Há cerca de 10 dias, a jornalista Claudia Collucci fez uma matéria na Folha e S. Paulo sobre a unha-de-gato, um fitoterápico descoberto por pesquisadores da UNIFESP e da UFMA, que melhora as dores e as lesões das portadoras de endo. Conforme já falei aqui, enviei um e-mail a ela, parabenizando-a pelo artigo e falei do blog. Eu sempre leio as reportagens de Claudia, que considero uma das melhores jornalistas da área de saúde do país. Hoje, pela manhã, ao abrir o meu e-mail, tinha um dela, dizendo que fez um post no blog dela, "Quero ser Mãe", falando sobre o A Endometriose e Eu. Gente, confesso que fiquei muito emocionada. Chorei, de verdade. Eu ainda continuo passando por dificuldades, ainda não tenho o meu trabalho, ainda não tenho nenhum salário para receber no fim mês. Portanto, ainda continuo na mesma.
Na verdade, digo que o blog salvou a minha vida. Eu estava sem rumo e sem prumo, sem nenhuma vontade de viver, só pensava em morrer, como a maioria das portadoras, quando uma inspiração Divina me deu a ideia de fazê-lo. Escrever é tudo que sempre quis fazer na minha vida. Ainda relutei por dois, três meses. Mas, durante esse tempo, o meu namorado me perguntava todos os dias: “E o blog, você não vai fazer?” Até que, por insistência dele, resolvi fazer logo. Durante muito tempo, ele foi o meu único companheiro das minhas dores diárias. Sempre escrevi com muito carinho e amor. A minha vida ainda não está fácil. O que me deixou sem chão, não foi descobrir que sou portadora de uma doença enigmática, que ainda não tem cura. Foi perder o meu trabalho e nunca ter conseguido outro, por conta do meu tratamento de fisio na UNIESP. Foi ver que, em sete anos de carreira, fui para a estaca zero. E, tudo isso, por preconceito dos empregadores de nosso país. Desde os meus 10 anos de idade que quero ser jornalista. Só Deus sabe como estou e como passo os meus dias. Mas, aprendi que, tudo tem o tempo que Ele quer e não o nosso. Apesar de tantas cosias ruins que a endo me trouxe, coisas boas também vieram. Aprender a ter paciência e a esperar o tempo de tudo foram algumas delas. Eu era uma pessoa impaciente e queria tudo para agora. Não sou mais assim. Como diz o ditado: ‘Há males que vem para o bem’.
Por isso, ler hoje pela manhã, a matéria de uma brilhante jornalista, que escreve para um dos melhores jornais do país, elogiando a minha iniciativa, e, ainda por cima, sentindo as minhas dores, me fez chorar muito, mas desta vez, de emoção. Espero que vocês gostem. Beijos com carinho!!
A endometriose e suas dores
Fiquei feliz de ver o tema endometriose sendo abordado recentemente na novela “Insensato Coração”. Todas nós aqui sabemos o quanto essa doença é devastadora para as mulheres. Em geral, o problema está associado com a dificuldade de gravidez, mas os danos podem ir muito além do campo da fertilidade. E o pior: são ainda mais obscuros e difíceis de serem relatados.
Por isso, foi com imensa satisfação que conheci dias atrás, ainda durante as minhas férias, o trabalho muito bacana feito pela minha colega jornalista Caroline Salazar, portadora de endometriose e autora do blog “A endometriose e eu” http://aendometrioseeeu.blogspot.com/, que, aliás, foi citado na novela na Globo.
No espaço, Caroline conta de forma surpreendentemente sincera o quanto a doença tem afetado a sua vida _do campo profissional ao sexual_ e dá voz a outras mulheres com histórias parecidas. Um dos problemas que ela ressalta é talvez o mais difícil de ser abordado. Trata-se da dispareunia, que significa dor durante a relação sexual. Já ouvi relatos de que se trata de um sofrimento muito grande, mas, confesso, que não imaginava o tamanho dele até ler o relato da corajosa Caroline.
Para aliviar essa dor, existe a fisioterapia uroginecológica. Nela, as fisios tentam dissolver os nódulos de tensão de todo o assoalho pélvico (vagina), massageando o períneo com os dedos. Caroline faz esse tratamento na UNIFESP, porque nenhum plano de saúde tem cobertura para isso. Infelizmente.
E falando em UNIFESP, na semana passada fiz uma reportagem sobre uma pesquisa de lá com um fitoterápico à base de uma planta conhecida como "unha-de-gato", que tem melhorado a dor e as lesões causadas pela endometriose. Espero que gostem da notícia. O link é: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/888330-fitoterapico-melhora-os-sintomas-da-endometriose.shtml
Blog Claudia Collucci - Quero ser Mãe: http://claudiacollucci.blog.uol.com.br
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quarta-feira, 23 de março de 2011
O A ENDOMETRIOSE E EU É NOTÍCIA NO BLOG DA JORNALISTA DE SAÚDE CLAUDIA COLLUCCI!!
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unifesp e ufma descobrem fitoterápico que melhora sintomas da endometriose
sábado, 19 de março de 2011
VOLTA DA LIBIDO E AVALIAÇÃO DE FISIOTERAPIA NA UNIFESP!!
