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O A Endometriose e Eu está cada vez mais engajado
na causa da endometriose no Brasil. E quando falo "engajado na
causa", não é apenas lutar por ela, mas, principalmente, melhorar a
qualidade de vida das endomulheres, e, claro, realizar os sonhos e os desejos dos endocasais.
Partindo desta premissa, o blog começa parcerias exclusivas também na área de infertilidade. Ajudar um casal a realizar o sonho de ter sua família com preço
acessível e com os melhores profissionais do país, por profissionais especializados era um grande
sonho do blog.
Além da vivência da Juliana de como superou sua endo infertilidade e deu à luz Mariana, a coluna "Superando a Endo Infertilidade" trará também parcerias internacionais e textos de renomados médicos especialistas no tema para esclarecer ainda mais as dúvidas das leitoras. O texto de hoje explica melhor o que é a infertilidade e os tratamentos para quem é infértil ter filhos, do doutor Hélio Sato, que faz parte do corpo docente do Instituto que assiste aos médicos que estão se especializando no Instituto. Por mais que a mulher tem endo e
infertilidade, um dos segredos é a avaliação do casal, e, principalmente, do
espermograma do homem. Ah, e ajude-nos a mudar a realidade das portadoras de endo no Brasil. Aproveite e inscreva-se para a Milhões de Mulheres Marchando contra a Endometriose, a Million Women March for Endometriosis, a Marcha Mundial em prol das portadoras de endo, (clique aqui). Beijo
carinhoso!! Caroline Salazar
Infertilidade
e tratamentos:
Por doutor Hélio Sato
Segundo a American Society for Reproductive Medicine - 2008 “a
infertilidade é uma doença definida por falha em alcançar a gravidez depois de
12 meses ou mais com relações desprotegidas. Avaliações e tratamentos precoces
pode ser justificados baseados em história médica ou achados de exame físicos e
em mulheres acima de 35 anos é aceito o prazo de 6 meses para a caracterização.”
Estima-se que 1 a cada 6 casais padece desta circunstância e
cumpre destacar que esta situação remete à angústia, depressão, baixa-estima e
também abalar o casal com desentendimentos e até divórcios. Dentre as razões
da infertilidade considera-se que 40% decorrem de causas femininas, 40% de
causas masculinas e em 20% provêm de ambos.
Assim, é importante a investigação das causas de ambos, pois,
alguns problemas podem ser resolvidos ou melhorados e assim aumentar o
potencial reprodutivo e deste modo resultar em gravidez. Porém, após a
investigação, em alguns casais haverá a necessidade de recorrer à técnicas de
medicina reprodutiva (ART – “assisted reproductive technic”) e na
atualidade utiliza-se a inseminação intrauterina (IIU) ou a fertilização “in
vitro” e transferência de embrião (FIV/TE) com a
injeção intracitoplasmática do espermatozóide (ICSI – intracitoplasmatic
sperm injection) que serão explicados.
Resumidamente, o sistema reprodutor feminino funciona da seguinte
maneira: os espermatozoides são depositados na vagina após a relação e migram
pelo colo uterino, cavidade uterina e tubas uterinas onde se encontram com o
óvulo, então, ocorre a fecundação, a seguir, por meio de movimentos da tuba o
embrião caminha para o útero onde é recebido.
A IIU consiste em estimular e acompanhar o desenvolvimento do(s)
óvulo(s) por meio de dosagens hormonais e ultrassonografia, e em momento
oportuno é injetado espermatozoides selecionados para dentro do útero. Deste modo,
facilita-se o encontro do espermatozoide com o óvulo. A chance de gravidez com
esta técnica é em torno de 15%. E, as condições mínimas necessárias para
utilizá-la, é ter as tubas pérvias (funcionantes) e espermograma (exame que
analisa a quantidade, a concentração, a movimentação e o formato dos
espermatozoide) normal.
Já em situações que as tubas não estão funcionantes, espermograma
anormal ou baixa reserva de óvulos opta-se pela FIV/TE – ICSI que consiste na
estimulação ovariana por meio de medicações e acompanhamento por meio de
ultrassonografia e dosagens hormonais e posterior captação dos óvulos guiados
por ultrassom. Assim, os óvulos captados são fertilizados e o excedente é
congelado em nitrogênio líquido e os embriões que se desenvolveram são
transferidos para o útero, sendo no máximo 2 nas pacientes com menos de 35 anos
e 3 naquelas com mais. A chance de gravidez com esta técnica é em torno de 35%
a 40% dependendo da idade e das afecções associadas.
