Fonte da imagem: Antes e depois, incontinência |
Hoje o A Endometriose e Eu vai falar sobre um assunto que interessa aos homens e às mulheres: a incontinência urinária. 25% do nosso público é masculino e 75% feminino. Por isso pedi à nossa colaboradora, a fisioterapeuta Ana Paula Bispo, um texto especial abordando a classificação desta patologia, os sintomas, as causas e os tratamentos que podem melhorar a perda involuntária da urina. Apesar de as mulheres estarem mais suscetíveis a isso, leia e compartilhe este texto, afinal, mesmo sem nenhuma doença nenhuma a chegada da "melhor idade" pode trazer a tão temida incontinência urinária. Beijo carinhoso! Caroline Salazar
Por doutora Ana Paula Bispo
Edição: Caroline Salazar
Segundo a
International Continence Society (ICS), incontinência urinária (IU) é
definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. Acomete indivíduos de todas as faixas etárias,
sendo mais prevalente em mulheres, afetando diretamente a qualidade de vida. Pode
ser classificada em:
- incontinência urinária de esforço (IUE),
quando associada a situações onde ocorra o aumento da pressão intra-abdominal
como tosse, espirro, risadas fortes;
-incontinência urinária de urgência (IUU),
quando associada a um forte desejo miccional;
- e incontinência urinária mista (IUM),
quando estão presentes ambas as situações anteriores.
A bexiga
hiperativa é considerada uma condição clínica associada à incontinência
urinária, sendo esta a segunda causa de perda involuntária de urina. Os sintomas
da bexiga hiperativa são frequência miccional aumentada, urgência e a
urge-incontinência.
A prevalência dos sintomas aumenta com a
idade e se torna muito comum, pois o processo do envelhecimento gera algumas
alterações no trato urinário inferior feminino, como a atrofia muscular, a substituição
do tecido muscular por tecido adiposo, e consequentemente, a perda da contração
muscular efetiva dos músculos do assoalho pélvico (músculos da vagina) gerando
a perda urinária involuntária comprometendo a qualidade de vida das mulheres.
Ao longo dos anos a abordagem cirúrgica
representava a solução mais utilizada para o tratamento da incontinência
urinária. Porém diante do grande número de recidivas e o agravamento do
prognóstico, a fisioterapia uroginecológica vem conquistando seu espaço e
atualmente representa a primeira opção de tratamento para a maioria dos
pacientes com esse desconforto, com o objetivo de restabelecer as funções
normais do assoalho pélvico sem causar efeitos colaterais.
Para prevenir e tratar a incontinência
urinária uma das opções de tratamento é o treinamento funcional dos músculos do
assoalho pélvico, que consiste em contrações específicas dos músculos que o
compõe e com isso promove a melhora da percepção e consciência da região
pélvica, aumento da tonicidade e força muscular e melhora da vascularização local. A
eletroestimulação é outra opção de tratamento e inclui várias técnicas que
podem ser utilizadas para melhorar as perdas aos esforços, urgência, sintomas
mistos e a bexiga hiperativa.
Sobre a fisioterapeuta Ana Paula Bispo:
Ana Paula Bispo é fisioterapeuta, atualmente faz doutorado em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é mestre em Ginecologia pela Unifesp, mesma instituição que fez especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico, e docente do curso de Pós Graduação de Fisioterapia em Uroginecologia da Universidade Estácio de Sá. Siga a fanpage da doutora Ana Paula Bispo.
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