Desculpa pelo meu sumiço, mas eu estava correndo com algumas coisas. Em breve, terei mais uma grande novidade para contar. Na quarta-feira, dia 16, voltei a UNIFESP para a minha avaliação de fisioterapia. Desde outubro de 2009, eu estou lá para tratar a minha dispareunia. Daí percebe-se o quanto eu estava debilitada. Na verdade, a avaliação foi apenas uma conversa para preenchimento da minha ficha. Para continuar o tratamento, preciso fazer alguns exames que o Dr. Hélio pediu, para confirmar se as minhas dores são apenas musculares mesmo, ou se a endo voltou. Se for só muscular, começo o tratamento na fisio de osteomuscular que mistura exercícios de alongamento, RPG e cinesioterapia. Mas, o mais importante é a normalização da minha libido. Como nada é perfeito, só é uma pena o meu namorado não morar mais em Sampa, pelo menos por ora. Mas tudo bem, não tem problema. O importante é que depois de muito, mas muito tempo mesmo, não me sinto mais como uma pessoa assexuada. Posso dizer que rolou uma vez e, que, foi muito bom. Fazer sexo é bom sim, mas desde que seja com prazer. Porém, quem tem a dispareunia, infelizmente, não consegue ter um pingo de prazer. Porque dói muito, muito mesmo. Dá até um trauma. Lá na UNIFESP até acharam que eu estava com um bloqueio psicológico, o que pode acontecer, viu gente. Porque a dor é muito intensa, é uma das mais incapacitantes que existe. Infelizmente não são todos os parceiros que entendem. É uma pena! Por isso, se algum companheiro de uma mulher com endometriose ler este post, peço a ele para ter muita compreensão, respeitar e ter muito carinho por suas mulheres. A endo é cruel justamente por ‘matar’ a mulher que existe dentro de nós. Não temos prazer, não temos vontade nenhuma de fazer sexo. Essa é a grande verdade! Não foi a mulher que mudou de uma hora pra outra. Isto é uma das consequências e, a meu ver, uma das mais graves que a endometriose nos traz, pois, caso a mulher não tenha um parceiro com uma cabeça legal, ela vai ainda mais pro fundo do poço. Daí muitas tentam até o suicídio. Graças a Deus, eu tive esta sorte. O meu namorado nunca me cobrou nada, mesmo antes de nós sabermos que eu estava doente. Com a dispareunia, o orgasmo não vem com prazer, mas sim, com muita, mas muita dor. Além de ter uma cabeça legal, a compreensão e ajuda do companheiro é fundamental para a recuperação de nós, mulheres. Com muito amor e carinho voltaremos a ter a nossa vida de volta, em todos os sentidos! Beijos com carinho!!
terça-feira, 15 de março de 2011
UNIFESP E UFMA DESCOBREM REMÉDIO QUE REDUZ A DOR DA ENDOMETRIOSE!!
Mais uma grande novidade, para nós, portadoras de endo!! Como diz o ditado: a esperança é a última que morre! Eu concordo plenamente! Ontem pela manhã, segunda-feira, dia 14, quando abri o caderno de Saúde, do jornal Folha de São Paulo, me deparei com uma notícia maravilhosa: fitoterápico à base de unha-de-gato controla sintomas da endometriose. A matéria da brilhante jornalista Cláudia Collucci, revela que estudo realizado pelas universidades federais de São Paulo (UNIFESP) e do Maranhão (UFMA), em ratas, descobriu que remédio à base de unha-de-gato reduz a dor e as lesões, em até 60%, das portadoras de endo. Isso não é uma maravilha!! É a melhor notícia para receber em plena segunda-feira, não é mesmo! Só de melhorar nossas dores, já é um avanço muito grande da medicina. Atualmente, eu ando com muitas dores. Dores abdominais e nas pernas. É horrível pra levantar da cama!
Agora, eu fiquei ainda mais emocionada por saber que parte desse estudo pertence aos pesquisadores da UNIFESP. Ver as palavras do Dr. Schor no jornal me animou tanto. Gosto muito dele. Ele é um ser humano incrível e entende muito bem uma endo mulher. São de médicos assim, humanos, que nós precisamos. Ele também é sempre atencioso e carinhoso. Além de passar total confiança, ele nos dá muita, mais muita esperança mesmo. Ele sempre me dizia... "Caroline vamos ter FÉ que você vai melhorar", ou "... vamos ter FÉ que o Zoladex vai controlar a sua endometriose e você não vai precisar operar". Animada com essa descoberta, fui logo enviando e-mail à jornalista, parabenizando-a pela incrível matéria e perguntei se poderia utilizá-la em meu blog.
Atenciosa, ela respondeu agradecendo e disse que, sim, posso usá-la. Ela está em férias, mas assim que voltar vai escrever sobre o A Endometriose e Eu em seu blog. Cláudia é editora do Quero ser Mãe, um blog superbacana que fala sobre fertilidade. Com certeza, ele poderá ser útil para muitas de minhas leitoras. Particularmnete, eu adoro as matérias da Cláudia. Espero que vocês gostem como eu! Ah, Claudia aborda também outro estudo realizado pela UNIFESP, liderado por Dr. Schor, que fala sobre as mutações genéticas do P27, que já falei aqui. Beijo com carinho!!
Fitoterápico melhora os sintomas da endometriose
CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
Um fitoterápico à base de uma planta conhecida como "unha-de-gato" tem melhorado os sintomas da endometriose, doença que causa infertilidade feminina e dor nos períodos menstruais.
Intrigados com o grande número de pacientes que tomam o remédio por conta própria e relatam melhora, pesquisadores começaram a testá-lo cientificamente.
Os resultados do primeiro estudo controlado, feito pelas universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Maranhão (Ufma), em ratas, mostraram que a unha-de-gato conseguiu reduzir em 60% as lesões causadas pela endometriose.
