quinta-feira, 20 de outubro de 2016

SALVADOR (BA) E MARINGÁ (PR) NA ENDOMARCHA 2017!!

Logo oficial da EndoMarcha 2017!

É com alegria que anuncio que haverá a EndoMarcha 2017 nas cidades de Salvador, na Bahia, e em Maringá, no Paraná. Salvador, que participou da 1ª edição em 2014, retorna nesta 4ª edição com a mesma coordenadora, Mayra. Já Maringá, quem me procurou para assumir a coordenação foi o Renato, personal trainer que atende portadoras de endometriose e que encabeça alguns eventos na área da saúde na cidade. Já tive a primeira conferência com ele e já acertamos os primeiros detalhes, e claro, o parabenizei pela atitude de querer assumir a coordenação da EndoMarcha Maringá. Infelizmente (ou felizmente neste caso) os homens são mais unidos que as mulheres.

Com a entrada de Maringá, o estado do Paraná lidera com três cidades na marcha, tendo também em Curitiba e em Londrina. Além das cidades citadas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS) também estarão presentes na 4ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose. Houve mudança na coordenação de Belo Horizonte, e Kelly assumiu o comando da EndoMarcha na capital mineira. 

Este é o "nosso" momento de unir nossas forças, de unir nossas vozes num só coro, em prol de nós mesmas, de nossas filhas, de nossas netas... A menina que tem parente de primeiro grau com endometriose tem sete vezes mais chances de desenvolver a doença que àquelas que não têm. Não adianta reclamar sem ação. Este é o nosso momento. Afinal, a marcha é para nós, portadoras, lutar pelos nossos direitos e também para conscientizar a sociedade sobre seus sintomas, pois só assim há de ter o diagnóstico precoce. Não adianta se fechar em grupos e ficar em casa reclamando. Precisamos agir, de sair do mundo virtual para o real, sair às ruas e mostrar nossa "cara". 

No dia 25 de março junte-se a nós na EndoMarcha 2017. Ou você vai querer continuar invisível para a sociedade? Pense nisso e venha marchar conosco! Se você ainda não se inscreveué rápido e gratuitoclique aqui e ajude a salvar milhões de vidas que estão caladas e sofrendo com a endometriose. Chega de silêncio!  Conto com a participação de todos. A união faz a força e juntas somos mais fortes! Beijo carinhoso!! A capitã, Caroline Salazar

terça-feira, 18 de outubro de 2016

"COM A PALAVRA, O ESPECIALISTA" DOUTOR HÉLIO SATO!




Em "Com a Palavra, o Especialista", continuamos a série dos vídeos explicativos sobre a endometriose. Depois de explanar o que é a endometriose, o doutor Hélio Sato fala sobre o diagnóstico da doença. O que o médico deve levar em conta para fechar o diagnóstico? Quais os principais sintomas da doença? Destes qual é o que deve chamar mais atenção do especialista para o diagnóstico? Quais são os exames específicos complementares que podem detectar a endometriose? Aperte o play! Mais um vídeo imperdível que deve ser compartilhado para espalhar a conscientização da endometriose. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

ENDOMARCHA 2017: CIDADES INSCRITAS ATÉ O MOMENTO!

Logo oficial da EndoMarcha 2017!

Já demos a largada para a 4ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose, a EndoMarcha 2017, que será realizada no dia 25 de março em vários países. O objetivo da marcha é conscientizar a sociedade sobre a endometriose, mostrar nossa voz e nossos rostos, pois precisamos que nossos governantes reconheça a doença como social, pois só assim é que poderá ter políticas públicas para as cerca de 10 milhões de brasileiras, que sofrem com a endometriose. Uma a cada 10 mulheres tem endometriose. No mundo todo são mais de 200 milhões de meninas e mulheres que sofrem com a doença. Uma estatística muito alta. Você sabia que no Brasil e no mundo todo existe mais portadoras de endometriose que portadores de HIV (que atinge os dois sexos)?

