Não dá para mensurar minha gratidão a ela, porque nós
precisamos muito de pessoas sadias ao nosso lado. Como a doença é muito
traiçoeira, não dá para saber até quando estarei boa para tocar os projetos que
tenho em mente. Graças a Deus, Ele só
coloca anjos do bem ao meu lado. E a Gabriella é um deles. Sei que nesta vida nada é por acaso. E Deus sempre se
encarregou de enviar à minha, anjos poderosos. E agradeço a minha querida chefe
e grande amiga Sonia Gonçalves (outro anjo meu!)e as meninas que trabalham na
assessoria, em especial, a Cassia e a Uiara, que insistiram para eu enviar um
email à Giuliana Cury, diretora de redação da revista, e amiga pessoal da
Sonia, falando sobre o blog, meu projeto social em prol da saúde da mulher.
No mesmo dia, Giuliana respondeu dizendo que a revista já
iria fazer esta matéria (o que me surpreendeu!), mas com meu email o interesse
aumentou e que a Marcella entraria em contato. Na semana seguinte, meados de
outubro, marcamos de tomar um suco num restaurante em São Paulo. Foi neste
encontro de cerca de duas horas, que discorri um pouco sobre a endo, o blog, a
Unifesp (claro!), o mestrado da Gabriela, o fato de o doutor Hélio Sato ser um
dos poucos e raros “excelente especialista” que atende a consultas e opera por
convênios médicos (Obrigada, Senhor por esta benção enviada por vc!). Passei
alguns contatos para entrevistas e continuamos nossa conversa por email. Porém,
desta vez, eu não imaginara que seria citada na matéria, pois sei que não é
todo veículo que coloca uma jornalista como personagem. Aliás, eu sempre tive
isso em mente e, nunca foi minha intenção, aparecer em programas de TV,
matérias de jornais e revistas, até porque meu papel sempre foi atrás das
câmeras. Na primeira semana de dezembro, fui surpreendida com um email da
Marcella dizendo que faria um quadro a parte citando o blog e falando
sobre o reconhecimento da doença. É óbvio que topei na hora! Li o email em voz
alta que foi triplamente comemorado (por mim, Cássia e Ui). Isso foi numa
sexta-feira. No dia seguinte, acordei e ao lembrar-me deste email, confesso que
deu um friozinho na barriga. Logo pensei: “Será que a Marcella mudaria a
palavra ‘audiência’ por ‘encontro’”.
Logo depois, pensei: “Frio na barriga por quê? Faz quase
três anos que peço isso mesmo, que dou minha cara a tapa por isso. Por que ter
medo agora? Vamos que vamos, nunca tive de medo de nada mesmo... só do escuro
quando era pequena... rsrs E agora que o blog está forte, sei que poderei
contar com todas minhas endoirmãs que fazem parte dele.” Aliás, o termo
endoirmãs usado no blog e no mundo todo, também é citado. Uma pequena surpresa
foi com a narrativa em primeira pessoa da jornalista! Sim, é isso mesmo que
você está pensando: ela também é uma de nós! No nosso encontro, eu até
mencionei o fato de que ela já sabia bastante sobre a doença, mas desconversou
e disse que estava lendo o blog (ela não avisou que era portadora e havia feito
uma cirurgia). Eu sabia que tinha alguma coisa, ah, essa minha intuição! Porque
até então, os jornalistas eram mais superficiais em suas perguntas, não tinham
aquele interesse todo, mas pensei: “Ela deve ser uma entrevistadora tão curiosa
quanto eu. Porque eu sou assim, mergulho de cabeça independente do tema da
pauta, dos personagens, como aconteceu no fim de novembro, quando fiz um
especial sertanejo para a revista Quem, da Editora Globo.”A única coisa que
frisei bastante, é o fato de os médicos usarem a quantidade de 6 milhões de
portadoras no Brasil. Eu falei que esse número refere-se as mulheres em idade
reprodutiva, e aquelas que tem endo desde a adolescência, como eu? Somos muito
mais, somos cerca de 10 a 15 milhões de mulheres que sofrem com a doença no
país. Na verdade, eu acho que somos muito mais de 15 milhões de brasileiras!
Esta é uma matéria grande (oito páginas) e que dá a
esperança de sermos escutadas pela Dilma Rousseff. E já estamos com 730
mulheres em nosso Cadastro Nacional das Portadoras de
Endo. Em uma semana, recebemos 29 cadastros!! Lembro-me bem quando Marcella
questionou o papel d, disse: “Preciso comprovar o que falo no blog, que somos
muitas e que precisamos ser levadas a sério”. Aliás, chega de palhaçada... como
diz meu famoso colega Zé Simão, que adoro ler suas crônicas, o Brasil é o país
da “Piada Pronta!”, mas somos nós, os jovens, quem temos o dever e o direito de
mudá-lo. O certo seria tirar todos os políticos do poder e começar tudo do
zero! Vamos torcer para a revista liberar o PDF, para coloca-la integral no
blog, mas, enquanto isso, escaneei somente o quadro onde fala do blog. Ah, e meu próximo objetivo é colocar o Brasil, no calendário mundial de conscientização da endometriose, no mês de
março. Se no mundo todo, o mês da
endo é em março, por que aqui seria diferente? Eu não entendo certas coisas que
acontece por aqui, apesar de ter nascido num país-colônia, eu não tenho esta
mente de “colonizada” não. Nunca tive, desde criança, eu era "a"
diferente! Penso sempre a frente, e já estou com um projeto de um grande evento
“amarelo” para março e quero que aconteça no maior número de cidades possíveis.
E preciso da ajuda de todas vocês! Ah, e aproveito para agradecer aos mais de
310 mil acessos do A Endometriose e Eu! Obrigada!! Beijos com
carinho!!!
Me senti esclarecida e com apoio. Trabalho altruísta. Parabéns!!
ResponderExcluirOlá, li na matéria que teria o PDF disponível com a reportagem. Mas não localizei. Poderia enviar para o meu email?
ResponderExcluirre_scherer@hotmail.com