Na doença, o tecido que reveste o útero (endométrio) sai fora dele e atinge outros órgãos da pelve, como intestinos e bexiga. Estima-se que 6 milhões de brasileiras sofram da doença.
Agora, na fase clínica do estudo, o fitoterápico será dado a mulheres e comparado com placebo ou medicamentos hormonais usados no tratamento tradicional da doença. A hipótese é que a planta possua propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras (que melhoram o sistema imunológico).
Antes mesmo dos resultados do estudo clínico, a unha-de-gato tem sido prescrita a pacientes da Unifesp que já usaram, sem sucesso, drogas hormonais ou para aquelas que não podem usar esse tipo de medicamento.
"Os relatos de melhora dos sintomas, principalmente da dor, surpreendem. Eu dei para a minha mulher tomar. Ela tem endometriose e a medicação hormonal não estava funcionando", diz Eduardo Schor, coordenador do ambulatório de endometriose e dor pélvica da Unifesp e um dos autores do estudo.
Segundo ele, a unha-de-gato parece diminuir o processo inflamatório causado pela endometriose na região pélvica. Os pesquisadores ainda não sabem se a planta pode ser usada para ajudar mulheres com dificuldade para engravidar.
"Não não se sabe, por exemplo, se ela altera a espessura de endométrio ou dos mecanismos de ovulação", explica Schor.
Também ainda deverá ser definida a dose ideal do fitoterápico para cada paciente. No comércio, existem cápsulas de 150 mg, feitas a partir da casca da planta.
O ginecologista Carlos Alberto Petta, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que, do ponto de vista conceitual, a unha-de-gato pode melhorar a dor de qualquer processo inflamatório.
"O problema é que, em se tratando de dor, o efeito placebo é muito grande. O ato de escutar essa mulher também melhora a dor."
Para ele, só será possível dizer que a unha-de-gato funciona depois de testá-la em mais estudos.
TERAPIA GÊNICA
Uma outra linha de pesquisa desenvolvida na Unifesp aponta que há mutações genéticas envolvidas na endometriose. Uma delas, chamada de P27, foi descoberta pela equipe de Schor.
A presença dessa mutação aumenta duas vezes as chances de a mulher ter a doença. "O P27 faz com que as células fiquem mais "nervosas" e proliferem mais do que o normal", diz Schor.
A partir dessas descobertas, o grupo trabalha no desenvolvimento de instrumentos de terapia gênica para tratar a endometriose.
"O uso de adenovírus [vírus modificados] carregando genes que restabelecem a normalidade genética já foi testado em cultura de células de endometriose e os resultados foram promissores", conta Schor.
Agora, eu fiquei ainda mais emocionada por saber que parte desse estudo pertence aos pesquisadores da UNIFESP. Ver as palavras do Dr. Schor no jornal me animou tanto. Gosto muito dele. Ele é um ser humano incrível e entende muito bem uma endo mulher. São de médicos assim, humanos, que nós precisamos. Ele também é sempre atencioso e carinhoso. Além de passar total confiança, ele nos dá muita, mais muita esperança mesmo. Ele sempre me dizia... "Caroline vamos ter FÉ que você vai melhorar", ou "... vamos ter FÉ que o Zoladex vai controlar a sua endometriose e você não vai precisar operar". Animada com essa descoberta, fui logo enviando e-mail à jornalista, parabenizando-a pela incrível matéria e perguntei se poderia utilizá-la em meu blog.
Atenciosa, ela respondeu agradecendo e disse que, sim, posso usá-la. Ela está em férias, mas assim que voltar vai escrever sobre o A Endometriose e Eu em seu blog. Cláudia é editora do Quero ser Mãe, um blog superbacana que fala sobre fertilidade. Com certeza, ele poderá ser útil para muitas de minhas leitoras. Particularmnete, eu adoro as matérias da Cláudia. Espero que vocês gostem como eu! Ah, Claudia aborda também outro estudo realizado pela UNIFESP, liderado por Dr. Schor, que fala sobre as mutações genéticas do P27, que já falei aqui. Beijo com carinho!!
Fitoterápico melhora os sintomas da endometriose
CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
Um fitoterápico à base de uma planta conhecida como "unha-de-gato" tem melhorado os sintomas da endometriose, doença que causa infertilidade feminina e dor nos períodos menstruais.
Intrigados com o grande número de pacientes que tomam o remédio por conta própria e relatam melhora, pesquisadores começaram a testá-lo cientificamente.
Os resultados do primeiro estudo controlado, feito pelas universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Maranhão (Ufma), em ratas, mostraram que a unha-de-gato conseguiu reduzir em 60% as lesões causadas pela endometriose.
Na doença, o tecido que reveste o útero (endométrio) sai fora dele e atinge outros órgãos da pelve, como intestinos e bexiga. Estima-se que 6 milhões de brasileiras sofram da doença.
Agora, na fase clínica do estudo, o fitoterápico será dado a mulheres e comparado com placebo ou medicamentos hormonais usados no tratamento tradicional da doença. A hipótese é que a planta possua propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras (que melhoram o sistema imunológico).
Antes mesmo dos resultados do estudo clínico, a unha-de-gato tem sido prescrita a pacientes da Unifesp que já usaram, sem sucesso, drogas hormonais ou para aquelas que não podem usar esse tipo de medicamento.
"Os relatos de melhora dos sintomas, principalmente da dor, surpreendem. Eu dei para a minha mulher tomar. Ela tem endometriose e a medicação hormonal não estava funcionando", diz Eduardo Schor, coordenador do ambulatório de endometriose e dor pélvica da Unifesp e um dos autores do estudo.