Pois é! Precisamos ter nossos direitos garantidos perante a lei, como qualquer outro portador de doença crônica. É preciso que nossas autoridades reconheçam isso. Por enquanto as cidades oficiais da EndoMarcha 2017 são: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Londrina, Mato Grosso do Sul, Florianópolis, Belo Horizonte e Porto Alegre. As inscrições para o cadastramento da cidade vai até o dia 5 de dezembro. Se você quer ser o (a) coordenador (a) da EndoMarcha em seu estado, entre em contato comigo no email: endomarch.brazil@gmail.com. As inscrições dos estados vão até o dia 5 de dezembro. Faça a diferença na vida de milhares de mulheres.

No dia 25 de março junte-se a nós na EndoMarcha 2017. Ou você vai querer continuar invisível para a sociedade? Pense nisso e venha marchar conosco! Se você ainda não se inscreveué rápido e gratuitoclique aqui e ajude a salvar milhões de vidas que estão sofrendo com a endometriose. Chega de silêncio!  Conto com a participação de todos. A união faz a força e juntas somos mais fortes! Beijo carinhoso!! A capitã, Caroline Salazar

domingo, 9 de outubro de 2016

A HISTÓRIA DA LEITORA LÍVIA BURIN MARTINELLI E SUA ENDOMETRIOSE GRAU III!

A psicóloga Lívia Burin Martinelli, de São Paulo


Neste mês contamos a história da psicóloga Lívia Burin Martinelli, de São Paulo. Mesmo tendo vários sintomas da doença e a mãe como portadora da doença, Lívia demorou anos para descobrir que as fortes cólicas que sentia tinha nome: endometriose. Já pelo fato de ser filha de uma portadora, ela tem sete vezes mais chances de ter endometriose que aquela mulher que não tem parente de primeiro grau com a doença. E o fato de suas cólicas a levarem ao hospital, era quase certo de que poderia ter a doença. E foi numa dessas idas ao hospital que Lívia encontrou aquela médica (rara nos dias de hoje) que ouviu suas queixas, a examinou e suspeitou da doença. Muitas vezes Deus coloca anjos em nossos caminhos. E foi ao cruzar com a doutora Graciela Morgado que Lívia descobriu ser portadora de endometriose. Agora, após a cirurgia e o tratamento inicial Lívia tenta realizar o sonho da maternidade. Estamos aqui na torcida! Beijo carinhoso! Caroline Salazar

“Meu nome é Lívia B. Burin Martinelli tenho 33 anos e vivo em São Paulo. Trabalho como psicóloga em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), e em consultório particular.

Desde a adolescência tenho ciclos menstruais com fluxo intenso. A princípio não tinha cólicas, mas por volta dos 18 anos elas passaram a fazer parte da rotina dos meus ciclos. Medicamentos comuns, que as amigas tomavam para cólicas, não surtiam efeito. Cheguei a fazer uso de drogas de ação anti-inflamatória que atualmente estão fora do mercado, como o “inicox”, por exemplo.

Em determinado momento, comecei a suspeitar de endometriose, pelo fato de minha mãe ter apresentado o quadro. No caso dela, o diagnóstico foi bem tardio. Lembro-me de vê-la sofrer, buscando todos os recursos para o que imaginava ser problema na coluna. Por fim, ela teve que ser submetida à histerectomia (retirada do útero, aos 35 anos) e, posteriormente, fez outra cirurgia para a remoção de um ovário. Em 2010, em consulta com meu ginecologista da época, questionei-o sobre esta possibilidade, e recebi a seguinte resposta: “não é só porque sua mãe teve que você terá também, mas em todo caso, solicito o CA 125 se você quiser”. CA 125 é um marcador tumoral, e o exame é feito via hemograma mesmo. Não acusou nenhuma anormalidade. Então segui acreditando que apenas não tive sorte com meu tipo de ciclo, e deveria me conformar e seguir com os anti-inflamatórios para as cólicas.

