Endometriose:
A doença que atinge mulheres da adolescência à menopausa
Por Caroline Salazar
Conhecida
como a doença da mulher moderna, a endometriose acomete cerca de 10 a 15
milhões de brasileiras e atinge mulheres da primeira à última menstruação. A
cada dia, mais e mais mulheres descobrem ser portadoras desta enfermidade, que
não tem cura e provoca infertilidade e muita dor. Pedaços do endométrio (tecido
que reveste o útero) se espalham por locais distintos do seu habitat natural.
Várias teorias tentam explicar a causa da doença. A mais difundida é a da
menstruação retrógrada. Quando não há a fecundação (a gravidez), o útero
expulsa o endométrio na forma de menstruação. Em vez de ela descer pelo canal
da vagina, ela volta pelas trompas e se espalha em órgãos da pelve e do abdômen.
Onde se implanta, formam-se os focos. Esses focos se instalam nos órgãos
provocando inflamações ao seu redor, muita dor e aderências entre eles (vai
grudando os órgãos uns aos outros). Em casos mais raros, atinge o pulmão, a
pleura e até o cérebro. A cólica muito forte, que provoca desmaios, tonturas,
que deixa a mulher de cama, é considerada o primeiro sintoma. Mulheres que
tentam engravidar a mais seis meses e sem sucesso podem ter endometriose.
Outros sintomas são: sangramento intenso e irregular, dor abdominal e inchaço, dor lombar, cansaço ou fadiga, diarreia ou prisão de ventre, dor durante e após o sexo, depressão, enxaqueca, infecções vaginais recorrentes, dor para urinar, infecções urinárias, náuseas, dores de estômago e em todo o corpo. Cerca de 40% das mulheres se tornam inférteis, mas a endometriose tem outras consequências. E muitas delas extremamente dolorosas, como a dispareunia, a dor durante ou após o sexo. O perigo é que 30% das portadoras são assintomáticas. É também uma doença silenciosa e que causa muitos abortos espontâneos. Por ainda ser um enigma para a medicina, é desconhecida até mesmo de muitos ginecologistas. Para eles, as dores “tipo cólica” antes, durante ou após o período menstrual são normais. Esse pensamento retarda ainda mais o diagnóstico que demora em média de 8 a 12 anos no Brasil. O exame de imagem mais indicado para detectá-la é a ressonância magnética da pelve.
Muitos médicos indicam a laparoscopia como exame, mas na verdade esse procedimento é uma cirurgia com anestesia geral. E a cirurgia é o último passo para tratar a doença. É importante tentar o tratamento medicamentoso primeiro, pois a partir da primeira operação, a chance de reincidência (cirurgias repetitivas) é muito grande. E é aí que mora o perigo, já que a própria cicatrização pode nos trazer mais aderências. Por isso, a laparotomia (cirurgia aberta, tipo cesárea) não é indicada para quem tem endometriose. A mais indicada é a laparoscopia, a cirurgia minimamente invasiva, com mínimas incisões na virilha e umbigo. A partir da biópsia sabemos quais órgãos foram atingidos pela doença e qual o grau em que ela está (de I a IV). E é apenas com o diagnóstico precoce será possível salvar a próxima geração de portadoras. A mulher que sente aquela cólica que a impede de fazer suas atividades cotidianas, que não melhora com o primeiro analgésico, precisa procurar o ginecologista e já mencionar a suspeita da doença.
Caroline Salazar
Jornalista
e editora do blog A
Endometriose e Eu (http://aendometrioseeeu.blogspot.com.br/).
É portadora de endometriose e sofreu 21 anos com as terríveis dores da doença.
Para informar sobre esta doença enigmática, compartilhar informações e para que
a endometriose passe a ser reconhecida como social e de saúde pública no
Brasil, ela criou o blog e hoje é o mais lido do mundo sobre o assunto.
Oi Caroline...
ResponderExcluirMandei um email para vc no 'carolinesalazar7@gmail.com' dia 28/02/13. Vc recebeu? Gostaria de marcar um horario com seu medico no Hospital Nipo, como eu faço. Descobri que tenho endometriose.
Ester Reis
Oi Ester!
ExcluirTudo bem?
A Caroline demora um pouco para responder o e-mail porque chega muitos, mas tenha calma que ela vai responder o seu, só não sei quando, pois ela vai respondendo pela ordem que chega. Mas caso queira passar com o Dr. Hélio Sato e não quiser aguardar a resposta dela com os detalhes, é só ligar no hospital Nipo Brasileiro e marcar com ele.
Beijos, com carinho
Hosana Santana
Oi, Hosana....
ResponderExcluirInfelizmente meu convenio no Nipo, não marcar consulta, só consigo passar no pronto socorro.
Estou preocupada, mas vou continuar pesquisando medicos que atendam pela Unimed,é que eu queria uma indicação.
Mas de qualquer forma, muito obrigada pelo retorno.
Ester Reis
Ester, querida! Peço para vc ter paciência, pois respondo os emails na ordem de recebimento. Eu sou sozinha para respondê-los e a demanda está muito grande. tambaém tenho de postar no blog e eu trabalho de segunda à sexta-feira, até tarde da noite. Infelizmente, eu não vivo de e para o blog. Ainda! Já estou nos de janeiro ainda, mas, em breve, chegarei até o seu. Como todos são pedind ajuda e de muito desespero, não acho justo "furar a fila". Como seu convênio é Unimed, qdo respondê-lo já iurei indicá-la na Unifesp, que oferece o melhor tratamento do país para uma endomulher e de graça pelo SUS. Fique tranquila, querida, pois irei ajudá-la! Porque nãao aditante vc ir a qq médico, é preciso ir num especialista de verdade e humano. Beijos com carinho!! Caroline Salazar
ExcluirOi, Caroline....
ResponderExcluirMe confortou sua resposta, é isso mesmo preciso de um especilaista, pq estou com focos no intestino e o medico acha que tb no nervo siatico ou pararelo, pois sinto muita dor no bumbum que desce pela perna até o tornozelo, para sentar e levantar é um horror, qdo estou com as crises. Vou aguardar seu retorno. Será que ja consigo marcar alguma coisa na Unifesp?
Bjs e obrigada,
Ester Reis
Ester, querida! Acho que vc enviou para email errado, dei um pesquisar (vários dias) e não achei seu email. Está em seu nome mesmo? Verifique se o email é esse: carolinesalazar7@gmail.com Beijos com carinho!! Qq coisa encaminha novamente, por favor. Beijos com carinho!! Caroline Salazar
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