Segundo ele, a unha-de-gato parece diminuir o processo inflamatório causado pela endometriose na região pélvica. Os pesquisadores ainda não sabem se a planta pode ser usada para ajudar mulheres com dificuldade para engravidar.
"Não não se sabe, por exemplo, se ela altera a espessura de endométrio ou dos mecanismos de ovulação", explica Schor.
Também ainda deverá ser definida a dose ideal do fitoterápico para cada paciente. No comércio, existem cápsulas de 150 mg, feitas a partir da casca da planta.
O ginecologista Carlos Alberto Petta, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que, do ponto de vista conceitual, a unha-de-gato pode melhorar a dor de qualquer processo inflamatório.
"O problema é que, em se tratando de dor, o efeito placebo é muito grande. O ato de escutar essa mulher também melhora a dor."
Para ele, só será possível dizer que a unha-de-gato funciona depois de testá-la em mais estudos.
TERAPIA GÊNICA
Uma outra linha de pesquisa desenvolvida na Unifesp aponta que há mutações genéticas envolvidas na endometriose. Uma delas, chamada de P27, foi descoberta pela equipe de Schor.
A presença dessa mutação aumenta duas vezes as chances de a mulher ter a doença. "O P27 faz com que as células fiquem mais "nervosas" e proliferem mais do que o normal", diz Schor.
A partir dessas descobertas, o grupo trabalha no desenvolvimento de instrumentos de terapia gênica para tratar a endometriose.
"O uso de adenovírus [vírus modificados] carregando genes que restabelecem a normalidade genética já foi testado em cultura de células de endometriose e os resultados foram promissores", conta Schor.
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segunda-feira, 14 de março de 2011
A HISTÓRIA DA LEITORA CRISTIANE PALACIO E SUA ENDOMETRIOSE!!
Hoje, o A Endometriose e Eu conta a história da leitora Cristiane Rodrigues Palacio, de 39 anos, que mora em São Paulo. Eu gosto muito de contar histórias aqui, pois, como cada orgnismo reage de um jeito, as endos não são iguais, inclusive, seus sintomas. Mas a cólica forte e o fluxo intenso nas menstruações são os pontos que muitas de nós temos em comum. Mesmo com sua endometriose mais avançada, descoberta após um aborto espontâneo, Cristiane sempre acreditou que poderia realizar o sonho de sua vida: gerar um filho. Hoje, ela é mãe de João Pedro, de 3 anos. Por conta de o blog ter sido citado em Insensato Coração, na última segunda-feira, dia 7, tenho recebido inúmeros e-mails com a mesma dúvida, será que posso engravidar! Como não sou médica, digo que só o especialista pode responder. Mas, que independente da resposta, o principal é ter FÉ e acreditar que tudo é possível! Basta acreditar e correr atrás. Como Cristiane!
Como muitas de nós, Cristiane também tem o seu anjo, o grande especialista em endometriose Dr. Mauricio Simões Abrão, presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose, professor pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da FMUSP e responsável pelo Setor de Endometriose do HC. Espero que se inspirem nessa história com final feliz! Beijos com carinho!!
“Desde a minha primeira menstruação sentia fortes cólicas. Sou de uma família humilde, e na época, não se ouvia falar desta patologia. Lembro-me que minhas menstruações eram abundantes, a ponto de ter que voltar para casa, e passar vergonha no ônibus a caminho da escola. Em 2001, realizei o grande sonho de minha vida: engravidei. Mas esse sonho durou muito pouco, pois tive um aborto espontâneo. Em 2003, fiz uma laparoscopia e descobri que sou portadora de endometriose em estágio bem avançado. Como fiz a cirurgia sem preparo intestinal, teria que me submeter à outra cirurgia para tirar os focos do intestino. Logo em seguida, entrei em menopausa induzida com uso do Zoladex. Foi uma fase horrível, a injeção me fez passar muito mal. Comecei uma peregrinação com vários médicos, a doença para mim era uma grande incógnita, muitos deles me diziam que, se eu operasse, poderia ter uma lesão no intestino e, como consequência, passaria a usar a bolsa de colostomia (nota da editora: bolsa afixada no abdômen, por meio de uma incisão, com o objetivo de drenar as fezes, quando o intestino grosso, reto ou ânus não funciona normalmente). Muito abatida, e triste com a possibilidade de não poder gerar um filho, minha vida ficou bastante difícil. Não sorria mais para nada, até que resolvi pesquisar tudo sobre a endometriose na internet, e passar a conhecer tudo sobre a doença.
Depois de muito estudo e pesquisa vi que em São Paulo há um grande especialista em endometriose, o Dr Mauricio Simões Abrão. Marquei uma consulta em seu consultório particular na Chácara Santo Antônio. No dia da consulta levei todos os meus exames ordenados por datas, e os apresentei nessa ordem. Para o meu espanto, ele simplesmente tirou todos do lugar. Confesso que fiquei desestabilizada, mas depois entendi que sua atitude foi de propósito. As mulheres com endometriose têm um perfil perfeccionista. Apresentam uma cobrança pessoal de sucesso, competência, e exigência de resultados. Muitas delas são pilares de suas famílias ou de seus núcleos de relacionamentos. São como para-raios de problemas que assumem para si, sofrimentos, preocupações e querem resolver todos os problemas que estão em sua volta, como de seus amigos, irmãos, pais, filhos, até marido e namorados. São exigentes em seus relacionamentos em qualidade e, impulsiona seus parceiros ao sucesso. Quando isso não acontece traz frustrações e acumula decepções. São pessoas de perfil estressadas, ansiosas, e se angustiam em qualquer situação que dependam de terceiros.
