quinta-feira, 7 de março de 2013

MINHA MATÉRIA SOBRE ENDOMETRIOSE NA REVISTA "ANÚNCIO PRÁTICO", DE CONTAGEM, MINAS GERAIS!

Em dezembro, recebi o convite da querida Sueli Santos para ser colunista da "Anúnio Prático", uma nova revista de Contagem, Minas Gerais. A matéria? Sobre endometriose, claro. Imediatamente aceitei o convite. Minha intenção como jornalista e portadora de endometriose é disseminar ao máximo essa doença que atinge cerca de 10 a 15 milhões de brasileiras e 176 milhões de mulheres no mundo todo. E disseminar de uma forma correta, porque caso contrário é melhor não tocar no assunto. A revista é trimestral, e o primeiro artigo aborda de forma clara o que é a endometriose. Já neste mês, o tema será a dispareunia. Enquanto não coloco a matéria como PDF no blog, segue abaixo o layout da página, mas deixo o texto mais abaixo para todos lerem. Aproveito o momento para agradecer mais uma vez a Deus por colocar tantas pessoas maravilhosas e do bem ao lado, seja endoirmãs ou não. Não sei o que seria de mim, sem esses seres maravilhosos que nosso Pai tem enviado a mim! Ah, quero aproveitar para dizer que estou com uma demanda muito grande de emails. Algo impressionante! Hoje tenho mais de 70. Como respondo-os um a um, sigo a ordem que os recebi. E também sou sozinha para respondê-los (e isso tem de ser eu mesma!) e, infelizmente, eu não vivo de e para o blog. Explico: trabalho de segunda à sexta-feira e ema lguns fins de semana. Por isso, ainda não tenho dedicado-me 100% do meu dia ao blog. Mas se Deus quiser em breve isso será possível. Peço para ter calma e não replicar os emails. Cada email replicado, o número na caixa de entraad aumenta.Obrigada pela compreensão e continue escrevendo! Beijos com carinho!!!






Endometriose: A doença que atinge mulheres da adolescência à menopausa

Por Caroline Salazar

Conhecida como a doença da mulher moderna, a endometriose acomete cerca de 10 a 15 milhões de brasileiras e atinge mulheres da primeira à última menstruação. A cada dia, mais e mais mulheres descobrem ser portadoras desta enfermidade, que não tem cura e provoca infertilidade e muita dor. Pedaços do endométrio (tecido que reveste o útero) se espalham por locais distintos do seu habitat natural. Várias teorias tentam explicar a causa da doença. A mais difundida é a da menstruação retrógrada. Quando não há a fecundação (a gravidez), o útero expulsa o endométrio na forma de menstruação. Em vez de ela descer pelo canal da vagina, ela volta pelas trompas e se espalha em órgãos da pelve e do abdômen. Onde se implanta, formam-se os focos. Esses focos se instalam nos órgãos provocando inflamações ao seu redor, muita dor e aderências entre eles (vai grudando os órgãos uns aos outros). Em casos mais raros, atinge o pulmão, a pleura e até o cérebro. A cólica muito forte, que provoca desmaios, tonturas, que deixa a mulher de cama, é considerada o primeiro sintoma. Mulheres que tentam engravidar a mais seis meses e sem sucesso podem ter endometriose.

Outros sintomas são: sangramento intenso e irregular, dor abdominal e inchaço, dor lombar, cansaço ou fadiga, diarreia ou prisão de ventre, dor durante e após o sexo, depressão, enxaqueca, infecções vaginais recorrentes, dor para urinar, infecções urinárias, náuseas, dores de estômago e em todo o corpo. Cerca de 40% das mulheres se tornam inférteis, mas a endometriose tem outras consequências. E muitas delas extremamente dolorosas, como a dispareunia, a dor durante ou após o sexo. O perigo é que 30% das portadoras são assintomáticas. É também uma doença silenciosa e que causa muitos abortos espontâneos. Por ainda ser um enigma para a medicina, é desconhecida até mesmo de muitos ginecologistas. Para eles, as dores “tipo cólica” antes, durante ou após o período menstrual são normais. Esse pensamento retarda ainda mais o diagnóstico que demora em média de 8 a 12 anos no Brasil. O exame de imagem mais indicado para detectá-la é a ressonância magnética da pelve.