Em dezembro de 2011 (já com 28 anos), trabalhava em uma clínica oncológica. Estava no segundo dia do ciclo, com cólicas incômodas, e realizei dois atendimentos seguidos naquela manhã (não consegui uma pausa para ir ao banheiro entre eles). Foi o suficiente para um “vazamento”. Até o jaleco que usava por cima da roupa ficou manchado de sangue. Saí mais cedo, cansada e frustrada, e fui ao pronto-socorro pedir algo para a dor, e um atestado para levar ao trabalho.

Felizmente, Deus colocou no meu caminho minha atual ginecologista, a doutora Graciela Morgado Folador, que na ocasião estava de plantão lá. Contei minha história, fui muito bem examinada (apesar de ser pronto-atendimento), e soube por ela que o CA 125, não necessariamente, acusa quadros de endometriose.

Pedi o contato do consultório dela, e já saí com uma solicitação para realizar ultrassonografia com doppler colorido e preparo intestinal. Fiquei bem apreensiva durante o exame, porque a médica que o realizou apertava de todos os lados para registrar as imagens, o que doía um pouco. Além disso, foi ficando com uma expressão preocupada, o que por consequência já me alarmou. Então perguntei o que havia e ela mostrou as aderências no útero e no ovário direito, e me informou que eu tinha sim endometriose. Por sorte, estava com minha mãe no dia, que já havia vivido isto e me incentivou a tratar logo, para que eu não tivesse o mesmo desfecho que o dela.

Fui submetida à videolaparoscopia em fevereiro de 2012, com a doutora Graciela e equipe. Foi possível remover as aderências sem a retirada de nenhum órgão, mas perdi um pouco de parênquima ovariano do lado direito. O resultado do anátomo-patológico foi um quadro moderado (grau III ou IV, se não me engano). Iniciei com Cerazete para não menstruar mais, mas não me adaptei. Então passei ao Qlaira, e emendava uma cartela na outra por orientação médica, mas ainda assim tinha escapes. Assim que surgiu o Allurene, iniciei o uso, e aí realmente passei a não menstruar. Melhorou muito a minha qualidade de vida!

 Desde a cirurgia, sempre fiz ressonâncias magnéticas regulares para acompanhar o endometrioma que “sobrou” no ovário direito, e verificar a ação das medicações. Há pouco mais de um ano parei a medicação para tentar engravidar naturalmente. Meus ciclos estão menos intensos, e o Buscofem agora dá conta das cólicas. Fiz alguns exames, que acusaram baixa reserva ovariana e suposto obstáculo no que diz respeito à fertilidade. Meu anti-mulleriano está baixo (nota da editora: exame que verifica a qualidade dos óvulos) e meu FSH está alto (nota da editora: teste de hormônio folículo-estimulante).  Passei recentemente por três ciclos de indução (coito programado), com apoio do meu marido, mas infelizmente sem sucesso. Optamos por dar um tempo e tentar mais um pouco naturalmente, pois não são tratamentos baratos, e geram estresse e expectativa para o casal, o que também atrapalha.


Esta é minha história. Depois de sofrer anos om as cólicas fortes, de ter minha mãe como portadora da doença descobri que tenho endometriose grau III. Espero que minha história ajudem outras mulheres a descobrirem sua endometriose mais precocemente. Sigo na luta e me sinto privilegiada por ter conseguido ter acesso a um tratamento adequado, que me trouxe qualidade de vida e informação a respeito desta doença. Foi tardio o diagnóstico, mas sei que há casos bem mais severos e com muitos comprometimentos. Preocupo-me em especial com quem não tem plano de saúde ou condições de pagar tratamento particular. Não podemos desistir de conscientizar e promover prevenção ao invés de tratamento. Beijo carinhoso!”

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PUBLIEDITORIAL: VOCÊ SABIA QUE A ENDOMETRIOSE AFETA A QUALIDADE DA MULHER NO TRABALHO E NOS ESTUDOS?