Portanto, bagunçar os meus exames foi um jeito de me estudar. Durante a consulta ouvi de um estranho tudo o que sou. Chorei tanto, que gastei uma caixa de lenço.
Esse médico não cura apenas a doença, mas a sua causa. Até me incentivou a correr. Na hora achei uma piada, pois, além de asmática tenho hérnia de disco. Aí, Dr. Mauricio explicou que a atividade física seria necessária para o tratamento contra a endometriose, devido à liberação de endorfina durante o exercício. No início de 2005 fui operada por ele. Na cirurgia precisei retirar sete cm do intestino afetado pela doença. A cirurgia foi um sucesso, a equipe do Dr Mauricio cuidou de mim com muito carinho.
Logo após a recuperação, comecei a fazer caminhadas e, em pouco tempo, a correr. Cheguei a correr 21 quilômeros, participei de uma prova de 10 quilômetros, e até que não fui mal. Passei a gostar mais de mim, e consegui focar minhas forças na tão sonhada gestação. Mas agora me sentindo forte e capaz. E, mais uma vez, o Dr. Mauricio Abrão foi o meu anjinho da guarda. Fiz a FIV (nota da editora: fertilização in vitro) em sua clínica com o Dr João Antônio. Na primeira tentativa engravidei do João Pedro, hoje com três anos. Nunca achei que pudesse sentir algo tão grandioso como o amor que sinto pelo meu filho. Cada vez que olho aquela carinha linda, lembro da dedicação, do carinho e da competência desse profissional, que não tenho dúvidas, foi enviado por Deus. Um beijo carinhoso, Cristiane Rodrigues Palacio, mãe do João Pedro.”
Como muitas de nós, Cristiane também tem o seu anjo, o grande especialista em endometriose Dr. Mauricio Simões Abrão, presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose, professor pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da FMUSP e responsável pelo Setor de Endometriose do HC. Espero que se inspirem nessa história com final feliz! Beijos com carinho!!
“Desde a minha primeira menstruação sentia fortes cólicas. Sou de uma família humilde, e na época, não se ouvia falar desta patologia. Lembro-me que minhas menstruações eram abundantes, a ponto de ter que voltar para casa, e passar vergonha no ônibus a caminho da escola. Em 2001, realizei o grande sonho de minha vida: engravidei. Mas esse sonho durou muito pouco, pois tive um aborto espontâneo. Em 2003, fiz uma laparoscopia e descobri que sou portadora de endometriose em estágio bem avançado. Como fiz a cirurgia sem preparo intestinal, teria que me submeter à outra cirurgia para tirar os focos do intestino. Logo em seguida, entrei em menopausa induzida com uso do Zoladex. Foi uma fase horrível, a injeção me fez passar muito mal. Comecei uma peregrinação com vários médicos, a doença para mim era uma grande incógnita, muitos deles me diziam que, se eu operasse, poderia ter uma lesão no intestino e, como consequência, passaria a usar a bolsa de colostomia (nota da editora: bolsa afixada no abdômen, por meio de uma incisão, com o objetivo de drenar as fezes, quando o intestino grosso, reto ou ânus não funciona normalmente). Muito abatida, e triste com a possibilidade de não poder gerar um filho, minha vida ficou bastante difícil. Não sorria mais para nada, até que resolvi pesquisar tudo sobre a endometriose na internet, e passar a conhecer tudo sobre a doença.
Depois de muito estudo e pesquisa vi que em São Paulo há um grande especialista em endometriose, o Dr Mauricio Simões Abrão. Marquei uma consulta em seu consultório particular na Chácara Santo Antônio. No dia da consulta levei todos os meus exames ordenados por datas, e os apresentei nessa ordem. Para o meu espanto, ele simplesmente tirou todos do lugar. Confesso que fiquei desestabilizada, mas depois entendi que sua atitude foi de propósito. As mulheres com endometriose têm um perfil perfeccionista. Apresentam uma cobrança pessoal de sucesso, competência, e exigência de resultados. Muitas delas são pilares de suas famílias ou de seus núcleos de relacionamentos. São como para-raios de problemas que assumem para si, sofrimentos, preocupações e querem resolver todos os problemas que estão em sua volta, como de seus amigos, irmãos, pais, filhos, até marido e namorados. São exigentes em seus relacionamentos em qualidade e, impulsiona seus parceiros ao sucesso. Quando isso não acontece traz frustrações e acumula decepções. São pessoas de perfil estressadas, ansiosas, e se angustiam em qualquer situação que dependam de terceiros.
Portanto, bagunçar os meus exames foi um jeito de me estudar. Durante a consulta ouvi de um estranho tudo o que sou. Chorei tanto, que gastei uma caixa de lenço.
Esse médico não cura apenas a doença, mas a sua causa. Até me incentivou a correr. Na hora achei uma piada, pois, além de asmática tenho hérnia de disco. Aí, Dr. Mauricio explicou que a atividade física seria necessária para o tratamento contra a endometriose, devido à liberação de endorfina durante o exercício. No início de 2005 fui operada por ele. Na cirurgia precisei retirar sete cm do intestino afetado pela doença. A cirurgia foi um sucesso, a equipe do Dr Mauricio cuidou de mim com muito carinho.
