Referência
em pós-graduação em medicina reprodutiva, o IMSP (Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo), que oferece tratamento de infertilidade de baixo-custo, abre vagas para a realização do
exame de vídeo-histeroscopia
gratuitamente à comunidade,
nos dias 04 a 06 de novembro. O procedimento será realizado
por médicos renomados no Brasil e no exterior.
O IMSP promove cursos de atualização e extensão e atendimento de
qualidade exemplar a pacientes que necessitam de exames e tratamentos
especializados (histeroscopia/ fertilização in
vitro). Nesta data, será realizado o curso de vídeo-histeroscopia, e
por isso, mulheres terão a oportunidade de realizar exames gratuitamente. Os laudos
deverão ser entregues no mesmo dia (exceto se houver alguma necessidade de
entrega posterior).
Para realizar gratuitamente o exame de vídeo-histeroscopia é
preciso fazer inscrição prévia pelo telefone: 11-32895209.
Acesse www.medicinareprodutiva.org.
Local de atendimento: Rua Peixoto Gomide, n° 515 conjunto 15, na capital paulista. Se ficou interessada, não se esqueça de fazer a inscrição prévia para atendimento.
OBS: É preciso fazer agendamento prévio por telefone para realizar o exame nesta data. Dúvidas e mais informações no telefone do IMSP: 11-32895209.
Entre para a nossa campanha: "Seja do bem vote pelo reconhecimento da endometriose como doença social”. Vote no A Endometriose e Eu, no prêmio TopBlog Brasil 2013. Neste ano, cada pessoa tem duas chances de voto. É um voto por e-mail e outro com o facebook. Se você tiver email e facebook, vote com os dois, pois assim teremos mais chances. Clique no link (http://bit.ly/18wANh9) e dê o seu voto. A primeira opção é o voto por e-mail, onde no primeiro espaço você vai colocar seu nome e sobrenome e, no segundo, seu e-mail. Você clica na seta votar, que está à direita na cor laranja. É necessário validar seu voto em seu próprio e-mail, que você vai receber do prêmio TopBlog Brasil. Basta clicar no link que estará em seu email, e pronto, seu voto foi validado com sucesso! Na sequência aparece o F, em azul, do facebook. Clica na seta laranja, faça seu login e pronto. Voto validado com sucesso! Conto com a ajuda de todos vocês em votar e, em especial, em compartilhar meu pedido entre seus amigos. Afinal, como eu sempre disse: "a união faz a força e juntos somos mais fortes". O primeiro turno vai até o dia 9 de novembro. Aproveite para conhecer a linha de camisetas exclusivas que acabamos de lançar para espalhar a conscientização da endometriose. É a nossa conscientização fashion! Beijo carinhoso!! Caroline Salazar
Vídeo-Histeroscopia: saiba o que é e para
que serve?
Por Doutor Joji Ueno
A vídeo-histeroscopia (VH) ou simplesmente histeroscopia (H), como era
conhecida antes da incorporação do sistema de vídeo a essa via de acesso,
passou a ter seu campo de atuação muito difundido e ampliado, devido à
possibilidade de se observar em monitores as imagens do interior do útero. Uma
óptica é introduzida através da vagina e chega à cavidade uterina, que é
iluminada propiciando imagens nítidas em alta definição. Assim, pode-se
proceder a gravação ou a obtenção de fotos. A VH pode ser diagnóstica (HD) ou cirúrgica (HC).
Histeroscopia diagnóstica:
A HD é realizada no âmbito ambulatorial,
sem a necessidade de anestesia. Por outro lado, a sedação oferece maior
conforto, alta imediata e a possibilidade de realização de pequenos
procedimentos, como a retirada de pequenos pólipos, lise de sinéquias pequenas,
retirada de DIU. Alguns centros europeus defendem a realização desses pequenos
procedimentos no âmbito ambulatorial, sem qualquer tipo de anestesia; no
Brasil, tem-se optado pela sedação. Além disso, muitas pacientes solicitam a
anestesia para a realização da HD. Logicamente, a sedação aumenta os custos do
procedimento.
A HD estaria indicada toda vez que haja necessidade de se examinar o
interior do útero, como na investigação de causas de infertilidade
feminina. Nesses casos, mesmo diante de normalidade de ultrassonografia,
podem ser encontrados diversos fatores que dificultam a fertilidade, tais como
a presença de pequenos pólipos ou miomas (tumores
benignos), que podem estar localizados na entrada do útero (canal cervical), o
que dificulta a passagem de espermatozoides para o seu interior. Outra
possibilidade é a presença de endometrites (infecção ou
inflamação), que tornam o meio hostil a espermatozoides e pré-embriões (PE).
Isso poderia explicar muitas falhas de implantação embrionária (falta de
gravidez, mesmo transferindo PE de boa qualidade). Apesar da sua
realização ser defendida por muitos centros de reprodução humana há décadas, em
publicações científicas, muitos não a realizam. Outros diagnósticos são: sinéquia intrauterina
(aderências decorrentes de agressão no interior do útero, como curetagem
pós-aborto), mal formações uterinas.
Outra grande indicação da HD é o sangramento uterino anormal (SUA).
O SUA pode ser causado por alterações hormonais ou anatômicas. Nesta
eventualidade, a ultrassonografia ou ressonância magnética podem ajudar muito.
Mas, a HD é preferível por possibilitar a identificação precisa de causas
intrauterinas do SUA. O câncer de endométrio pode ser uma possibilidade
diagnóstica.
Histeroscopia cirúrgica:
A HC é realizada em centro cirúrgico com anestesia (raque ou sedação),
pois são utilizados instrumentais mais calibrosos e os procedimentos são mais
complexos que na HD, mas são seguros e rápidos, desde que o ginecologista tenha
experiência. Isso é importante. Para realizar a cirurgia, introduz-se líquido
de distensão uterina em alta pressão para permitir a visibilidade. Esse
líquido é absorvido e, quando em excesso, pode produzir complicações. Além
disso, a cavidade uterina é pequena e há possibilidade da perfuração de sua
parede, o que levaria à interrupção da cirurgia e ao risco de lesões de
estruturas intra-abdominais. A vantagem é a ausência de cicatrizes, de
ser praticamente sem dor e de a recuperação e volta às atividades habituais ser
quase imediata. As cirurgias mais realizadas são a polipectomia, miomectomia,
lise de sinéquias intrauterinas, septoplastia, ablação ou redução endometrial.
Os pólipos do útero e miomas intrauterinos, tumores benignos, podem ser
causas de infertilidade ou SUA. Assim, a polipectomia e a miomectomia estariam
indicadas. Diâmetros acima de 3 cm exigem maior experiência e habilidade do
profissional. Nessas cirurgias, os tumores são retirados por fatiamento
dos mesmos.
Sinéquias e septos uterinos são semelhantes em sua aparência, apesar de
serem diferentes na origem. Encontram-se no interior do útero, ligando as
paredes e diminuindo o espaço, o que pode levar à infertilidade, indicando-se a lise
de sinéquias e septos. As sinéquias são decorrentes de agressões
intrauterinas (curetagem uterina) e os septos são congênitos (as pacientes já
nascem com eles).
O SUA pode ser decorrente de alterações endometriais que não respondem a
tratamento clínico, sendo indicada a sua retirada ou redução (ablação ou
redução endometrial). Isto leva à parada dos sangramentos genitais em quase
totalidade dos casos, evitando a histerectomia (retirada do útero).
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