entre aspas. A meu ver, o ser humano precisa parar de sere egoísta, não adianta falar que sabe tratar, se não é especialista. Além do mais existem alguns tipos de endo, como a dos nervos pélvicos, por exemplo, que o médico além de ser especialista na doença, precisa ser especialista neste tipo de endometriose. "Seria possível dar melhor qualidade de vida a mais mulheres se a excisão completa fosse adotada por mais médicos, com os casos mais complexos a serem enviados rapidamente para os melhores especialistas em cirurgia de endometriose em centros de excelência espalhados pelo mundo".
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Por doutor David Redwine
Tradução: Alexandre Vaz
Edição: Caroline Salazar
Diagnóstico:
Sendo a endometriose a principal causa de dor abdominal
na mulher nos seus anos mais produtivos, a doença deveria estar sempre em
primeiro lugar numa lista de diagnóstico diferencial. Na maior parte das
pacientes, é possível presumir um diagnóstico de endometriose com base no
histórico típico de dor, combinado com um exame pélvico. Exames de imagens geralmente dão resultados negativos porque a maioria das pacientes não possui
cistos nos ovários ou alterações importantes no intestino.
Resultados negativos dos exames realizados, quando na
presença de sintomas significativos não dispensam a necessidade de uma
avaliação cirúrgica. Quando os exames de imagens dão positivos, geralmente a
paciente já exibiu sinais flagrantes no exame pélvico, tais como tecidos macios
e nódulos na parte posterior da pelve, ou aumento dos ovários. Em pacientes
obesas ou com cólicas uterinas, os exames imagiológicos podem confirmar as
evidências encontradas no exame pélvico, ou sugerir uma patologia uterina
não-endometriótica que não responderá a uma cirurgia para endometriose.
Dada a quantidade de órgãos diferentes que podem estar
envolvidos na presença da endometriose, as intervenções cirúrgicas devem ser
preparadas com capacidade para tratar a pelve, intestinos, bexiga, diafragma ou
útero, independentemente dos resultados dos exames imagiológicos. Por esta
razão, nem todos os cirurgiões recebem quaisquer relatórios pre-operativos da
imagiologia.
A
cirurgia é o diagnóstico mais assertivo para a endometriose, mas o cirurgião
deverá estar familiarizado com todas as manifestações possíveis de
endometriose, desde as mais subtis até às mais extremas (Figuras 3 a 7).
Figura
3:
Figura 4:
Figura 6:
Figura 7:
Figura 11:
Excisão laparoscópica agressiva da lesão mostrada na
figura 10 requerendo ureterolisis. O ureter esquerdo (seta) estava envolvido
por fibrose ligeira estendendo do nódulo peritoneal fibrótico dentro do
circulo.
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Figura 12:
O
alívio de sintomas causados pela endometriose é previsível e possui uma taxa de sucesso
na sequência da excisão agressiva da endometriose. Sintomas causados por outros
problemas de foro ginecológico não sofrerão alterações pela excisão da
endometriose, e uma histerectomia poderá ser indicada como tratamento em
pacientes com patologias uterinas.
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Figura 13:
O fundo uterino posterior (o úterossacro) exibe vários
pontos hemorrágicos escuros representando adenomiose ou endometriose, com
neovascularidade adjacente. A excisão da endometriose não vai tratar os
sintomas causados por essas descobertas. O fundo de sacro está completamente
destruído, mas a parede retal está plana, indicando que existe pouco ou nenhum
envolvimento retal pela endometriose. O ovário esquerdo está cístico e
escondido por baixo das dobras peritoniais que estão aderidas ao ligamento úterossacro esquerdo. São visíveis lesões de endometriose com fibroses ligeiras
no ligamento largo direito.
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É
comum efetuar tratamentos cirúrgicos da endometriose com a remoção de mais
órgãos, tais como o útero, trompas e ovários. A esperança é que a endometriose
venha a regredir na ausência de estrogênio. Como a endometriose ocorre
principalmente nas superfícies peritoneais, longe dos órgãos pélvicos
femininos, esta técnica deixará traços da doença para trás na maioria das
pacientes. Entre 10% a 20% das mulheres continuarão a exibir sintomas por esse
motivo. Isto pode ser explicado em parte pelo fato de que muitas das lesões de
endometriose possuem uma enzima (aromatase), que é capaz de converter a
androstenediona em estrogênio. Assim, mesmo na ausência de estrogênio endógeno
ou estrogênio, a endometriose poderá continuar produzir o seu próprio
estrogênio e continuar sintomática.
O futuro:
A pesquisa que está a ser conduzida para novos
tratamentos medicamentosos contra a enzima aromatase ou contra a angiogênese
que acompanha o desenvolvimento de algumas (mas não todas) lesões da
endometriose. Porque a origem da endometriose está ligada a fatores
embrionários e genéticos, a verdadeira prevenção da doença irá provavelmente
passar por uma terapia genética.
Embora ainda seja necessário aprender muito sobre a
endometriose, é evidente que pelo mundo inteiro a maioria das mulheres que
sofrem desta doença não recebem o tratamento mais eficaz disponível pela
ciência médica, que é a excisão completa.
Seria possível dar melhor qualidade de vida a mais mulheres se a excisão completa fosse adotada por mais médicos, com os casos mais complexos a serem enviados rapidamente para os melhores especialistas em cirurgia de endometriose em centros de excelência espalhados pelo mundo.
Dr. David
B. Redwine
Responsável
pelo programa de tratamento
para
a endometriose no St.
Charles Medical Center
Bend, Oregon
USA
USA
bom dia tenho endometriose a tres anos ja fiz uma videolaparoscopia ano passado fevereiro e em janeiro deste ano fiz videolaparoscopia,laparoscopia,histeroscopia e retirei um mioma dentro do utero.agora em julho fiz ressonancia que mostrou endometriose profunda sept retal vaginal.meu geo disse para operar retirar tudo mas o cirurgiao disse para tratar apenas com o alurene que estou uzando faz cinco meses melhorou um pouco as dores mas ainda sinto muita dores nas costas e tambem para ir ao banheiro defetar.
ResponderExcluirnao sei o que faço.
por favor me ajudem.
Bom Dia!!
ResponderExcluirFiz varios exames, constatou que estou com endometriose no fundo do saco, é no canal do reto, só que o médico disse que ~era pra mim tomar o allurena, só que estous entindo umas dores chatas, no canal do reto, gostaria de saber se isso é normal, já faz uma semana que estou tomando, eu fiz uma video só em 2010, dai o meu ge, disse se melhorar a inflamação dai sim ele irá pensar se vai ou não fazer a video, agora eu pergunta: é normal ficar com essa dor fraquinha tomando o allurena..por favor me ajudem.
Maravilhoso post!
ResponderExcluirÉ preciso ter muito cuidado ao escolher o médico. Pois alguns médicos por ganância operam sem ser especialistas e cobram valores absurdos, totalmente fora da realidade... Sem falar dos danos q isso pode causar a portadora. Estamos falando de sequelas e de sequelas graves. Como perda de sensibilidade, perda de movimentos corretos fazendo com q ande mancando, perda de parte ou todo o órgão sem necessidade. Endometriose é só para especialista! Endometriose profunda é só para especialista muito experiente! Endometriose nos nervos é só para especialista em endometriose nos nervos (ao meu saber somente 2 médicos no Brasil sabem fazer essa cirurgia) Chega de mutilar e deixar portadoras com sequelas... Antes de escolher o médico q vai te operar, consulte com ele várias vezes, ouça pessoas q operaram com ele. CUIDADO! É sua vida q está em jogo.