Logo após a recuperação, comecei a fazer caminhadas e, em pouco tempo, a correr. Cheguei a correr 21 quilômeros, participei de uma prova de 10 quilômetros, e até que não fui mal. Passei a gostar mais de mim, e consegui focar minhas forças na tão sonhada gestação. Mas agora me sentindo forte e capaz. E, mais uma vez, o Dr. Mauricio Abrão foi o meu anjinho da guarda. Fiz a FIV (nota da editora: fertilização in vitro) em sua clínica com o Dr João Antônio. Na primeira tentativa engravidei do João Pedro, hoje com três anos. Nunca achei que pudesse sentir algo tão grandioso como o amor que sinto pelo meu filho. Cada vez que olho aquela carinha linda, lembro da dedicação, do carinho e da competência desse profissional, que não tenho dúvidas, foi enviado por Deus. Um beijo carinhoso, Cristiane Rodrigues Palacio, mãe do João Pedro.”
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domingo, 13 de março de 2011
BOA-NOVA: CIENTISTAS DESCOBREM DOIS GENES QUE CAUSAM A ENDOMETRIOSE!!
A partir de agora, além de meus relatos e os de outras portadoras de endometriose, você vai encontrar também as principais matérias que tem sido veiculadas sobre a endo. Já que o objetivo do A Endometriose e Eu é informar as pessoas, nada mais justo do que contar o que os pesquisadores mundo afora estão descobrindo a nosso favor. Por conta de Insensato Coração, muitas pessoas passaram a conhecer e a se identificar com o blog. Agradeço por todo carinho que tenho recebido de vários cantos do mundo. Para a estreia, separei uma que traz uma boa-nova. Como diz o ditado: a esperança é a última que morre! Então, vamos ter FÉ, para em breve, descobrirem a cura!Já comecei a editar algumas histórias reais que recebi por e-mail.
Em dezembro de 2010, a Veja Online publicou uma matéria superbacana, que dá esperança para nós e para as futuras portadoras. Cientistas descobrem dois genes responsáveis pelo desenvolvimento da endometriose: os cromossomos 1 e 7. Conforme já dito aqui, Dr. Namir Cavalli, ginecologista especializa do em endo, falou no programa Medicina & Saúde, da jornalista Soraia David, que nos últimos dois anos, a endo foi a doença mais estudada entre os cientistas e que a doença que mais teve trabalhos publicados no mundo. Aliás, para quem não viu os vídeos do programa, vale a pena. Foi uma grande aula sobre a endo. Eu amei! Então, vamos torcer para que mais estudos sejam realizados para tirar a denominação de doença enigmática. Segue a matéria na íntegra! Beijos com carinho!!
Cientistas identificam genes que causam a endometriose
Os genomas de 5.500 mulheres americanas, inglesas e australianas serviram de base para uma descoberta que pode representar um significativo avanço contra a endometriose - doença que atinge 10% das mulheres em idade reprodutiva. Depois de compará-los ao DNA de outras 10.000 voluntárias saudáveis, os pesquisadores identificaram dois genes responsáveis pelo desenvolvimento da doença: os cromossomos 1 e 7.
O cromossomo 7 responde pelo desenvolvimento do útero e seu revestimento, enquanto o cromossomo 1 está relacionado ao metabolismo hormonal e à formação do trato sexual feminino. A descoberta pode levar a diagnóstico e tratamento mais eficientes contra a endometriose. Atualmente, os únicos tratamentos são cirurgias e remédios hormonais com efeitos colaterais desagradáveis. “Temos grande confiança de que os resultados desse estudo contribuirão para desenvolver métodos menos invasivos", destaca Stephen Kennedy, pesquisador da Universidade de Oxford.
No Brasil, mais de 6 milhões de mulheres são portadoras da doença, que ocorre quando o revestimento interno do útero (endométrio), cuja função é fixar e alimentar o feto no início de seu desenvolvimento, aparece fora dele, em outros órgãos. Isso pode causar dor pélvica, inflamações e problemas de fertilidade. O estudo, publicado na revista Nature Genetics, envolveu especialistas das universidades de Harvard, Oxford e o Instituto de Pesquisa Médica Queensland, na Austrália.
Em dezembro de 2010, a Veja Online publicou uma matéria superbacana, que dá esperança para nós e para as futuras portadoras. Cientistas descobrem dois genes responsáveis pelo desenvolvimento da endometriose: os cromossomos 1 e 7. Conforme já dito aqui, Dr. Namir Cavalli, ginecologista especializa do em endo, falou no programa Medicina & Saúde, da jornalista Soraia David, que nos últimos dois anos, a endo foi a doença mais estudada entre os cientistas e que a doença que mais teve trabalhos publicados no mundo. Aliás, para quem não viu os vídeos do programa, vale a pena. Foi uma grande aula sobre a endo. Eu amei! Então, vamos torcer para que mais estudos sejam realizados para tirar a denominação de doença enigmática. Segue a matéria na íntegra! Beijos com carinho!!
Cientistas identificam genes que causam a endometriose
Os genomas de 5.500 mulheres americanas, inglesas e australianas serviram de base para uma descoberta que pode representar um significativo avanço contra a endometriose - doença que atinge 10% das mulheres em idade reprodutiva. Depois de compará-los ao DNA de outras 10.000 voluntárias saudáveis, os pesquisadores identificaram dois genes responsáveis pelo desenvolvimento da doença: os cromossomos 1 e 7.
O cromossomo 7 responde pelo desenvolvimento do útero e seu revestimento, enquanto o cromossomo 1 está relacionado ao metabolismo hormonal e à formação do trato sexual feminino. A descoberta pode levar a diagnóstico e tratamento mais eficientes contra a endometriose. Atualmente, os únicos tratamentos são cirurgias e remédios hormonais com efeitos colaterais desagradáveis. “Temos grande confiança de que os resultados desse estudo contribuirão para desenvolver métodos menos invasivos", destaca Stephen Kennedy, pesquisador da Universidade de Oxford.