Recadinho da Laura pra vocês!!!

Por Caroline Salazar

A dor é o principal sintoma da endometriose. Cerca de 80% dos casos de dor pélvica crônica em mulheres são causadas pela doença. Infelizmente muitas endomulheres sofrem com a dor incapacitante que as impedem de realizar suas atividades do dia a dia. Segundo pesquisa americana, depois da atividade sexual e da relação familiar, o desempenho escolar e a falta no trabalho são os setores mais prejudicados pela endometriose, com 35 e 32%, respectivamente.

Infelizmente as dores da endometriose são pouco compreendidas pela sociedade. A alta incidência de mulheres incapacitadas que não conseguem trabalhar e ou estudar realmente assusta. Há também preconceito por parte dos empregadores, já que a falta pode se tornar rotina na vida de uma endomulher. A falta de trabalho e a impossibilidade de ter uma vida normal levam muitas mulheres à depressão. Por isso a importância de políticas públicas para que nossos direitos sejam assegurados por lei.

Para aliviar os sintomas da doença o correto tratamento da endometriose pode mudar a qualidade de vida daquela mulher que sofre com as dores fortes. Para aquelas que não querem ou que não podem realizar o tratamento mais invasivo da videolaparoscopia, há no mercado novas drogas que minimizam os sintomas da doença. Dentre elas está o Alurax, da Momenta Farmacêutica, o dienogeste que você já conhece, mas com 30 comprimidos e com o melhor custo benefício – o concorrente custa 82% mais caro. Segundo especialistas o dienogeste 2mg reduz a dor logo no primeiro mês, com diminuição progressiva nas próximas 24 semanas de uso. 

O Alurax é fabricado pela Momenta Farmacêutica. Uma das missões da Momenta é justamente "promover o acesso à saúde e à qualidade de vida com tratamentos a preço justo”. Com cerca de três anos de atuação, a Momenta tem qualidade garantida e já é reconhecida pela comunidade médica, pelos farmacêuticos e pelos farmacistas. Converse com seu especialista em endometriose a respeito do Alurax. Vale lembrar que todo medicamento deve ser prescrito pelo seu especialista. Não tome nenhum remédio sem o consentimento de seu médico.


Se você tiver dificuldade de encontrar o Alurax em sua cidade, vou deixar o telefone do SAC para você saber quando ele estará disponível na farmácia mais próxima de sua casa: 0800 703 1550 ou se preferir envie email para central@momentafarma.com.br

domingo, 2 de outubro de 2016

DIREITO REPRODUTIVO E ACESSO ÀS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA: VOCÊ SABE QUAIS SEUS REAIS DIREITOS?

imagem cedida por Free Digital Photos


Por Caroline Salazar
Edição: doutor Alysson Zanatta

Direito reprodutivo e acesso às técnicas de reprodução assistida: você sabe quais são seus reais direitos?

A endometriose é a maior causadora de infertilidade feminina. Cerca de 40 a 50% das endomulheres são consideradas inférteis. Por isso a doença é tão relacionada à dificuldade de engravidar. Entende-se por infertilidade quando o casal é incapaz de gestar num período de 12 meses, mantendo relações sexuais regulares e sem o uso de contraceptivos. A infertilidade atinge homens e mulheres em porcentagem iguais - 40% para cada sexo, e 20% é a chamada de infertilidade sem causa aparente.

Mas e quando ou homem ou a mulher se descobrem inférteis? É uma dor que provoca depressão, suicídio, desfaz uniões e deixa cicatrizes profundas na alma do ser humano. O desespero toma conta, e poucos se lembram de que a infertilidade já é uma doença com, inclusive, código na Classificação Internacional de Doença (CID). Aliás, poucos cidadãos brasileiros sabem quais de fato são seus reais direitos. Direitos estes garantidos pela Constituição Federal de 1988. Os deveres de cidadania não são apenas o voto obrigatório nas eleições, mas também a exigência dos seus direitos não como um favor, mas por garantia constitucional de um acordo celebrado entre os cidadãos e o Estado.