Como fazemos para participar deste programa?
ResponderExcluirOlá, Anônima!
ExcluirÉ só entrar no site e se cadastrar. Qualquer problema, escreva para carolinesalazar7@gmail.com Beijo carinhoso!! Caroline Salazar
Olá Carolina!
ResponderExcluirQual foi o seu tratamento para engravidar?
Pois minha endometriose, descoberta em Abril deste ano, voltou com tudo essa semana, após resultado da nova ressonância! Mesmo após 4 meses de medicação (Allurene) e após 50 dias da cirurgia que fiz...
Meu médico disse que sou um dos casos que ele tem mais severos de endometriose e o primeiro caso que não "reage" a esta medicação!!!
Sei que com isso, precisei entrar com nova medicação, uma injeção (Zoladex) que é aplicada na barriga pelo meu médico e com anestesia local! Essa tomarei 3 doses e cada uma é válida para 3 meses. Ou seja, fico em tratamento com ela até Maio do ano que vem!!!
Só Deus, meu marido, minha família e amigos pra dar força... infelizmente meu sonho de ser mãe pra logo teve que ser postergado, mais uma vez! Agora não entendo, por que comigo... mas Deus me fará entender um dia!!!
Olá, Anônima, como vai?
ExcluirEntão, eu ainda não tenho filhos, mas posso ter filhos naturalmente, pois só estou com uma trompa infértil por conta das aderências. É preciso tentar vários tratamentos até encontrar um que combine com seu organismo. O meu milagre é o DIU de Mirena. Nunca estive tão bem em toda minha vida. O mais importante é ser bem acompanhada, por um especialista que não só entende da doença, mas que também entende a mulher que tem endo, principalmente, da cabeça dela. Eu já tomei o Zoladex e já falei dele aqui no blog. É uma parte difícil, mas suportável para quem tem fé, e pessoas especiais ao nosso lado, como você. Saiba que você já é abençoada por ter sua família, amigos ao seu lado. Conte sempre comigo. Beijo carinhoso!! Caroline Salazar
Oi Carolina!
ResponderExcluirTenho 35 anos e meu gineco há quase 9 anos, nunca pediu nenhum exame específico para endometriose, tinha cólicas fortes em alguns ciclos, e tentei engravidar por 2 anos antes dele pedir uma videolaparoscopia. Depois dessa vídeo, ele me disse que eu tinha um foco de endro e fez cauterizações. observou tbm que eu tinha aderências dos dois lados, nos cílios. Depois desse exame, decidi ir a outro médico pedir uma segunda opnião e ele disse que eu poderia até engravidar, mas seria mais mais difícil. Sugeriu fazermos 3 meses de Indução (Indux), fiz os 3 meses e segundo ele meus folículos reagiam bem, mas não engravidei. Imagino que pelas aderências. Isso já fazem mais de 2 anos. Há uns 8 meses atrás, marquei uma consulta com um especialista em FIV, para ver como funciona e valores. Por causa do valor muito alto, ainda não conseguimos fazer o tratamento. Agora voltei ao gineco que fui para pegar a segunda opnião para fazer os exames de rotina, e o exame ultra-sonografia endovaginal, dizia ter alguns focos que poderiam ser endometriose. Ele porém não pediu nenhum outro exame adicional e nem fez nenhuma observação. Na hora do consulta, eu estava mais preocupada com uma alteração no exame de mamografia e não me lembrei que perguntar sobre o exame de ultra-sonografia endov.
Estou bem confusa. Tenho lido o seu site para tentar entender melhor essa doença, mas ainda tenho mil dúvidas.
No caso da Endometriose, caso a mulher não tenho sintomas fortes, o protocolo médico é não mexer com ela?
Meu sintoma mais evidente, é a cólica forte em alguns ciclos. E penso que as aderências que tenho devem ser resultado da endometriose.
Gostaria de aproveitar, para dizer que encontrar seu site foi um alívio e está sendo uma ótima fonte de informação para entender um pouco dessa doença.
Olá,
ResponderExcluirMinha ressonância deu endometriose profunda, ainda terei que voltar ao médico, mas confesso que estou com medo de nunca realizar meu sonho de ser mãe.