No Brasil, mais de 6 milhões de mulheres são portadoras da doença, que ocorre quando o revestimento interno do útero (endométrio), cuja função é fixar e alimentar o feto no início de seu desenvolvimento, aparece fora dele, em outros órgãos. Isso pode causar dor pélvica, inflamações e problemas de fertilidade. O estudo, publicado na revista Nature Genetics, envolveu especialistas das universidades de Harvard, Oxford e o Instituto de Pesquisa Médica Queensland, na Austrália.
sábado, 12 de março de 2011
LEILA LOPES: QUANDO A DOR DA ENDOMETRIOSE NOS LEVA AO EXTREMO!!
Antes de começar, deixo claro que a intenção é sempre mostrar a realidade e o que a doença pode causar em uma mulher. A maioria de nós somos incompreendidas quando estamos com dores, e, para muitas que sofrem com as dores severa da doença, esta é uma realidade diária. Antes de colocar este vídeo, pensei, repensei, e achei que seria útil, pelo menos, para explicar a 'nossa cara de dor'. Talvez a partir deste vídeo, muitas pessoas que não compreende as dores de uma portadora passam a compreendê-la. Ao mesmo tempo, eu também faço questão deste post, para mostrar o quanto a doença nos derruba. Olha como ficamos! O pior é que quando perguntam: “que cara é essa”, e nós falamos: “é a dor”, ou “estou com muita dor”, as pessoas acham que é frescura. Quando assisti a este vídeo, voltei ao tempo, exatamente no dia em que foi exibida esta matéria, no programa "TV Fama", da Rede TV!. Era meados de outubro de 2009, eu era repórter de um site de celebridades. No dia seguinte, um repórter de lá teve a missão de falar com ela. Leila diz sentir uma dor que não tem explicação, estava à base de morfina, mesmo assim as dores não melhoravam muito. Ela dizia ser uma pessoa de sorte, porque os médicos falaram que não era um câncer, mas o fato é que ela ainda não sabia o que tinha.
Ela já estava internada há mais de 15 dias, em um conceituado hospital de São Paulo. Thiago, o repórter que virou um querido, amigo, ficou um tempão com ela ao telefone. Quando desligou, perguntei: “O que ela tem Thiago?”. “Ainda não sabe, está fazendo vários exames”, respondeu. Curiosa e com a pulga atrás da orelha, indaguei: “O que ela sente”. “Uma dor forte no pé da barriga, está com muita diarreia, com muita dor mesmo....”. Depois de sua explicação, disse: “pelos sintomas, parece ser endometriose. Liga lá e fala pra ela.”. Mas ele não ligou naquele dia, mas sim, alguns dias depois. O diagnóstico? Bingo! Endometriose! Aí, ele vira e fala: "Nossa, Carol, não é que é endometriose mesmo." Antes do diagnóstico, ela havia agradecido por não ter câncer, mas acho que ela não sabia que portava uma doença benigna, mas que pode ter um comportamento maligno. O vídeo emociona, faz chorar, as lágrimas correm. É muito sofrimento, a feição de dor, a voz de dor, olha a cara dela passando mal.
É assim que a maioria de nós ficamos, pálidas, sem rumo, sem prumo, loucas para saber de onde vem essas dores que nos tiram do sério e nos deixam loucas. E ficamos mais loucas ainda, para que essas dores absurdas, que chegam sem pedir licença, passem. Por muitas e muitas vezes, eu fiquei assim, mas nem todo mundo acreditava que a dor que eu sentia, era para tanto. Eu ainda sinto dores, hoje é um desses dias, com dor muito forte. Já tomei três comprimidos de Buscopan Composto e nada. A dor latejante continua lá, e a minha perna esquerda dói muito. A endometriose da atriz estava localizada no útero, que estava aderido ao intestino. Retirou o útero. No vídeo, Leila falou algumas vezes que tinha muita FÉ, e que confiava em Deus. Menos de dois meses depois, início de dezembro, ela foi encontrada morta em seu quarto. O que tudo indica, até mesmo pela carta que deixou, ela se suicidou. Eu continuava no site e foi missão do Thiago correr atrás da notícia. Cada repórter tem seus personagens e a Leila era dele. Várias coisas rondaram meus pensamentos.
É triste esse fim, mas infelizmente, nós, portadoras de endo, temos que ter muita FÉ mesmo, para descobrir e tratar a doença. A doença mexe com todo o nosso corpo, inclusive, com a cabeça. É muito difícil mesmo você sentir dor 24 horas por dia e ser considerada por muitos como "a preguiçosa", ou "aquela que só pensa em dor", "aquela fresca que não quer fazer nada". Quem não consegue superar estes obstáculos, pode ter o mesmo fim trágico de Leila. Por isso, o apoio da família, do parceiro e dos amigos faz toda a diferença para a mulher com endometriose. Se você encontrar com uma endomulher e vê-la com o semblante assim, dê atenção, dê amor, pergunte se precisa de algum remédio, de alguma ajuda porque a dor é muito forte, viu. Não estamos inventando e também não é frescura. Pense nisso! Beijos com carinho!!
