Fonte: Discovery Mulher |
Por
Caroline Salazar
Uma
das missões do A Endometriose e Eu é
que as endomulheres brasileiras tenham o diagnóstico precoce. A média mundial
para uma mulher ter o diagnóstico da endometriose é de 7 a 12 anos, ou seja,
muito tempo. Eu sofri 18 anos com as dores severas até descobrir o que tinha.
Infelizmente a maioria das portadoras passa por isso. Hoje vou falar sobre o
diagnóstico tardio e o que podemos fazer para tentar diminuir esta quase uma
década de atraso. Infelizmente ainda somos obrigadas a escutar que “sentir
cólica é normal”, “ninguém sente tanta dor no período menstrual”, “a dor que
sentimos é frescura”, “quando casar passa” e por aí vai. O que podemos fazer para
que haja no Brasil o diagnóstico mais precoce? Vou listar alguns tópicos que
acho relevante passar para vocês:
- Informação.
A informação correta sobre a doença é uma grande aliada contra a ignorância das
pessoas. Saber exatamente o que é a doença e quais seus principais sintomas
podem ajudar alguma mulher que tenha a doença, mas que ainda não sabe. Mesmo a
mulher que hoje não tem endometriose tem a obrigação de se informar e passar
adiante a palavra endometriose. Como o nome da doença não é tão fácil de falar
(muitas pessoas engasgam ao pronunciá-la). com certeza vai ficar na memória. Isso
é um ato de solidariedade para com o próximo. Campanhas sobre a doença são uma
forma de passar a palavra adiante.
- Não
se entupir de remédios quando a cólica não passar com apenas um analgésico. A
cólica dita como “normal” tem de melhorar com apenas um remedinho. Nada de
tomar comprimidos e mais comprimidos, como eu fazia.
- Se
você conhecer alguém que esteja tentando engravidar há anos é bom falar a
palavra endometriose. Mais uma vez a informação conta muito.
-
Se a mulher tem alguém na família com endometriose fique atenta aos primeiros
sintomas. Há sete vezes mais chance de uma mulher que tenha parente de primeiro
grau com a doença desenvolver endometriose.
- Outro
ponto importante para o diagnóstico precoce é observar as adolescentes. Elas são
a nova geração de portadoras. Qualquer sinal de suspeita da doença comunicar
imediatamente o médico ginecologista ou aquele de confiança da família. Já
contei no blog que a minha endometriose foi descoberta pelo meu proctologista.
Cerca de 70% das adolescentes com dismenorreia que não melhoram com analgésicos
têm endometriose. Confesso que acho esse número alarmante. Mais atenção às
endomamães que têm filhas.
- Em
minha opinião, toda mulher deveria comentar com seu ginecologista se ele
conhece a doença. Não custa perguntar. Muitos até poderão dizer que sabem
(mesmo aqueles que nunca ouviram falar da doença). Bom daí você vai perceber
pelo semblante, se ele vai enrolar pra dizer, se vai gaguejar e tal. É aí que
entra a capacitação do profissional para detectar a doença. Em especial de
imagens. Precisamos de mais profissionais (médicos e radiologistas) que
entendam corretamente sobre a doença.
A
meu ver a informação é de extrema importância. Passar adiante a palavra
endometriose poderá salvar muitas vidas femininas do sofrimento. Não tenha
vergonha de comentar com amigas, com parentes ou com quem quer que seja. Faça a
sua parte. Não podemos ser egoísta. Pense no próximo! Já pensou se esse próximo
fosse você? E se você acaba de descobrir que é portadora não se desespere e
informe-se.
Tem dias q tenho q ir al pronto socorro pra tomar remédio na veia,cheguei um dia no hospital com inoragia,e falei pra médica de plantão q eu sou portadora da endro ,ela me disse (eu TB sou e nem poroso fico,com está cara de dor,e muito mesmo saio da minha casa pra vim até o médico, aqui é pronto socorro n podemos fazer nada)ai fiquei de boca aberta e com o nervoso q passei a dor piorou e nem com o medicamento q ela me deu minha dor n passou ,e estou até VJ com dor e esperando à vaga pelo SUS e n sei oq fazer,tem dia q nem saio da cama,já sou depressiva ,agora estou mais ainda e n sei oq fazer ��
ResponderExcluirPois é Caroline, se houvesse mais dedicação médica a fazer exames preventivos muitas mulheres não seriam vítimas tardias da endometriose. Eu sou um desses casos. Mesmo depois de uma vida sendo acompanhada por ginecologistas, só agora aos 33 anos e depois de 3 anos tentando engravidar sem sucesso, dos quais, dois anos tentando descobrir o motivo, é que encontrei um médico atualizado e interessado o suficientes que me ajudou a detectar a endometriose. Infelizmente, a doença já tinha feito seu estrago: duas trompas obstruídas, uma com hidrossalpinge e um ovário afetado.
ResponderExcluirTenho travado um caminho solitário na busca de tratamentos alternativos à doença (que hoje basicamente é tomar anticoncepcional, o que não é muito viavel para quem quer engravidar) e cirurgia. Infelizmente não poderei fugir da cirurgia, mas tenho buscado caminhos alternativos para o alivio e até mesmo redução dos sintomas e tenho encontrado na nutrição uma luz no fim do túnel. Tenho um blog que criei recentemente para guardar todas as informações que tenho encontrado em minhas pesquisas e tem me sido muito uteis nesta batalha. Se quiser conhecer: http://endometriosenutricao.blogspot.com.br/
Abraços