Ontem, quarta-feira, dia 13, eu fui personagem de uma matéria sobre a endometriose feita pela repórter Edilene Ribeiro, na Folha Metropolitana que circula na região Metropolitana de São Paulo, e no Metronews, veiculado nas estações de metrô da capital.
A matéria está bem bacana. Eu adorei!! Eu, particularmente, adoro ler o Metronews. Achei maravilhoso sair uma matéria de endo lá, que vai de acordo com a minha proposta: informar a população sobre a doença. Tem algo mais popular do que as saídas das estações de metrô? A Edilene enviou-me o PDF da matéria para colocar no blog, mas o meu computador não abre mais esse programa. Ele abria, mas aí levou um tombo, no meu ex-trabalho, e ficou meio louco, e eu não sei como colocar aqui. Enquanto isso, peguei o que saiu no site mesmo. Espero que vocês gostem.
Endometriose atinge até 10% das mulheres em idade fértil
Por Edilene Ribeiro
A endometriose – caracterizada pelo endométrio, tecido localizado dentro do útero, que se desprende durante a menstruação e que fora da cavidade uterina representa a doença – atinge até 10% das mulheres em idade fértil, e é encontrada com mais frequência em mulheres que estão entre 30 e 35 anos.
Segundo especialistas, não existe uma causa aparente para o surgimento da doença, no entanto, o estilo de vida da mulher moderna vem sendo apontado como o grande responsável pelo aumento de casos, que foi mostrado na novela ‘Insensato Coração’, da Rede Globo, pela personagem Carol Miranda, interpretada pela atriz Camila Pitanga.
“A tendência mundial é que a mulher se case e engravide mais tarde e tenha menos filhos. Em consequência desse comportamento, a mulher fica mais exposta aos ciclos menstruais, o que a torna mais suscetível à doença”, explicou o ginecologista da Clinica Gera, Aléssio Calil Mathias.
O problema é que 20% das mulheres não sabem que têm a doença por não apresentar nenhum sintoma. “A paciente que tem algum parente em primeiro grau com endometriose corre mais risco de desenvolver a doença, que começa na adolescência. Entretanto, o diagnóstico, geralmente, só é feito entre mulheres de 25 a 35 anos”, observou Mathias.
Entre as consequências da endometriose e sintomas estão a dismenorréia, uma cólica menstrual que muitas vezes ocorre de forma intensa, dores durante a relação sexual, fluxo menstrual irregular, dificuldade em engravidar e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação. Segundo os médicos, essas cólicas menstruais que caracterizam a endometriose não melhoram com medicação, apresentam-se muito severas e requerem repouso. Já a dor, que acontece durante a relação sexual, em geral, aparece quando a penetração é profunda e tende a ser mais intensa no período pré-menstrual.
Apesar da razão do surgimento da doença não ter sido completamente esclarecida pela ciência, os médicos acreditam pelo conhecimento adquirido que a doença pode se instalar em algumas mulheres devido a algum distúrbio no sistema imunológico. Em geral, quando as células do endométrio se alojam em outras regiões do organismo feminino, o sistema imunológico entra em ação para que seja realizada a limpeza ou a eliminação dos focos de endométrio fora do útero. “Mas, por algum problema no sistema imunológico, esta ‘limpeza do organismo’ não acontece. Daí, as células se implantam nesses locais, sofrem a ação dos hormônios e acabam por desenvolver a endometriose”, explicou Mathias.
Endometriose X infertilidade
A relação entre a endometriose e a infertilidade feminina pode manifestar-se em alguns casos. “Pacientes em estágio mais avançado da doença e obstrução na tuba uterina têm um fator anatômico que justifica a infertilidade. Questões hormonais e imunológicas também podem ser a causa para mulheres com endometriose não engravidarem. Mas após o tratamento, parte das pacientes conseguem engravidar, principalmente as mulheres em que as tubas não tiverem sofrido obstrução”, esclarece a ginecologista do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa, Emanuelli Alvarenga Silva.