Link do Vídeo:
Ela já estava internada há mais de 15 dias, em um conceituado hospital de São Paulo. Thiago, o repórter que virou um querido, amigo, ficou um tempão com ela ao telefone. Quando desligou, perguntei: “O que ela tem Thiago?”. “Ainda não sabe, está fazendo vários exames”, respondeu. Curiosa e com a pulga atrás da orelha, indaguei: “O que ela sente”. “Uma dor forte no pé da barriga, está com muita diarreia, com muita dor mesmo....”. Depois de sua explicação, disse: “pelos sintomas, parece ser endometriose. Liga lá e fala pra ela.”. Mas ele não ligou naquele dia, mas sim, alguns dias depois. O diagnóstico? Bingo! Endometriose! Aí, ele vira e fala: "Nossa, Carol, não é que é endometriose mesmo." Antes do diagnóstico, ela havia agradecido por não ter câncer, mas acho que ela não sabia que portava uma doença benigna, mas que pode ter um comportamento maligno. O vídeo emociona, faz chorar, as lágrimas correm. É muito sofrimento, a feição de dor, a voz de dor, olha a cara dela passando mal.
É assim que a maioria de nós ficamos, pálidas, sem rumo, sem prumo, loucas para saber de onde vem essas dores que nos tiram do sério e nos deixam loucas. E ficamos mais loucas ainda, para que essas dores absurdas, que chegam sem pedir licença, passem. Por muitas e muitas vezes, eu fiquei assim, mas nem todo mundo acreditava que a dor que eu sentia, era para tanto. Eu ainda sinto dores, hoje é um desses dias, com dor muito forte. Já tomei três comprimidos de Buscopan Composto e nada. A dor latejante continua lá, e a minha perna esquerda dói muito. A endometriose da atriz estava localizada no útero, que estava aderido ao intestino. Retirou o útero. No vídeo, Leila falou algumas vezes que tinha muita FÉ, e que confiava em Deus. Menos de dois meses depois, início de dezembro, ela foi encontrada morta em seu quarto. O que tudo indica, até mesmo pela carta que deixou, ela se suicidou. Eu continuava no site e foi missão do Thiago correr atrás da notícia. Cada repórter tem seus personagens e a Leila era dele. Várias coisas rondaram meus pensamentos.
É triste esse fim, mas infelizmente, nós, portadoras de endo, temos que ter muita FÉ mesmo, para descobrir e tratar a doença. A doença mexe com todo o nosso corpo, inclusive, com a cabeça. É muito difícil mesmo você sentir dor 24 horas por dia e ser considerada por muitos como "a preguiçosa", ou "aquela que só pensa em dor", "aquela fresca que não quer fazer nada". Quem não consegue superar estes obstáculos, pode ter o mesmo fim trágico de Leila. Por isso, o apoio da família, do parceiro e dos amigos faz toda a diferença para a mulher com endometriose. Se você encontrar com uma endomulher e vê-la com o semblante assim, dê atenção, dê amor, pergunte se precisa de algum remédio, de alguma ajuda porque a dor é muito forte, viu. Não estamos inventando e também não é frescura. Pense nisso! Beijos com carinho!!
Link do Vídeo:
sexta-feira, 11 de março de 2011
RETORNO AO DR. HÉLIO SATO, NO NIPO-BRASILEIRO!!
Após dois meses tomando diariamente o hormônio testosterona, voltei ao Dr. Hélio Sato, no Hospital Nipo-Brasileiro, nesta quinta-feira, dia 10. Levei os exames de sague e, graças a Deus, a minha testosterona voltou ao nornal. Aproveitei para fazer o papanicolau, pois, a partir de agora, ele será o meu ginecologista oficial. Pensei muito sobre esta decisão e, acho que vai ser bem melhor. Em dezembro, quando fui lá, conversamos sobre isso, e ele concordou que seria bom. Na verdade, em um futuro próximo, eu já teria que arrumar outro ginecologista. E, confesso que isso sempre me preocupou. O meu agora ex-ginecologista, o Dr. Carlos Sigolo, é uma pessoa maravilhosa. Sempre me passou confiança, tenho por ele uma admiração até como se ele fosse o meu pai. Ele é bem mais velho, deve ser mais de 70 anos, por isso, deve se aposentar em breve. Por isso, eu teria que começar a procurar outro gineco. Ele cuidou de mim por 17 anos e, foi ele, quem iniciou o meu tratamento contra a endometriose, até eu conhecer a UNIFESP. Então, o Dr. Carlos era tudo em minha vida. Era de extrema confiança, eu tinha até o celular dele para alguma emergência. Inclusive, já era para ele ter se aposentado, mas ele ama o que faz!! É outro anjo que tive, de cabelos grisalhos, brilhantes olhos azuis e uma voz rouca, bem tranquila. Para despedir-me dele, marquei uma consulta na próxima semana, dia 17. Vou aproveitar para levar o laudo da minha cirurgia. Quero agradecer por todo o carinho e dedicação que teve por mim durante todos esses anos. Foi o meu primeiro e, até então, o meu único ginecologista. Toda mulher sabe o quanto este profissional é importante em nosas vidas. E, ele, é um ser humano único também, que nos escuta, nos deixa super à vontade. Deverá ser um dia de muitas emoções, já que eu sou uma manteiga derretida. Mas, a verdade, é que o Dr. Carlos cuidou muito bem de mim. O guardarei para sempre em meu coração. Aí, como a partir de agora, serei paciente do Dr. Hélio, ele pediu vários exames, sangue, urina, os CA´s (que são muitos 125, 19-9, 15-3). Como falei que as minhas dores voltaram, ele pediu um ultrassom endovaginal. Aproveito para agradecer por todas as palavras de carinho que tenho recebido. Como são muitos comentários, eu não estou conseguindo responder a todos com a mesma rapidez, que os recebo. Caso queiram falar comigo mais rápido, é só enviar e-mail para carolinesalazar7@gmail.com Beijos com carinho!!
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