Infelizmente com a precariedade do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) não há tratamento de técnicas de reprodução assistida suficientes para atender às necessidades dos casais inférteis. O Censo 2010 já indicava que as mulheres são a maioria no país, representando 53% da população brasileira. Ou seja, somos as principais usuárias do SUS. Segundo o Censo 2010 estima-se que no Brasil há cerca de 11 milhões de milhões de pessoas com algum problema reprodutivo, ou seja, um a cada seis casais. Se a infertilidade é uma doença, tanto o SUS quanto os planos, seguros de saúde deveriam disponibilizar recursos financeiros para tratamento.

O que poucas sabem é que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é direito básico da mulher ter seu “planejamento reprodutivo”. O termo “Direito Reprodutivo” foi introduzido em 1994 na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento realizada no Cairo, no Egito, e destaca dois pontos:

- Decidir livremente e responsavelmente sobre o número, o espaçamento e a oportunidade de ter filhos;

- Ter acesso à informação e aos meios para decidir e gozar do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva, livre de discriminações, coerções ou violências.

Quando falamos em direito reprodutivo ele não se limita apenas à proteção da reprodução, com a distribuição de contraceptivos. Mas, sim, no direito da mulher e do homem de utilizarem as técnicas de reprodução assistida na realização do sonho da maternidade/ paternidade. Inclusive há no Ministério da Saúde a cartilha de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. A média é que a mulher fique na fila do SUS por no mínimo cinco anos ou mais, e quando chega o momento de ser chamada muitas já estão beirando seus 35, 36 anos e aí não são atendidas por estarem “velhas” demais para fazer o tratamento. Isso não é uma vergonha? Já os planos de saúde só pagam quando a paciente entra na justiça e ganham liminar. As que ganham, pois pelos relatos que vejo a maioria tem seu direito à maternidade vetada. A meu ver um dos problemas é a grande demanda de pessoas e poucos centros especializados.

Em Israel, país onde se busca povoar a cidade, o governo além de incentivar ainda arca com os custos dos tratamentos de reprodução assistida. Aliás, Israel é considerada a capital mundial da fertilização in vitro. Além de ter o maior número de clínicas de reprodução, a lei do país garante direito a um número ilimitado de tentativas toda mulher casada ou solteira que tenha até 45 anos e o tratamento é totalmente gratuito na rede pública.

Segundo a Sociedade de Reprodução Assistida cerca de 100 mil casais fazem tratamento para engravidar por ano. Um governo democrático é aquele que serve seu povo. E servir significa garantir aos seus os principais pilares que um ser humano necessita como base para a sua dignidade. Infelizmente, as atuais carências do SUS ainda precisam de muitas correções. Todos nós pagamos os nossos impostos para ter um atendimento digno em caso de necessidade. Como tal, não dá para encarar como lógico que, perante um quadro de infertilidade, para constituir família, o cidadão tenha de pagar inteiramente do seu bolso a realização dos tratamentos.

O direito à saúde, instituído na Constituição, somente se efetivará em sua plenitude quando for dado o apoio às novas possibilidades de tratamento disponibilizadas pela ciência médica atual, e cobertura à toda a população nacional. De que valeria a ciência se não fosse empregue na maioria dos necessitados? A saúde e a procriação são manifestações dos direitos e liberdades fundamentais de cada um. Só existirá o direito fundamental à procriação, quando o acesso às técnicas de reprodução assistidas for independente da classe social.

Mais uma vez está em nossas mãos tentar mudar nosso país. Este é mais um ano de eleições e é preciso votar com consciência pensando não só no presente, mas no futuro. Não podemos acreditar em promessas, precisamos agir, de pessoas que fazem, pois o tempo está passando, as novas gerações nascendo, crescendo. Para mudar nosso futuro temos de fazer um novo presente. Beijo carinhoso!