Histórico clínico ajuda diagnóstico
O diagnóstico inicial da endometriose pode ser feito por meio do histórico clínico da paciente e dos sintomas característicos da doença. “Nesses casos, um exame ginecológico também pode ajudar. A avaliação física é igualmente essencial na investigação da doença. O exame do abdome pode revelar ao ginecologista se há aumento abdominal ou dores localizadas. Já o exame do colo do útero pode detectar a doença no colo e/ou na parede vaginal, enquanto o toque ginecológico avalia possíveis aumentos nos ovários, dores atrás do útero e eventuais nódulos dolorosos presentes na endometriose profunda”, detalhou o ginecologista e obstetra Aléssio Calil Mathias.
Dentre os exames complementares, que podem auxiliar a compor um diagnóstico preciso, destacam-se o ultra-som transvaginal especializado, que permite ao ginecologista obter imagens do útero, dos ovários e de lesões profundas causadas pela endometriose. A ressonância magnética e a videolaparoscopia, considerada por muitos o melhor método para diagnosticar a doença e para iniciar o tratamento, nos casos em que a cirurgia é indicada. “Uma das vantagens deste exame é que ele permite ao médico enxergar pequenos focos da doença, nem sempre perceptíveis nos outros exames”, explicou Mathias.
O uso de medicamentos é realizado nos casos mais brandos da doença, em mulheres que não desejam engravidar. É feito com a indicação do uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis. “Outros medicamentos utilizados são os que paralisam as funções dos ovários e, com isso, diminuem a produção do hormônio estrógeno. Assim, quanto menor a concentração desse hormônio, menor o risco de a doença progredir”, explicou o médico.
Em alguns casos, após o tratamento ou retirada das lesões, há possibilidades de a doença voltar, já que ela está ligada ao retorno da função menstrual. “É necessário o bloqueio da menstruação para que a paciente se recupere”, esclareceu a ginecologista do Hospital Beneficência Portuguesa, Emanuelli Alvarenga Silva.
“A doença vai além do risco de não poder engravidar”
A jornalista Caroline Salazar, 32 anos, descobriu em 2009 ser portadora da endometriose. Mas antes de receber o diagnóstico, ela passou por experiências que mostram um histórico doloroso. Desde os 13 anos sofria com dores abdominais, lombares e cólicas, enfrentou uma apendicite e, com 15 anos, precisou retirar um cisto do ovário. “Até saber que tinha endometriose fiz vários exames, tomei injeções de morfina, pedi demissão do meu emprego porque não suportava ficar sentada de tanta dor e tive muitas cólicas, independente do período menstrual”, contou. Além disso, era comum sentir dores durante a relação sexual, um dos sintomas da endometriose, chamado de dispareunia.
Foi quando o namorado de Caroline esteve em uma palestra sobre endometriose que a ficha caiu. “Ele me ligou dizendo que todos os sintomas batiam e fui atrás de um ginecologista para fazer a ressonância magnética, exame que identifica a doença. O primeiro médico disse que eu não tinha nada. O segundo confirmou a doença.”
Caroline conta que o risco de não poder engravidar não a afligiu. “Ainda não está nos meus planos ter filhos e o tipo de minha endometriose não prejudicou a minha fertilidade. Mas as consequências vão além do risco de não poder engravidar. Ela impede que a mulher tenha relação sexual saudável por conta das dores, o que pode acabar com o casamento, a libido e até a autoestima. Deixei de trabalhar e tive depressão.”
Disposta a dar novo rumo à vida e à carreira, a jornalista criou o blog ‘A Endometriose e Eu’ (http://aendometrioseeeu.blogspot.com), com a intenção de dividir suas experiências.
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Meu nome é Flavio e estou aqui para dizer que sei o que esta doença significa pois minha filha tem há vários anos. Sei que este tratamento é muito caro pois já comprei várias injeções de zoladex que a minha filha tomava, só que agora a médica dela suspendeu este medicamento e fiquei com uma dessa injeção em casa. Se for de interesse de alguém em comprá-la venderei por um preço bem accessível. Os meus tels são: 021 - 33570801 e 021 78909439, meu email é flaviofpr@hotmail.com. Um abraço
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