Na noite de premiação, a Emanuela conheceu a Caroline discursando não só sobre a doena, mas a "causa feminina". Por isso, ela não foi citada nesta matéria. Porém, o que me surpreendeu foi a resposta dela: "Caroline, fico muito feliz que você tenha gostado do post. É muito bom poder compartilhar exemplos inspiradores com outras pessoas. Gostei muito de sua força de vontade e determinação, além de ter adorado seu discurso no palco do Top Blog. Não tinha conhecimento sobre a endometriose e foi ótimo entrar em contato com todas essas histórias de luta. Assinei a petição e vou compartilhar com meus amigos. Um abraço, e pode contar comigo sempre também!" Confesso que fiquei surpresa quando ela se referiu ao meu discurso. Infelizmente, nas três semanas que antecederam a final do prêmio, eu estava com problemas sérios de doença em casa que não deu para pensar em nada, muito menos em esboçar um discurso. Sempre fui uma das oradoras das turmas por onde passei, então, pensei: "Só preciso pedir inspiração a Deus". Afinal, Ele é o responsável por muito do que escrevo aqui. E foi isso que pedi e não é que mais uma vez fui atendida pelo nosso Criador! Obrigada Deus e quero sua presença em todos meus discursos, pois sei que este foi apenas o primeiro de muitos que virão, no Brasil e no exterior. Até o dr. Hélio Sato ficou impressionado com que falei. O segredo foi só manter a calma, respirar fundo e se concentrar.
Como eu tenho esse meu jeito expansivo, de falar tudo na cara, independente de quem seja... sou uma pessoa sem papas na língua, ele e minha mãe estavam com medo do que eu poderia falar lá. Dei risada, e disse: "Gente, agora estou sem as aderências, não sou assim tão doida mais, agora só com quem conheço." Quando percebi minha desenvoltura ao microfone, não acredito que já fui muito tímida, daquelas interioranas que nem olhava pra frente direito. Sempre fui quieta, na minha, mas Deus escreve certo por linhas tortas. E quando Ele dá um dom alguém, não tem quem tira. Nasci em Rio Verde, interior de Goiás, tive uma infância maravilhosa brincando em árvores, na rua, na fazenda. Mas desde criança minha mãe ensinou a mim e minhas irmãs a criar. Sou de uma família de artistas, de pessoas que usam a mente, o cérebro para fazer algo bom: arte. Isso já existe há quatro gerações na minha família, desde a minha bisavó, mas eu sempre gostei de ler e de escrever em vez de desenhar, pintar, ou seja, criar com as palavras. Antes de saber escrever, é preciso ler muito! Adorava palavra-cruzada! Como eu era mais tímida com as pessoas, então, recorria a minha coleção de gibi. Lia e relia as histórias do Maurício de Souza. No entanto foi uma emoção quando o conheci em 2008, quando a Monica (a personagem) se tornou embaixadora do Unicef, ao lado de Renato Aragão, o Didi, outro ídolo. Nesta época era repórter da revista Caras. Depois, os livros. Na faculdade, aprendi com meu professor de ética outra dica importante para escrever bem: escutar a conversa das pessoas no ônibus, no metrô, em qualquer lugar. Isso também enriquece o texto de qualquer escritor. Não acho que para ser um bom escritor e ou jornalista tem de fazer faculdade, mas é lá na sala de aula que aprendemos alguns toques que fazem toda diferença, como por exemplo, o tipo de escrita das várias mídias (TV, rádio, revista, jornal). Para cada uma, um jeito de escrever, aprendemos a ética e alguns truques com profissionais experientes. Porém, o dom de como escrever, de como falar, esses a pessoa já nasce com eles, vêm de Deus!
Hoje divido com vocês a emoção que senti na última quinta-feira, ao ler as mensagens e a matéria da Emanuela sobre o A Endometriose e Eu e meu trabalho social, que começou despretensiosamente, sem nunca imaginar que alguém iria lê-lo e muito menos se identificar com alguma coisa que escrevia aqui. Lembro-me bem das primeiras portadoras que entrou em contato comigo, a Sirlene Moares, a Beth Gomes, a Lilian Padilha, aliás, estou com saudades delas... depois chegou a Hosana Santana (nossa querida voluntária que responde aos comentários do blog!) e aí foi chegando, chegando maridos, mães e até pais. Ouro dia recebi um pedido de ajuda de um pai. Manteiga derretida que sou, desembestei a chorar. Ele leu meus relatos e disse que era igual aos de sua filha de 19 anos. Tive vontade de abraçá-lo e dizer: "Obrigada por acreditar na sua filha." Não o abracei, claro, porque era um e-mail, mas comecei minha resposta assim! O blog começou como um trabalho formiguinha, onde para me livrar da depressão que a endo me trouxe, no período que fiquei sem trabalhar (a única que sei fazer da vida é escrever, dom de Deus!). Foram dois anos nesta condição "desempregada para me tratar", pois eu fazia minha fisioterapia uroginecológica na Unifesp, toda quarta-feira, às 15h, e só recebia "nãos" nas entrevistas. Quando percebi há alguns meses, que ele é referência mundial em endometriose, tanto para as portadoras quanto aos especialistas mais renomados do mundo, eu também me emocionei bastante. E esse sucesso, agradeço a todos vocês que fazem do meu segundo "filhote", o blog mais lido do mundo! E não interessa qual é sua missão, o importante é você fazê-la da melhor maneira possível. Ser do bem e para o bem é a premissa para a colheita do bem. E, independente disso, todos nós estamos invisíveis aos olhos dos homens, mas beeem visíveis aos de nosso Criador. Só Ele consegue enxergar todas as pessoas do mundo. Graças a Deus! Beijos com carinho!!!!
Blog Gente que Coopera Cresce - da SINCRED!
Oi, eu gostaria de saber qual exame que se faz para diagnosticar a endometriose; pois sinto muita cólica durante o período menstrual, e minha menstruação é muito escuro, tem um cheio muito ruim, e sinto dores durante a relação.. já fiz uma ultrassonografia, mas não apareceu nada, já tive DIP, mas ainda sinto os mesmos sintomas que sentia antes de fazer o tratamento da DIP. desde já agradeço :)
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