Muitos médicos indicam a laparoscopia como exame, mas na verdade esse procedimento é uma cirurgia com anestesia geral. E a cirurgia é o último passo para tratar a doença. É importante tentar o tratamento medicamentoso primeiro, pois a partir da primeira operação, a chance de reincidência (cirurgias repetitivas) é muito grande.  E é aí que mora o perigo, já que a própria cicatrização pode nos trazer mais aderências. Por isso, a laparotomia (cirurgia aberta, tipo cesárea) não é indicada para quem tem endometriose. A mais indicada é a laparoscopia, a cirurgia minimamente invasiva, com mínimas incisões na virilha e umbigo. A partir da biópsia sabemos quais órgãos foram atingidos pela doença e qual o grau em que ela está (de I a IV). E é apenas com o diagnóstico precoce será possível salvar a próxima geração de portadoras. A mulher que sente aquela cólica que a impede de fazer suas atividades cotidianas, que não melhora com o primeiro analgésico, precisa procurar o ginecologista e já mencionar a suspeita da doença. 

Caroline Salazar
Jornalista e editora do blog A Endometriose e Eu (http://aendometrioseeeu.blogspot.com.br/). É portadora de endometriose e sofreu 21 anos com as terríveis dores da doença. Para informar sobre esta doença enigmática, compartilhar informações e para que a endometriose passe a ser reconhecida como social e de saúde pública no Brasil, ela criou o blog e hoje é o mais lido do mundo sobre o assunto.

6 comentários:

  1. Oi Caroline...
    Mandei um email para vc no 'carolinesalazar7@gmail.com' dia 28/02/13. Vc recebeu? Gostaria de marcar um horario com seu medico no Hospital Nipo, como eu faço. Descobri que tenho endometriose.
    Ester Reis

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    1. Oi Ester!
      Tudo bem?
      A Caroline demora um pouco para responder o e-mail porque chega muitos, mas tenha calma que ela vai responder o seu, só não sei quando, pois ela vai respondendo pela ordem que chega. Mas caso queira passar com o Dr. Hélio Sato e não quiser aguardar a resposta dela com os detalhes, é só ligar no hospital Nipo Brasileiro e marcar com ele.

      Beijos, com carinho
      Hosana Santana

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  2. Oi, Hosana....
    Infelizmente meu convenio no Nipo, não marcar consulta, só consigo passar no pronto socorro.
    Estou preocupada, mas vou continuar pesquisando medicos que atendam pela Unimed,é que eu queria uma indicação.
    Mas de qualquer forma, muito obrigada pelo retorno.
    Ester Reis

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    1. Ester, querida! Peço para vc ter paciência, pois respondo os emails na ordem de recebimento. Eu sou sozinha para respondê-los e a demanda está muito grande. tambaém tenho de postar no blog e eu trabalho de segunda à sexta-feira, até tarde da noite. Infelizmente, eu não vivo de e para o blog. Ainda! Já estou nos de janeiro ainda, mas, em breve, chegarei até o seu. Como todos são pedind ajuda e de muito desespero, não acho justo "furar a fila". Como seu convênio é Unimed, qdo respondê-lo já iurei indicá-la na Unifesp, que oferece o melhor tratamento do país para uma endomulher e de graça pelo SUS. Fique tranquila, querida, pois irei ajudá-la! Porque nãao aditante vc ir a qq médico, é preciso ir num especialista de verdade e humano. Beijos com carinho!! Caroline Salazar

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  3. Oi, Caroline....
    Me confortou sua resposta, é isso mesmo preciso de um especilaista, pq estou com focos no intestino e o medico acha que tb no nervo siatico ou pararelo, pois sinto muita dor no bumbum que desce pela perna até o tornozelo, para sentar e levantar é um horror, qdo estou com as crises. Vou aguardar seu retorno. Será que ja consigo marcar alguma coisa na Unifesp?
    Bjs e obrigada,
    Ester Reis

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    1. Ester, querida! Acho que vc enviou para email errado, dei um pesquisar (vários dias) e não achei seu email. Está em seu nome mesmo? Verifique se o email é esse: carolinesalazar7@gmail.com Beijos com carinho!! Qq coisa encaminha novamente, por favor. Beijos com carinho!! Caroline Salazar

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